Fui assistir despretensiosamente e fui ABSOLUTAMENTE surpreendida.
O filme para além do olhar sobrenatural com o horror super bem explorado, sintetiza na mesma medida em que categoriza muito bem, a crítica à narrativa etérea e antagônica da igreja, ao reduzir o corpo feminino como estratégia de controle e poder, devastado pela violência e a ruptura de qualquer forma de integridade.
O mais assustador – e muito longe de estar apenas em um imaginário – é atestar que não se trata de um horror tão somente subjetivo.
O filme é bom e apenas isso. Seus elementos, como o filtro rosado e o arranjo das cenas, nos traz a percepção perfeita de quem é a Pearl. Uma garota pacata e meiga, contrapondo com uma personalidade voraz e perturbadora. Em síntese, não há o que dizer sobre a atuação da Mia Goth. Ela cumpriu perfeitamente com o que é proposto para o seu papel, nos proporcionando sensações correspondentes a expectativa de quem é sua personagem.
Honestamente, não consigo identificar o motivo certo da minha insatisfação. Provavelmente, a expectativa demasiada, frustrou minha experiência. Todavia, para mim o filme é apenas isso, bom.
Não há como falar do aranhaverso, sem dizer o quanto esse universo do homem-aranha tem um papel de peso, socialmente falando. Para mim, enquanto mulher negra e periférica, o aranhaverso me trouxe muito mais que uma mera satisfação cinéfila.
A representatividade contida nesse universo, sendo o personagem principal (não somente o Miles, mas o arquétipo do homem-aranha), sendo homem, mulher, homem-negro, mulher-negra, mãe, gordo ou gorda, expande em tantas esferas a perspectiva de quem é marginalizado.
Vésperas antes do filme ser lançado, fui em um BK e vi tantas crianças sendo o homem-aranha, sem a necessidade de estar em um padrão e sem se questionar se podem ou não ser – o filme é representativo e isso autossuficiente.
Muito embora isso não tire o mérito de Evil Dead Rise, mas acredito ser válido mencionar, infelizmente, eu assisti ao filme dublado e evidentemente isso influenciou a minha percepção e a aderência ao terror.
É inviável também, não fazer a comparação com o filme de 2013, especialmente, por estar na minha lista de filmes favoritos. Além também, dos seus demais contrapontos (que particularmente me gerou incômodos), como o tempo do filme, que me soou muito acelerado, mediante a quantidade de elementos para composição das cenas, sem que permitisse sua apreciação, como também alguns clichês de o ser humano fazer sempre o oposto do óbvio e indo de encontro com o perigo – o que também pode ser abafado, pois se trata de adolescentes curiosos.
Mas, apesar daquilo que me desagrada, Evil Dead Rise, para além das suas menções aos clássicos do terror, como O Exorcista e O Iluminado, certamente é um filme original, que quebra com a expectativa ao sair da sua zona de conforto e ser retratado na cidade, com novos elementos e personagens com outras configurações e gatilhos, ao mesmo tempo que atende a todas as particularidades do universo Evil Dead, mantendo a essência do ambiente claustrofóbico, do gore e o seu humor ácido.
Há alguns meses, estou a morar no Jardim Romano (periferia retratada no filme) com o meu companheiro (irmão do Dunstin, quem interpreta o Valdo) e tive a oportunidade de ver de perto um pouco da repercussão sobre a estreia do filme dentro da comunidade – o cinema, arte e a cultura brasileira na medida em que secam a garganta, trazem o alívio por uma história contada sem recortes.
Como o colega disse em comentário antecedente, sob a angústia de ver/vivenciar que isso acontece diariamente, o filme é exatamente “cru e realista”.
Ao menos na minha perspectiva, o filme é extremamente antagônico, ao suscitar o ímpeto da natureza humana em relação a natureza “selvagem”. E coloco selvagem entre aspas, pois embora seja intrínseco também a nossa existência, é evidente o quão nocivo e violento é a nossa selvageria (enquanto sentido pejorativo), ao ver a Maria matar a mãe de Ada, para tomar posse daquilo que não a pertence e preencher o vazio do seu luto.
