A série parte de uma premissa que tende ao sobrenatural, ao mistério, mas o foco da narrativa dos 10 episódios está mesmo nos que ficaram na Terra após o "Arrebatamento" (como sugere o título), ou seja, o foco é o drama, é o estudo de como a sociedade pode se quebrar de tantas formas diferentes após um evento traumático dessas proporções.
E esse é um acerto gigantesco da temporada. Mas ainda assim essa não deixa de ser prejudicada por uma pretensão que se revela grande demais. Em não poucas vezes a série se mostra muito pretensiosa, como se seus mistérios criados ao longo do caminho (que não necessariamente serão de todo revelados) fossem maiores que o drama, maiores do que ela mesma, maiores até do que a vida! E o pior: às vezes apenas uma pergunta casual entre 2 personagens é tratada pelo texto e pela direção como algo que não carece de resposta, criando aí uma aura inútil de mistério.
E é aí que a força narrativa da série se perde consideravelmente, mas, como são momentos pequenos se colocados em proporção, não são suficientes para tirá-la do patamar das notáveis.
Um elenco legal infelizmente não salva um texto muitas vezes panfletário, uma montagem que não tem pudor de ser brega e uma direção que pouco pode entregar diante disso tudo.
A ideia da série é muito boa, mas também é preciso ousar mais. A classificação etária mesmo é de 16 anos, mas isso por conta apenas das cenas de sexo BEM críveis, pois em sequências em que personagens são alvejados por balas tudo soa teatral, artificial e ridículo, já que não vemos sangue algum.
Se quer abordar um problema extremamente realista, que a forma de se fazer isso também seja minimamente realista.
A série tem um aura deliciosamente instigante de mistério, graças principalmente ao clima soturno em momentos pontuais, à estética retrô e à fantástica e inspirada trilha sonora. Por outro lado ela parece não hesitar em decepcionar em certos momentos que um blockbuster como esse definitivamente NÃO deveria decepcionar, como na ação e nos efeitos especiais. Mas com um saldo bastante positivo, predomina ao fim a expectativa pela 2° temporada.
Leva metade da (curta) temporada para transformar um monte de humor superficial sem justificativa em uma tragicomédia instigante sobre vício, solidão, desejo, remorso e outras coisas, mas chega lá. E o humor britânico, a vergonha alheia e a atuação de Phoebe Waller-Bridge não poderiam (nestes 3 últimos episódios) estar em maior sintonia, coisa rara de se ver.
Aparentando ter um dos trabalhos de criação de universo mais complexos e ao mesmo tempo bem-sucedidos da História das séries, bem como uma primorosa e admirável escolha de elenco (ao vermos uma versão mais velha ou mais jovem de algum personagem imediatamente sabemos de quem se trata, tamanha a semelhança entre os atores), Dark chega ao fim de forma satisfatória e entregando o suficiente para entrar para o hall dos grandes ícones da TV que para sempre serão lembrados e referenciados.
Depois de uma 5° temporada que podia muito bem funcionar como final para a série (ainda que não quiséssemos isso, convenhamos), pela primeira vez o show demonstra claros sinais de cansaço com histórias principais bobas, confusas e enroladas, situações repetidas e uma mão da sala de roteiro atuando visível demais em algumas resoluções. Ao menos a série ainda não se perdeu por completo, pois quando alguma coisa é boa, é boa no estilo Agents of S.H.I.E.L.D. que conhecemos, e desse bem-sucedido grupo podemos apontar o entrosamento do elenco, a sempre admirável valorização dada aos personagens menores, os ótimos efeitos especiais e - por que não? - o amor incontestável que a produção tem pela obra, amor esse compartilhado pelo público, de forma que o mesmo torça por uma conclusão satisfatória na próxima temporada, mas principalmente por uma 7° temporada que se distancie dessa atual e faça jus ao que a série já foi e certamente tem capacidade de ser.
No tom de "Soldado Invernal" e "Guerra Civil", essa minissérie dá ao Falcão do Anthony Mackie o desenvolvimento que ele precisava e ao Soldado Invernal do Sebastian Stan a abordagem que ele merecia.
