Como de costume da Aardman Animations, a equipe volta com mais uma animação feito em sua bela técnica característica de stop-motion. Com personagens carismáticos e um roteiro divertido e engraçado. Nota 8/10
Ainda que o Anthony Hopkins esteja fazendo o mesmo papel que fazia antes, o filme sobre o sequestro do Sr. Heineken consegue ser um bom filme de ação policial, sem uma história nada muito mirabolante ou original. A atuação dos demais atores são ok, e a parte boa fica pra fotografia granulada retratando bem a época que o sequestro ocorreu. Nota 7/10
A fotografia é formidável. Filme de "véio" oeste em um estilo muito mais trágico e dramático do que muitas sequências de bang bang. Mas ainda sim tem uma trama toda bem simples e bem construída. Em 1 hora e 20 de longa, ele soa extremamente bem ritmado. Nota 8/10.
O melhor do filme sem dúvidas é a atuação do Schwarza, deixou de lado o canastrão dos anos 80 e arriscou muito bem. Em um contexto geral o filme funciona bem, um filme de zumbi de drama, explorando mais as relações afetivas. Talvez tenha sido mal recepcionado por quem achou que ia assistir um The Walking Dead ou um Guerra Mundial Z. Nota 7/10
Corações de Ferro (Fury) é o filme de guerra dirigido e escrito pelo David Ayer. A trama que se situa no fim da segunda guerra mundial, com os Aliados quase vencendo a Alemanha Nazista, vai acompanhar a tripulação de um tanque de guerra que leva o nome do título original: Fury. O ponto principal que Ayer tenta evidenciar no filme é a dificuldade psicológica que um soldado tem que encarar em uma guerra. Ainda que sabemos que isso não é nada novo no cinema, nesta parte o filme funciona perfeitamente bem, e isso se deve em grande parte as atuações incríveis e com uma forte carga emocional dos atores. De um elenco que traz Brad Pitty, Shia LaBeouf, Logan Lerman, Michael Peña e Jon Bernthal. E digo, TODOS eles estão incríveis. Os efeitos especiais do filme e a fotografia são belíssimas. Corações de Ferro, apesar de ser um filme bom, comete o erro de deixar alguns pontos no final do filme muito previsíveis e por possuir táticas de guerras um tanto fracas. Mas em geral, é um bom filme que ao menos deve ser assistido por quem se interessa pelo gênero.
As cenas de guerra finais senti um certo exagero, e pra quem tinha a proposta de mostrar a realidade e o horror da guerra, achei um tanto demasiado, mais parecia que se estava assistindo 300 do Zack Snyder.
E eis que decido dar mais uma chance a um estilo de filme que não vem caindo nem um pouco no meu gosto. Adaptar contos de fadas em cinemão. Mas por incrível que pareça, a Disney pelo menos conseguiu acertar nessa. Malévola é o filme de estréia do diretor Robert Stromberg, e nos dá um ponto de vista diferente na história, colocando tudo sob a perspectiva da vilã. O roteiro fica a encargo de Linda Woolverton, a mesma que adaptou para as telas o filme Alice no País das Maravilhas de Tim Burton. Elabora para as telas junto do diretor uma história que retira a inocência do plot original, e acrescenta elementos novos. Por que Malévola é má? Tão somente porque não foi convidada a uma festa? E constrói uma trama nova em cima disso que vai revelar uma personagem diferente do que realmente pensamos que era. A arte visual do filme é incrível, desde os efeitos até a fotografia. Há algumas passagens que talvez fossem ligeiras demais, mas o filme possui 97 minutos, não fica se estendendo a longuíssima batalhas, o que o deixa bem ritmado. E é claro, que a melhor coisa no filme é atuação de Angelina Jolie no papel principal. Lá está em uma atuação cuidadosa, sendo fiel á personalidade da vilã, mas ao mesmo tempo construindo o mistério no qual o conceito do filme se propôs a conceber.
THX 1138, primeiro longa-metragem de George Lucas, dirigido e escrito. O filme viaja por um futuro distópico aonde um personagem se vê em meio de uma sociedade controlada pelo Estado, aonde o livre arbítrio e o sexo são proibidos e tudo isto é constantemente monitorado por robôs e câmeras. Essa premissa é boa, o problema do filme é o desenvolvimento. Por mais que os motivos são óbvios da trama, durante todo o filme você não tem a impressão de que o diretor de fato queria demonstrar algum conceito. É tudo muito simplório com um desejo incomensurável de se tornar uma ficção cientifica bem elogiada. Nota-se uma profunda inspiração em 1984 de George Orwell, também. O filme também não consegue ser bem ritmado, o que torna ainda mais estranho para um longa de 1 hora e 30 de duração. Não que o filme seja uma porcaria, ele é apenas a história de um homem controlado querendo se desvencilhar de um Estado autoritário e você não capta mais nenhuma nuance nisso. E disso, já existia no cinema muito antes de 1971. As atuações de Robert Duvall e Donald Pleasence são boas. Assisti a versão do diretor de 2004 aonde muito da fotografia do filme foi refeita, incluindo nele cenas digitais, o que em certas cenas parece demasiadamente um exagero e em outras ficou simplesmente aparentando ser de fato um filme de hoje.
