O filme me entreteve bastante, mas achei bastante inferior a outros trabalhos do Nolan. O roteiro me pareceu ambicioso demais - é um filme sobre apocalipse/esgotamento de recursos naturais, espaço, viagem intergaláctica, física quântica (e amor como força quântica), dramas familiares, individualismo x coletividade, foi muita coisa abordada num único enredo e, pra mim, inevitavelmente cada uma delas acabou sendo um pouco superficial.
O Nolan sempre teve um grande mérito em construir twists de roteiro e personagens dúbios - acho que isso ficou super fraco em Interstellar, os plot twists tímidos do roteiro não me impressionaram,
achei a duplicidade dos personagens do Matt Damon e do Michael Caine super rasa... Os conflitos do personagem do Matt Damon são muito interessantes (entendi como um embate egoísmo/conflitos individuais x interesse da coletividade/espécie), mas foram pouquíssimo explorados.
Os efeitos especiais foram bons, achei a construção dos robôs ótima e muito crível e os destaques
são a cena da onda e a construção maravilhosa do hipercubo.
No entanto uma coisa que me incomodou MUITO e que já tinha me incomodado em Inception é essa obsessão crescente do Nolan em criar um roteiro confuso e depois querer ficar EXPLICANDO o roteiro ao longo do filme. Ele não quer deixar o entendimento aberto para o expectador, PRECISA de alguma conversa jogada no roteiro pra "esclarecer as dúvidas", o que eu julgo empobrecedor e super maçante. O exemplo mais incômodo disso foi, pra mim, a cena
do diálogo do Matthew McConaughey com o TARS dentro do hipercubo, em que ele diz "nesse hipercubo, as três dimensões originais foram superadas, cada espaço é o quarto de uma menina repetido indefinidamente"
, tipo cara, ISSO TÁ NA IMAGEM, VOCÊ NÃO PRECISA FALAAAAR EU JÁ TO VENDOOO pra quê ficar explicando?!?!
Horrível, roteiro péssimo, personagens extremamente mal desenvolvidos, diálogos ridículos, partes extremamente entediantes. Mesmo os efeitos especiais, que em tese são o forte, são ridículos em algumas partes -
Apesar de ser mais fraca que a primeira parte, é difícil analisar ambas separadamente, uma vez que essa divisão não foi escolha do diretor, mas uma arbitrariedade dos cinemas para evitar a exibição contínua de quatro horas de filme.
O filme tem uma série de elementos bastante inovadores pro padrão do Von Trier: o experimentalismo em termos de trilha sonora
(não estamos assistindo, na imensa maioria do filme, exceto pelas cenas no quarto, aos eventos como necessariamente se deram, mas ao que o Seligman imagina a partir da narrativa da Joe - o que eu julgo particularmente genial, pois dá abertura ao diretor para não se ater a detalhes como a semelhança física entre a atriz da jovem Joe e da Charlotte Gainsbourg, por exemplo).
Em termos técnicos, julgo que tenha sido perfeito. Fotografia maravilhosa, atuações ricas, elenco que honra o nome, diálogos provocadores e interessantes.
Não acho, também, que seja um filme estritamente sobre Ninfomania: as discussões postas pelas personagens extrapolam o tema, entrando em mérito a uma série de tabus, como sexualidades pouco convencionais
(dentre as quais a tímida menção à pedofilia da segunda parte), anti-sionismo (também timidamente mencionado, na primeira parte) e discussões acerca de instituições e valores quais família e amor.
Julgo que haja falhas na segunda parte relativas sobretudo
à repentina mudança de comportamento da aprendiz de Joe a respeito dela - compreendemos, a partir da narrativa, que a aprendiz, seguindo os passos da mestre, acaba se apaixonando pelo Jerome, mas isso é bem pouco explorado - em um momento estamos vendo elas em uma cena repleta de cumplicidade e sensualidade, juntas na cama, e em um segundo a aprendiz está mijando na Joe, que acaba de ser agredida fisicamente pelo Jerome. No mais, a repentina tentativa de uma interação sexual do Seligman ao fim me pareceu muito inconsistente - frisado e refrisado como uma personagem fria, assexuada e analítica (e cujo comportamento condiz perfeitamente com isso) ele não tinha motivo algum pra agir daquela maneira - me pareceu uma ruptura pela ruptura, um pouco mal estruturada (apesar da última cena, do tiro, dada no escuro, ter me parecido ótima). Por fim acho que as personalidades da Joe da Stacy Martin e a da Charlotte Gainsbourg são um pouco inconsistentes, não batem - a partir do momento que Gainsbourg assume o papel, sua personagem parece ter se tornado mais submissa, menos incisiva - é certo que, ao ter um filho e estruturar uma família, ainda que falha, seu comportamento se alteraria, mas me parece ter mudado demais. Ela continua empreendendo aventuras ninfomaníacas e cedendo aos impulsos, mas com um vigor de todo diferente.