Ao final da minissérie fica claro como a ideia inicial dos realizadores era, independentemente da justificativa, criar uma situação onde os dois Vingadores Wanda e Visão estivessem protagonizando uma sitcom, abrindo assim inúmeras possibilidades de homenagens a décadas desse formato televisivo. Isso significa que a justificativa dentro da trama para essa sitcom acontecer é ruim? De forma alguma. A grande verdade é que a obra é muito feliz com o seu segundo objetivo, que é casar esse lado sitcom com o avanço da jornada dos 2 personagens dentro do MCU. E se o clímax peca abusando de clichês do gênero de super-heróis, ao menos a balança da minissérie é equilibrada com a originalidade dos primeiros episódios.
O que é um herói? Após duas temporadas em que essa questão é ocasionalmente levantada, finalmente a série trata desse tema de forma definitiva. E com essa discussão por objetivo, muito acertada se mostra a escolha do vilão oficial da temporada: um serial killer comum, mas que enxerga super-heróis e aprimorados em geral (ou milagres ou metamorfos ou inumanos), estes já de conhecimento do mundo todo como vimos em Guerra Civil, Agents of S.H.I.E.L.D. e outras séries, como sendo trapaceiros, indignos de honra, mérito e dignidade. Com essas principais peças da trama em jogo, os arcos de Trish, Jeri e a própria Jessica conseguem se desenrolar até uma conclusão digna para esse microcosmo periférico do MCU. Não apenas a série foi boa enquanto durou, mas, sendo este o fim da parceria Marvel/Netflix, devemos dizer que também os frutos dessa união, de uma maneira geral, foram bons e valeram a jornada.
Após um bom começo (que inclusive entrega momentos marcantes com uma inesperada dose de violência física e psicológica), a temporada decepciona com sua irregularidade: quando na trama principal, tudo é demasiadamente lento; quando nos fillers... Bem, só um desses é realmente interessante. Preocupado com o futuro do anime.
A óbvia originalidade da série não consegue apagar os problemas (principalmente de roteiro), mas não há dúvida de que temos aqui um produto de alta qualidade e que, com os envolvidos mais experientes nesse desafiador modo de contar uma história, poderá entregar temporadas ainda melhores.
Na 1° temporada a série apresentou uma premissa divertida e com potencial, e de fato entregou bons momentos cômicos que valeram a experiência. Porém, após essa 2° temporada, a pergunta que fica é: por quê?
Com apenas 2 episódios bons para entregar, o primeiro e o último (nesse excetuando-se o final), por que levar a trama para um segundo ano? O que temos no miolo composto por 4 (intermináveis) episódios não é uma busca que tem por tempero a tensão do tempo se esgotando, mas sim a simples e pouco atrativa busca da protagonista Johanne por uma companhia verdadeira, seja lá em que data isso for acontecer, contanto que aconteça o quanto antes. E esse plot nem é o que se sobressai. O pano para a manga é tão curto que, na tentativa de inflar os (ainda bem) míseros 6 episódios, tramas paralelas fracas e de pouca relevância ganham muito tempo de tela. E todo esse conjunto de erros resulta em uma leva de episódios que descaracteriza a proposta inicial da série e o próprio título da mesma, mostrando-se uma temporada equivocada.
Se a série insistir em uma 3° temporada, maior "Por quê?" haverá.
Mesmo mais fraca no humor, a série continua fazendo bem com seu peculiar estilo de contar uma história linear através de episódios fechados que se utilizam costumeiramente de flashbacks.
Só após o fim da minissérie que fui perceber que a "Días de Navidad" creditada como base para essa obra é a ótima "Natal em 3 por 4", e então toda a semelhança dessa produção alemã com a produção espanhola em termos de trama e estrutura fez sentido. E, apesar da obra em questão entregar um bom drama, no geral não é tão apurada quanto sua inspiração, fazendo apenas o mínimo necessário para contar sua história.