Uma das coisas mais sensatas que a Paramount poderia fazer era entregar um filme de Star Trek nas mãos de J.J. Abrams. O filme em todos os sentidos é assustadoramente fiel á todo conceito criado por Gene Rodenberry lá atrás. A história foca nos primórdios da tripulação clássica da USS Enterprise, aonde se verá em um conflito com um vilão romulano descontrolado emocionalmente, que da todo sentido ao seu nome: Nero, sendo interpretado muitíssimo bem por Eric Bana. O roteiro de Roberto Orci e Alex Kurtzman é ótimo, inclusive chegando a usar o conceito de universo paralelo, para pode utilizar de forma coerente o Spock Prime de Leonardo Nimoy e poder deixar uma liberdade criativa para esses novos filme sem que invada o cânone original. Toda a carga dramática do filme é cuidadosamente bem dirigida pelo Abrams, a arte visual é magnífica. O elenco também é assustadoramente primoroso no filme, Chris Pine encarna todos os trejeitos canastrões de Kirk, Zachary Quinto me faz pensar que não pode mais existir um Spock novo além dele, e até mesmo Karl Urban fazendo o esquentado McCoy, também extremamente fiel á personalidade do personagem. Poderiam falar dos outros atores, mas se estenderia demais. É admirável como J.J. Abrams, um diretor que declarou que não era fã da série, teve um cuidado tão formidável, fazendo um filme para atrair novos públicos e deixar contente os fãs da série original.
Quando os roteiristas do filme Sem Escalas criaram seu protagonista, é certeza que eles criaram pensando no Liam Neeson de Busca Implacável. Dirigido pelo diretor Collet-Serra, o filme tem uma premissa previsível que pode não interessar, é sobre um agente federal aéreo que consiste em ficar á paisana dentro de um avião, para que este possa apartar caso ocorra alguma ameaça á vida dos passageiros. A premissa parte da ideia de que, sim, há uma ameaça. Um individuo misterioso que envia mensagens de texto no celular do agente Bill Marks (Liam Neeson), ameaçando a vida de todos do avião se caso não for depositado em sua conta 150 milhões de dólares. Por mais simples que pareça, a história funciona pelo ritmo imposto pelo diretor. Durante grande parte do filme você desconfia de todos os passageiros presentes, e o misterioso terrorista parece estar sempre ridicularizando o agente Marks. O diretor tem cortes ótimos, então tudo acaba funcionando dentro daquele cenário limitado. O que acaba por ser frustrante no filme é sua terrível conclusão, você descobre que no final, tudo aquilo que motiva o misterioso terrorista é tão fútil, que se bobiar você acaba dando risada com tamanha besteira. A atuação do Liam Neeson não surpreende em nada, é apenas aceitável, quase uma repetição de seu trabalho em Busca Implacável. Ainda tem como suporte no filme as atrizes Juliane Moore e Michelle Dockery (De Downton Abbey) cumprindo bons papéis. Sem Escalas é um filme fraco, meia boca. Com um bom ritmo, mas muito típico de roteiristas que adoram criar uma situação incrível e não possui culhões para concluir.
Pois é, esse é o filme ideal pra quem acha que Matt Damon e Ben Affleck sempre foram rostinhos bobos de hollywood. Gênio Indomável é escrito por ambos, e é um filmaço. O filme parte da premissa de um jovem garoto faxineiro, que resolve um teorema matemático complexo, se revelando a um professor de renome um gênio das exatas. Porém, devido a um desenvolvimento cheio de turbulência, o personagem demonstra uma personalidade explosiva de se lidar. Este personagem se chama Will Hunting e é interpretado por Matt Damon, em um de seus papéis mais incríveis da carreira. É por este motivo que entra o psicólogo Dr. Sean Maguire para ajudar Will superar suas dificuldades. Robin Williams vivencia o psicólogo, demonstrando mais uma vez um caminhão de emoções em sua atuação. O roteiro de Damon e Affleck é muito mais profundo e humano do que a premissa promete. Nas mãos do diretor Gus Van Sant, demonstra como a ideia é tratada de uma forma muito mais delicada do que se aparenta. O filme é uma aula de superação que rende diálogos incríveis. A trilha sonora de Danny Elfman é caprichosa, e as atuações de Ben Affleck, Minnie Driver e Stellan Skarsgard complementam o importante e ótimo elenco.
Animação muito bem projetada, a utilização do stop-motion coube todos os recursos visuais do Wes Anderson. A animação do Wes Anderson aparenta ser uma animação adulta, mas que pode facilmente ser assistida por crianças. Inclusive, é adaptada do livro infantil Fantastic Mr Fox de Roald Dahl, Wes Anderson traz o personagem boa pinta Sr Raposo que após se aposentar naquilo que faz de melhor, caçar aves, vira um colunista de jornal. O que vai desvencilhar a história é quando o Sr Raposo vê a oportunidade de voltar a ser uma grande raposa caçadora. A história traça um paralelo do conflito natureza versus moral, que vai passar de maneira bem contada na narrativa do Wes. A animação tem uma trilha sonora incrível, a fotografia em cores de pastel, característico no filme do diretor, e reúne um time de atores que enriquecem e fazem um trabalho competentíssimo de dublagem. Destacando George Clooney como Sr Raposo, Meryl Streep como Sra Raposa e Willem Dafoe como o incrível Rato.