Num balanço geral, me pareceu um ótimo filme, mas inferior a outros nomes de Von Trier como Melancholia, Europa ou Dançando no Escuro.
O filme tem ótimas atuações, jogos de câmera e uma carga de choque muito fortes. Não vi outros do McQueen para poder compará-lo com eles, mas se houve algo que me incomodou foi não só a muito-já-comentada-aqui necessidade de um Brad Pitt para denunciar os males da escravidão, mas a necessidade mais ampla de uma personagem branca.
Soou como se a personagem negra liberta, sequestrada e feita escrava, só tivesse se salvado porque havia brancos dispostos a ajudá-la e denunciar a condição desumana a que ela e outros tantos negros eram submetidos.
É uma ideia que me parece bastante complicada. Estou ciente de que o filme é baseado num livro, mas não sei até que ponto é positivo
esse retrato contínuo de personagens negros passivos cujo "perdão" e posterior salvação se dá por brancos esclarecidos. E o que os negros fizeram por si próprios?! Onde fica?
A direção de atores é absurda (gente o que é a atriz da menininha? Puta que pariu, fora o Mads Mikkelsen que eu nem preciso comentar) e a de arte também. O filme é muito intenso, acho que em poucos filmes passei tanto nervoso na vida.
Só não dou cinco estrelas porque achei um pouco inverossímil o fato de que todo mundo na "vila", ou seja lá o nome que se deva dar àquele lugar, tenha dado tanto crédito - e tão rápido - ao depoimento de uma criança de no máximo 5 anos - que se contradiz pouco tempo depois -, sem nenhuma prova. Mesmo os melhores amigos do Lucas se voltaram contra ele em questão de dias. "Crianças não mentem" - tem que ser muito ingênuo pra acreditar nisso hahah não é possível que não houvesse uma pessoa sensata no povoado.
Apesar de todas as críticas - que eu julgo cabíveis - às cenas gratuitas de gore, ninguém pode reclamar que o filme é mal dirigido: fotografia e atuações muito boas e todos os elementos do gênero horror - a tensão, o susto, a aflição - foram muito bem desenvolvidos.
o que acontece com ela pra ela retornar ao hospital toda sangrando e cheia de cortes no corpo? Fica indefinido mesmo ou a minha versão não teve essa cena?
É um bom filme, mas comparado a Dogville - o que eu julgo ser meio inevitável - é cansativo. A questão do cenário já não é mais uma novidade, tem menos cenas intensas, ele é mais sutil de forma geral, mas tendo em vista o tema de que trata, poderia ter sido mais visceral, não sei.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraPoucas 1h25 foram tão mal gastas na minha vida
Leviatã
3.8 299Bem Bom & Bem Chato™
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraO filme me entreteve bastante, mas achei bastante inferior a outros trabalhos do Nolan. O roteiro me pareceu ambicioso demais - é um filme sobre apocalipse/esgotamento de recursos naturais, espaço, viagem intergaláctica, física quântica (e amor como força quântica), dramas familiares, individualismo x coletividade, foi muita coisa abordada num único enredo e, pra mim, inevitavelmente cada uma delas acabou sendo um pouco superficial.
O Nolan sempre teve um grande mérito em construir twists de roteiro e personagens dúbios - acho que isso ficou super fraco em Interstellar, os plot twists tímidos do roteiro não me impressionaram,
achei a duplicidade dos personagens do Matt Damon e do Michael Caine super rasa... Os conflitos do personagem do Matt Damon são muito interessantes (entendi como um embate egoísmo/conflitos individuais x interesse da coletividade/espécie), mas foram pouquíssimo explorados.
