Christopher Walken, Robert De Niro, Uma Thurman. Grandes nomes da atuação em um filme para cumprir tabela. O filme é ruim por ser comédia família? Não. O filme é ruim, pois a história é ruim, o roteiro é ruim e é um filme para cumprir tabela. Um bom exemplo de que filme família não precisa ser bobinho e ruim é a combinação de John Hughes no roteiro e Chris Columbus na direção. Temos o Esqueceram de Mim. Vai por mim. Deixe esse filme de lado e reveja qualquer outro filme desses grandes atores envolvidos.
PS: A não ser que você tenha menos de 8 anos. A diversão é garantida :)
Atuação é sensacional, podemos até identificar nos personagens indivíduos que, vez ou outra, trombamos na sociedade. A trama é formidável, sem sombra de dúvidas, cada avanço toma a nossa atenção. No entanto o grande problema do filme Volume Morto é que ele constrói muita expectativa. Esse excesso de expectativa faz com que o próprio telespectador crie suposições: "Existem um elemento sobrenatural na história?", "Existe uma história de assassinato e tortura por trás dos personagens?", "Cada personagem irá relevar o extremo de sua natureza?"
Quando estamos assistindo a um bom thriller esperamos grandes surpresas, viradas na história, personagens com quem com quem podemos nos identificar, torcer, e admirar. Bons thrillers mantêm a tensão entre uma cena de ação e outra, jogam obstáculos cada vez maiores no caminho do protagonista, apresentam conflitos internos angustiantes. No quesito personagem, o filme sem sombra de dúvidas é impecável, sem o que questionar. Mas quanto ao andamento da história, as promessas que a trama sugere, ou seja, uma aposta em um conflito que quebra a casualidade do cotidiano chegando a outros níveis. Nesse aspecto não atingiu minhas expectativas, não houve uma ação relevante e um conflito atenuante, tão pouco um plot twist que quebrasse todas as suposições criadas pelo telespectador e principalmente, explicasse o conflito que a história criou.
Cheguei nesse filme analisando a filmografia do ator Christoph Waltz (o inesquecível caçador de judeus, Hans Landa do Inglourious Basterds). Fiquei surpreso por Big Eyes ser um filme do Tim Burton, porém o mais impressionante é a história da pintora Margaret D. H. Keane que o filme do Burton retrata. Waltz em uma excelente performance interpreta Water, segundo esposo Margaret. A sinopse diz tudo por si só. Qualquer coisa que eu diga agora é spoiler. É um filme divertido e ao mesmo tempo você consegue ficar puto com Christoph Waltz. Ele tem o dom de incorporar personificações filhas da puta rs
Depois de muitos anos assistindo a filmes de terror de modo geral, algumas coisas se tornam tão previsíveis e maçantes, principalmente na indústria americana, que perdemos (não somos cativados) a ilusão que a narrativa de uma história nos trás. “Son” pode funcionar muito bem para quem é viajante de primeira viagem nos filmes de terror. Para quem é novo na narrativa “crianças e o capiroto” ou para quem se impressiona com muita facilidade. Para mim “Son” foi o motivo de longos cochilos entre um clichê e outro.
O filme é um copilado de edições manjadas inspirado em uma fórmula mastigada do cenário de terror americano. Fórmula que existe desde 1970 e já foi usada, tantas vezes, que perdeu o brilho. Principalmente nas mãos de quem não sabe usa-la. Veja bem, não é errado usar referências do passado no cinema atual, mas é necessário muita habilidade do diretor para se inovar, evocando tais referências em sua obra. O filme não está nem perto de ser algo inovador, tão pouco de ser algo promissor. A sensação que tive foi que diretor soou mais como um adolescente que, em sua empolgação por AC\DC forma sua primeira banda de rock, porém sem identidade, tudo o que faz parece um cover nada empolgante daquilo que lhe empolgou.
O filme apresenta sonolentos jump scare, somado a alegações aleatórias (“o culto”) que não tornam interessante a imersão na história. Os personagens são rascunho de todas as outras histórias que envolvem policial, mãe, filho dócil, trama diabólica. Nada soa como original e tudo soa como sonolento. Os assassinatos não tem uma motivação que conduz a curiosidade e o ator que faz o garoto capiroto não é nada convincente. É uma amabilidade e inocência maçante, chata e cartunesca. O ator mirim de “Responsible Child” do diretor Nick Holt consegue te cativar nos primeiros 15 minutos.
São poucos os diretores americanos (ou que representam o cenário americano do cinema de horror) que me fazem ter vontade de os filmes da cena. Nesse aspecto os franceses, hispânicos, orientais e alemães estão representando com mais vigor de surpresa e novidade esse gênero que a cena americana já não consegue mais tirar suco. Poucos diretores da cena americana realmente estão inovando. Os que mais me causam surpresa são Ari Aster, Jordan Peele e S. Craig Zahler.
Quem já tem em sua vivência cinematográfica a referencia de filmes como O Bebê de Rosemary, The Omen (A Profecia), Children of the Corn e os filmes que se seguiram influenciados pelos mesmos, dificilmente vai ficar impressionado com “Son”. Como é o meu caso. Talvez seja uma boa experiência para outras pessoas. Para mim só foi tédio, mas valeu o cochilo.
Responsible Child nos faz pensar em todos os clichês dos discursos políticos "bandido bom é bandido morto", "Se a idade penal fosse inferior a 16 anos não haveria crime". Nos faz entender que BEM e MAL não estão tão bem definidos com em um conto de fadas ou na bíblia sagrada. Que o ser humano é repleto de nuances. E geralmente toda família desestrutura são frutos de uma criação desequilibrada. O filme não narra a vida da mãe de Ray, mas subentende-se em como ela é omissa a tudo. Existem vários gatilhos que transformam o individuo e pensar que o mal absoluto é a razão de uma pessoa "ser boa" ou "ruim", é em suma, excesso de ignorância ou inocência.
O filme nos faz questionar a responsabilidade criminal na infância, mas acima de tudo, nos faz questionar a omissão da familia, dos profissionais responsáveis e do Estado.