Tremendamente enrolado, o 2° ano mantém o mérito da série de trabalhar com maestria o vai e vem dos personagens através do tempo e das relações. O grande porém é que a sensação de que tudo isso leva a lugar algum é muito grande. O mistério, potencializado pela ótima ambientação, era deveras interessante na temporada passada, principalmente no início, mas aqui, com uma forte sensação de mesmice, ele só me deixou a cada episódio mais estafado. E, se não bastasse isso tudo, cria-se uma expectativa durante toda a temporada para, no final, entregar um clímax colossalmente ridículo. Enfim, que a temporada derradeira recupere senão a dignidade, a sensação de propósito para esse emaranhado de histórias.
Comumente apelidada de "série sobre nada", vejo-a mais como sendo sobre os causos da vida de um comediante que inspiram suas apresentações de stand-up. E aí um leque de possibilidades, temas e situações se abre. Essa curta temporada de estreia nem sempre é engraçada, mas há algo ali querendo aflorar, um potencial... Veremos nas próximas temporadas.
5x01 "Striking Vipers": Excelente episódio sobre um problema conjugal que, inserido no contexto tecnológico, tem seus dilemas exacerbados.
5x02 "Smithreens": A ideia, o objetivo e a mensagem do episódio são claros, extremamente válidos e absolutamente necessários, mas... 70 minutos para isso?! A sensação de gordura é clara, mas acaba que se trata de uma gordura até que saborosa.
5x03 "Rachel, Jack e Ashley Too": A trama começa parecendo que vai trilhar caminhos sombrios como fizeram alguns dos episódios mais perturbadores de temporadas passadas, mas da metade pra lá vira uma típica aventura Sessão da Tarde. Fala de fama, de autoafirmação, de trauma, de família, de imagem, de meritocracia, de abusos na indústria pop, do dilema da arte como expressão ou comércio, mas, de tecnologia que é bom... Essa se apresenta apenas como uma mera coadjuvante, não sendo capaz de gerar reflexões ou debates significativos e reforçando a ideia de que poderia ser um recurso cool em uma produção teen vinda de algum canal da Disney. Talvez assim funcionasse melhor, mas como parte de Black Mirror? Hum...
A 5° temporada da série parece sutilmente insistir naquela ideia boba, desnecessária e a médio e longo prazo perigosa de que todos os episódios se passam em uma mesma linha temporal. Isso fica mais evidente ao notarmos como as tecnologias não surpreendem, mas sim são recicladas de histórias em histórias. Além de que aquele famigerado soco no estômago de outrora dá lugar a tramas e (principalmente) desfechos mais palatáveis. Não que esse tipo de história não deva ser produzido, na verdade é até bom uma intercalação, assim podemos respirar entre um soco no nariz e um chute na virilha. Mas quando todo um conceito parece se perder e ficar cada vez mais distante no passado, tudo fica mais preocupante. Disse no comentário da 4° temporada e repito aqui: novas ideias, novas mentes devem fazer bem à série, pois tudo isso somado ao fato de a maioria esmagadora dos episódios ser assinada por Charlie Brooker evidencia um esgotamento em sua criatividade dentro da premissa da série. Se ele, o criador, dividiu a pena com outros escritores no livro homônimo, por que não na série?
Compensa o fraco desenvolvimento de personagens com uma poderosa ambientação (ponto para a direção, fotografia e trilha sonora), fortes mistérios e uma trama complicada de se construir que, por essa razão, é digna de mérito.
A série não tenta inventar a roda das sitcoms, mas acerta ao experimentar no roteiro e na direção; tal frescor e o carisma dos personagens formam o ponto alto da temporada.
Após um incrível ano de estreia, a série cai um pouco em qualidade com dramas mais rasos e/ou mal explorados e uma inesperada apelação para jump scare. Por outro lado, a dinâmica da sociedade no pós-apocalipse e a ambientação soberba tornam a ideia de continuar acompanhando a série simplesmente irresistível.