Os efeitos especiais foram bons, achei a construção dos robôs ótima e muito crível e os destaques
são a cena da onda e a construção maravilhosa do hipercubo.
No entanto uma coisa que me incomodou MUITO e que já tinha me incomodado em Inception é essa obsessão crescente do Nolan em criar um roteiro confuso e depois querer ficar EXPLICANDO o roteiro ao longo do filme. Ele não quer deixar o entendimento aberto para o expectador, PRECISA de alguma conversa jogada no roteiro pra "esclarecer as dúvidas", o que eu julgo empobrecedor e super maçante. O exemplo mais incômodo disso foi, pra mim, a cena
do diálogo do Matthew McConaughey com o TARS dentro do hipercubo, em que ele diz "nesse hipercubo, as três dimensões originais foram superadas, cada espaço é o quarto de uma menina repetido indefinidamente"
Sin City: A Dama Fatal
3.4 974 Assista AgoraEva Green = cura gay
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista Agoraum caso clássico de ´´adolescência´´
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraDemorei pra ver e constatei essencialmente que esse filme é a prova de que o Kubrick tinha um pacto com o capiroto.
Está zerado o gênero sci-fi.
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista AgoraApenas chocado
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraHorrível, roteiro péssimo, personagens extremamente mal desenvolvidos, diálogos ridículos, partes extremamente entediantes. Mesmo os efeitos especiais, que em tese são o forte, são ridículos em algumas partes -
o que são aquelas pombas brancas atravessando cenários no começo? E aqueles gigantes de pedra patéticos?
Único mérito do filme são alguns enquadramentos interessantes e alguns recursos de flashback bem explorados.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraO filme mais overrated da contemporaneidade
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraA real human being
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Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraApesar de ser mais fraca que a primeira parte, é difícil analisar ambas separadamente, uma vez que essa divisão não foi escolha do diretor, mas uma arbitrariedade dos cinemas para evitar a exibição contínua de quatro horas de filme.
O filme tem uma série de elementos bastante inovadores pro padrão do Von Trier: o experimentalismo em termos de trilha sonora
(quem esperava, além da tradicional música clássica, Rammstein e Steppenwolf?)
(não estamos assistindo, na imensa maioria do filme, exceto pelas cenas no quarto, aos eventos como necessariamente se deram, mas ao que o Seligman imagina a partir da narrativa da Joe - o que eu julgo particularmente genial, pois dá abertura ao diretor para não se ater a detalhes como a semelhança física entre a atriz da jovem Joe e da Charlotte Gainsbourg, por exemplo).
Em termos técnicos, julgo que tenha sido perfeito. Fotografia maravilhosa, atuações ricas, elenco que honra o nome, diálogos provocadores e interessantes.
Não acho, também, que seja um filme estritamente sobre Ninfomania: as discussões postas pelas personagens extrapolam o tema, entrando em mérito a uma série de tabus, como sexualidades pouco convencionais
(dentre as quais a tímida menção à pedofilia da segunda parte), anti-sionismo (também timidamente mencionado, na primeira parte) e discussões acerca de instituições e valores quais família e amor.
Julgo que haja falhas na segunda parte relativas sobretudo
à repentina mudança de comportamento da aprendiz de Joe a respeito dela - compreendemos, a partir da narrativa, que a aprendiz, seguindo os passos da mestre, acaba se apaixonando pelo Jerome, mas isso é bem pouco explorado - em um momento estamos vendo elas em uma cena repleta de cumplicidade e sensualidade, juntas na cama, e em um segundo a aprendiz está mijando na Joe, que acaba de ser agredida fisicamente pelo Jerome. No mais, a repentina tentativa de uma interação sexual do Seligman ao fim me pareceu muito inconsistente - frisado e refrisado como uma personagem fria, assexuada e analítica (e cujo comportamento condiz perfeitamente com isso) ele não tinha motivo algum pra agir daquela maneira - me pareceu uma ruptura pela ruptura, um pouco mal estruturada (apesar da última cena, do tiro, dada no escuro, ter me parecido ótima). Por fim acho que as personalidades da Joe da Stacy Martin e a da Charlotte Gainsbourg são um pouco inconsistentes, não batem - a partir do momento que Gainsbourg assume o papel, sua personagem parece ter se tornado mais submissa, menos incisiva - é certo que, ao ter um filho e estruturar uma família, ainda que falha, seu comportamento se alteraria, mas me parece ter mudado demais. Ela continua empreendendo aventuras ninfomaníacas e cedendo aos impulsos, mas com um vigor de todo diferente.