ASPECTOS TÉCNICOS
A direção é muito boa e o roteiro nos mantém intrigados sobre a inocência ou culpa. Billy Barratt, o ator que interpreta o menino Ray, é excelente na expressão de seus sentimentos. Esquecemos que estamos diante de um filme. Faltou um aspecto mais documental que abordasse a origem da família. Mas isso não tira o aspecto dramático e a excelência do filme, pois filmes sobre crianças problemáticas tendem a ser muito bons ou muito caricatas. (A Orfa) Como um filme dramático, cumpriu com maestria seu papel
Rhode Island é a cidade preferida de H.P Lovecraft, e consecutivamente seu admirador, Stephen King. Potters Bluff é a Rhode Island desta narrativa. Quem está familiarizado com os contos Lovecraft e King, logo terá algumas sacadas da trama que se constrói. Por ser um filme de 1981, ainda carrega um pouco daquele método 70's de fazer filmes de suspense com forte influência das narrativas literárias da mesma época. As vezes parecia que eu estava lendo algum livro da série Vagalume de livros de mistério com uma pitada Contos da Crypta. Mas em suma é aquele típico filme, mistério e noir, aonde o telespectador conhece o crime praticado e conhece os malfeitores. Porém aos olhos do detetive você parte em uma jornada de investigação e mistério para entender a motivação de tais crime e porque eles são executados da mesma maneira. Com requintes de crueldade. Em alguns aspectos o filme se torna datado, pois o que nos provoca susto hoje é muito diferente da motivação do final dos anos 70. Quem gosta de vide-game vai entender o que eu quero dizer. Muitas vezes o jogo consegue nos deixar mais imersos e envolvidos na trama do que um filme de 2021, imagine um filme de 1981. Porém o diferencial de Dead & Buried é o roteiro, a forma como a trama se desenvolvendo. Por uma razão ou outra você vai desejar ficar até o final e entender a motivação de tudo isso. Mesmo com alguns clichês, escolhas de personagens que não faz sentido e medos inexistentes. O mistério e o plottwist na conclusão da trama faz com que a experiência em assistir ao filme seja divertida a sua maneira. (29/05/2021)
Em Army of the Dead eu esperava encontrar o Zack Snyder que inovou com o remake de Dawn of the Dead de George Romero. Sendo original de 1978. O remake de Snyder de 2004, além de inovação gráfica, fez a ruptura de um conceito criado pelo pai mitologia dos zumbis, George Romero. Esse conceito era a ideia que todos os zumbis eram lerdos e o perigo dessas criaturas estava justamente em sua identidade de grupo, seu modo de agir como manada. Snyder atualizou esse conceito com base no rigor mortis, ou seja, o tempo em que o indivíduo foi infectado. Pois fazia mais sentido os zumbis serem lerdos aqueles que eram frutos de cadáveres reanimados, mas seres humanos, recém-infectados e que atravessaram o pós-morte, faz todo sentido terem ainda sua função corpórea em pleno estado após serem reanimados pela infecção.
Dawn of the Dead remake, Snyder não só inovou em conceitos da mitologia, como também inovou nos conceitos gráficos e na morfologia dos zumbis. Fez tudo isso sem destituir a ideia original do filme. O motivo pelo qual todos os zumbis iam ao shopping center, devido a uma consciência animal adormecida de suas atividades passadas. O remake da obra George Romero não perdeu a sua essência, apresentou a catástrofe dos zumbis como pano de fundo para críticas como sociedade de consumo e a alienação da religião. Tudo isso só foi possível pois o roteiro se sustentava, trazendo possibilidades lógicas e personagens cativantes.
Army of the Dead é uma excelência suprema em qualidade gráfica. Suas qualidades terminam aqui, pois qualidade gráfica não sustenta um roteiro com acontecimentos que servem para entreter um jovem de 8 anos. Os personagens não são carismáticos, suas motivações são desconexas, fazem perder o ritmo do filme. Os personagens na verdade são um amontado de clichês. Em Army of the Dead eu vi um publicitário fazendo uma campanha de marketing para agradar o público mediano americano com pirotecnia visual ao invés de ver o diretor que inovou em Dawn of the Dead.
Em uma escala “Resident Evil de qualidade” em seu Making-of sobre o filme eles falaram de si mesmo como se Army of the Dead fosse um Resident Evil 3 (o classicão), mas não passou de um Resident Evil 6. Snyder precisa rever os diretores atuais que inovaram na narrativa do gênero e maratonar George Romero. Ler o HQ Walking Dead e ter algumas horas de jogatina com jogos do gênero. Condensar tudo isso e aí sim criar sua perspectiva. Pois Army of the Dead é um filme pipocão de sessão da tarde para crianças de 8 anos.
Quando descobri Martin Scorsese como documentarista, aprendi mais sobre a vida e a história por trás da simples intenção de se contar uma história. Quem ama cinema ou estuda seus princípios, tão importante quanto assistir os filmes é conhecer os documentários sobre aqueles que fizeram a história. Além de um fantástico cineasta, Scorsese é um grande documentarista. Seus documentários são uma visão dos período histórico que o cinema se faz presente e como uma única arte, une todas as outras: Pintura, Dramaturgia, Literatura, Música. O único ponto negativo desse documentário é a sua duração. Mas é um grande prazer ver essas figuras lendárias reunidas
01-04-2021 Efeitos visuais sensacionais, batalhas divertidas e empolgantes. Os pontos positivos terminam aqui. O filme não é ruim, mas também não é sensacional. Ou seja, faz o que tem que fazer. Pois o roteiro, a concepção dos personagens, a trama é a mesma coisa do que qualquer outro filme de ação\aventura: Jurassic Park, Independence Day, Homem-Formiga (...) ou qualquer outro filme a lá "saga do herói". A premissa, a motivação, o enredo e os personagens tem a mesma "áurea". O que muda é só a roupagem da história narrada. Mais do mesmo, filme de sessão da tarde para entreter crianças e adultos. No final das contas mais um caça-niquel de bilheteria (se houvesse). Nada de excepcional, mas uma boa diversão para relaxar a mente e esquecer dos problemas.
Gostei da série, porém, mesmo diante da espinha dorsal da trama central, seria interessante desenvolver a origem ,mesmo que breve de alguns personagens secundários da mitologia grega. A série me fez lembrar outra série animada com a mesma temática, porém mais antiga, Guerreiros Míticos. Essa em questão utiliza cada episódio para narrar a origem de cada personagem grego.
Com “His House” o diretor Remi Weekes faz sua estreia na cena atual dos filmes de suspense e terror . Assim como os diretores Ari Aster (Midsommar), Robert Eggers (The Witch: A New-England Folktale) e Jordan Peele (Get Out), Weekes nos apresenta uma jornada narrativa vivenciarmos a essência do seu terror.
Utilizando mitos da cultura africana muito bem norteados em uma narrativa de identificação intimista pela nossa cultura, somos levados, pouco a pouco, a um estado de suspense e terror com um medo desconhecido a nós. Apesar de nunca vivermos uma guerra civil, e poucos de nós, creio eu, vivenciou a experiência de ser um estranho em terras estrangeiras. O filme tenta nos apresentar a sensação de como é ser deslocado de sua própria existência. Porém, utilizando do horror psicológico e da manifestação de entidade desconhecidas.
Remi Weekes nos apresenta esse horror através de aflições psicológicas e uma entidade maligna oriundo da mitologia africana que se faz presente como personificação de uma culpa maior que os personagens centrais carregam consigo desde a fulga de um país em guerra civil, a luta pela sobrevivência para chegar em novas terras e a adequação de suas personalidades diante de um país que os vê como estranhos e inferiores.
O filme apresenta leves jump-scare, como uma forma de introduzir o telespectador ao que ele já conhece: o terror americano. Mas o filme não abusa da inteligência de quem está diante dele, pois esses recursos cinematográficos já interiorizados por todos, serve apenas para aceitação dos personagens e compressão de uma cultura diferente que se apresenta. As aparições são tão instigantes como qualquer filme de casa assombrada, porém, sem os clichês exaustivos da narrativa de assombração. Com a progressão da narrativa, observamos um horror mais humano que se expressa, quase de forma psicossomática, através da cultura dos personagens.