Comentário sobre a versão da Netflix. Menos arrastada que a anterior, 2° parte da (até então) minissérie empolga mais com suas inúmeras reviravoltas à la Prison Break. O final, no entanto, passa longe de ser chamado desfecho, e nem senso de final em aberto tem; falta é lógica narrativa de começo, meio e fim, mesmo. Tipo esse meu comentário.
Um caso raro de série original Netflix em que fazem falta mais episódios. E apesar dos personagens que funcionam mais como instrumentos do roteiro do que pessoas e do baixo orçamento que às vezes desanima, toda a ambientação, o clima gerado e os poderosos cliffhangers tornam a temporada deliciosa de se acompanhar e viciante como poucos produtos conseguem ser hoje em dia.
É no contraste entre uma cultura inglesa fria e engessada e uma personalidade infantil, ingênua, atrapalhada, por vezes maldosa e um tanto alienígena de Mr. Bean (e para sustentar a última tenho mais de uma evidência) que se sustenta o humor dessa série, merecidamente passível de comparação com Chaplin. Uma das diferenças é que, nesse caso aqui, consumir os episódios em doses homeopáticas, como num zapear de canais, é mais apreciável do que uma maratona diária. Talvez exatamente por isso que os 14 episódios tenham saído ao longo de 5 anos. De qualquer forma, um ícone atemporal e inesquecível.
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583 Assista AgoraA série parte de uma premissa que tende ao sobrenatural, ao mistério, mas o foco da narrativa dos 10 episódios está mesmo nos que ficaram na Terra após o "Arrebatamento" (como sugere o título), ou seja, o foco é o drama, é o estudo de como a sociedade pode se quebrar de tantas formas diferentes após um evento traumático dessas proporções.
E esse é um acerto gigantesco da temporada. Mas ainda assim essa não deixa de ser prejudicada por uma pretensão que se revela grande demais. Em não poucas vezes a série se mostra muito pretensiosa, como se seus mistérios criados ao longo do caminho (que não necessariamente serão de todo revelados) fossem maiores que o drama, maiores do que ela mesma, maiores até do que a vida! E o pior: às vezes apenas uma pergunta casual entre 2 personagens é tratada pelo texto e pela direção como algo que não carece de resposta, criando aí uma aura inútil de mistério.
E é aí que a força narrativa da série se perde consideravelmente, mas, como são momentos pequenos se colocados em proporção, não são suficientes para tirá-la do patamar das notáveis.
Aruanas (1ª Temporada)
4.2 47Um elenco legal infelizmente não salva um texto muitas vezes panfletário, uma montagem que não tem pudor de ser brega e uma direção que pouco pode entregar diante disso tudo.
A ideia da série é muito boa, mas também é preciso ousar mais. A classificação etária mesmo é de 16 anos, mas isso por conta apenas das cenas de sexo BEM críveis, pois em sequências em que personagens são alvejados por balas tudo soa teatral, artificial e ridículo, já que não vemos sangue algum.
Se quer abordar um problema extremamente realista, que a forma de se fazer isso também seja minimamente realista.
Loki (1ª Temporada)
4.0 490 Assista AgoraA série tem um aura deliciosamente instigante de mistério, graças principalmente ao clima soturno em momentos pontuais, à estética retrô e à fantástica e inspirada trilha sonora. Por outro lado ela parece não hesitar em decepcionar em certos momentos que um blockbuster como esse definitivamente NÃO deveria decepcionar, como na ação e nos efeitos especiais.
Mas com um saldo bastante positivo, predomina ao fim a expectativa pela 2° temporada.
Fleabag (1ª Temporada)
4.4 627 Assista AgoraLeva metade da (curta) temporada para transformar um monte de humor superficial sem justificativa em uma tragicomédia instigante sobre vício, solidão, desejo, remorso e outras coisas, mas chega lá. E o humor britânico, a vergonha alheia e a atuação de Phoebe Waller-Bridge não poderiam (nestes 3 últimos episódios) estar em maior sintonia, coisa rara de se ver.