Este é um dos filmes que ajudariam a moldar o cinema de terror moderno juntamente de O Massacre da Serra Elétrica. O filme chamado Black Christmas, que recebe o titulo nacional mega genérico Noite do Terror, é um ótimo filme cheio de cenas com um suspense intrigante. O filme tem um empurrão forte pelas atuações, que são muito boas. A começar pela emotiva protagonista Jess interpretada pela Olivia Hussey, a descontrolada Barb interpretada por ninguém menos que Margot Kidder (A Lois Lane da franquia Superman), e o misterioso Peter interpretado por Keir Dullea (o grande David Bowman de 2001 Uma Odisséia no Espaço). Apesar de ser um dos principais na origem do estilo slasher do terror, o filme ainda sim tem sua trama centrada no suspense setentista. O roteiro é bem preocupado com os detalhes, ao contrário de muitos filmes que este influenciaria, cada morte é muito bem preservada pelo roteirista Roy Moore e o diretor Bob Clark. Esqueça aquele filme de terror que nenhuma das vitimas conseguem contatar a policia, aqui os personagens conseguem,como era de costume na década de 40 e 50, e a trama se desenvolve muito bem com isso. É um ótimo filme de terror, que pode parecer estar um pouco datado devido aos zilhões de filmes que se inspiraram ou copiaram Noite do Terror, mas que ainda sim vale a pena.
Gostei do final do filme, ao contrário da maioria dos filmes aonde o vilão é sempre apresentado de cara, ou é surpreendentemente alguém "conhecido". Aqui ninguém fica sabendo quem é o maníaco, e isso pode ser mesmo a sacada do filme.
A cena inicial do filme, ja nos mostra que o Scorsese não vai poupar a violência. Adaptado de um livro que narra a história da familia Lucchesse, mestre Scorsa costura em cenas incríveis a proposta do autor Nicholas Pillegi. É sem dúvida alguma uma das maiores obras que envolvem máfia. Aqui vai a história do gangster Henry Hill, desde quando era pequeno e almejava com a vida de mafioso até sua queda. Com um cast perfeito que incluem Ray Liotta junto da italianada nata do cinema composta por Robert DeNiro, Joe Pesci e Paul Sorvino. O personagem Henry Hill vai se aprimorando em exercer a vida de criminoso, e sempre analisando as atitudes psicopatas dos seus goodfellas contidas dentro de ternos caros. Filme com tomadas lindamente violentas com a assinatura característica do mestre. Obra prima!
Nem resenharei tanto neste, porque ele consegue ser magistralmente tão ruim quanto o primeiro. Me arrisco a dizer que até pior que o seu antecessor. Metade do cast desaparece, tem umas tomadas horríveis desse diretor, e eu não esperava menos do cara que dirigiu o remake de Dia dos Mortos. Jason até então, um personagem misterioso apresentado no final do filme anterior, por trás das câmeras é a única coisa que há de se considerar, mas não salva essa porcaria de filme com um zilhão de problemas de criação.
E então, caçando umas animações estrangeiras eu me deparo com esta obra prima belga. Animação em stop-motion de uma dupla de diretores que realizaram um puta de um filme viajado e belíssimo. A técnica toda estilizada é perfeita, os cenários em massinha, a maneira como os personagens se articulam é só uma contribuição para o carisma dos mesmos. Feito com um orçamento baixo, mas competente demais. Todos os personagens são engraçadíssimos, é perfeito como um início tão básico, que é basicamente os ótimos personagens Índio e Cowboy quererem dar um presente ao seu amigo Cavalo em seu aniversário, se torna quase que uma viagem psicodélica hilária. Respeito ao talento dos diretores Stéphane Aubier e Vincent Patar.
É um personagem tão icônico, e tem uma estréia extremamente ruim. Sexta-Feira 13 é um dos filmes mais cansativos e me assusta ser tão forte na cultura pop do terror. O filme do chamado gênero slasher, é um baita filme com roteiro de vento, apenas um personagem que "desconhecemos" matando outros personagens. O filme não tem roteiro, é um copia e cola de alguns conceitos dos anos 70 e nada mais. Os vilões não são trabalhados, são jogados no final do filme com uma explicação tão monótona quanto assistir a um show do Roberto Carlos de fim de ano. As atuações são até boas, pra um time de atores desconhecidos. A trilha sonora também é muito boa também, lembrando Bernard Herrmann. Mas tudo isso obviamente não convence o fiasco que o filme é. Uma bela porcaria superestimada que quer dormir na sombra de Halloween do John Carpenter.
Filme superestimado. O Scorsese filma com um ritmo muito bom, mas é entediante como o roteiro sai do nada para o nada. É um filme que tenta ser uma comédia, mas falha miseravelmente, a sensação é de claustrofobia o tempo inteiro em meio a tanto personagem neurótico. Parte esta, até interessante, ja que se trata do Scorsese querendo mostrar as personalidades caricatas de Nova York. A falta de um foco no fime o torna raso, as exageradas situações de um personagem que não volta pra casa, não compõem nada para uma conclusão do filme. Ou seja, o filme se trata apenas de exageradas situações, e nada mais. Pelo clima até meio sombrio de seu inicio, quando essas exageradas cenas chegam á tona, o clima estabelecido fica totalmente descontextualizado. Desse filme só vale a pena a ótima atuação do Griffin Dunne, e a trilha sonora de Howard Shore.
O filme é tão violento que quando você termina de assistir você não sabe opinar. Demorei um pouco pra assimilar toda a informação do filme e ter uma opinião. Nunca havia assistido nada parecido na vida. Já começo dizendo que o filme não é pra qualquer um, na verdade, é pra quase ninguém. É um filme que não se recomenda, a pessoa tem que ver seus temas e entender que o negócio é forte. Mas eu digo que é um filmaço, ele é incrivelmente bem filmado, em suas cenas mais violentas, o diretor soube conduzir de uma forma que não fique nada explícito os atos, para não deixar o negócio impossível de assistir. Digo isso porque temos filmes hoje em dia terror sexual em que a câmera foca os órgãos. Saló 120 Dias de Sodoma, que retrata um grupo fascista bizarro saciando seus mais estranhos desejos é um deles. A Serbian Film tem uma história chocante, mas não menos interessante, que vai crescendo, vai te preparando aos poucos pra insanidade que é a metade pro final do filme. A fotografia e as atuações contribuem muito pra toda aquela atmosfera perversa do filme.