Li algumas comparações com Jordan Peele, equivocadas ao meu ver. Remi Weekes não segue o “mesmo estilo” que Peele, não existe estilo. O que os diretores citados aqui fazem, cada um a sua maneira, é narrar outras perspectivas de se sentir horrorizado com o desconhecido ou conhecido, além do que já é proposto e subentendido no cinema de terror como: serial killer, casa assombrada, possessão, objetos malignos e espíritos. Jordan Peele, Ari Aster podem ser novidade para o cenário de filmes americanos (e seu público), mas o franceses e os espanhóis já fazem isso a muito tempo. Utilizar o terror com subtexto para tratar de temas sociais, antropológicos, culturais, raciais e até sexuais. Dos franceses Gaspar Noé (Enter the Void - 2009), Pascal Laugier (Martyrs-2008), Alain Robbe-Grillet (Gradiva-2006), Fabrice Du Welz (Calvaire-2006), Claire Denis (Trouble Every Day-2001).
Remi Weekes e Jordan Peele são completamente diferentes. Peele utiliza de sua narrativa para falar do problema estrutural norte americano, mais principalmente o racismo. Além de ser tecnicamente diferente. Em Get Out (Corra!), Peele utiliza o humor como alívio dramático da tensão da trama. Já Remi Weekes segura a tensão do começo ao fim, sem alívio cômico, sem diálogos secundários para aliviar a tensão. O diretor vai do começo ao fim “esticando a corda” até apresentar o seu plot twist, sua grande revelação, motivador de toda tensão.
“His House” não é um filme esplêndido, mas está muito longe de ser ruim. Sua carga de tensão e narrativa são excelentes. Vamos esperar para os próximos trabalhos do diretor.
Comparar a temporada anterior a atual é uma injustiça para com as duas realizações. Ambas são magníficas. Cada qual com sua forma única de execução e narrativa. A Maldição da Mansão Bly não é terror, mas sim um drama de profunda reflexão envolto em um mistério muito bem coordenado, longe de concepções clichês e feitos repetitivos. A temporada em questão trará uma longa jornada de reflexão sobre a finitude da vida, a naturalidade da morte e a importância de viver um dia por vez. Pois as verdades e as razões perdem seu significado com o tempo, tornando uma única coisa valiosa: a experiência de viver.
Lynyrd Skynyrd como músicos são muito criativos e vigorosos. Sabem equilibrar harmonia, ritmo, feeling e energia em suas canções. Como artistas, sofrem de um problema terrível de maturidade de espírito e humildade. O ego sulista que não é muito diferente daquela ideia sem contexto histórico de que "o Paraná é a Europa brasileira" faz com que arrogância seja um detector evidente da própria ignorância sobre História. Aos membros do Lynyrd Skynyrd faltou lições de experiência de vida com o pessoal do Rush ou Ronnie James Dio.
Quanto ao filme, deixou a desejar. O filme focou mais no ego do baterista e suas opiniões de como ele foi importante para a história da banda. Do que propriamente a história da música que fez a banda. Além de como "sem ele e o vocalista da formação original, Lynyrd Skynyrd não existe." Se debruçar sobre o acidente tornou o filme ainda mais massante, pois não duvido da trágica perca, mas a narrativa apresentou um único herói. Como se houvesse heróis, senão a história como ela realmente ocorreu.
Você pode até questionar: Mas é um filme que sobre tragédia aérea, não tem como ser diferente. Tem sim. La Bamba de 1987 sobre a história do jovem cantor Ritchie Valens que morreu após um desastre de avião, prova isso. La Bamba é um bom exemplo de que um roteiro sabe apresentar drama, música, história e desastre sem deixar de focar no que tornou a música de Ritchie Valens tão importante em sua época.
É exatamente isso que faltou ao filme. Falar mais de música e história (com coerência narrativa) antes de se debruçar no desastre. O filme continua sendo irrelevante a história do Lynyrd Skynyrd da mesma forma como se nunca tivesse sido produzido. O que eu vi não é um filme. Mais um "post" de um baterista ressentido e um individuo com ego sulista ferido.
O grande mérito do filme é a nostalgia, por essa razão, tantas recepções positivas. Pois como simbolismo de um momento pessoal de nossas vidas a obra se torna um link as memórias de felicidades de nossas vidas que vão muito além do filme. Nesse aspecto, sem dúvida, vale a maior nota possível.
Quanto ao caráter cinematográfico da obra, não trás nada de extraordinário, além curiosa experiência de vir Bill e Ted novamente. Fiquei muito feliz ao ver a singela homenagem a um dos maiores comediantes de todos os tempos George Carlin ou como é conhecido no filme "Rufus". Vejo a continuação de Bill e Ted como uma iniciativa da industria de passar o bastão. Porém longe de ser um filme inesquecível de comédia ou relevante. Assim como o filme de 1991 é um bom filme besteirol para comer pipoca, passar a tarde com os amigos e não ter preocupações.
Aconteceu o que eu mais temia. Requentaram, serviram com uma nova embalagem, mas não tem o mesmo vigor que outrora. O roteiro fraco e cheio de clichês que antigamente, funcionavam, mas agora só impressiona crianças que nunca tiveram contato com suspense ou horror.
As histórias contadas são repetições de tudo que já foi narrado em filmes de short-stories ou séries de suspense com episódios individuais: A noite do Halloween, o amor que volta do túmulo e muitas outras histórias estão sendo contadas desde 1950.
Confesso dei um crédito ao retorno de Creepshow-A série, devido as pessoas envolvidas: Joe Hill, filho do escritor Stephen King, também um excelente contista como o pai.
Greg Nicotero, mestre em maquiagem de terror. Já trabalhou com o mestre George A. Romero e na série The Walking Dead. O ator Jeffrey Combs, o eterno Dr. West de Reanimator.
E a direção de David Bruckner que fez VHS. John Harrison que é pai de um dos meus filmes favoritos divido em três contos - Contos da Escuridão. E meu idolo, Tom Savini que dispensa apresentações, pois além de vários trabalhos com os mestres do terror (inclusive Tarantino) ele fez parceria com Stephen King e George A. Romero para produzirem o clássico Contos da Crypta (creepshow)
Então realmente não sei o que aconteceu. A produtora Shutter, responsável pela série, tem a fama de ter roteiros bem medianos, mesmo os efeitos visuais serem muito bons. Considero que seja dedo dos produtores. Pois as histórias são bem medianas, clichês e previsíveis. O episódio "A mão do macaco" que é baseado em um conto clássico do escritor William Wymark Jacobs,não souberam aproveitar. A única história que teve um vigor de criatividade foi o conto da maleta.
Creepshow já teve um desgaste em sua imagem quando fizeram desenho animado por volta do fim dos anos 80. O retorno deveria ser com contos realmente interessantes e com uma dose considerável de suspense e humor negro. Como as séries Night Visions e Masters of Horror. Ambas cheia de histórias intrigantes, jamais contadas e cheias de suspense. Masters of Horror reuniu para cada episodio os melhores diretores do gênero e os melhores roteiristas. Creepshow foi um fiasco. A forma como as histórias foram contadas, não seriam surpreendentes nem nos anos 80. Pois nos anos 80 quem procurava por suspense e horror, tinha The Twilight Zone de 1950 com referência de bons roteiros. Em tempos de A Maldição da Mansão Hills e Black Mirror. O roteiro deveria vir a altura.
