Fabio Kowalski

Uma coisa aqui que preciso pontuar, li muita gente chamando de filme indiano, nãe é, Patel aqui, sim pegou a índia como referencia, a cultura de seus pais e antepassados, atores, mas o estilo e forma de filmar e puramente do cinema mais tradicional ocidental, tanto que e creditado com USA e Inglaterra Países de origem. O cinema puramente indiano e construído de outra forma.

Bom, tem um começo meio estranho e trivial ao mesmo tempo, alias Patel chupou um pouco do cavaleiro verde as e viagens sensoriais, para ir narrando o cerne, a força motriz por trás de seu personagem, do meio para o final que realmente a obra toma um corpo mais para o que veio, e a velha tradicional vingança, porem construída de uma forma cultural, onde Patel homenageia suas origens ,deuses e trás pequenas alfinetadas a forma de castas que existe na Índia.

No final das contas o cara nós tras um filme honesto e belo, com muito curry e sangue nos olhos.

Meus camaradas, vemos aqui uma obra que a cada quadro nos deparamos com algo que ja vimos antes em algum filme, a ideia do Snyder foi aqui apanhar tudo que viu desde criança e socar sem piedade nesse filme, se for enumerar aqui vai tempo, mas vemos algo desde rapto do menino dourado, tarzan, star wars, mercenarios das galaxias, etc..ate videogame, afinal os caras da tal pátria mãe são iguais do jogo Killzone, confiram, todo arquétipo do game esta presente.

Temos ate a velha temática desde os 7 samurais da escolha de guerreiros cada um com sua especialidade, para formar defensores de alguma coisa, inclusive alguns figurantes do mad max estrada da fúria foram esquecidos nesse filme, os rastafurious.

Uma historia um tanto confusa em seu inicio, ate para entender esse mundo da obra, mas, dentro de tudo isso, ainda sim tem boas cenas, e espero que o segundo melhore um pouco mais essa impressão de uma vitaminada de tudo que voce tem na geladeira que ficou essa obra.

O que temos aqui, um drama coma aquela velha ideia da volta do combatente para casa e enfrentar um mundo diferente do que acostumou em sua vida militar, e querendo ou não isso e fato, quem serviu sabe, que o mundo civil para quem fica no exercito se torna meio estranho quando você sai, e um planeta dentro de outro.

Agora potencializa isso em uma guerra real, voltar e enfrentar outra guerra, com o mundo 1que deixou pra trás, so que o filme nao levanta só isso, tem o lado de voltar ase adaptar ao filho pequeno que te conheceu em outra realidade e ficou longe, sendo criado por outro núcleo familiar,a confiança quebrada ,em fim...e o americano ainda tem outro comportamento social que acho intrigante, e um povo que enaltece trabalho para ser alguém e manter padrão, só que constroem um dramalhão familiar com isso que vivem nessa dualidade quase hipócrita, meu trabalho pagam as contas, saúde, um bem estar, mas a mulher, filhos cobram um tempo e presença em um País que nao permite para quem quer tem esse padrão e vira um looping estressante.

Outro aspecto e o conflito de voce se encontrar em um lugar e gostar daquilo, mas viver no dilema de ser um frustrado trabalhando em algo que te de esse tempo, ou seguir uma carreira em algo que ame, mas viver no estresse de cobranças. Alias um paralelo, como seria em uma realidade brasileira que não vivemos, sobrevivemos, em escalas 6x1 saindo cedo voltando tarde, americano ia surtar, sem carro, sem diversão.

É um filme bom, simples, sem muito rodeio, mas cumpre bem o papel .