Não é um filme ruim, mas existem umas mudanças de tom que são bizarras demais. Existem basicamente dois filmes tentando competir por espaço aqui: um filme com a vibe clássica de Luc Besson, sobre o combate a um cartel de drogas coreano, e uma ficção científica semi sobrenatural extremamente high-concept, que parece ter saído de um filme de Darren Aronofsky. Cada um deles é muito bom por conta própria, mas ao tentarem coexistir, criam um resultado estranho demais.
Ainda é fevereiro e eu já posso falar com confiança que esse é um dos meus filmes favoritos de 2014. Eu já esperava qualidade quando soube que os caras que fizeram o filme eram os mesmos de "Tá Chovendo Hambúrguer", e não me desapontou. Me lembrou muito "Community", tem aquele tchans meta de parodiar filmes de gênero e ao mesmo tempo saber tirar sarro, prestar homenagem e saber ser emocional.
O conto no qual o filme é baseado é infinitamente melhor, basicamente porque engloba apenas o que acontece na primeira hora do filme, quando ainda há um suspense genuinamente interessante e não tem um monte de besteira sendo inventada pra tentar ficar profundo, quando na verdade só fica idiota, genérico e mal-planejado.
Eu igualo o estilo do filme com o estilo dos filmes do Kubrick, no sentido de que tem ótimos personagens, ótimo diálogo, mas o ritmo é bem lento, e esse tipo de coisa pode ser ruim para algumas pessoas, mas na minha opinião não diminui a qualidade do filme.
Parafraseando a opinião de Roger Ebert, um filme que vai longe demais é estúpido, mas um filme que vai muito além de longe de mais é o máximo, e esse filme é assim.
É bem fácil saber que é um filme do Wes Anderson pela personalidade de todos os personagens adultos. A fotografia e a montagem são meio estranhas e intrusivas nos primeiros 20 minutos, mas depois disso eu me acostumei e parou de me incomodar. O que não parou de me incomodar por outro lado foi a performance de todas as crianças. Todos os adultos estavam ótimos, mas todas as crianças não eram crianças, elas eram adultos em miniatura, só que com uma lógica de pensamento mais bizarra, o que eu suponho que era para retratar a parte do raciocínio infantil. E sim, eu sei que a ideia central do filme era retratar crianças que têm uma personalidade precoce e ficam deslocadas no mundo, mas o jeito que o filme fez isso foi, pelo menos pra mim, algo que me deixou distraído demais. Eu ainda recomendo, mas com um aviso de observação bem grande para alertar sobre as partes que pelo menos para mim não desceram direito.
Gostei bastante da vibe e do desenvolvimento dos personagens. É basicamente o que "Melancolia" seria, se "Melancolia" não fosse tão pretensioso e irritante.
Woody Allen clássico, chega a ser redundante dizer que os personagens e os arcos deles são muito bem escritos porque quase todos os filmes do Woody Allen são assim, mas eu achei a ideia toda de mostrar os acontecimentos como se estivessem sendo filmados por uma equipe de documentário (com os cortes secos, a câmera na mão e as cenas de entrevista onde os personagens narram o que estavam pensando) como sendo um artifício, completamente desnecessária para contar a história que o filme queria contar. O único momento em que esse estilo tem realmente alguma razão para ser usado é na última cena. Mas no fim, isso não desfaz o fato de que o filme é muito bom.
Eu me diverti, é como Evil Dead, um daqueles filmes que você precisa aprender a não levar muito a sério para poder aproveitar. Eu só gostaria que fosse melhor atuado, especialmente nos dois protagonistas.
O fato de que todas as histórias do filme conseguem coexistir e ainda por cima se complementar não é apenas um sucesso da edição, é um milagre. Quem acha esse filme confuso não está prestando atenção o suficiente.
De todas as animações de 2012 que eu vi, foi a minha preferida. Tem muita identidade, o universo construído é muito interessante, e tem referências em todas as cenas (até mesmo sobre coisas que não são games, eu fiquei muito surpreso quando referenciaram a propaganda "How many licks does it take to get to the tootsie roll center of a Tootsie Pop"). O único problema que eu realmente tive com o filme foi a personagem Vanellope von Schweetz, a voz dela era tão irritante e o diálogo dela tão cheio de jargões que meus ouvidos estavam prestes a sangrar depois de 5 minutos ouvindo ela, mas eu culpo a dublagem em português por isso, não o filme.