Filmar ou refilmar algo consagrado pela história não é uma tarefa nada fácil. Por mais que seja compreensível a releitura que o diretor quis fazer, expondo as fragilidades sociais atuais. O filme não me impactou. Talvez chamá-lo de Frankenstein não foi uma boa idéia. Quem leu o livro, entende a profundidade de alguns aspectos que o filme não alcançou. O que faltou ao diretor é tomar Mary Shelley (e o seu romance) como inspiração e não como referência fidedigna, passo à passo. Tomando como referência, ele copiou tudo o que há na obra original. E mesmo contextualizando no tempo presente, não soou como uma ode ao clássico, nem tornou seu filme mais digno. Se tornou algo medíocre, pois não foi capaz nem de homenagear, nem desenvolver algo nova baseado na inspiração. Pois quando fazemos referências e não respeitamos o tempo histórico em que a obra original foi narrada, o resultado da referência se torna algo deslocado, desconexo. Pois não há propósito.
Como inspiração o contexto é diferente. Entendemos o subtexto no monstro medieval, mas não precisamos evoca-lo. Um bom exemplo disso é o filme “The Lighthouse (O Farol)” do diretor Robert Eggers. É evidente que o filme foi inspirado pelas obras de H.P Lovecraft. Porém se o filme se chamasse Cthulhu e tentasse narrar a história da criatura mitológica, conforme o conto do escritor, porém dentro do roteiro do filme. Com certeza o filme perderia seu valor, se tornaria medíocre. Principalmente porque Lovecraft é um dos escritores, praticamente, impossíveis de se adaptar uma obra que soe com a mesma essência em um filme. Robert Eggers trouxe a narrativa todas as sensações que existem nas leituras de uma obra tétrica do Lovecraft. Mesmo o filme não sendo uma adaptação direta do conto de Lovecraft, a inspiração criou sutis referencias que fez com que a obra caminhasse por si só, sem desmerecer a honrada homenagem a quem o inspirou.
O que não aconteceu com o Frankenstein do diretor Bernard Rose. Com o título e toda narrativa exatamente similar a obra literária, parece-me que ele simplesmente disse: “olha é nisso que me inspirei”. E como sabemos de fio a pavio qual é a história do Frankenstein. O filme soou como: “Veja essa história que você já conhece, agora contextualize com essa realidade aqui”. Ou seja, não houve nada de surpreendente. Nem na tentativa de homenagear a obra de Mary Shelley, nem na inspiração que levou Bernard Rose a trazer o tema para o presente. Filmes como “A.I. Inteligência Artificial” do Steven Spielberg ou “O Homem Bicentenário” com Robin Williams foram mais grandiosos na inspiração e louváveis na homenagem do que essa tentativa que no final das contas soou como pretenciosa ou um mero desperdício de tempo e dinheiro. Diante dessa tentativas meia-boca, acabo preferindo o Frankenstein com Robert DeNiro e os filmes B da produtora Hammer sobre a criatura de Mary Shelley.
O erro dos novos filmes com zumbis é contar histórias que todos já viram. Isso não trás clímax, pois todos conhecem a regra do jogo: sabem de alguma forma como os zumbis surgiram, como sobreviver, como mata-los e quais erros não cometer. Todos os gêneros, todos temas, todos os contextos, tem seus clichês e narrativas que já estão subentendidas devido a experiência do público com aquele contexto. In un giorno la fine seria um filme grandioso, se pudéssemos através de uma máquina do tempo apresentar ao público de 1940 ou alguém que tenha o primeiro contato com a temática zumbi através desse filme. Fora essas duas exceções, qualquer um que assistir ao filme vai se sentir desafiado intelectualmente. E de uma forma não positiva.
É difícil engolir um filme retratado em pleno século 21, com smartphones e redes de vídeo streaming, que aquele individuo nunca se deparou com filmes, documentários, desenhos ou jogos sobre zumbis. É difícil engolir que o pavor seja realmente do desconhecido. Cada passo, cada “enigma”, cada “peco sem saída” proposto pelo filme nos soa tão previsível que sabemos o que irá acontecer minutos após. O subtexto, drama no relacionamento pessoal e empresário insensível, não faz a sua química. Não cria uma ligação com a ideia “o caos é transformador e exercita no ser humano a reflexão sobre empatia”. O tema é batido, mas pode ser superado, como em Invasão Zumbi (Busanhaeng), filme sul coreano do diretor Yeon Sang-Ho. Havia o empresário insensível, havia drama familiar, havia zumbi em lugar confinado. O problema é o roteiro, narrativa e principalmente, não subestimar a inteligência de quem assiste.
Sou um entusiasta por filmes de zumbis e mesmo no primórdio do gênero o segredo de um bom filme é não subestimar a inteligência do telespectador com as mesmas referências do gênero. Um homem me ensinou isso: George A. Romero. Tirando isso e o roteiro que não se sustenta por um tempo é um filme muito bem produzido. Os efeitos visuais são interessantes. Mas eles não são tudo se a história se torna cansativa e a argumentação e referência pobre de criatividade.
O que faltou para a diretora Daniele Misischia foi usar o que já sabemos e vimos sobre zumbi a favor do filme. Considerar que o telespectador, assim como personagem no primeiro sinal de um contexto familiar, ficaria surpreso por estar dentro dele, mas estaria mais “preparado”, principalmente no sentido de supor o que está por vir. Com isso em mente o filme poderia lidar com os dramas humanos e ser mais criativo na reviravolta. Sendo um terror gore de zumbi, tudo isso poderia passar batido, pois aí o que conta é a diversão pela diversão. Humor negro a cada frame. Mas com o andar do filme fica claro que essa não foi a proposta da diretora. Falhando assim, miseravelmente nos clichês.
Não tem como não assistir ao filme e ter aquela sensação que o filme foi feito sob medida para os momentos atuais. Pois é, infelizmente o preconceito, o racismo e a ganância são tão antigas e lamentavelmente é uma luta para sair de moda. Gostei muito do filme, principalmente pela forma como o Spike Lee se utilizou do artificio documental para nos contextualizar ao longa. Isso fez com que o filme não soasse como mais um filme de guerra falando sobre a vitória fictícia dos EUA sobre o Vietnã ou como o EUA lutou com bravura e honra, honrando seus soldados que não voltaram. Sabemos que essas duas visões são baboseira. Mas a coexistência de estilos dentro do longa, documental e narrativa, nos aproxima da profundidade dos fatos.
Gostei do artificio utilizado para falar do passado, só não achei interessante usar os mesmos atores do presente representando o passado que viveram. Foge ao tom, soa desconexo, limita a imersão ao passado da narrativa
Se houvesse um roteiro, independe do minimo recurso, a criação tomaria rumo na narrativa. Vi um exercício de edição, uma vontade de fazer e um desejo de "chocar". Mas faltou mensagem.
Jogando Sujo
1.6 7 Assista AgoraEsse recado foi MODERADO.
Motivo: Infração dos Termos de Uso. Comentários ofensivos.
Equipe Filmow.com
Em Guerra Com o Vovô
2.9 83 Assista AgoraChristopher Walken, Robert De Niro, Uma Thurman. Grandes nomes da atuação em um filme para cumprir tabela. O filme é ruim por ser comédia família? Não. O filme é ruim, pois a história é ruim, o roteiro é ruim e é um filme para cumprir tabela. Um bom exemplo de que filme família não precisa ser bobinho e ruim é a combinação de John Hughes no roteiro e Chris Columbus na direção. Temos o Esqueceram de Mim. Vai por mim. Deixe esse filme de lado e reveja qualquer outro filme desses grandes atores envolvidos.