Muito possivelmente, eu não teria me incomodado com tal ato ou quiçá teria me dado o trabalho de pensar nessa problemática, se não fosse neste contexto. Em que um ser híbrido, interliga ambas as formas de existência.
Os artifícios exagerados dessa fabula, me trouxe tamanho incomodo ao perceber que ninguém se daria conta do sumiço da ovelha ou que se ela fosse encontrada, absolutamente nada seria feito enquanto “justiça”. Afinal, Maria tem o respaldo social e cultural para assassinar em virtude dos seus caprichos. Inclusive, moralmente aceito.
Essa narrativa é uma linha paradoxal entre a clara distorção psicológica, como a necessidade de se apegar a algo, como forma de subterfugio a sua realidade.
Obviamente, Lamb possuí outras características que tornam essa atmosfera ainda mais hostil. Mas, o que foi observado até aqui, é substancialmente desconfortável, perturbador e triste.
Visualmente minimalista, com cores que fitam com os aspectos sutis e hostis do que há de etéreo, o filme, é essencialmente bonito. No mais, apresenta uma narrativa lenta e diria que um pouco escassa em detalhes. Em paralelo, tive também a sensação de que tudo estava sendo trabalhado de forma acelerada, para fazer com que a introdução e seu contexto coubessem todo ali. Me frustrei com os personagens rasos e a dinâmica abrupta e urgente de adimplir com a obra original. Senti o tempo todo que faltasse algo.
Por outro lado, entendo que com a complexidade do universo de Duna, seria difícil contextualizar tudo a rigor neste primeiro instante. Então de modo geral, acredito que se faça jus, para que suas sequências sejam exibidas de forma mais integra e proporcionando uma experiência mais satisfatória.
Para além das intenções dos Panteras Negras em subverter a subalternização de seus corpos e direitos civis, o filme trabalha perfeitamente em como o racismo institucional e principalmente estrutural opera.
Bem como, o filme não fala apenas de traição ou um recorte histórico onde o racismo era escancarado. Em sua problemática, é evidente como a articulada persuasão da branquidade em um ilusório ato benevolente, tem o poder de estabelecer a crença de que sua ideologia hegemônica foi transcendida pró ao bem comum. Esta em voga, como o racismo estrutural cristalizado está estabelecido na relação entre o Bill O’Neal e o Roy. E honestamente, teria como Bill ter feito diferente dado as circunstâncias? Seria muita ingenuidade crer que, sim.
O filme tem uma ótima proposta com um tema excelente, mas acredito que a entrega poderia ter sido mais bem elaborada. Em ênfase, há um ponto que me incomodou muito.
Ao mesmo tempo que o filme tenta desconstruir a ideia de que são incapazes as pessoas dentro do espectro do autismo, afirmando em todos os momentos que o Bart é muito inteligente e esperto, o personagem também coloca câmeras dentro dos quartos (???). Havia muito conteúdo a ser explorado, contudo optaram por um roteiro preguiçoso e raso.
Quantas de nós mulheres, fomos e ainda somos afastadas de nossas raízes ancestrais, pela força do pensamento imaginário de homens que se opõe a força natural e intuitiva de mulheres que não acatam as imposições sociais ou excedem a racionalidade?
O filme não chega nem perto de retratar o que foi a Inquisição. Mas esse recorte também é necessário para o resgate do quanto o patriarcalismo foi/é toxico e genocida.
Eu acredito piamente que ser ruim é de fato a essência desse filme, está intrínseco a ele e isso não é necessariamente ruim² (no meu ponto de vista kk).
Foi um debate interno e contínuo ao longo do filme, até ao certo eu estabelecer qual seria a minha opinião por essa obra tão peculiar. E acontece que, eu amei muito. É aquele filme ruim (porque ele é, e bastante), mas que em caráter da insistência em ser tão ruim, ele se torna bom (me entende? Kkkk).
Enfim, eu realmente gosto desse filme. E espero dividir da mesma opinião com mais outras pessoas.