A edição é meio confusa, dando pulos no tempo e indo pra frente e pra trás sem estabelecer transições, e os personagens não são estabelecidos direito, fazendo com que leve tempo para você conseguir acompanhar quem é quem e qual é o objetivo de cada um, mas depois que entra no ritmo certo, o filme é bom, e a história é uma ideia interessante.
Só existem três coisas que prestam nesse filme: a atuação do Jonah Hill (que é ok, mas não tem nenhum destaque), o Sam Rockwell (que atua bem e tem o único personagem que chega a ser engraçado e divertido em algumas partes) e o twist envolvendo o garoto que diz ter problemas psicológicos. Eu não vou dizer qual é o twist, mas é bem-feito, tratado com muito mais respeito do que eu esperava, cria alguma profundidade para o personagem, e trata de um assunto de uma forma que eu não lembro ter sido feita em outros filmes que envolviam crianças.
Mas nada disso desculpa o fato de que, para uma comédia, o filme é incrivelmente sem graça. E todos os outros personagens ou são completamente clichês sem nehuma profundidade, ou são irritantes, ou são as duas coisas.
A primeira metade é um tremendo pé no saco, onde eu não dei absolutamente nenhuma risada. Mas depois que os protagonistas finalmente começam a lidar com os alienígenas, o filme dá uma engrenada e fica razoavelmente engraçado.
História incrivelmente envolvente sem ser divertida ou agradável, personagens profundos e com questões morais complexas, o Javier Barden provando mais uma vez que é o nosso senhor e salvador e que atua pelos nossos pecados, visto que a performance dele é de cair o queixo, simbolismos interessantes, e alguns tão sutis que você precisa prestar muita atenção em algumas cenas para perceber.
(dica, um reflexo em uma porta de vidro e a sombra de um garfo)
Por outro lado, o filme tem um ritmo lento demais, poderia ser meia hora mais curto do que é, e alguns dos simbolismos são tão obscuros que você vai precisar pesquisar para conseguir entender o que significavam. Mas esses são defeitos minúsculos em um filme ótimo.
Esse filme me pegou de surpresa, basicamente porque eu tinha zero expectativas pra ele. É provavelmente o melhor filme de romance que eu vi até hoje (não que eu tenha visto muitos), porque ele sabe usar temas mais sérios e pesados, em vez de recorrer a apenas ser bobo e retratar um romance perfeito que nunca poderia acontecer de verdade. Se Anos Incríveis fosse um filme em vez de uma série de TV, ele seria esse filme. Além disso, a atuação do Logan Lerman e da Emma Watson é ótima, o que é algo inédito pros dois.
Em primeiro lugar, eu preciso deixar bem claro que visualmente esse filme é muito bom. Os efeitos e a construção desse universo são ótimos, e extremamente fiéis à série original. E esse sentimento nunca me deixou durante toda a duração do filme.
Infelizmente, quase todo o resto é um fracasso. As únicas performances que não são completamente horríveis são as dos atores que interpretam Aang e Iroh, e o roteiro tenta condensar uma temporada inteira de 20 episódios em um filme de 90 minutos, o que faz com que todos os personagem fiquem jogando mais e mais exposição na sua cara, com mais um monte de monólogos narrativos para explicar acontecimentos que não tiveram tempo de serem colocados em tela.
Eu aprecio a ideia de uma versão em live-action dessa história, mas condensar tudo a esse extremo não funciona, independentemente de quem escreveu ou dirigiu o filme. Em outras palavras, eu não culpo o M. Night Shyamalan por isso, embora eu tenha certeza de que a maior parte do mundo culpe.
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraNão é um filme ruim, mas existem umas mudanças de tom que são bizarras demais. Existem basicamente dois filmes tentando competir por espaço aqui: um filme com a vibe clássica de Luc Besson, sobre o combate a um cartel de drogas coreano, e uma ficção científica semi sobrenatural extremamente high-concept, que parece ter saído de um filme de Darren Aronofsky. Cada um deles é muito bom por conta própria, mas ao tentarem coexistir, criam um resultado estranho demais.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraNão tenho certeza se é o melhor filme da Marvel em geral, mas com certeza é o melhor filme da Fase 2 (pós-Avengers) até agora.
Uma Aventura LEGO
3.8 907 Assista AgoraAinda é fevereiro e eu já posso falar com confiança que esse é um dos meus filmes favoritos de 2014. Eu já esperava qualidade quando soube que os caras que fizeram o filme eram os mesmos de "Tá Chovendo Hambúrguer", e não me desapontou. Me lembrou muito "Community", tem aquele tchans meta de parodiar filmes de gênero e ao mesmo tempo saber tirar sarro, prestar homenagem e saber ser emocional.