PS: A não ser que você tenha menos de 8 anos. A diversão é garantida :)
Volume Morto
2.8 43 Assista AgoraAtuação é sensacional, podemos até identificar nos personagens indivíduos que, vez ou outra, trombamos na sociedade. A trama é formidável, sem sombra de dúvidas, cada avanço toma a nossa atenção. No entanto o grande problema do filme Volume Morto é que ele constrói muita expectativa. Esse excesso de expectativa faz com que o próprio telespectador crie suposições: "Existem um elemento sobrenatural na história?", "Existe uma história de assassinato e tortura por trás dos personagens?", "Cada personagem irá relevar o extremo de sua natureza?"
Quando estamos assistindo a um bom thriller esperamos grandes surpresas, viradas na história, personagens com quem com quem podemos nos identificar, torcer, e admirar. Bons thrillers mantêm a tensão entre uma cena de ação e outra, jogam obstáculos cada vez maiores no caminho do protagonista, apresentam conflitos internos angustiantes. No quesito personagem, o filme sem sombra de dúvidas é impecável, sem o que questionar. Mas quanto ao andamento da história, as promessas que a trama sugere, ou seja, uma aposta em um conflito que quebra a casualidade do cotidiano chegando a outros níveis. Nesse aspecto não atingiu minhas expectativas, não houve uma ação relevante e um conflito atenuante, tão pouco um plot twist que quebrasse todas as suposições criadas pelo telespectador e principalmente, explicasse o conflito que a história criou.
11/06/2021
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisCheguei nesse filme analisando a filmografia do ator Christoph Waltz (o inesquecível caçador de judeus, Hans Landa do Inglourious Basterds). Fiquei surpreso por Big Eyes ser um filme do Tim Burton, porém o mais impressionante é a história da pintora Margaret D. H. Keane que o filme do Burton retrata. Waltz em uma excelente performance interpreta Water, segundo esposo Margaret. A sinopse diz tudo por si só. Qualquer coisa que eu diga agora é spoiler. É um filme divertido e ao mesmo tempo você consegue ficar puto com Christoph Waltz. Ele tem o dom de incorporar personificações filhas da puta rs
03/06/2021
Herdeiro
2.8 65 Assista AgoraDepois de muitos anos assistindo a filmes de terror de modo geral, algumas coisas se tornam tão previsíveis e maçantes, principalmente na indústria americana, que perdemos (não somos cativados) a ilusão que a narrativa de uma história nos trás. “Son” pode funcionar muito bem para quem é viajante de primeira viagem nos filmes de terror. Para quem é novo na narrativa “crianças e o capiroto” ou para quem se impressiona com muita facilidade. Para mim “Son” foi o motivo de longos cochilos entre um clichê e outro.
O filme é um copilado de edições manjadas inspirado em uma fórmula mastigada do cenário de terror americano. Fórmula que existe desde 1970 e já foi usada, tantas vezes, que perdeu o brilho. Principalmente nas mãos de quem não sabe usa-la. Veja bem, não é errado usar referências do passado no cinema atual, mas é necessário muita habilidade do diretor para se inovar, evocando tais referências em sua obra. O filme não está nem perto de ser algo inovador, tão pouco de ser algo promissor. A sensação que tive foi que diretor soou mais como um adolescente que, em sua empolgação por AC\DC forma sua primeira banda de rock, porém sem identidade, tudo o que faz parece um cover nada empolgante daquilo que lhe empolgou.
O filme apresenta sonolentos jump scare, somado a alegações aleatórias (“o culto”) que não tornam interessante a imersão na história. Os personagens são rascunho de todas as outras histórias que envolvem policial, mãe, filho dócil, trama diabólica. Nada soa como original e tudo soa como sonolento. Os assassinatos não tem uma motivação que conduz a curiosidade e o ator que faz o garoto capiroto não é nada convincente. É uma amabilidade e inocência maçante, chata e cartunesca. O ator mirim de “Responsible Child” do diretor Nick Holt consegue te cativar nos primeiros 15 minutos.
São poucos os diretores americanos (ou que representam o cenário americano do cinema de horror) que me fazem ter vontade de os filmes da cena. Nesse aspecto os franceses, hispânicos, orientais e alemães estão representando com mais vigor de surpresa e novidade esse gênero que a cena americana já não consegue mais tirar suco. Poucos diretores da cena americana realmente estão inovando. Os que mais me causam surpresa são Ari Aster, Jordan Peele e S. Craig Zahler.
Quem já tem em sua vivência cinematográfica a referencia de filmes como O Bebê de Rosemary, The Omen (A Profecia), Children of the Corn e os filmes que se seguiram influenciados pelos mesmos, dificilmente vai ficar impressionado com “Son”. Como é o meu caso. Talvez seja uma boa experiência para outras pessoas. Para mim só foi tédio, mas valeu o cochilo.
02/06/2021
Responsible Child
3.4 11Responsible Child nos faz pensar em todos os clichês dos discursos políticos "bandido bom é bandido morto", "Se a idade penal fosse inferior a 16 anos não haveria crime". Nos faz entender que BEM e MAL não estão tão bem definidos com em um conto de fadas ou na bíblia sagrada. Que o ser humano é repleto de nuances. E geralmente toda família desestrutura são frutos de uma criação desequilibrada. O filme não narra a vida da mãe de Ray, mas subentende-se em como ela é omissa a tudo. Existem vários gatilhos que transformam o individuo e pensar que o mal absoluto é a razão de uma pessoa "ser boa" ou "ruim", é em suma, excesso de ignorância ou inocência.
O filme nos faz questionar a responsabilidade criminal na infância, mas acima de tudo, nos faz questionar a omissão da familia, dos profissionais responsáveis e do Estado.
ASPECTOS TÉCNICOS
A direção é muito boa e o roteiro nos mantém intrigados sobre a inocência ou culpa. Billy Barratt, o ator que interpreta o menino Ray, é excelente na expressão de seus sentimentos. Esquecemos que estamos diante de um filme. Faltou um aspecto mais documental que abordasse a origem da família. Mas isso não tira o aspecto dramático e a excelência do filme, pois filmes sobre crianças problemáticas tendem a ser muito bons ou muito caricatas. (A Orfa) Como um filme dramático, cumpriu com maestria seu papel
Demônios
3.3 29Alguém sabe aonde posso baixar a legenda em PT-BR?
Os Mortos Vivos
3.5 79Rhode Island é a cidade preferida de H.P Lovecraft, e consecutivamente seu admirador, Stephen King. Potters Bluff é a Rhode Island desta narrativa. Quem está familiarizado com os contos Lovecraft e King, logo terá algumas sacadas da trama que se constrói. Por ser um filme de 1981, ainda carrega um pouco daquele método 70's de fazer filmes de suspense com forte influência das narrativas literárias da mesma época. As vezes parecia que eu estava lendo algum livro da série Vagalume de livros de mistério com uma pitada Contos da Crypta.
Mas em suma é aquele típico filme, mistério e noir, aonde o telespectador conhece o crime praticado e conhece os malfeitores. Porém aos olhos do detetive você parte em uma jornada de investigação e mistério para entender a motivação de tais crime e porque eles são executados da mesma maneira. Com requintes de crueldade.