Embora eu consiga compreender o motivo pelo qual muitas pessoas gostem muito do filme, acredito que os elementos, não foram tão bem trabalhados quanto poderiam. Eu não me senti tão envolvida com a com a narrativa e particularmente para mim, isso fez com que o filme demandasse um demasiado esforço para assistir até o final.
Mas, de qualquer forma, não é um filme ruim e saber que se trata de uma trilogia, até desperta uma certa vontade de ver os demais, na esperança de que a direção tenha amadurecido mais em como os elementos serão abordados e desenvolvidos.
Honestamente, esse filme me surpreendeu bastante positivamente. Acredito que seja porque eu assisti sem qualquer expectativa ou na verdade, assisti com a expectativa de que o filme seria ruim.
Os primeiros minutos achei bem chatos e demorou bastante para eu me prender na trama. Mas no fim, me rendeu bons sustos.
Minha dica para quem for assistir: Tenha ciência de que este é um filme pipocão; Veja de maneira despretensiosa e ignore toda vez que um personagem fazer algo previsível e idiota.
Embora seja um filme demasiadamente inerte ao mesmo tempo que caótico, não consigo imaginar outra atmosfera se não essa, para um cenário igual: condenados a morte com uma “nova oportunidade de vida”.
O filme expressa bem como seria o caos do convívio humano, essencialmente, o convívio humano em um espaço absurdamente delimitado, drasticamente longínquo e ressalvo de qualquer lei de convívio social.
Acredito que este filme com certeza não é o do tipo que agrada a maioria, mas para mim, cumpriu perfeitamente com a premissa.
A primeira hora do filme prendeu a minha atenção, seja pelas cenas de violência ou os movimentos de dança, que são de um compasso belíssimo.
O fato de a sinopse já apresentar sobre o que se trata o filme, me deixou ainda mais instigada para ver até o resultado final, mas, embora essa motivação tivesse me mantido até o ultimo minuto, senti que aos pouco as coisas esfriaram e o impacto das cenas já não eram os mesmos, deixando todo o percurso saturado e eu diria que, um tanto exaustivo. Destaco também, a construção da personagem Madame Blanc, que me deixou inquieta e entusiasmada.
Ademais, não tenho certeza se entendi tudo. Senti algumas cenas desconexas, mas nada que fosse desqualificar o resultado do filme.
O filme é a construção do enredo bíblico, expressando todas as metáforas e as condensando em apenas 2 horas.
Assistir e destrinchar gradualmente a essa cosmovisão me fizeram imergir, mesmo já conhecendo
todo o contexto.
Talvez, essa alegoria expressamente subjetiva, gere incomodo e dê a sensação de um filme completamente desconexo, mas caso você esteja lendo a este comentário (e a outros), esperando ensejos estimulantes para assistir ao filme, segue a minha recomendação: assista ao filme sem a expectativa de ser uma narrativa pragmática.
É um filme que a priori, você fica perdido e quando acaba, você fica um tanto absorto. Só afirmo que: meu único arrependimento sobre o filme, é de não ter assistido no cinema rsrs
O tempo inteiro senti aflição e agonia, porque o filme não é apenas uma ficção ambientada no terror, mas sim, um retrato do que é de fato algo REAL.
É assustador saber o quão próximo e presente esse roteiro é da realidade. É incontestável a quantidade de refugiados que passam por esse caos, horror e perda. Está no cotidiano, nos traumas, incertezas, e infelizmente para tantos, na ausência de um abrigo, de uma casa, de auxílio ou do mínimo, que garanta a sua dignidade.
São tantas as camadas que são trabalhadas sobre o que é um horror real e que, além de próximo, é também presente em muitas vivencias.
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A Primeira Profecia
3.5 85Fui assistir despretensiosamente e fui ABSOLUTAMENTE surpreendida.
O filme para além do olhar sobrenatural com o horror super bem explorado, sintetiza na mesma medida em que categoriza muito bem, a crítica à narrativa etérea e antagônica da igreja, ao reduzir o corpo feminino como estratégia de controle e poder, devastado pela violência e a ruptura de qualquer forma de integridade.