Concordo que a cena do bebê foi demasiadamente um exagero, na verdade, eu como amante do gênero de terror, é de longe a cena mais perversa que eu já assisti. E não digo isso em um bom sentido. Se algum dia eu reassistir a este filme, com certeza a versão com a cena censurada é o que eu irei escolher
The King Of Comedy é o filme do Mestre Scorsa que não traz sua violência característica, o diretor optou por trazer um personagem cômico. Porém o personagem problemático e que vai desencandear eventos estranhos, esta lá! Depois de um personagem emblemático como o Jay LaMotta em Touro Indomável, DeNiro me surpreende em sair de um boxeador raivoso pra ir se aventurar na pele do obcecado Rupert Pupkin. As cenas que vão mostrando sua confusão entre a realidade e fantasia são ótimas, junto da personagem de Diahnne Abbott, que interpreta a fã alucinada, vai construindo o roteiro de forma divertidissida e preparando os eventos finais. Tudo muito bem pensando, o filme é maior do que parece, em termos artísticos. O roteiro do Paul Zimmerman é ótimo. Pontos também para o Jerry Lewis, que não poderia interpretar melhor um famoso entediado de sua fama e consequencias. Outro ponto interessante é o desfecho do filme, aonde interpreto que fica um final em aberto.
Um filme de drama que passa pela personalidade raivosa, bipolar e ciumenta de Jake LaMotta. É incrível, que apesar de ser um filme sobre o drama que um boxeador descontrolado vive fora dos ringues, tudo que compõe a particularidade do Scorsese esta presente, o interesse da máfia, as personalidades violentas são elementos que o brilhante Scorsese e suas sobrancelhas lidam com maestria. Scorsese mostra uma típica personalidade de um homem que constantemente enxerga sua mulher o traindo e não tem controle algum sobre si quando se trata de agredir esta mulher. Uma personalidade que é mais uma bomba-relógio quando deve encarar seus problemas. O filme tem uma fotografia incrível, takes espetacularmente incríveis do mestre e atuações fora do normal. Robert DeNiro dando a fúria que o LaMotta precisava no filme, Joe Pesci sendo o importantíssimo papel de alivio que é o Joey LaMotta e Cathy Moriarty encarnando a insegura Vickie. Obra prima do mestre!
Filmaço bem singelo e bonito. Homenagem do Scorsese para o cinema trazer esta literatura para as telas. A história é incrível, tem um roteiro que homenageia o cinema, e mais especificamente a figura emblemática que foi o direitor George Méliès. Uma fotografia que capta bem aquelas estações antigas europeias. Ótimo ver um diretor que cria filmes adultos e de roteiros com carga dramáticas pesadas sair de sua zona e se arriscar em algo mais para a familia. O elenco do filme é ótimo, Chloe Grace. Ben Kingsley e o Sasha Baron Cohen mata a pau.
O gênero precisava de um filmaço como o Circulo de Fogo. O roteiro do filme é simples, possui alguns clichês, porém ele funciona totalmente, talvez porque ele soe como uma homenagem aos filmes como Godzilla entre outros do gênero. Mas isso não atrapalha em nada, a história diverte. A parte técnica do filme é descomunal, é um deleite ver os robôs Jaegers lutando contra os Kaijus, você se vê totalmente envolvido. As atuações são aceitáveis, nada alarmante, sinto que o Charlie Hunnam deve melhorar muito ainda, ele possui as mesmas expressões que o seu personagem Jax em Sons of Anarchy. No geral, é um ótimo Blockbuster, que vale a pena ser assistido e reassistido.
Mais uma pérola do mestre Scorsese, possui um roteiro magnifico e bem desenvolvido nos mostrando o quão o corretor Jordan Belfort é o tipico homem que busca o sonho americano, e é regido por uma ganância assustadora. O Leonardo DiCaprio mais uma vez mata a pau na atuação, se entrega ao papel. O filme possui 3 horas de duração, e em nenhum momento perde o ritmo, todas as cenas puxam as outras sem que pareçam desconectadas.
Baseado em fatos reais, tem talvez uma das premissas mais incríveis do gênero, colocar um heterossexual homofóbico lidando com uma doença numa época em que das vitimas da AIDS, 70% eram homossexuais. O roteiro e a direção caminham e exploram tão bem o que a história oferece, e vão desenvolvendo o texano Ron Woodroof, lhe mostrando o significado de respeito. Tudo isso junto das atuações descomunais do Matthew McConaughey e do Jared Leto, que se dedicaram tanto e conseguiram realizar uma das mais belas atuações dos últimos anos. Clube de Compras Dallas é um filme obrigatório.