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KAparentando ter um dos trabalhos de criação de universo mais complexos e ao mesmo tempo bem-sucedidos da História das séries, bem como uma primorosa e admirável escolha de elenco (ao vermos uma versão mais velha ou mais jovem de algum personagem imediatamente sabemos de quem se trata, tamanha a semelhança entre os atores), Dark chega ao fim de forma satisfatória e entregando o suficiente para entrar para o hall dos grandes ícones da TV que para sempre serão lembrados e referenciados.
Agentes da S.H.I.E.L.D. (6ª Temporada)
3.7 51Depois de uma 5° temporada que podia muito bem funcionar como final para a série (ainda que não quiséssemos isso, convenhamos), pela primeira vez o show demonstra claros sinais de cansaço com histórias principais bobas, confusas e enroladas, situações repetidas e uma mão da sala de roteiro atuando visível demais em algumas resoluções. Ao menos a série ainda não se perdeu por completo, pois quando alguma coisa é boa, é boa no estilo Agents of S.H.I.E.L.D. que conhecemos, e desse bem-sucedido grupo podemos apontar o entrosamento do elenco, a sempre admirável valorização dada aos personagens menores, os ótimos efeitos especiais e - por que não? - o amor incontestável que a produção tem pela obra, amor esse compartilhado pelo público, de forma que o mesmo torça por uma conclusão satisfatória na próxima temporada, mas principalmente por uma 7° temporada que se distancie dessa atual e faça jus ao que a série já foi e certamente tem capacidade de ser.
Falcão e o Soldado Invernal
3.9 381 Assista AgoraNo tom de "Soldado Invernal" e "Guerra Civil", essa minissérie dá ao Falcão do Anthony Mackie o desenvolvimento que ele precisava e ao Soldado Invernal do Sebastian Stan a abordagem que ele merecia.
WandaVision
4.2 844 Assista AgoraAo final da minissérie fica claro como a ideia inicial dos realizadores era, independentemente da justificativa, criar uma situação onde os dois Vingadores Wanda e Visão estivessem protagonizando uma sitcom, abrindo assim inúmeras possibilidades de homenagens a décadas desse formato televisivo. Isso significa que a justificativa dentro da trama para essa sitcom acontecer é ruim? De forma alguma. A grande verdade é que a obra é muito feliz com o seu segundo objetivo, que é casar esse lado sitcom com o avanço da jornada dos 2 personagens dentro do MCU. E se o clímax peca abusando de clichês do gênero de super-heróis, ao menos a balança da minissérie é equilibrada com a originalidade dos primeiros episódios.
Jessica Jones (3ª Temporada)
3.7 118 Assista AgoraO que é um herói?
Após duas temporadas em que essa questão é ocasionalmente levantada, finalmente a série trata desse tema de forma definitiva. E com essa discussão por objetivo, muito acertada se mostra a escolha do vilão oficial da temporada: um serial killer comum, mas que enxerga super-heróis e aprimorados em geral (ou milagres ou metamorfos ou inumanos), estes já de conhecimento do mundo todo como vimos em Guerra Civil, Agents of S.H.I.E.L.D. e outras séries, como sendo trapaceiros, indignos de honra, mérito e dignidade.
Com essas principais peças da trama em jogo, os arcos de Trish, Jeri e a própria Jessica conseguem se desenrolar até uma conclusão digna para esse microcosmo periférico do MCU.
Não apenas a série foi boa enquanto durou, mas, sendo este o fim da parceria Marvel/Netflix, devemos dizer que também os frutos dessa união, de uma maneira geral, foram bons e valeram a jornada.
Naruto (4ª Temporada)
4.3 52Após um bom começo (que inclusive entrega momentos marcantes com uma inesperada dose de violência física e psicológica), a temporada decepciona com sua irregularidade: quando na trama principal, tudo é demasiadamente lento; quando nos fillers... Bem, só um desses é realmente interessante. Preocupado com o futuro do anime.
24 Horas (1ª Temporada)
4.3 146 Assista AgoraA óbvia originalidade da série não consegue apagar os problemas (principalmente de roteiro), mas não há dúvida de que temos aqui um produto de alta qualidade e que, com os envolvidos mais experientes nesse desafiador modo de contar uma história, poderá entregar temporadas ainda melhores.