Sob o Domínio do Medo
2.8 420 Assista AgoraEu preciso urgentemente ver o original com o Dustin Hoffman como uma tentativa desesperada de apagar essa versão da minha memória.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraÉ um bom filme de super-herói. Não é um bom filme de Superman. E citando o Coringa, "Why so serious?"
A Caixa
2.5 2,0KO conto no qual o filme é baseado é infinitamente melhor, basicamente porque engloba apenas o que acontece na primeira hora do filme, quando ainda há um suspense genuinamente interessante e não tem um monte de besteira sendo inventada pra tentar ficar profundo, quando na verdade só fica idiota, genérico e mal-planejado.
A Princesa Prometida
3.7 327 Assista AgoraInigo Montoya é o personagem mais badass da história do cinema.
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 427 Assista AgoraEu igualo o estilo do filme com o estilo dos filmes do Kubrick, no sentido de que tem ótimos personagens, ótimo diálogo, mas o ritmo é bem lento, e esse tipo de coisa pode ser ruim para algumas pessoas, mas na minha opinião não diminui a qualidade do filme.
Mandando Bala
3.0 565 Assista AgoraParafraseando a opinião de Roger Ebert, um filme que vai longe demais é estúpido, mas um filme que vai muito além de longe de mais é o máximo, e esse filme é assim.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraÉ bem fácil saber que é um filme do Wes Anderson pela personalidade de todos os personagens adultos. A fotografia e a montagem são meio estranhas e intrusivas nos primeiros 20 minutos, mas depois disso eu me acostumei e parou de me incomodar. O que não parou de me incomodar por outro lado foi a performance de todas as crianças. Todos os adultos estavam ótimos, mas todas as crianças não eram crianças, elas eram adultos em miniatura, só que com uma lógica de pensamento mais bizarra, o que eu suponho que era para retratar a parte do raciocínio infantil. E sim, eu sei que a ideia central do filme era retratar crianças que têm uma personalidade precoce e ficam deslocadas no mundo, mas o jeito que o filme fez isso foi, pelo menos pra mim, algo que me deixou distraído demais. Eu ainda recomendo, mas com um aviso de observação bem grande para alertar sobre as partes que pelo menos para mim não desceram direito.
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
3.5 1,8K Assista AgoraGostei bastante da vibe e do desenvolvimento dos personagens. É basicamente o que "Melancolia" seria, se "Melancolia" não fosse tão pretensioso e irritante.
Maridos e Esposas
3.9 108 Assista AgoraWoody Allen clássico, chega a ser redundante dizer que os personagens e os arcos deles são muito bem escritos porque quase todos os filmes do Woody Allen são assim, mas eu achei a ideia toda de mostrar os acontecimentos como se estivessem sendo filmados por uma equipe de documentário (com os cortes secos, a câmera na mão e as cenas de entrevista onde os personagens narram o que estavam pensando) como sendo um artifício, completamente desnecessária para contar a história que o filme queria contar. O único momento em que esse estilo tem realmente alguma razão para ser usado é na última cena. Mas no fim, isso não desfaz o fato de que o filme é muito bom.
Bill & Ted: Uma Aventura Fantástica
3.4 198 Assista AgoraEu me diverti, é como Evil Dead, um daqueles filmes que você precisa aprender a não levar muito a sério para poder aproveitar. Eu só gostaria que fosse melhor atuado, especialmente nos dois protagonistas.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraO fato de que todas as histórias do filme conseguem coexistir e ainda por cima se complementar não é apenas um sucesso da edição, é um milagre. Quem acha esse filme confuso não está prestando atenção o suficiente.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraDe todas as animações de 2012 que eu vi, foi a minha preferida. Tem muita identidade, o universo construído é muito interessante, e tem referências em todas as cenas (até mesmo sobre coisas que não são games, eu fiquei muito surpreso quando referenciaram a propaganda "How many licks does it take to get to the tootsie roll center of a Tootsie Pop").
O único problema que eu realmente tive com o filme foi a personagem Vanellope von Schweetz, a voz dela era tão irritante e o diálogo dela tão cheio de jargões que meus ouvidos estavam prestes a sangrar depois de 5 minutos ouvindo ela, mas eu culpo a dublagem em português por isso, não o filme.
