Ezequiel Bitencourt

Talvez o filme mais insano, pertubardor e controverso que já tenha assistido. Não esperava menos do grande diretor Darren Aronofsky (Cisne negro, Pi, réquiem para um sonho e Noé). Uma fotografia quase sempre em close (que faz criar uma total sensação claustrofóbica), Mãe, é incômodo por isso excelente. Um filme de estúdio Hollywoodiano com ar independente. Este filme prova que a Arte, está aí para causar incômodo, fazer refletir, pensar, etc. Não apenas agradar, igual muitos pensam ao censurar exposições etc.

Depois de tanto ler reviews favoráveis, fui ao cinema cheio de expectativa para este novo evento cinematográfico ( evento é a palavra), do Christopher Nolan. E não me decepcionei. O filme não cria elos dramáticos com seus personagens (muitos podem não gostar disso),isso é, não sabemos das histórias previas de cada personagem antes desse evento. O que vemos em tela são soldados, tentando escapar (sobreviver), de uma emboscada em plena segunda guerra. Mais precisamente 400 mil. A sensação que se tem é que somos (plateia),um terceiro personagem. Que estamos vivenciando tudo junto com os personagens ( são poucos diálogos). Acredito que esse filme esteja com certeza na lista do Oscar 2018, assim como nas outras premiações. Com destaque para a direção madura de Nolan, que nas mãos de outro diretor menos preparado, cairia facilmente para o dramalhão. A montagem e fotografia excepcional, a trilha angustiante do mestre Hans Zimmer, e o som. Na grande verdade os efeitos sonoros deste filme são desde já memoráveis na minha opinião ( Assisti na sala XD do cinemark. Vem a ser o "imax", da rede). Então se tu for assistir e tiver afim de gastar mais uma graninha vale a pena. Como disse, o filme é uma experiencia cinematográfica. Uma busca pela sobrevivência imperdível para quem curte cinema.

Terror psicológico como não se via há algum tempo. Um sopro de originalidade, com clichês bem trabalhados. O mais assustador desse filme é saber que em parte, nem tudo é ficção.