Shaun: O Carneiro - O Filme
3.9 183Como de costume da Aardman Animations, a equipe volta com mais uma animação feito em sua bela técnica característica de stop-motion. Com personagens carismáticos e um roteiro divertido e engraçado. Nota 8/10
Jogada de Mestre
3.0 147 Assista AgoraAinda que o Anthony Hopkins esteja fazendo o mesmo papel que fazia antes, o filme sobre o sequestro do Sr. Heineken consegue ser um bom filme de ação policial, sem uma história nada muito mirabolante ou original. A atuação dos demais atores são ok, e a parte boa fica pra fotografia granulada retratando bem a época que o sequestro ocorreu. Nota 7/10
Oeste Sem Lei
3.5 197A fotografia é formidável. Filme de "véio" oeste em um estilo muito mais trágico e dramático do que muitas sequências de bang bang. Mas ainda sim tem uma trama toda bem simples e bem construída. Em 1 hora e 20 de longa, ele soa extremamente bem ritmado. Nota 8/10.
Maggie: A Transformação
2.7 449O melhor do filme sem dúvidas é a atuação do Schwarza, deixou de lado o canastrão dos anos 80 e arriscou muito bem. Em um contexto geral o filme funciona bem, um filme de zumbi de drama, explorando mais as relações afetivas. Talvez tenha sido mal recepcionado por quem achou que ia assistir um The Walking Dead ou um Guerra Mundial Z. Nota 7/10
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraCorações de Ferro (Fury) é o filme de guerra dirigido e escrito pelo David Ayer. A trama que se situa no fim da segunda guerra mundial, com os Aliados quase vencendo a Alemanha Nazista, vai acompanhar a tripulação de um tanque de guerra que leva o nome do título original: Fury.
O ponto principal que Ayer tenta evidenciar no filme é a dificuldade psicológica que um soldado tem que encarar em uma guerra. Ainda que sabemos que isso não é nada novo no cinema, nesta parte o filme funciona perfeitamente bem, e isso se deve em grande parte as atuações incríveis e com uma forte carga emocional dos atores. De um elenco que traz Brad Pitty, Shia LaBeouf, Logan Lerman, Michael Peña e Jon Bernthal. E digo, TODOS eles estão incríveis. Os efeitos especiais do filme e a fotografia são belíssimas.
Corações de Ferro, apesar de ser um filme bom, comete o erro de deixar alguns pontos no final do filme muito previsíveis e por possuir táticas de guerras um tanto fracas. Mas em geral, é um bom filme que ao menos deve ser assistido por quem se interessa pelo gênero.
As cenas de guerra finais senti um certo exagero, e pra quem tinha a proposta de mostrar a realidade e o horror da guerra, achei um tanto demasiado, mais parecia que se estava assistindo 300 do Zack Snyder.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraE eis que decido dar mais uma chance a um estilo de filme que não vem caindo nem um pouco no meu gosto. Adaptar contos de fadas em cinemão. Mas por incrível que pareça, a Disney pelo menos conseguiu acertar nessa. Malévola é o filme de estréia do diretor Robert Stromberg, e nos dá um ponto de vista diferente na história, colocando tudo sob a perspectiva da vilã. O roteiro fica a encargo de Linda Woolverton, a mesma que adaptou para as telas o filme Alice no País das Maravilhas de Tim Burton. Elabora para as telas junto do diretor uma história que retira a inocência do plot original, e acrescenta elementos novos. Por que Malévola é má? Tão somente porque não foi convidada a uma festa? E constrói uma trama nova em cima disso que vai revelar uma personagem diferente do que realmente pensamos que era.
A arte visual do filme é incrível, desde os efeitos até a fotografia. Há algumas passagens que talvez fossem ligeiras demais, mas o filme possui 97 minutos, não fica se estendendo a longuíssima batalhas, o que o deixa bem ritmado. E é claro, que a melhor coisa no filme é atuação de Angelina Jolie no papel principal. Lá está em uma atuação cuidadosa, sendo fiel á personalidade da vilã, mas ao mesmo tempo construindo o mistério no qual o conceito do filme se propôs a conceber.
THX 1138
3.5 201 Assista AgoraTHX 1138, primeiro longa-metragem de George Lucas, dirigido e escrito. O filme viaja por um futuro distópico aonde um personagem se vê em meio de uma sociedade controlada pelo Estado, aonde o livre arbítrio e o sexo são proibidos e tudo isto é constantemente monitorado por robôs e câmeras. Essa premissa é boa, o problema do filme é o desenvolvimento. Por mais que os motivos são óbvios da trama, durante todo o filme você não tem a impressão de que o diretor de fato queria demonstrar algum conceito. É tudo muito simplório com um desejo incomensurável de se tornar uma ficção cientifica bem elogiada. Nota-se uma profunda inspiração em 1984 de George Orwell, também. O filme também não consegue ser bem ritmado, o que torna ainda mais estranho para um longa de 1 hora e 30 de duração. Não que o filme seja uma porcaria, ele é apenas a história de um homem controlado querendo se desvencilhar de um Estado autoritário e você não capta mais nenhuma nuance nisso. E disso, já existia no cinema muito antes de 1971. As atuações de Robert Duvall e Donald Pleasence são boas. Assisti a versão do diretor de 2004 aonde muito da fotografia do filme foi refeita, incluindo nele cenas digitais, o que em certas cenas parece demasiadamente um exagero e em outras ficou simplesmente aparentando ser de fato um filme de hoje.
Star Trek
4.0 1,1K Assista AgoraUma das coisas mais sensatas que a Paramount poderia fazer era entregar um filme de Star Trek nas mãos de J.J. Abrams. O filme em todos os sentidos é assustadoramente fiel á todo conceito criado por Gene Rodenberry lá atrás.