Em alguns aspectos o filme se torna datado, pois o que nos provoca susto hoje é muito diferente da motivação do final dos anos 70. Quem gosta de vide-game vai entender o que eu quero dizer. Muitas vezes o jogo consegue nos deixar mais imersos e envolvidos na trama do que um filme de 2021, imagine um filme de 1981. Porém o diferencial de Dead & Buried é o roteiro, a forma como a trama se desenvolvendo. Por uma razão ou outra você vai desejar ficar até o final e entender a motivação de tudo isso. Mesmo com alguns clichês, escolhas de personagens que não faz sentido e medos inexistentes. O mistério e o plottwist na conclusão da trama faz com que a experiência em assistir ao filme seja divertida a sua maneira.
(29/05/2021)
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
2.8 956Em Army of the Dead eu esperava encontrar o Zack Snyder que inovou com o remake de Dawn of the Dead de George Romero. Sendo original de 1978. O remake de Snyder de 2004, além de inovação gráfica, fez a ruptura de um conceito criado pelo pai mitologia dos zumbis, George Romero. Esse conceito era a ideia que todos os zumbis eram lerdos e o perigo dessas criaturas estava justamente em sua identidade de grupo, seu modo de agir como manada. Snyder atualizou esse conceito com base no rigor mortis, ou seja, o tempo em que o indivíduo foi infectado. Pois fazia mais sentido os zumbis serem lerdos aqueles que eram frutos de cadáveres reanimados, mas seres humanos, recém-infectados e que atravessaram o pós-morte, faz todo sentido terem ainda sua função corpórea em pleno estado após serem reanimados pela infecção.
Dawn of the Dead remake, Snyder não só inovou em conceitos da mitologia, como também inovou nos conceitos gráficos e na morfologia dos zumbis. Fez tudo isso sem destituir a ideia original do filme. O motivo pelo qual todos os zumbis iam ao shopping center, devido a uma consciência animal adormecida de suas atividades passadas. O remake da obra George Romero não perdeu a sua essência, apresentou a catástrofe dos zumbis como pano de fundo para críticas como sociedade de consumo e a alienação da religião. Tudo isso só foi possível pois o roteiro se sustentava, trazendo possibilidades lógicas e personagens cativantes.
Army of the Dead é uma excelência suprema em qualidade gráfica. Suas qualidades terminam aqui, pois qualidade gráfica não sustenta um roteiro com acontecimentos que servem para entreter um jovem de 8 anos. Os personagens não são carismáticos, suas motivações são desconexas, fazem perder o ritmo do filme. Os personagens na verdade são um amontado de clichês. Em Army of the Dead eu vi um publicitário fazendo uma campanha de marketing para agradar o público mediano americano com pirotecnia visual ao invés de ver o diretor que inovou em Dawn of the Dead.
Em uma escala “Resident Evil de qualidade” em seu Making-of sobre o filme eles falaram de si mesmo como se Army of the Dead fosse um Resident Evil 3 (o classicão), mas não passou de um Resident Evil 6. Snyder precisa rever os diretores atuais que inovaram na narrativa do gênero e maratonar George Romero. Ler o HQ Walking Dead e ter algumas horas de jogatina com jogos do gênero. Condensar tudo isso e aí sim criar sua perspectiva. Pois Army of the Dead é um filme pipocão de sessão da tarde para crianças de 8 anos.
Conversando sobre O Irlandês
4.3 26Quando descobri Martin Scorsese como documentarista, aprendi mais sobre a vida e a história por trás da simples intenção de se contar uma história. Quem ama cinema ou estuda seus princípios, tão importante quanto assistir os filmes é conhecer os documentários sobre aqueles que fizeram a história. Além de um fantástico cineasta, Scorsese é um grande documentarista. Seus documentários são uma visão dos período histórico que o cinema se faz presente e como uma única arte, une todas as outras: Pintura, Dramaturgia, Literatura, Música. O único ponto negativo desse documentário é a sua duração. Mas é um grande prazer ver essas figuras lendárias reunidas
Godzilla vs. Kong
3.1 796 Assista Agora01-04-2021 Efeitos visuais sensacionais, batalhas divertidas e empolgantes. Os pontos positivos terminam aqui. O filme não é ruim, mas também não é sensacional. Ou seja, faz o que tem que fazer. Pois o roteiro, a concepção dos personagens, a trama é a mesma coisa do que qualquer outro filme de ação\aventura: Jurassic Park, Independence Day, Homem-Formiga (...) ou qualquer outro filme a lá "saga do herói". A premissa, a motivação, o enredo e os personagens tem a mesma "áurea". O que muda é só a roupagem da história narrada. Mais do mesmo, filme de sessão da tarde para entreter crianças e adultos. No final das contas mais um caça-niquel de bilheteria (se houvesse). Nada de excepcional, mas uma boa diversão para relaxar a mente e esquecer dos problemas.
The Black Frost
3.2 1Alguém sabe aonde posso encontrar a lengenda em PT ou PTBR? Obrigado!
O Sangue de Zeus (1ª Temporada)
3.6 88 Assista AgoraGostei da série, porém, mesmo diante da espinha dorsal da trama central, seria interessante desenvolver a origem ,mesmo que breve de alguns personagens secundários da mitologia grega.
A série me fez lembrar outra série animada com a mesma temática, porém mais antiga, Guerreiros Míticos. Essa em questão utiliza cada episódio para narrar a origem de cada personagem grego.
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraCom “His House” o diretor Remi Weekes faz sua estreia na cena atual dos filmes de suspense e terror . Assim como os diretores Ari Aster (Midsommar), Robert Eggers (The Witch: A New-England Folktale) e Jordan Peele (Get Out), Weekes nos apresenta uma jornada narrativa vivenciarmos a essência do seu terror.
Utilizando mitos da cultura africana muito bem norteados em uma narrativa de identificação intimista pela nossa cultura, somos levados, pouco a pouco, a um estado de suspense e terror com um medo desconhecido a nós. Apesar de nunca vivermos uma guerra civil, e poucos de nós, creio eu, vivenciou a experiência de ser um estranho em terras estrangeiras. O filme tenta nos apresentar a sensação de como é ser deslocado de sua própria existência. Porém, utilizando do horror psicológico e da manifestação de entidade desconhecidas.
Remi Weekes nos apresenta esse horror através de aflições psicológicas e uma entidade maligna oriundo da mitologia africana que se faz presente como personificação de uma culpa maior que os personagens centrais carregam consigo desde a fulga de um país em guerra civil, a luta pela sobrevivência para chegar em novas terras e a adequação de suas personalidades diante de um país que os vê como estranhos e inferiores.
O filme apresenta leves jump-scare, como uma forma de introduzir o telespectador ao que ele já conhece: o terror americano. Mas o filme não abusa da inteligência de quem está diante dele, pois esses recursos cinematográficos já interiorizados por todos, serve apenas para aceitação dos personagens e compressão de uma cultura diferente que se apresenta. As aparições são tão instigantes como qualquer filme de casa assombrada, porém, sem os clichês exaustivos da narrativa de assombração. Com a progressão da narrativa, observamos um horror mais humano que se expressa, quase de forma psicossomática, através da cultura dos personagens.
