Moustache: E qual é a sua defesa? Você não poderia ter matado o Lorde X porque você era o Lorde X. Só que você não era o Lorde X, você era um cafetão. Só que você não era realmente um cafetão, você trabalhava no mercado todas as noites para ganhar 500 francos para pagar para fazer amor com sua própria garota, com quem você podia fazer amor em qualquer noite de graça, se não estivesse tão cansado para ganhar o dinheiro para dar ao Lorde X, para dar a Irma, para dar para você.
Beat the Devil foi um fracasso de bilheteria, desprezado por Humphrey Bogart, mas, francamente, eu o considero muito divertido (e, claro, um pouco bobo). O humor vem do próprio absurdo da trama, dos vilões caricatos (a gangue de Petersen, com seus tamanhos variados, parece ter saído de algum desenho animado) e, principalmente, dos diálogos afiados, bem-humorados e sarcásticos:
Gwendolen confidenciando à Harry sobre sua preocupação com a gangue de Petersen: Gwendolen: ''Harry, devemos tomar cuidado com esses homens. São personagens desesperados.'' Harry: ''O que te faz dizer isso?'' Gwendolyn: ''Nenhum deles olhou para as minhas pernas!''
O infame monólogo de Peter Lorre: “Tempo, tempo, o que é o tempo? Os suíços o fabricam. Os franceses o acumulam. Os italianos o desperdiçam. Os americanos dizem que é dinheiro. Os hindus dizem que isso não existe. Você sabe o que eu digo? Eu digo que o tempo é um trapaceiro.”
Billy, declamando para Gwendolyn: Billy: ''Eu preciso ter dinheiro. As ordens do médico são para que eu tenha muito dinheiro, caso contrário eu me torno chato, apático e tenho problemas com a minha pele.'' Gwendolen: ''Mas você não é assim agora e não tem dinheiro.'' Billy: ''São as minhas expectativas que me mantêm firme.''
Maria dizendo a Harry, na tentativa de cortejá-lo com seu forte sotaque italiano: “Emocionalmente, sou inglesa”
Por isso, não consigo imaginar ninguém saindo de Beat the Devil se preocupando com a trama. De alguma forma, a inteligência de Capote combinada com o olhar infalível de Houston resultou numa opção leve e divertida de se passar 1 hora e 29 minutos.
O casamento de Johan e Marianne se desintegra logo na primeira parte do filme, mas o amor deles não. Mesmo 20 anos depois de se casarem e 10 anos depois de se divorciarem, para além de tudo que aconteceu (brigas, traições, frustrações, recriminações mútuas, máguas, novos casamentos), de alguma forma inexplicável os dois continuam se preocupando um com outro, precisando um do outro e amando um ao outro ''de forma mundana e imperfeita.''
Aquela cena em que a Elaine Stewart (Lila) anda descalça pela escada, com um martini na mão, em um vestido preto de noite colado ao corpo, dizendo à Lana Turner (Georgia) “Você é trabalho, eu sou companhia”, é extremamente provocante. Depois disso entendi o porquê dela ser chamada de a “ Marilyn Monroe de cabelos escuros”.
Filme datado, pífio e sem graça. ''The Caddy'' envelheceu muito mal e foi difícil assisti-lo até o final. A história é exageradamente simples, assim como a atuação ''cômica'' de Jerry Lewis é exageradamente teatral (até mesmo para uma ''screwball comedy'') e irritante. O que se salva no filme é a cena em que Dean Martin (Joe Anthony) canta a belíssima canção ''That's Amore" e todas as cenas em que a também belíssima Donna Reed aparece.
Revi este filme recentemente, mas ainda não consigo gostar dele. Diferentemente de outras ''screwball comedy'' que se mantêm muito bem até hoje - a exemplos de It Happened One Night (1934), My Man Godfrey (1936), The Philadelphia Story (1940) e a clássica Some Like It Hot (1959) -, Bringing up Baby é uma comédia com diálogos datados, com situações exageradamente infactíveis (até mesmo para uma screwball) e, em certos pontos, irritantes. Definitivamente, não assistiria uma terceira vez.
Exemplo magnífico de um filme noir: há paixão, assassinato, ciúmes, chantagem, reviravoltas, atmosfera sombria e mil outras coisas apresentadas de uma forma brilhante. Sem dúvida, é um dos melhores e mais subestimados noirs já feitos.
Visualmente, é um híbrido de filme noir com thriller médico. Tem uma história interessante, ótimas atuações (principalmente de Jack Palance), uso inteligente das imagens em preto e branco (sombreando e enquadrando pontos importantes da cena) mas, em geral, parece um pouco forçado e tem furos significativos no roteiro.