Quero Ser John Malkovich
4.0 1,4K Assista AgoraMalkovich. MalkovichMalkovichMalkovichMalkovichMalkovich. MalkovichMalkovich? MalkovichMalkovichMalkovich! Malkovich. Malkovich.
Anônimo
3.8 365 Assista AgoraA edição é meio confusa, dando pulos no tempo e indo pra frente e pra trás sem estabelecer transições, e os personagens não são estabelecidos direito, fazendo com que leve tempo para você conseguir acompanhar quem é quem e qual é o objetivo de cada um, mas depois que entra no ritmo certo, o filme é bom, e a história é uma ideia interessante.
O Babá(Ca)
2.8 280 Assista AgoraSó existem três coisas que prestam nesse filme: a atuação do Jonah Hill (que é ok, mas não tem nenhum destaque), o Sam Rockwell (que atua bem e tem o único personagem que chega a ser engraçado e divertido em algumas partes) e o twist envolvendo o garoto que diz ter problemas psicológicos. Eu não vou dizer qual é o twist, mas é bem-feito, tratado com muito mais respeito do que eu esperava, cria alguma profundidade para o personagem, e trata de um assunto de uma forma que eu não lembro ter sido feita em outros filmes que envolviam crianças.
Mas nada disso desculpa o fato de que, para uma comédia, o filme é incrivelmente sem graça. E todos os outros personagens ou são completamente clichês sem nehuma profundidade, ou são irritantes, ou são as duas coisas.
Vizinhos Imediatos de 3º Grau
2.8 567 Assista AgoraA primeira metade é um tremendo pé no saco, onde eu não dei absolutamente nenhuma risada. Mas depois que os protagonistas finalmente começam a lidar com os alienígenas, o filme dá uma engrenada e fica razoavelmente engraçado.
O Ditador
3.2 1,8K Assista AgoraA fala "It's not amazing, it's just less shit", dita no filme, basicamente resume meus sentimentos em relação a ele.
Biutiful
4.0 1,1KHistória incrivelmente envolvente sem ser divertida ou agradável, personagens profundos e com questões morais complexas, o Javier Barden provando mais uma vez que é o nosso senhor e salvador e que atua pelos nossos pecados, visto que a performance dele é de cair o queixo, simbolismos interessantes, e alguns tão sutis que você precisa prestar muita atenção em algumas cenas para perceber.
(dica, um reflexo em uma porta de vidro e a sombra de um garfo)
Por outro lado, o filme tem um ritmo lento demais, poderia ser meia hora mais curto do que é, e alguns dos simbolismos são tão obscuros que você vai precisar pesquisar para conseguir entender o que significavam. Mas esses são defeitos minúsculos em um filme ótimo.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraEsse filme me pegou de surpresa, basicamente porque eu tinha zero expectativas pra ele. É provavelmente o melhor filme de romance que eu vi até hoje (não que eu tenha visto muitos), porque ele sabe usar temas mais sérios e pesados, em vez de recorrer a apenas ser bobo e retratar um romance perfeito que nunca poderia acontecer de verdade. Se Anos Incríveis fosse um filme em vez de uma série de TV, ele seria esse filme. Além disso, a atuação do Logan Lerman e da Emma Watson é ótima, o que é algo inédito pros dois.
O Último Mestre do Ar
2.7 2,1K Assista AgoraEm primeiro lugar, eu preciso deixar bem claro que visualmente esse filme é muito bom. Os efeitos e a construção desse universo são ótimos, e extremamente fiéis à série original. E esse sentimento nunca me deixou durante toda a duração do filme.
Infelizmente, quase todo o resto é um fracasso. As únicas performances que não são completamente horríveis são as dos atores que interpretam Aang e Iroh, e o roteiro tenta condensar uma temporada inteira de 20 episódios em um filme de 90 minutos, o que faz com que todos os personagem fiquem jogando mais e mais exposição na sua cara, com mais um monte de monólogos narrativos para explicar acontecimentos que não tiveram tempo de serem colocados em tela.
Eu aprecio a ideia de uma versão em live-action dessa história, mas condensar tudo a esse extremo não funciona, independentemente de quem escreveu ou dirigiu o filme. Em outras palavras, eu não culpo o M. Night Shyamalan por isso, embora eu tenha certeza de que a maior parte do mundo culpe.
Matando Cabos
3.6 14 Assista AgoraÓtima ideia, com uma ótima implementação. Só demora um pouco para entrar na vibe do filme, mas quando você entra, ele é divertidíssimo.