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Ruth
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Apenas um amante de cinema e música, saudosista dos anos 70, 80 e 90.
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Recordar é viver! E sempre que posso, recordo das coisas que me dão prazer. Uma delas é filmes. E em 1995, foi lançado um dos que me prendem atenção até hoje. Seven, é um filme muito bem pensado, elaborado, muito bem costurado do início ao fim e marcou o ápice de dois atores, um que buscava ainda o estrelato e o conseguiu a partir desse filme (Brad Pitt) e o outro já experiente, mas um tanto esquecido e que obteve seu reconhecimento ao nível máximo, colocando-o em outro patamar de sua carreira como um dos grandes e mais respeitados de Hollywood (Morgan Freeman).
Assim como o próprio nome sugere, em "Seven" tudo envolve o número sete, que a todo instante se mostra presente no filme, como por exemplo... sete são os dias que faltam para o detetive Somerset (Freeman) aposentar-se, assim como sete são o número de prédios que aparecem no filme, como também os horários da maioria das cenas principais... e principalmente, sete são os crimes previstos para acontecer pelo assassino que escolhe suas vítimas pelos sete pecados capitais que elas cometeram segundo ele (o assassino). Eis que os crimes passam a ser investigados pelo experiente Somerset (Freeman) e o novato Mills (Pitt). David Fincher dirige o filme com maestria num cenário cinzento, clima pesado e consegue extrair de seu elenco atuações soberbas, tanto da dupla Freeman e Pitt, como dos coadjuvantes que roubam as cenas, com Kevin Spacey interpretando o enigmático assassino John Doe e a excelente Gyneth Paltrow como a singela e inspiradora esposa de Mills (Brad Pitt).
O filme consegue se desenrolar com total eficácia, com o telespectador descobrindo os enigmas ao mesmo tempo de seus personagens, sem precipitar nada que precise ser mostrado ou evidenciado antes da hora certa, para que as surpresas sejam impactantes e o final tenha um desfecho surpreendente. "Seven" consegue prender o público até o final onde a apreensão de todos é a mesma de seus personagens em relação ao crime perfeito criado pela mente brilhante de um psicopata, que se mostra tão sagaz como o Hannibal Lecter, personagem icônico de Anthony Hopkins em "O Silêncio dos Inocentes". Ou seja, um vilão marcante, inteligente, inesquecível que chega a co-protagonizar o enredo do filme com os "mocinhos" da trama, sendo esse mais um elemento que faz de Seven - Os Sete Crimes Capitais, um dos melhores filmes investigativos para o telespectador matar a cabeça e desvendar o mistério dessa obra prima policial dos anos 90.