Li algumas comparações com Jordan Peele, equivocadas ao meu ver. Remi Weekes não segue o “mesmo estilo” que Peele, não existe estilo. O que os diretores citados aqui fazem, cada um a sua maneira, é narrar outras perspectivas de se sentir horrorizado com o desconhecido ou conhecido, além do que já é proposto e subentendido no cinema de terror como: serial killer, casa assombrada, possessão, objetos malignos e espíritos. Jordan Peele, Ari Aster podem ser novidade para o cenário de filmes americanos (e seu público), mas o franceses e os espanhóis já fazem isso a muito tempo. Utilizar o terror com subtexto para tratar de temas sociais, antropológicos, culturais, raciais e até sexuais. Dos franceses Gaspar Noé (Enter the Void - 2009), Pascal Laugier (Martyrs-2008), Alain Robbe-Grillet (Gradiva-2006), Fabrice Du Welz (Calvaire-2006), Claire Denis (Trouble Every Day-2001).
Remi Weekes e Jordan Peele são completamente diferentes. Peele utiliza de sua narrativa para falar do problema estrutural norte americano, mais principalmente o racismo. Além de ser tecnicamente diferente. Em Get Out (Corra!), Peele utiliza o humor como alívio dramático da tensão da trama. Já Remi Weekes segura a tensão do começo ao fim, sem alívio cômico, sem diálogos secundários para aliviar a tensão. O diretor vai do começo ao fim “esticando a corda” até apresentar o seu plot twist, sua grande revelação, motivador de toda tensão.
“His House” não é um filme esplêndido, mas está muito longe de ser ruim. Sua carga de tensão e narrativa são excelentes. Vamos esperar para os próximos trabalhos do diretor.
A Maldição da Mansão Bly
3.9 923 Assista AgoraComparar a temporada anterior a atual é uma injustiça para com as duas realizações. Ambas são magníficas. Cada qual com sua forma única de execução e narrativa. A Maldição da Mansão Bly não é terror, mas sim um drama de profunda reflexão envolto em um mistério muito bem coordenado, longe de concepções clichês e feitos repetitivos. A temporada em questão trará uma longa jornada de reflexão sobre a finitude da vida, a naturalidade da morte e a importância de viver um dia por vez. Pois as verdades e as razões perdem seu significado com o tempo, tornando uma única coisa valiosa: a experiência de viver.
Fingers
2.0 2Disponivel via torrent no RARBG
Street Survivors: A verdadeira história do acidente de avião do …
2.8 6Lynyrd Skynyrd como músicos são muito criativos e vigorosos. Sabem equilibrar harmonia, ritmo, feeling e energia em suas canções. Como artistas, sofrem de um problema terrível de maturidade de espírito e humildade. O ego sulista que não é muito diferente daquela ideia sem contexto histórico de que "o Paraná é a Europa brasileira" faz com que arrogância seja um detector evidente da própria ignorância sobre História. Aos membros do Lynyrd Skynyrd faltou lições de experiência de vida com o pessoal do Rush ou Ronnie James Dio.
Quanto ao filme, deixou a desejar. O filme focou mais no ego do baterista e suas opiniões de como ele foi importante para a história da banda. Do que propriamente a história da música que fez a banda. Além de como "sem ele e o vocalista da formação original, Lynyrd Skynyrd não existe." Se debruçar sobre o acidente tornou o filme ainda mais massante, pois não duvido da trágica perca, mas a narrativa apresentou um único herói. Como se houvesse heróis, senão a história como ela realmente ocorreu.
Você pode até questionar: Mas é um filme que sobre tragédia aérea, não tem como ser diferente. Tem sim. La Bamba de 1987 sobre a história do jovem cantor Ritchie Valens que morreu após um desastre de avião, prova isso. La Bamba é um bom exemplo de que um roteiro sabe apresentar drama, música, história e desastre sem deixar de focar no que tornou a música de Ritchie Valens tão importante em sua época.
É exatamente isso que faltou ao filme. Falar mais de música e história (com coerência narrativa) antes de se debruçar no desastre. O filme continua sendo irrelevante a história do Lynyrd Skynyrd da mesma forma como se nunca tivesse sido produzido. O que eu vi não é um filme. Mais um "post" de um baterista ressentido e um individuo com ego sulista ferido.
Bill & Ted: Encare a Música
2.8 147 Assista AgoraO grande mérito do filme é a nostalgia, por essa razão, tantas recepções positivas. Pois como simbolismo de um momento pessoal de nossas vidas a obra se torna um link as memórias de felicidades de nossas vidas que vão muito além do filme. Nesse aspecto, sem dúvida, vale a maior nota possível.
Quanto ao caráter cinematográfico da obra, não trás nada de extraordinário, além curiosa experiência de vir Bill e Ted novamente. Fiquei muito feliz ao ver a singela homenagem a um dos maiores comediantes de todos os tempos George Carlin ou como é conhecido no filme "Rufus". Vejo a continuação de Bill e Ted como uma iniciativa da industria de passar o bastão. Porém longe de ser um filme inesquecível de comédia ou relevante. Assim como o filme de 1991 é um bom filme besteirol para comer pipoca, passar a tarde com os amigos e não ter preocupações.
Creepshow (1ª Temporada)
3.4 50Aconteceu o que eu mais temia. Requentaram, serviram com uma nova embalagem, mas não tem o mesmo vigor que outrora. O roteiro fraco e cheio de clichês que antigamente, funcionavam, mas agora só impressiona crianças que nunca tiveram contato com suspense ou horror.
As histórias contadas são repetições de tudo que já foi narrado em filmes de short-stories ou séries de suspense com episódios individuais: A noite do Halloween, o amor que volta do túmulo e muitas outras histórias estão sendo contadas desde 1950.
Confesso dei um crédito ao retorno de Creepshow-A série, devido as pessoas envolvidas: Joe Hill, filho do escritor Stephen King, também um excelente contista como o pai.
Greg Nicotero, mestre em maquiagem de terror. Já trabalhou com o mestre George A. Romero e na série The Walking Dead. O ator Jeffrey Combs, o eterno Dr. West de Reanimator.
E a direção de David Bruckner que fez VHS. John Harrison que é pai de um dos meus filmes favoritos divido em três contos - Contos da Escuridão. E meu idolo, Tom Savini que dispensa apresentações, pois além de vários trabalhos com os mestres do terror (inclusive Tarantino) ele fez parceria com Stephen King e George A. Romero para produzirem o clássico Contos da Crypta (creepshow)
Então realmente não sei o que aconteceu. A produtora Shutter, responsável pela série, tem a fama de ter roteiros bem medianos, mesmo os efeitos visuais serem muito bons. Considero que seja dedo dos produtores. Pois as histórias são bem medianas, clichês e previsíveis. O episódio "A mão do macaco" que é baseado em um conto clássico do escritor William Wymark Jacobs,não souberam aproveitar. A única história que teve um vigor de criatividade foi o conto da maleta.
Creepshow já teve um desgaste em sua imagem quando fizeram desenho animado por volta do fim dos anos 80. O retorno deveria ser com contos realmente interessantes e com uma dose considerável de suspense e humor negro. Como as séries Night Visions e Masters of Horror. Ambas cheia de histórias intrigantes, jamais contadas e cheias de suspense. Masters of Horror reuniu para cada episodio os melhores diretores do gênero e os melhores roteiristas. Creepshow foi um fiasco. A forma como as histórias foram contadas, não seriam surpreendentes nem nos anos 80. Pois nos anos 80 quem procurava por suspense e horror, tinha The Twilight Zone de 1950 com referência de bons roteiros. Em tempos de A Maldição da Mansão Hills e Black Mirror. O roteiro deveria vir a altura.