A história foca nos primórdios da tripulação clássica da USS Enterprise, aonde se verá em um conflito com um vilão romulano descontrolado emocionalmente, que da todo sentido ao seu nome: Nero, sendo interpretado muitíssimo bem por Eric Bana. O roteiro de Roberto Orci e Alex Kurtzman é ótimo, inclusive chegando a usar o conceito de universo paralelo, para pode utilizar de forma coerente o Spock Prime de Leonardo Nimoy e poder deixar uma liberdade criativa para esses novos filme sem que invada o cânone original. Toda a carga dramática do filme é cuidadosamente bem dirigida pelo Abrams, a arte visual é magnífica. O elenco também é assustadoramente primoroso no filme, Chris Pine encarna todos os trejeitos canastrões de Kirk, Zachary Quinto me faz pensar que não pode mais existir um Spock novo além dele, e até mesmo Karl Urban fazendo o esquentado McCoy, também extremamente fiel á personalidade do personagem. Poderiam falar dos outros atores, mas se estenderia demais. É admirável como J.J. Abrams, um diretor que declarou que não era fã da série, teve um cuidado tão formidável, fazendo um filme para atrair novos públicos e deixar contente os fãs da série original.
Sem Escalas
3.5 902 Assista AgoraQuando os roteiristas do filme Sem Escalas criaram seu protagonista, é certeza que eles criaram pensando no Liam Neeson de Busca Implacável.
Dirigido pelo diretor Collet-Serra, o filme tem uma premissa previsível que pode não interessar, é sobre um agente federal aéreo que consiste em ficar á paisana dentro de um avião, para que este possa apartar caso ocorra alguma ameaça á vida dos passageiros.
A premissa parte da ideia de que, sim, há uma ameaça. Um individuo misterioso que envia mensagens de texto no celular do agente Bill Marks (Liam Neeson), ameaçando a vida de todos do avião se caso não for depositado em sua conta 150 milhões de dólares.
Por mais simples que pareça, a história funciona pelo ritmo imposto pelo diretor. Durante grande parte do filme você desconfia de todos os passageiros presentes, e o misterioso terrorista parece estar sempre ridicularizando o agente Marks. O diretor tem cortes ótimos, então tudo acaba funcionando dentro daquele cenário limitado.
O que acaba por ser frustrante no filme é sua terrível conclusão, você descobre que no final, tudo aquilo que motiva o misterioso terrorista é tão fútil, que se bobiar você acaba dando risada com tamanha besteira.
A atuação do Liam Neeson não surpreende em nada, é apenas aceitável, quase uma repetição de seu trabalho em Busca Implacável. Ainda tem como suporte no filme as atrizes Juliane Moore e Michelle Dockery (De Downton Abbey) cumprindo bons papéis.
Sem Escalas é um filme fraco, meia boca. Com um bom ritmo, mas muito típico de roteiristas que adoram criar uma situação incrível e não possui culhões para concluir.
Gênio Indomável
4.2 1,3K Assista AgoraPois é, esse é o filme ideal pra quem acha que Matt Damon e Ben Affleck sempre foram rostinhos bobos de hollywood. Gênio Indomável é escrito por ambos, e é um filmaço.
O filme parte da premissa de um jovem garoto faxineiro, que resolve um teorema matemático complexo, se revelando a um professor de renome um gênio das exatas. Porém, devido a um desenvolvimento cheio de turbulência, o personagem demonstra uma personalidade explosiva de se lidar. Este personagem se chama Will Hunting e é interpretado por Matt Damon, em um de seus papéis mais incríveis da carreira. É por este motivo que entra o psicólogo Dr. Sean Maguire para ajudar Will superar suas dificuldades. Robin Williams vivencia o psicólogo, demonstrando mais uma vez um caminhão de emoções em sua atuação.
O roteiro de Damon e Affleck é muito mais profundo e humano do que a premissa promete. Nas mãos do diretor Gus Van Sant, demonstra como a ideia é tratada de uma forma muito mais delicada do que se aparenta. O filme é uma aula de superação que rende diálogos incríveis.
A trilha sonora de Danny Elfman é caprichosa, e as atuações de Ben Affleck, Minnie Driver e Stellan Skarsgard complementam o importante e ótimo elenco.
O Fantástico Sr. Raposo
4.2 933 Assista AgoraAnimação muito bem projetada, a utilização do stop-motion coube todos os recursos visuais do Wes Anderson.
A animação do Wes Anderson aparenta ser uma animação adulta, mas que pode facilmente ser assistida por crianças.
Inclusive, é adaptada do livro infantil Fantastic Mr Fox de Roald Dahl, Wes Anderson traz o personagem boa pinta Sr Raposo que após se aposentar naquilo que faz de melhor, caçar aves, vira um colunista de jornal. O que vai desvencilhar a história é quando o Sr Raposo vê a oportunidade de voltar a ser uma grande raposa caçadora.
A história traça um paralelo do conflito natureza versus moral, que vai passar de maneira bem contada na narrativa do Wes.
A animação tem uma trilha sonora incrível, a fotografia em cores de pastel, característico no filme do diretor, e reúne um time de atores que enriquecem e fazem um trabalho competentíssimo de dublagem.
Destacando George Clooney como Sr Raposo, Meryl Streep como Sra Raposa e Willem Dafoe como o incrível Rato.
Noite do Terror
3.5 219Este é um dos filmes que ajudariam a moldar o cinema de terror moderno juntamente de O Massacre da Serra Elétrica.
O filme chamado Black Christmas, que recebe o titulo nacional mega genérico Noite do Terror, é um ótimo filme cheio de cenas com um suspense intrigante.
