É como se Leviatã e P'tit Quinquin tivessem um filho. O grande mérito do filme é como o Yerzhanov consegue construir e compor cada um dos planos com maestria, de modo que sigam uma lógica interna extremamente funcional e consigam regular muito bem as relações entre os personagens e para com os ambientes. Além disso, é impressionante como essa proposta casa bem com o alongamento dos planos. Vale destacar também como ele consegue alinhar as idiossincrasias com um uso excepcional de tensão e comédia, inseridos com um timing perfeito. E o final tragicômico nada mais é do que uma consequência natural de tudo o que a obra constrói. As cenas do carro dando partida e do cara usando um galão vazio como bola de futebol com uma AK-47 na mão são a cereja do bolo. Assistido no Fantaspoa.
A maneira como uma história supostamente batida e previsível é transformada em uma experiência extremamente agridoce e que gera um espiral de acontecimentos que desperta sensações conflitantes, aliando um humor mórbido e um drama extremamente palpável e pesado é resultado da direção de mestre de um Thomas Vinterberg em estado de graça. Além disso, as atuações fantásticas dos quatro atores principais, reeditando parcerias com o diretor, potencializa a trama e os dramas carregados por seus personagens, com destaque para Thomas Bo Larsen, que interpreta com excelência um personagem que ao mesmo tempo é o alívio cômico, mas também está a beira do limite em quase todas as situações, e seria tranquilamente a melhor atuação do filme, se não fosse por um gênio chamado Mads Mikkelsen. Carregando a maior parte do drama do filme (apesar do protagonismo ser divido em algumas partes) e sendo responsável por refletir as mudanças de tom do roteiro, o ator entrega a melhor atuação de sua brilhante carreira, e consolida-se de vez entre os maiores de nosso tempo. Um dos melhores trabalhos de um dos diretores mais importantes do cinema contemporâneo da Europa e o filme do ano até então.
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A Dark, Dark Man
3.4 2É como se Leviatã e P'tit Quinquin tivessem um filho.
O grande mérito do filme é como o Yerzhanov consegue construir e compor cada um dos planos com maestria, de modo que sigam uma lógica interna extremamente funcional e consigam regular muito bem as relações entre os personagens e para com os ambientes. Além disso, é impressionante como essa proposta casa bem com o alongamento dos planos.
Vale destacar também como ele consegue alinhar as idiossincrasias com um uso excepcional de tensão e comédia, inseridos com um timing perfeito. E o final tragicômico nada mais é do que uma consequência natural de tudo o que a obra constrói.
As cenas do carro dando partida e do cara usando um galão vazio como bola de futebol com uma AK-47 na mão são a cereja do bolo.
Assistido no Fantaspoa.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraA maneira como uma história supostamente batida e previsível é transformada em uma experiência extremamente agridoce e que gera um espiral de acontecimentos que desperta sensações conflitantes, aliando um humor mórbido e um drama extremamente palpável e pesado é resultado da direção de mestre de um Thomas Vinterberg em estado de graça. Além disso, as atuações fantásticas dos quatro atores principais, reeditando parcerias com o diretor, potencializa a trama e os dramas carregados por seus personagens, com destaque para Thomas Bo Larsen, que interpreta com excelência um personagem que ao mesmo tempo é o alívio cômico, mas também está a beira do limite em quase todas as situações, e seria tranquilamente a melhor atuação do filme, se não fosse por um gênio chamado Mads Mikkelsen. Carregando a maior parte do drama do filme (apesar do protagonismo ser divido em algumas partes) e sendo responsável por refletir as mudanças de tom do roteiro, o ator entrega a melhor atuação de sua brilhante carreira, e consolida-se de vez entre os maiores de nosso tempo. Um dos melhores trabalhos de um dos diretores mais importantes do cinema contemporâneo da Europa e o filme do ano até então.