***** - De todos os documentários que assisti, nenhum deles foi capaz de mexer com minhas emoções quanto este. Cheio de reviravoltas, faz com que mudemos a percepção que temos de determinados personagens ao longo da série. Além da quantidade de material cuidadosamente editado, a parte técnica como montagem, trilha sonora e som parecem soar cirurgicamente perfeitos.
Um estudo de relações humanas, de sociedade, política, fanatismo e grupos paramilitares. Talvez até mais que isso. Lida com fatos de ambos os lados de uma guerra que, mesmo que sutilmente, ainda nos assola: a tolerância pelo diferente. Tanto o diferente dito 'liberal" ou o "conservador".
É clichê dizer, mas necessário registrar: É uma obra-prima.
**** - Acabo de assistir ao último episódio e é muito difícil para mim separar a emoção que essa série e a tentativa de analisar de forma técnica. Aliás, acho que o fato de emocionar tanto é justamente a consequência de um roteiro tão coeso e bem amarrado e uma direção competente. A série consegue a proeza de mostrar várias facetas dos personagens (aluns ou professores) ao longo dos 13 episódios. O próprio Merli, por exemplo, nunca é colocado como um herói ou um salvador, trata-se de um homem intenso que carrega seus defeito de caráter como qualquer outro. Ao mesmo tempo que possui atitudes revolucionárias, também se percebe incapaz de lidar com coisas simples, como por exemplo, lidar com o próprio filho. As tramas envolvendo os personagens secundários também são muito bem encaixadas na trama e nada soa fora do lugar.
Todas as "figuras" do ensino médio estão ali muito bem retratadas por atores muito à vontade e bem dirigidos. David Solans (que desconhecia) faz um personagem gay, que embora aceito pela família, ele mesmo não consegue se aceitar. O ator sabe perfeitamente mostrar todas as nuances entre compreender sua sexualidade e os momentos em que sente raiva de si mesmo, descontando em outros personagens, que por sua vez também sofrem. Como disse, as ações dos personagens se entrelaçam e há uma fantástica sintonia. Pau Poch interpreta Ivan, um garoto com medo de sair de casa. Impressiona como o roteiro, pouco a pouco, vai revelando o personagem.
Embora soe um pouco repetitivo em alguns episódios, como por exemplo, as vezes que o diretor da escola dá bronca em Merli por suas aventuras, ou algumas picuinhas entre os professores, trata-se de um trabalho extremamente sensível não só com o mundo dos adolescentes mas com a toda a conjuntura de uma escola e o seu sistema educacional. Um série sem idolatria, mas com um senso de libertação impressionante. Há muito tempo eu não termino de ver um filme ou série com um cachoeira saindo dos olhos. A cena final, embora esperada, é um primor em roteiro, edição e trilha sonora,
Depois de obter muita coragem resolvi assistir aos poucos essa obra de Zeffirelli do qual gosto muito. Não é possível analisá-la como um filme, pois ele é muito estendido. Mas a parte técnica do filme é muito parecida com os outros filmes do diretor que para mim é marcado pela força e pela pureza. Jesus de Nazareth falha bastante na narrativa que soa repetitiva e uma dramaturgia muito glorificada. Talvez isso seja pelo fato do roteiro e do diretor querer reproduzir com fidelidade a imagem que a Igreja Católica tem do protagonista assim como toda a esfera ritualística que envolve essa religião. Robert Powell mandou muito bem na pele de Jesus, mas a escolha por um Jesus Cristo tão perfeitamente encaixado na estética católica ajuda a consolidar o ritmo demasiadamente auto-proclamador. De qualquer forma, o roteiro consegue fazer um bom traço das histórias e a escolha do elenco é muito acertada. Dou destaque para o ator que fez Pilatos (soberbo).
Merlí (3ª Temporada)
4.4 186**** - Enfim, uma série que realmente termina.