Eu sei que há fãs de Laughton por aí (eu sou um deles), e fãs de Harrison também. Mas a principal razão pela qual os espectadores modernos assistirão a este filme é Vivien Leigh. Ela é absolutamente deslumbrante e se destaca entre o restante do elenco (uma grande façanha quando se luta com talentos sólidos como o Laughton).
Henry Van Cleve: ''Eu dei uma olhada em você e a segui até a loja. Se você tivesse ido a um restaurante, eu me tornaria um garçom. Se você tivesse entrado em um prédio em chamas, eu me tornaria um bombeiro. Se você tivesse entrado em um elevador, eu teria parado entre dois andares e teríamos passado o resto de nossas vidas lá.''
Impossível não perceber em ''House of Strangers'' muitas semelhanças com ''The Godfather''. Na minha opinião, trata-se de um dos melhores filmes dos anos 40/início dos 50 do gênero e foi injustamente negligenciado.
O fato de Bogie e March coestrelarem esse filme já é razão suficiente para assistí-lo (é o único filme que essas duas lendas fizeram juntos). No entanto, achei apenas ''regular''. O filme não conseguiu entregar a verdadeira urgência dos acontecimentos, seja pela falta de situações críveis, seja pela precariedade do diálogo de alguns personagens. Faltou tensão.
Irma La Douce
4.0 75Genial!
Moustache: E qual é a sua defesa? Você não poderia ter matado o Lorde X porque você era o Lorde X. Só que você não era o Lorde X, você era um cafetão. Só que você não era realmente um cafetão, você trabalhava no mercado todas as noites para ganhar 500 francos para pagar para fazer amor com sua própria garota, com quem você podia fazer amor em qualquer noite de graça, se não estivesse tão cansado para ganhar o dinheiro para dar ao Lorde X, para dar a Irma, para dar para você.
Como Matar Sua Esposa
3.3 5Tudo o que sei é que se um dia eu acordasse subitamente casado com Virna Lisi, eu definitivamente não iria pedir anulação.
O Diabo Riu Por Último
3.3 19 Assista AgoraBeat the Devil foi um fracasso de bilheteria, desprezado por Humphrey Bogart, mas, francamente, eu o considero muito divertido (e, claro, um pouco bobo).
O humor vem do próprio absurdo da trama, dos vilões caricatos (a gangue de Petersen, com seus tamanhos variados, parece ter saído de algum desenho animado) e, principalmente, dos diálogos afiados, bem-humorados e sarcásticos:
Gwendolen confidenciando à Harry sobre sua preocupação com a gangue de Petersen:
Gwendolen: ''Harry, devemos tomar cuidado com esses homens. São personagens desesperados.''
Harry: ''O que te faz dizer isso?''
Gwendolyn: ''Nenhum deles olhou para as minhas pernas!''
O infame monólogo de Peter Lorre:
“Tempo, tempo, o que é o tempo? Os suíços o fabricam. Os franceses o acumulam. Os italianos o desperdiçam. Os americanos dizem que é dinheiro. Os hindus dizem que isso não existe. Você sabe o que eu digo? Eu digo que o tempo é um trapaceiro.”
Billy, declamando para Gwendolyn:
Billy: ''Eu preciso ter dinheiro. As ordens do médico são para que eu tenha muito dinheiro, caso contrário eu me torno chato, apático e tenho problemas com a minha pele.''
Gwendolen: ''Mas você não é assim agora e não tem dinheiro.''
Billy: ''São as minhas expectativas que me mantêm firme.''
Maria dizendo a Harry, na tentativa de cortejá-lo com seu forte sotaque italiano:
“Emocionalmente, sou inglesa”
Por isso, não consigo imaginar ninguém saindo de Beat the Devil se preocupando com a trama. De alguma forma, a inteligência de Capote combinada com o olhar infalível de Houston resultou numa opção leve e divertida de se passar 1 hora e 29 minutos.
Cenas de um Casamento
4.4 232É uma das histórias de amor mais verdadeiras, duras e românticas já feitas. Realmente, Bergman é único.
O casamento de Johan e Marianne se desintegra logo na primeira parte do filme, mas o amor deles não. Mesmo 20 anos depois de se casarem e 10 anos depois de se divorciarem, para além de tudo que aconteceu (brigas, traições, frustrações, recriminações mútuas, máguas, novos casamentos), de alguma forma inexplicável os dois continuam se preocupando um com outro, precisando um do outro e amando um ao outro ''de forma mundana e imperfeita.''
Matrimônio à italiana
4.1 36 Assista AgoraEstou chorando, Dumi...e como é bom chorar!"
Assim Estava Escrito
4.2 56 Assista AgoraAquela cena em que a Elaine Stewart (Lila) anda descalça pela escada, com um martini na mão, em um vestido preto de noite colado ao corpo, dizendo à Lana Turner (Georgia) “Você é trabalho, eu sou companhia”, é extremamente provocante. Depois disso entendi o porquê dela ser chamada de a “ Marilyn Monroe de cabelos escuros”.