Namorado de Natal (2ª Temporada)
3.8 61 Assista AgoraNa 1° temporada a série apresentou uma premissa divertida e com potencial, e de fato entregou bons momentos cômicos que valeram a experiência. Porém, após essa 2° temporada, a pergunta que fica é: por quê?
Com apenas 2 episódios bons para entregar, o primeiro e o último (nesse excetuando-se o final), por que levar a trama para um segundo ano? O que temos no miolo composto por 4 (intermináveis) episódios não é uma busca que tem por tempero a tensão do tempo se esgotando, mas sim a simples e pouco atrativa busca da protagonista Johanne por uma companhia verdadeira, seja lá em que data isso for acontecer, contanto que aconteça o quanto antes. E esse plot nem é o que se sobressai. O pano para a manga é tão curto que, na tentativa de inflar os (ainda bem) míseros 6 episódios, tramas paralelas fracas e de pouca relevância ganham muito tempo de tela. E todo esse conjunto de erros resulta em uma leva de episódios que descaracteriza a proposta inicial da série e o próprio título da mesma, mostrando-se uma temporada equivocada.
Se a série insistir em uma 3° temporada, maior "Por quê?" haverá.
Como Eu Conheci Sua Mãe (2ª Temporada)
4.5 365 Assista AgoraMesmo mais fraca no humor, a série continua fazendo bem com seu peculiar estilo de contar uma história linear através de episódios fechados que se utilizam costumeiramente de flashbacks.
Segredos de Natal
3.5 21 Assista AgoraSó após o fim da minissérie que fui perceber que a "Días de Navidad" creditada como base para essa obra é a ótima "Natal em 3 por 4", e então toda a semelhança dessa produção alemã com a produção espanhola em termos de trama e estrutura fez sentido. E, apesar da obra em questão entregar um bom drama, no geral não é tão apurada quanto sua inspiração, fazendo apenas o mínimo necessário para contar sua história.
Dark (2ª Temporada)
4.5 897Tremendamente enrolado, o 2° ano mantém o mérito da série de trabalhar com maestria o vai e vem dos personagens através do tempo e das relações. O grande porém é que a sensação de que tudo isso leva a lugar algum é muito grande. O mistério, potencializado pela ótima ambientação, era deveras interessante na temporada passada, principalmente no início, mas aqui, com uma forte sensação de mesmice, ele só me deixou a cada episódio mais estafado.
E, se não bastasse isso tudo, cria-se uma expectativa durante toda a temporada para, no final, entregar um clímax colossalmente ridículo. Enfim, que a temporada derradeira recupere senão a dignidade, a sensação de propósito para esse emaranhado de histórias.
Seinfeld (1ª Temporada)
4.1 180 Assista AgoraComumente apelidada de "série sobre nada", vejo-a mais como sendo sobre os causos da vida de um comediante que inspiram suas apresentações de stand-up. E aí um leque de possibilidades, temas e situações se abre. Essa curta temporada de estreia nem sempre é engraçada, mas há algo ali querendo aflorar, um potencial... Veremos nas próximas temporadas.
Black Mirror (5ª Temporada)
3.2 9595x01 "Striking Vipers": Excelente episódio sobre um problema conjugal que, inserido no contexto tecnológico, tem seus dilemas exacerbados.
5x02 "Smithreens": A ideia, o objetivo e a mensagem do episódio são claros, extremamente válidos e absolutamente necessários, mas... 70 minutos para isso?! A sensação de gordura é clara, mas acaba que se trata de uma gordura até que saborosa.
5x03 "Rachel, Jack e Ashley Too": A trama começa parecendo que vai trilhar caminhos sombrios como fizeram alguns dos episódios mais perturbadores de temporadas passadas, mas da metade pra lá vira uma típica aventura Sessão da Tarde. Fala de fama, de autoafirmação, de trauma, de família, de imagem, de meritocracia, de abusos na indústria pop, do dilema da arte como expressão ou comércio, mas, de tecnologia que é bom... Essa se apresenta apenas como uma mera coadjuvante, não sendo capaz de gerar reflexões ou debates significativos e reforçando a ideia de que poderia ser um recurso cool em uma produção teen vinda de algum canal da Disney. Talvez assim funcionasse melhor, mas como parte de Black Mirror? Hum...