O mais assustador – e muito longe de estar apenas em um imaginário – é atestar que não se trata de um horror tão somente subjetivo.
Pearl
3.9 989O filme é bom e apenas isso. Seus elementos, como o filtro rosado e o arranjo das cenas, nos traz a percepção perfeita de quem é a Pearl. Uma garota pacata e meiga, contrapondo com uma personalidade voraz e perturbadora. Em síntese, não há o que dizer sobre a atuação da Mia Goth. Ela cumpriu perfeitamente com o que é proposto para o seu papel, nos proporcionando sensações correspondentes a expectativa de quem é sua personagem.
Honestamente, não consigo identificar o motivo certo da minha insatisfação. Provavelmente, a expectativa demasiada, frustrou minha experiência. Todavia, para mim o filme é apenas isso, bom.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
4.3 520 Assista AgoraNão há como falar do aranhaverso, sem dizer o quanto esse universo do homem-aranha tem um papel de peso, socialmente falando. Para mim, enquanto mulher negra e periférica, o aranhaverso me trouxe muito mais que uma mera satisfação cinéfila.
A representatividade contida nesse universo, sendo o personagem principal (não somente o Miles, mas o arquétipo do homem-aranha), sendo homem, mulher, homem-negro, mulher-negra, mãe, gordo ou gorda, expande em tantas esferas a perspectiva de quem é marginalizado.
Vésperas antes do filme ser lançado, fui em um BK e vi tantas crianças sendo o homem-aranha, sem a necessidade de estar em um padrão e sem se questionar se podem ou não ser – o filme é representativo e isso autossuficiente.
A Morte do Demônio: A Ascensão
3.3 815 Assista AgoraMuito embora isso não tire o mérito de Evil Dead Rise, mas acredito ser válido mencionar, infelizmente, eu assisti ao filme dublado e evidentemente isso influenciou a minha percepção e a aderência ao terror.
É inviável também, não fazer a comparação com o filme de 2013, especialmente, por estar na minha lista de filmes favoritos. Além também, dos seus demais contrapontos (que particularmente me gerou incômodos), como o tempo do filme, que me soou muito acelerado, mediante a quantidade de elementos para composição das cenas, sem que permitisse sua apreciação, como também alguns clichês de o ser humano fazer sempre o oposto do óbvio e indo de encontro com o perigo – o que também pode ser abafado, pois se trata de adolescentes curiosos.
Mas, apesar daquilo que me desagrada, Evil Dead Rise, para além das suas menções aos clássicos do terror, como O Exorcista e O Iluminado, certamente é um filme original, que quebra com a expectativa ao sair da sua zona de conforto e ser retratado na cidade, com novos elementos e personagens com outras configurações e gatilhos, ao mesmo tempo que atende a todas as particularidades do universo Evil Dead, mantendo a essência do ambiente claustrofóbico, do gore e o seu humor ácido.
A Mãe
3.7 13Há alguns meses, estou a morar no Jardim Romano (periferia retratada no filme) com o meu companheiro (irmão do Dunstin, quem interpreta o Valdo) e tive a oportunidade de ver de perto um pouco da repercussão sobre a estreia do filme dentro da comunidade – o cinema, arte e a cultura brasileira na medida em que secam a garganta, trazem o alívio por uma história contada sem recortes.
Como o colega disse em comentário antecedente, sob a angústia de ver/vivenciar que isso acontece diariamente, o filme é exatamente “cru e realista”.
Cordeiro
3.3 553 Assista AgoraAo menos na minha perspectiva, o filme é extremamente antagônico, ao suscitar o ímpeto da natureza humana em relação a natureza “selvagem”. E coloco selvagem entre aspas, pois embora seja intrínseco também a nossa existência, é evidente o quão nocivo e violento é a nossa selvageria (enquanto sentido pejorativo), ao ver a Maria matar a mãe de Ada, para tomar posse daquilo que não a pertence e preencher o vazio do seu luto.
Muito possivelmente, eu não teria me incomodado com tal ato ou quiçá teria me dado o trabalho de pensar nessa problemática, se não fosse neste contexto. Em que um ser híbrido, interliga ambas as formas de existência.