O filme tem um empurrão forte pelas atuações, que são muito boas. A começar pela emotiva protagonista Jess interpretada pela Olivia Hussey, a descontrolada Barb interpretada por ninguém menos que Margot Kidder (A Lois Lane da franquia Superman), e o misterioso Peter interpretado por Keir Dullea (o grande David Bowman de 2001 Uma Odisséia no Espaço).
Apesar de ser um dos principais na origem do estilo slasher do terror, o filme ainda sim tem sua trama centrada no suspense setentista.
O roteiro é bem preocupado com os detalhes, ao contrário de muitos filmes que este influenciaria, cada morte é muito bem preservada pelo roteirista Roy Moore e o diretor Bob Clark.
Esqueça aquele filme de terror que nenhuma das vitimas conseguem contatar a policia, aqui os personagens conseguem,como era de costume na década de 40 e 50, e a trama se desenvolve muito bem com isso.
É um ótimo filme de terror, que pode parecer estar um pouco datado devido aos zilhões de filmes que se inspiraram ou copiaram Noite do Terror, mas que ainda sim vale a pena.
Gostei do final do filme, ao contrário da maioria dos filmes aonde o vilão é sempre apresentado de cara, ou é surpreendentemente alguém "conhecido". Aqui ninguém fica sabendo quem é o maníaco, e isso pode ser mesmo a sacada do filme.
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista AgoraA cena inicial do filme, ja nos mostra que o Scorsese não vai poupar a violência.
Adaptado de um livro que narra a história da familia Lucchesse, mestre Scorsa costura em cenas incríveis a proposta do autor Nicholas Pillegi.
É sem dúvida alguma uma das maiores obras que envolvem máfia. Aqui vai a história do gangster Henry Hill, desde quando era pequeno e almejava com a vida de mafioso até sua queda. Com um cast perfeito que incluem Ray Liotta junto da italianada nata do cinema composta por Robert DeNiro, Joe Pesci e Paul Sorvino.
O personagem Henry Hill vai se aprimorando em exercer a vida de criminoso, e sempre analisando as atitudes psicopatas dos seus goodfellas contidas dentro de ternos caros.
Filme com tomadas lindamente violentas com a assinatura característica do mestre.
Obra prima!
Sexta-Feira 13: Parte 2
3.4 407 Assista AgoraNem resenharei tanto neste, porque ele consegue ser magistralmente tão ruim quanto o primeiro. Me arrisco a dizer que até pior que o seu antecessor. Metade do cast desaparece, tem umas tomadas horríveis desse diretor, e eu não esperava menos do cara que dirigiu o remake de Dia dos Mortos. Jason até então, um personagem misterioso apresentado no final do filme anterior, por trás das câmeras é a única coisa que há de se considerar, mas não salva essa porcaria de filme com um zilhão de problemas de criação.
Uma Cidade Chamada Pânico
4.0 41 Assista AgoraE então, caçando umas animações estrangeiras eu me deparo com esta obra prima belga.
Animação em stop-motion de uma dupla de diretores que realizaram um puta de um filme viajado e belíssimo.
A técnica toda estilizada é perfeita, os cenários em massinha, a maneira como os personagens se articulam é só uma contribuição para o carisma dos mesmos.
Feito com um orçamento baixo, mas competente demais.
Todos os personagens são engraçadíssimos, é perfeito como um início tão básico, que é basicamente os ótimos personagens Índio e Cowboy quererem dar um presente ao seu amigo Cavalo em seu aniversário, se torna quase que uma viagem psicodélica hilária.
Respeito ao talento dos diretores Stéphane Aubier e Vincent Patar.
Sexta-Feira 13
3.4 779 Assista AgoraÉ um personagem tão icônico, e tem uma estréia extremamente ruim.
Sexta-Feira 13 é um dos filmes mais cansativos e me assusta ser tão forte na cultura pop do terror.
O filme do chamado gênero slasher, é um baita filme com roteiro de vento, apenas um personagem que "desconhecemos" matando outros personagens.
O filme não tem roteiro, é um copia e cola de alguns conceitos dos anos 70 e nada mais. Os vilões não são trabalhados, são jogados no final do filme com uma explicação tão monótona quanto assistir a um show do Roberto Carlos de fim de ano.
As atuações são até boas, pra um time de atores desconhecidos. A trilha sonora também é muito boa também, lembrando Bernard Herrmann. Mas tudo isso obviamente não convence o fiasco que o filme é. Uma bela porcaria superestimada que quer dormir na sombra de Halloween do John Carpenter.
Depois de Horas
4.0 457 Assista AgoraFilme superestimado. O Scorsese filma com um ritmo muito bom, mas é entediante como o roteiro sai do nada para o nada. É um filme que tenta ser uma comédia, mas falha miseravelmente, a sensação é de claustrofobia o tempo inteiro em meio a tanto personagem neurótico. Parte esta, até interessante, ja que se trata do Scorsese querendo mostrar as personalidades caricatas de Nova York.
A falta de um foco no fime o torna raso, as exageradas situações de um personagem que não volta pra casa, não compõem nada para uma conclusão do filme. Ou seja, o filme se trata apenas de exageradas situações, e nada mais.
Pelo clima até meio sombrio de seu inicio, quando essas exageradas cenas chegam á tona, o clima estabelecido fica totalmente descontextualizado.
Desse filme só vale a pena a ótima atuação do Griffin Dunne, e a trilha sonora de Howard Shore.
A Serbian Film: Terror Sem Limites
2.5 2,0KO filme é tão violento que quando você termina de assistir você não sabe opinar. Demorei um pouco pra assimilar toda a informação do filme e ter uma opinião. Nunca havia assistido nada parecido na vida.