Num balanço geral, me pareceu um ótimo filme, mas inferior a outros nomes de Von Trier como Melancholia, Europa ou Dançando no Escuro.
A Centopéia Humana 2
2.6 937esse filme parece tão ruim que me dá vontade de ver pra tirar sarro huehue
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraTô chocado com a capacidade dos irmãos Coen de criar suspense e tensão sem o uso de trilha sonora.
À Deriva
3.6 365A trilha sonora e a fotografia se sobressaem muito ao roteiro e às atuações. Vincent Cassel é um ótimo ator, mas não serve pra esse papel.
Nausicaä do Vale do Vento
4.3 453 Assista AgoraGezuz que filme maravilhoso
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraZzzzzz
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KO filme tem ótimas atuações, jogos de câmera e uma carga de choque muito fortes. Não vi outros do McQueen para poder compará-lo com eles, mas se houve algo que me incomodou foi não só a muito-já-comentada-aqui necessidade de um Brad Pitt para denunciar os males da escravidão, mas a necessidade mais ampla de uma personagem branca.
Soou como se a personagem negra liberta, sequestrada e feita escrava, só tivesse se salvado porque havia brancos dispostos a ajudá-la e denunciar a condição desumana a que ela e outros tantos negros eram submetidos.
É uma ideia que me parece bastante complicada. Estou ciente de que o filme é baseado num livro, mas não sei até que ponto é positivo
esse retrato contínuo de personagens negros passivos cujo "perdão" e posterior salvação se dá por brancos esclarecidos. E o que os negros fizeram por si próprios?! Onde fica?
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraA direção de atores é absurda (gente o que é a atriz da menininha? Puta que pariu, fora o Mads Mikkelsen que eu nem preciso comentar) e a de arte também. O filme é muito intenso, acho que em poucos filmes passei tanto nervoso na vida.
Só não dou cinco estrelas porque achei um pouco inverossímil o fato de que todo mundo na "vila", ou seja lá o nome que se deva dar àquele lugar, tenha dado tanto crédito - e tão rápido - ao depoimento de uma criança de no máximo 5 anos - que se contradiz pouco tempo depois -, sem nenhuma prova. Mesmo os melhores amigos do Lucas se voltaram contra ele em questão de dias. "Crianças não mentem" - tem que ser muito ingênuo pra acreditar nisso hahah não é possível que não houvesse uma pessoa sensata no povoado.
Mas é um puta filme ainda assim.
Último Tango em Paris
3.5 570Poucas vezes senti tanto sono vendo um filme
Mártires
3.9 1,6KApesar de todas as críticas - que eu julgo cabíveis - às cenas gratuitas de gore, ninguém pode reclamar que o filme é mal dirigido: fotografia e atuações muito boas e todos os elementos do gênero horror - a tensão, o susto, a aflição - foram muito bem desenvolvidos.
Ondas do Destino
4.2 335 Assista AgoraEmily Watson merece ser aplaudida de pé.
Mas não sei se eu vi uma versão com cortes,
o que acontece com ela pra ela retornar ao hospital toda sangrando e cheia de cortes no corpo? Fica indefinido mesmo ou a minha versão não teve essa cena?
Manderlay
4.0 297 Assista AgoraÉ um bom filme, mas comparado a Dogville - o que eu julgo ser meio inevitável - é cansativo. A questão do cenário já não é mais uma novidade, tem menos cenas intensas, ele é mais sutil de forma geral, mas tendo em vista o tema de que trata, poderia ter sido mais visceral, não sei.
Europa
4.0 117 Assista AgoraMEU DEUS O QUE É A FOTOGRAFIA DESSE FILME
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraDe Niro sempre consegue fazer com que eu odeie seus personagens haha. Melhor atuação dele que eu vi até agora. E a fotografia é incrível!