Wild Wild Country
4.3 265 Assista Agora***** - De todos os documentários que assisti, nenhum deles foi capaz de mexer com minhas emoções quanto este. Cheio de reviravoltas, faz com que mudemos a percepção que temos de determinados personagens ao longo da série. Além da quantidade de material cuidadosamente editado, a parte técnica como montagem, trilha sonora e som parecem soar cirurgicamente perfeitos.
Um estudo de relações humanas, de sociedade, política, fanatismo e grupos paramilitares. Talvez até mais que isso. Lida com fatos de ambos os lados de uma guerra que, mesmo que sutilmente, ainda nos assola: a tolerância pelo diferente. Tanto o diferente dito 'liberal" ou o "conservador".
É clichê dizer, mas necessário registrar: É uma obra-prima.
Merlí (1ª Temporada)
4.5 220**** - Acabo de assistir ao último episódio e é muito difícil para mim separar a emoção que essa série e a tentativa de analisar de forma técnica. Aliás, acho que o fato de emocionar tanto é justamente a consequência de um roteiro tão coeso e bem amarrado e uma direção competente. A série consegue a proeza de mostrar várias facetas dos personagens (aluns ou professores) ao longo dos 13 episódios. O próprio Merli, por exemplo, nunca é colocado como um herói ou um salvador, trata-se de um homem intenso que carrega seus defeito de caráter como qualquer outro. Ao mesmo tempo que possui atitudes revolucionárias, também se percebe incapaz de lidar com coisas simples, como por exemplo, lidar com o próprio filho. As tramas envolvendo os personagens secundários também são muito bem encaixadas na trama e nada soa fora do lugar.
Todas as "figuras" do ensino médio estão ali muito bem retratadas por atores muito à vontade e bem dirigidos. David Solans (que desconhecia) faz um personagem gay, que embora aceito pela família, ele mesmo não consegue se aceitar. O ator sabe perfeitamente mostrar todas as nuances entre compreender sua sexualidade e os momentos em que sente raiva de si mesmo, descontando em outros personagens, que por sua vez também sofrem. Como disse, as ações dos personagens se entrelaçam e há uma fantástica sintonia. Pau Poch interpreta Ivan, um garoto com medo de sair de casa. Impressiona como o roteiro, pouco a pouco, vai revelando o personagem.
Embora soe um pouco repetitivo em alguns episódios, como por exemplo, as vezes que o diretor da escola dá bronca em Merli por suas aventuras, ou algumas picuinhas entre os professores, trata-se de um trabalho extremamente sensível não só com o mundo dos adolescentes mas com a toda a conjuntura de uma escola e o seu sistema educacional. Um série sem idolatria, mas com um senso de libertação impressionante. Há muito tempo eu não termino de ver um filme ou série com um cachoeira saindo dos olhos. A cena final, embora esperada, é um primor em roteiro, edição e trilha sonora,
Jesus de Nazaré
3.7 153Depois de obter muita coragem resolvi assistir aos poucos essa obra de Zeffirelli do qual gosto muito. Não é possível analisá-la como um filme, pois ele é muito estendido. Mas a parte técnica do filme é muito parecida com os outros filmes do diretor que para mim é marcado pela força e pela pureza. Jesus de Nazareth falha bastante na narrativa que soa repetitiva e uma dramaturgia muito glorificada. Talvez isso seja pelo fato do roteiro e do diretor querer reproduzir com fidelidade a imagem que a Igreja Católica tem do protagonista assim como toda a esfera ritualística que envolve essa religião. Robert Powell mandou muito bem na pele de Jesus, mas a escolha por um Jesus Cristo tão perfeitamente encaixado na estética católica ajuda a consolidar o ritmo demasiadamente auto-proclamador. De qualquer forma, o roteiro consegue fazer um bom traço das histórias e a escolha do elenco é muito acertada. Dou destaque para o ator que fez Pilatos (soberbo).