Já começo dizendo que o filme não é pra qualquer um, na verdade, é pra quase ninguém. É um filme que não se recomenda, a pessoa tem que ver seus temas e entender que o negócio é forte.
Mas eu digo que é um filmaço, ele é incrivelmente bem filmado, em suas cenas mais violentas, o diretor soube conduzir de uma forma que não fique nada explícito os atos, para não deixar o negócio impossível de assistir. Digo isso porque temos filmes hoje em dia terror sexual em que a câmera foca os órgãos. Saló 120 Dias de Sodoma, que retrata um grupo fascista bizarro saciando seus mais estranhos desejos é um deles.
A Serbian Film tem uma história chocante, mas não menos interessante, que vai crescendo, vai te preparando aos poucos pra insanidade que é a metade pro final do filme.
A fotografia e as atuações contribuem muito pra toda aquela atmosfera perversa do filme.
Concordo que a cena do bebê foi demasiadamente um exagero, na verdade, eu como amante do gênero de terror, é de longe a cena mais perversa que eu já assisti. E não digo isso em um bom sentido. Se algum dia eu reassistir a este filme, com certeza a versão com a cena censurada é o que eu irei escolher
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraThe King Of Comedy é o filme do Mestre Scorsa que não traz sua violência característica, o diretor optou por trazer um personagem cômico. Porém o personagem problemático e que vai desencandear eventos estranhos, esta lá!
Depois de um personagem emblemático como o Jay LaMotta em Touro Indomável, DeNiro me surpreende em sair de um boxeador raivoso pra ir se aventurar na pele do obcecado Rupert Pupkin.
As cenas que vão mostrando sua confusão entre a realidade e fantasia são ótimas, junto da personagem de Diahnne Abbott, que interpreta a fã alucinada, vai construindo o roteiro de forma divertidissida e preparando os eventos finais.
Tudo muito bem pensando, o filme é maior do que parece, em termos artísticos. O roteiro do Paul Zimmerman é ótimo.
Pontos também para o Jerry Lewis, que não poderia interpretar melhor um famoso entediado de sua fama e consequencias.
Outro ponto interessante é o desfecho do filme, aonde interpreto que fica um final em aberto.
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraUm filme de drama que passa pela personalidade raivosa, bipolar e ciumenta de Jake LaMotta. É incrível, que apesar de ser um filme sobre o drama que um boxeador descontrolado vive fora dos ringues, tudo que compõe a particularidade do Scorsese esta presente, o interesse da máfia, as personalidades violentas são elementos que o brilhante Scorsese e suas sobrancelhas lidam com maestria.
Scorsese mostra uma típica personalidade de um homem que constantemente enxerga sua mulher o traindo e não tem controle algum sobre si quando se trata de agredir esta mulher. Uma personalidade que é mais uma bomba-relógio quando deve encarar seus problemas.
O filme tem uma fotografia incrível, takes espetacularmente incríveis do mestre e atuações fora do normal. Robert DeNiro dando a fúria que o LaMotta precisava no filme, Joe Pesci sendo o importantíssimo papel de alivio que é o Joey LaMotta e Cathy Moriarty encarnando a insegura Vickie. Obra prima do mestre!
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraFilmaço bem singelo e bonito. Homenagem do Scorsese para o cinema trazer esta literatura para as telas. A história é incrível, tem um roteiro que homenageia o cinema, e mais especificamente a figura emblemática que foi o direitor George Méliès. Uma fotografia que capta bem aquelas estações antigas europeias. Ótimo ver um diretor que cria filmes adultos e de roteiros com carga dramáticas pesadas sair de sua zona e se arriscar em algo mais para a familia. O elenco do filme é ótimo, Chloe Grace. Ben Kingsley e o Sasha Baron Cohen mata a pau.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraO gênero precisava de um filmaço como o Circulo de Fogo. O roteiro do filme é simples, possui alguns clichês, porém ele funciona totalmente, talvez porque ele soe como uma homenagem aos filmes como Godzilla entre outros do gênero. Mas isso não atrapalha em nada, a história diverte. A parte técnica do filme é descomunal, é um deleite ver os robôs Jaegers lutando contra os Kaijus, você se vê totalmente envolvido. As atuações são aceitáveis, nada alarmante, sinto que o Charlie Hunnam deve melhorar muito ainda, ele possui as mesmas expressões que o seu personagem Jax em Sons of Anarchy. No geral, é um ótimo Blockbuster, que vale a pena ser assistido e reassistido.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraMais uma pérola do mestre Scorsese, possui um roteiro magnifico e bem desenvolvido nos mostrando o quão o corretor Jordan Belfort é o tipico homem que busca o sonho americano, e é regido por uma ganância assustadora. O Leonardo DiCaprio mais uma vez mata a pau na atuação, se entrega ao papel. O filme possui 3 horas de duração, e em nenhum momento perde o ritmo, todas as cenas puxam as outras sem que pareçam desconectadas.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraBaseado em fatos reais, tem talvez uma das premissas mais incríveis do gênero, colocar um heterossexual homofóbico lidando com uma doença numa época em que das vitimas da AIDS, 70% eram homossexuais. O roteiro e a direção caminham e exploram tão bem o que a história oferece, e vão desenvolvendo o texano Ron Woodroof, lhe mostrando o significado de respeito. Tudo isso junto das atuações descomunais do Matthew McConaughey e do Jared Leto, que se dedicaram tanto e conseguiram realizar uma das mais belas atuações dos últimos anos. Clube de Compras Dallas é um filme obrigatório.