Os artifícios exagerados dessa fabula, me trouxe tamanho incomodo ao perceber que ninguém se daria conta do sumiço da ovelha ou que se ela fosse encontrada, absolutamente nada seria feito enquanto “justiça”. Afinal, Maria tem o respaldo social e cultural para assassinar em virtude dos seus caprichos. Inclusive, moralmente aceito.
Essa narrativa é uma linha paradoxal entre a clara distorção psicológica, como a necessidade de se apegar a algo, como forma de subterfugio a sua realidade.
Obviamente, Lamb possuí outras características que tornam essa atmosfera ainda mais hostil. Mas, o que foi observado até aqui, é substancialmente desconfortável, perturbador e triste.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraVisualmente minimalista, com cores que fitam com os aspectos sutis e hostis do que há de etéreo, o filme, é essencialmente bonito. No mais, apresenta uma narrativa lenta e diria que um pouco escassa em detalhes. Em paralelo, tive também a sensação de que tudo estava sendo trabalhado de forma acelerada, para fazer com que a introdução e seu contexto coubessem todo ali. Me frustrei com os personagens rasos e a dinâmica abrupta e urgente de adimplir com a obra original. Senti o tempo todo que faltasse algo.
Por outro lado, entendo que com a complexidade do universo de Duna, seria difícil contextualizar tudo a rigor neste primeiro instante. Então de modo geral, acredito que se faça jus, para que suas sequências sejam exibidas de forma mais integra e proporcionando uma experiência mais satisfatória.
Judas e o Messias Negro
4.1 517 Assista AgoraPara além das intenções dos Panteras Negras em subverter a subalternização de seus corpos e direitos civis, o filme trabalha perfeitamente em como o racismo institucional e principalmente estrutural opera.
Bem como, o filme não fala apenas de traição ou um recorte histórico onde o racismo era escancarado. Em sua problemática, é evidente como a articulada persuasão da branquidade em um ilusório ato benevolente, tem o poder de estabelecer a crença de que sua ideologia hegemônica foi transcendida pró ao bem comum. Esta em voga, como o racismo estrutural cristalizado está estabelecido na relação entre o Bill O’Neal e o Roy. E honestamente, teria como Bill ter feito diferente dado as circunstâncias? Seria muita ingenuidade crer que, sim.
No mais, “não há revolução pacífica”.
O Recepcionista
2.6 232O filme tem uma ótima proposta com um tema excelente, mas acredito que a entrega poderia ter sido mais bem elaborada. Em ênfase, há um ponto que me incomodou muito.
Ao mesmo tempo que o filme tenta desconstruir a ideia de que são incapazes as pessoas dentro do espectro do autismo, afirmando em todos os momentos que o Bart é muito inteligente e esperto, o personagem também coloca câmeras dentro dos quartos (???). Havia muito conteúdo a ser explorado, contudo optaram por um roteiro preguiçoso e raso.
Silenciadas
3.6 152 Assista AgoraQuantas de nós mulheres, fomos e ainda somos afastadas de nossas raízes ancestrais, pela força do pensamento imaginário de homens que se opõe a força natural e intuitiva de mulheres que não acatam as imposições sociais ou excedem a racionalidade?
O filme não chega nem perto de retratar o que foi a Inquisição. Mas esse recorte também é necessário para o resgate do quanto o patriarcalismo foi/é toxico e genocida.
Tusk, A Transformação
2.5 388 Assista AgoraEu acredito piamente que ser ruim é de fato a essência desse filme, está intrínseco a ele e isso não é necessariamente ruim² (no meu ponto de vista kk).
Foi um debate interno e contínuo ao longo do filme, até ao certo eu estabelecer qual seria a minha opinião por essa obra tão peculiar. E acontece que, eu amei muito. É aquele filme ruim (porque ele é, e bastante), mas que em caráter da insistência em ser tão ruim, ele se torna bom (me entende? Kkkk).