A 5° temporada da série parece sutilmente insistir naquela ideia boba, desnecessária e a médio e longo prazo perigosa de que todos os episódios se passam em uma mesma linha temporal. Isso fica mais evidente ao notarmos como as tecnologias não surpreendem, mas sim são recicladas de histórias em histórias. Além de que aquele famigerado soco no estômago de outrora dá lugar a tramas e (principalmente) desfechos mais palatáveis. Não que esse tipo de história não deva ser produzido, na verdade é até bom uma intercalação, assim podemos respirar entre um soco no nariz e um chute na virilha. Mas quando todo um conceito parece se perder e ficar cada vez mais distante no passado, tudo fica mais preocupante. Disse no comentário da 4° temporada e repito aqui: novas ideias, novas mentes devem fazer bem à série, pois tudo isso somado ao fato de a maioria esmagadora dos episódios ser assinada por Charlie Brooker evidencia um esgotamento em sua criatividade dentro da premissa da série. Se ele, o criador, dividiu a pena com outros escritores no livro homônimo, por que não na série?
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6KCompensa o fraco desenvolvimento de personagens com uma poderosa ambientação (ponto para a direção, fotografia e trilha sonora), fortes mistérios e uma trama complicada de se construir que, por essa razão, é digna de mérito.
Como Eu Conheci Sua Mãe (1ª Temporada)
4.5 784 Assista AgoraA série não tenta inventar a roda das sitcoms, mas acerta ao experimentar no roteiro e na direção; tal frescor e o carisma dos personagens formam o ponto alto da temporada.
The Walking Dead (2ª Temporada)
4.2 2,3K Assista AgoraApós um incrível ano de estreia, a série cai um pouco em qualidade com dramas mais rasos e/ou mal explorados e uma inesperada apelação para jump scare. Por outro lado, a dinâmica da sociedade no pós-apocalipse e a ambientação soberba tornam a ideia de continuar acompanhando a série simplesmente irresistível.
La Casa de Papel (Parte 2)
4.2 942 Assista AgoraComentário sobre a versão da Netflix.
Menos arrastada que a anterior, 2° parte da (até então) minissérie empolga mais com suas inúmeras reviravoltas à la Prison Break. O final, no entanto, passa longe de ser chamado desfecho, e nem senso de final em aberto tem; falta é lógica narrativa de começo, meio e fim, mesmo. Tipo esse meu comentário.
Noite Adentro (1ª Temporada)
3.6 165 Assista AgoraUm caso raro de série original Netflix em que fazem falta mais episódios. E apesar dos personagens que funcionam mais como instrumentos do roteiro do que pessoas e do baixo orçamento que às vezes desanima, toda a ambientação, o clima gerado e os poderosos cliffhangers tornam a temporada deliciosa de se acompanhar e viciante como poucos produtos conseguem ser hoje em dia.
La Casa de Papel (Parte 1)
4.2 1,3K Assista AgoraComentário sobre a versão da Netflix.
Inicia-se com uma premissa maravilhosa, mas seu desenrolar oscila entre o êxito e o marasmo novelesco.
Mr. Bean
4.5 136É no contraste entre uma cultura inglesa fria e engessada e uma personalidade infantil, ingênua, atrapalhada, por vezes maldosa e um tanto alienígena de Mr. Bean (e para sustentar a última tenho mais de uma evidência) que se sustenta o humor dessa série, merecidamente passível de comparação com Chaplin. Uma das diferenças é que, nesse caso aqui, consumir os episódios em doses homeopáticas, como num zapear de canais, é mais apreciável do que uma maratona diária. Talvez exatamente por isso que os 14 episódios tenham saído ao longo de 5 anos.
De qualquer forma, um ícone atemporal e inesquecível.