Sofrendo da Bola
3.5 14Filme datado, pífio e sem graça. ''The Caddy'' envelheceu muito mal e foi difícil assisti-lo até o final. A história é exageradamente simples, assim como a atuação ''cômica'' de Jerry Lewis é exageradamente teatral (até mesmo para uma ''screwball comedy'') e irritante. O que se salva no filme é a cena em que Dean Martin (Joe Anthony) canta a belíssima canção ''That's Amore" e todas as cenas em que a também belíssima Donna Reed aparece.
Levada da Breca
4.0 165Revi este filme recentemente, mas ainda não consigo gostar dele. Diferentemente de outras ''screwball comedy'' que se mantêm muito bem até hoje - a exemplos de It Happened One Night (1934), My Man Godfrey (1936), The Philadelphia Story (1940) e a clássica Some Like It Hot (1959) -, Bringing up Baby é uma comédia com diálogos datados, com situações exageradamente infactíveis (até mesmo para uma screwball) e, em certos pontos, irritantes. Definitivamente, não assistiria uma terceira vez.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraQue obra-prima! Explosivamente cômico e, ao mesmo tempo, profundamente angustiante. Que elenco! que fotografia! que trilha sonora! que diálogos!
Martha: Verdade e ilusão, George; você não sabe a diferença.
George: Não, mas devemos continuar como se soubéssemos.
Marta: Amém.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraO filme é como uma hipnotizante fantasia erótica sobre oportunidades perdidas e problemas evitados.
Um Só Pecado
3.9 52 Assista Agora''Find what you love and let it kill you''.
Uma Mulher Casada
4.1 49Exageradamente belo e monótono. É engraçado que o que soa como pretensão, torna-se, nas mãos de Godard, a única forma possível de se fazer filmes.
Charada
4.1 297 Assista AgoraComo não se apaixonar pela Audrey Hepburn?
Ser ou Não Ser
4.4 68Schultz!
Ladrão de Alcova
4.0 34'' O casamento é um belo erro que duas pessoas cometem juntas.''
O Justiceiro
3.8 14''O dever primário de um advogado que exerce o cargo de promotor público não é condenar, mas garantir que a justiça seja feita.''
O Tempo Não Apaga
3.9 29 Assista AgoraExemplo magnífico de um filme noir: há paixão, assassinato, ciúmes, chantagem, reviravoltas, atmosfera sombria e mil outras coisas apresentadas de uma forma brilhante. Sem dúvida, é um dos melhores e mais subestimados noirs já feitos.
Minha frase favorita:
Toni Marachek: Eu perdi um ônibus uma vez e tive sorte. Eu queria ver se eu poderia ter sorte duas vezes.
Pânico nas Ruas
3.6 25 Assista AgoraVisualmente, é um híbrido de filme noir com thriller médico. Tem uma história interessante, ótimas atuações (principalmente de Jack Palance), uso inteligente das imagens em preto e branco (sombreando e enquadrando pontos importantes da cena) mas, em geral, parece um pouco forçado e tem furos significativos no roteiro.
Heróis Esquecidos
4.2 17 Assista Agora“He used to be a big shot” foi classificada pelo American Film Institute (AFI) como a melhor ''last line'' de um filme de gângster.
Nos Bastidores de Londres
3.6 5 Assista AgoraEu sei que há fãs de Laughton por aí (eu sou um deles), e fãs de Harrison também. Mas a principal razão pela qual os espectadores modernos assistirão a este filme é Vivien Leigh. Ela é absolutamente deslumbrante e se destaca entre o restante do elenco (uma grande façanha quando se luta com talentos sólidos como o Laughton).
O Diabo Disse Não
3.8 37Henry Van Cleve: ''Eu dei uma olhada em você e a segui até a loja. Se você tivesse ido a um restaurante, eu me tornaria um garçom. Se você tivesse entrado em um prédio em chamas, eu me tornaria um bombeiro. Se você tivesse entrado em um elevador, eu teria parado entre dois andares e teríamos passado o resto de nossas vidas lá.''
Sangue do Meu Sangue
3.7 17Impossível não perceber em ''House of Strangers'' muitas semelhanças com ''The Godfather''. Na minha opinião, trata-se de um dos melhores filmes dos anos 40/início dos 50 do gênero e foi injustamente negligenciado.
Horas de Desespero
3.9 27O fato de Bogie e March coestrelarem esse filme já é razão suficiente para assistí-lo (é o único filme que essas duas lendas fizeram juntos). No entanto, achei apenas ''regular''. O filme não conseguiu entregar a verdadeira urgência dos acontecimentos, seja pela falta de situações críveis, seja pela precariedade do diálogo de alguns personagens. Faltou tensão.
Two O'clock Courage
4.2 3Uma opção divertida de se passar 68 minutos.