Enfim, eu realmente gosto desse filme. E espero dividir da mesma opinião com mais outras pessoas.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraEmbora eu consiga compreender o motivo pelo qual muitas pessoas gostem muito do filme, acredito que os elementos, não foram tão bem trabalhados quanto poderiam. Eu não me senti tão envolvida com a com a narrativa e particularmente para mim, isso fez com que o filme demandasse um demasiado esforço para assistir até o final.
Mas, de qualquer forma, não é um filme ruim e saber que se trata de uma trilogia, até desperta uma certa vontade de ver os demais, na esperança de que a direção tenha amadurecido mais em como os elementos serão abordados e desenvolvidos.
Cuidado Com Quem Chama
3.4 630Honestamente, esse filme me surpreendeu bastante positivamente. Acredito que seja porque eu assisti sem qualquer expectativa ou na verdade, assisti com a expectativa de que o filme seria ruim.
Os primeiros minutos achei bem chatos e demorou bastante para eu me prender na trama. Mas no fim, me rendeu bons sustos.
Minha dica para quem for assistir: Tenha ciência de que este é um filme pipocão; Veja de maneira despretensiosa e ignore toda vez que um personagem fazer algo previsível e idiota.
High Life: Uma Nova Vida
3.1 175 Assista AgoraEmbora seja um filme demasiadamente inerte ao mesmo tempo que caótico, não consigo imaginar outra atmosfera se não essa, para um cenário igual: condenados a morte com uma “nova oportunidade de vida”.
O filme expressa bem como seria o caos do convívio humano, essencialmente, o convívio humano em um espaço absurdamente delimitado, drasticamente longínquo e ressalvo de qualquer lei de convívio social.
Acredito que este filme com certeza não é o do tipo que agrada a maioria, mas para mim, cumpriu perfeitamente com a premissa.
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraÉ um bom filme.
A primeira hora do filme prendeu a minha atenção, seja pelas cenas de violência ou os movimentos de dança, que são de um compasso belíssimo.
O fato de a sinopse já apresentar sobre o que se trata o filme, me deixou ainda mais instigada para ver até o resultado final, mas, embora essa motivação tivesse me mantido até o ultimo minuto, senti que aos pouco as coisas esfriaram e o impacto das cenas já não eram os mesmos, deixando todo o percurso saturado e eu diria que, um tanto exaustivo. Destaco também, a construção da personagem Madame Blanc, que me deixou inquieta e entusiasmada.
Ademais, não tenho certeza se entendi tudo. Senti algumas cenas desconexas, mas nada que fosse desqualificar o resultado do filme.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraNão vou adentrar o tema e nem suas singularidades, mas evidencio que o filme despertou tantas emoções em mim, que sempre retorno para vê-lo novamente.
Toda a narrativa e a passagem da descoberta do “nós” é algo que preenche a alma ao mesmo tempo que dói e também, nos sustenta.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraO filme é a construção do enredo bíblico, expressando todas as metáforas e as condensando em apenas 2 horas.
Assistir e destrinchar gradualmente a essa cosmovisão me fizeram imergir, mesmo já conhecendo
Talvez, essa alegoria expressamente subjetiva, gere incomodo e dê a sensação de um filme completamente desconexo, mas caso você esteja lendo a este comentário (e a outros), esperando ensejos estimulantes para assistir ao filme, segue a minha recomendação: assista ao filme sem a expectativa de ser uma narrativa pragmática.
É um filme que a priori, você fica perdido e quando acaba, você fica um tanto absorto.
Só afirmo que: meu único arrependimento sobre o filme, é de não ter assistido no cinema rsrs
[spoiler][/spoiler]
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraO tempo inteiro senti aflição e agonia, porque o filme não é apenas uma ficção ambientada no terror, mas sim, um retrato do que é de fato algo REAL.
É assustador saber o quão próximo e presente esse roteiro é da realidade. É incontestável a quantidade de refugiados que passam por esse caos, horror e perda. Está no cotidiano, nos traumas, incertezas, e infelizmente para tantos, na ausência de um abrigo, de uma casa, de auxílio ou do mínimo, que garanta a sua dignidade.
São tantas as camadas que são trabalhadas sobre o que é um horror real e que, além de próximo, é também presente em muitas vivencias.