Continuo preferindo os filmes e a série original.
Frankenstein
2.5 27Filmar ou refilmar algo consagrado pela história não é uma tarefa nada fácil. Por mais que seja compreensível a releitura que o diretor quis fazer, expondo as fragilidades sociais atuais. O filme não me impactou. Talvez chamá-lo de Frankenstein não foi uma boa idéia. Quem leu o livro, entende a profundidade de alguns aspectos que o filme não alcançou. O que faltou ao diretor é tomar Mary Shelley (e o seu romance) como inspiração e não como referência fidedigna, passo à passo. Tomando como referência, ele copiou tudo o que há na obra original. E mesmo contextualizando no tempo presente, não soou como uma ode ao clássico, nem tornou seu filme mais digno. Se tornou algo medíocre, pois não foi capaz nem de homenagear, nem desenvolver algo nova baseado na inspiração. Pois quando fazemos referências e não respeitamos o tempo histórico em que a obra original foi narrada, o resultado da referência se torna algo deslocado, desconexo. Pois não há propósito.
Como inspiração o contexto é diferente. Entendemos o subtexto no monstro medieval, mas não precisamos evoca-lo. Um bom exemplo disso é o filme “The Lighthouse (O Farol)” do diretor Robert Eggers. É evidente que o filme foi inspirado pelas obras de H.P Lovecraft. Porém se o filme se chamasse Cthulhu e tentasse narrar a história da criatura mitológica, conforme o conto do escritor, porém dentro do roteiro do filme. Com certeza o filme perderia seu valor, se tornaria medíocre. Principalmente porque Lovecraft é um dos escritores, praticamente, impossíveis de se adaptar uma obra que soe com a mesma essência em um filme. Robert Eggers trouxe a narrativa todas as sensações que existem nas leituras de uma obra tétrica do Lovecraft. Mesmo o filme não sendo uma adaptação direta do conto de Lovecraft, a inspiração criou sutis referencias que fez com que a obra caminhasse por si só, sem desmerecer a honrada homenagem a quem o inspirou.
O que não aconteceu com o Frankenstein do diretor Bernard Rose. Com o título e toda narrativa exatamente similar a obra literária, parece-me que ele simplesmente disse: “olha é nisso que me inspirei”. E como sabemos de fio a pavio qual é a história do Frankenstein. O filme soou como: “Veja essa história que você já conhece, agora contextualize com essa realidade aqui”. Ou seja, não houve nada de surpreendente. Nem na tentativa de homenagear a obra de Mary Shelley, nem na inspiração que levou Bernard Rose a trazer o tema para o presente. Filmes como “A.I. Inteligência Artificial” do Steven Spielberg ou “O Homem Bicentenário” com Robin Williams foram mais grandiosos na inspiração e louváveis na homenagem do que essa tentativa que no final das contas soou como pretenciosa ou um mero desperdício de tempo e dinheiro. Diante dessa tentativas meia-boca, acabo preferindo o Frankenstein com Robert DeNiro e os filmes B da produtora Hammer sobre a criatura de Mary Shelley.
The End?
2.7 32O erro dos novos filmes com zumbis é contar histórias que todos já viram. Isso não trás clímax, pois todos conhecem a regra do jogo: sabem de alguma forma como os zumbis surgiram, como sobreviver, como mata-los e quais erros não cometer. Todos os gêneros, todos temas, todos os contextos, tem seus clichês e narrativas que já estão subentendidas devido a experiência do público com aquele contexto. In un giorno la fine seria um filme grandioso, se pudéssemos através de uma máquina do tempo apresentar ao público de 1940 ou alguém que tenha o primeiro contato com a temática zumbi através desse filme. Fora essas duas exceções, qualquer um que assistir ao filme vai se sentir desafiado intelectualmente. E de uma forma não positiva.
É difícil engolir um filme retratado em pleno século 21, com smartphones e redes de vídeo streaming, que aquele individuo nunca se deparou com filmes, documentários, desenhos ou jogos sobre zumbis. É difícil engolir que o pavor seja realmente do desconhecido. Cada passo, cada “enigma”, cada “peco sem saída” proposto pelo filme nos soa tão previsível que sabemos o que irá acontecer minutos após. O subtexto, drama no relacionamento pessoal e empresário insensível, não faz a sua química. Não cria uma ligação com a ideia “o caos é transformador e exercita no ser humano a reflexão sobre empatia”. O tema é batido, mas pode ser superado, como em Invasão Zumbi (Busanhaeng), filme sul coreano do diretor Yeon Sang-Ho. Havia o empresário insensível, havia drama familiar, havia zumbi em lugar confinado. O problema é o roteiro, narrativa e principalmente, não subestimar a inteligência de quem assiste.
Sou um entusiasta por filmes de zumbis e mesmo no primórdio do gênero o segredo de um bom filme é não subestimar a inteligência do telespectador com as mesmas referências do gênero. Um homem me ensinou isso: George A. Romero. Tirando isso e o roteiro que não se sustenta por um tempo é um filme muito bem produzido. Os efeitos visuais são interessantes. Mas eles não são tudo se a história se torna cansativa e a argumentação e referência pobre de criatividade.
O que faltou para a diretora Daniele Misischia foi usar o que já sabemos e vimos sobre zumbi a favor do filme. Considerar que o telespectador, assim como personagem no primeiro sinal de um contexto familiar, ficaria surpreso por estar dentro dele, mas estaria mais “preparado”, principalmente no sentido de supor o que está por vir. Com isso em mente o filme poderia lidar com os dramas humanos e ser mais criativo na reviravolta. Sendo um terror gore de zumbi, tudo isso poderia passar batido, pois aí o que conta é a diversão pela diversão. Humor negro a cada frame. Mas com o andar do filme fica claro que essa não foi a proposta da diretora. Falhando assim, miseravelmente nos clichês.
Destacamento Blood
3.8 448 Assista AgoraNão tem como não assistir ao filme e ter aquela sensação que o filme foi feito sob medida para os momentos atuais. Pois é, infelizmente o preconceito, o racismo e a ganância são tão antigas e lamentavelmente é uma luta para sair de moda.
Gostei muito do filme, principalmente pela forma como o Spike Lee se utilizou do artificio documental para nos contextualizar ao longa. Isso fez com que o filme não soasse como mais um filme de guerra falando sobre a vitória fictícia dos EUA sobre o Vietnã ou como o EUA lutou com bravura e honra, honrando seus soldados que não voltaram. Sabemos que essas duas visões são baboseira. Mas a coexistência de estilos dentro do longa, documental e narrativa, nos aproxima da profundidade dos fatos.
Gostei do artificio utilizado para falar do passado, só não achei interessante usar os mesmos atores do presente representando o passado que viveram. Foge ao tom, soa desconexo, limita a imersão ao passado da narrativa
Batismo do Caos
2.7 5Se houvesse um roteiro, independe do minimo recurso, a criação tomaria rumo na narrativa. Vi um exercício de edição, uma vontade de fazer e um desejo de "chocar". Mas faltou mensagem.
A Century of Black Cinema
4.2 1Aonde encontrar?