Por mais que Boseman esteja em seu mais alto nível em A Voz Suprema do Blues, nesse filme Hopkins é a personificação do roteiro, da postura em cena, de timing, entre outras milhares de minucias que poderiam ser mencionadas. Encarnando um personagem perdido no tempo, Anthony faz o tempo do telespectador voar, sem saber se é real ou apenas folhas caindo.
Deixa muuuito a desejar! Frances McDormand tem uma atuação apenas dentro da sua média - que é bem alta. Porém em alguns momentos parece estar no automático. O roteiro é raso e indeciso. A muleta de argumentar que o filme tem tom de documentário não justifica absolutamente nada. Como documentário seria apenas mediano da mesma forma. O contexto histórico mencionado na sinopse é inexistente e os tempos modernos da mesma maneira. Tirando o fato de Frances atuar sem maquiagem, não há mérito algum à nível de grandes prêmios.
Tendencioso! O filme mostra um comunismo muito pior que o nazismo, focando somente nas torturas comunistas - que realmente houveram na época de Stalin, e negligenciando o conteúdo nazista. "Erro" histórico: O comunismo não foi dominante na Checoslováquia até 1989, menos ainda nos moldes Stalisnitas, como mostrado no filme. Tecnicamente o filme é mal montado, com cenas desconexas e um roteiro que peca por não apresentar ao grande público os feitos e motivos de Milada ser um referência pras causas que defendia. Essa falha no roteiro faz com que se sinta menos empatia com a personagem, ficando toda carga emocional por conta das torturas recebidas.
O Homem Invisível é, assim, um recomeço, a tentativa da Universal de atualizar seus monstros de forma isolada. Por essa perspectiva, a escolha de Leigh Whannell para a direção é um tanto quanto simbólica, visto que ele é o roteirista e protagonista de Jogos Mortais (2004), filme que deu uma boa revigorada no gênero. Whannell inicia o primeiro ato com estética elegante, cores frias e muitos espelhos, características de elegância que o cinema explora para expor certos distúrbios psicológicos. A decisão do estúdio de entregar maior liberdade para cada projeto tem suas vantagens e desvantagens. Enquanto a nova versão de O Homem Invisível tem uma temática muito mais atual, que analisa efeitos de trauma e histórias de abuso, sua ligação com o material fonte impede que ele invista em um suspense psicológico que talvez fosse mais interessante para a história. Sem a opção de brincar com a mente da protagonista, Whannel investe muito bem em explicitar o elemento assustador no vazio, encontrando a maneira perfeita de brincar com as expectativas. A excelente atuação de Elisabeth Moss, marca a trajetória do longa, porém, no início – com a levada do roteiro, parece exagerada. O clima brinca com o que não pode ser visto, usando o travelling da câmera dando a sensação de que sempre há alguém de olho. A sonora é viva, feita para o impacto, sendo ponto crucial para manter a tensão o tempo todo. Personagens se virando abruptamente contra a protagonista ou reviravoltas que seriam facilmente evitáveis deixam sensação de potencial desperdiçado, assim como a decisão de não mostrar a dinâmica do relacionamento de Cecilia e Adrian antes da fuga. O trauma psicológico da personagem não se faz tão bem elaborado, cabendo a (Moss) reger a métrica da sanidade de sua personagem. Portando, é uma releitura por outra visão: a visão de uma vítima do protagonista. Enquanto os longas anteriores focam nas questões morais e na ética do personagem-título, a decisão aqui é por seguir Cecilia (Elizabeth Moss) e, pela ótica dela, chegar ao terror. Decisão totalmente acertada, pela capacidade mostrada pela interprete, mas principalmente pelo momento em que a luta contra a violência domestica ganha evidencia.
Ser vítima de um determinado contexto social pode ser também sentir asco aos que são acariciados pelo poder econômico, situação em que se beira a linha tênue da quebra ou não, de códigos morais da sociedade. Em Parasita, o diretor Bong Joo-ho apresenta logo no ato a pobreza material da família de Ki-taek (Song Kang-ho), mostrada em detalhes do cotidiano a realidade da família. Pequenas coisas não passam batidas dentro dos rotineiros de agradecimento das pessoas que não estão acostumadas com muito, desde a comida ao WI-FI, a pedra que traz riqueza familiar – que acompanha o garoto Kim ao longo da jornada, nada passa sem o devido valor Mesmo vivendo à margem da sociedade todos os membros da família possuem conhecimento, inteligência e cultura, habilidades onde em um mundo justo os fariam empregados. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família começa a dar a aulas de inglês á uma garota de família rica. Tendo a docência do garoto como marco zero da dualidade de situações, o roteiro começa passear por críticas sociais, trafegando por gêneros cinematográficos que elevam o filme a outro patamar. A fotografia trata de apresentar a outra face da sociedade com cores frias, indiferentes, que lembram Aquarius. O roteiro passa a explorar a “inocência” da mãe para inserir o contexto de alienação em diversos assuntos sociais e morais. Com fidelidade cega e feudal ao marido, apresenta-se uma família tipicamente conservadora, em que o marido sai para trabalhar e a mulher fica exclusivamente aos cuidados da casa e dos filhos. Seria totalmente trágico se não fosse também uma das pitadas de ironia do roteiro que menciona os EUA como centro comercial – de onde só se sai coisas boas, ironia e boa estratégia comercial. O segundo ato ganha tom mais cômico, oriundo do sucesso da missão parasita que começa a se entranhar no seu novo mundo. Com perspicácia que até Edmond Dantès se surpreenderia, o filme ganha trilha sonora clássica – alusão requintada e cinematográfica ao sadismo, criando um ambiente de Laranja Mecânica. O fim do segundo ato é marcado pela cena icônica de embriaguez ideológica e desamparo social, banhada a diálogos de como se encaixar na sociedade e em uma casa de família rica. O terceiro ato ganha tons de suspense a partir da uma volta inesperada, nesse momento a versatilidade de Bong Joo-Ho apresenta em curto espaço de tempo tons de suspense, drama e comédia – sempre como plano de fundo fotografia viva e requintada ao som de música clássica. Pelos olhos da despensa, o roteiro mostra a miséria humana que passa batida aos olhos encharcados da cegueira branca – retratada por José Saramago, onde a alienação e a moral deixam passar batido o que está embaixo do próprio teto. O movimento da câmera é perfeito; o travelling vertical demarca os estratos sociais, o confinamento dos párias e marginalizados de um sistema que somente acentua a concentração de renda e as desigualdades várias. Reviravoltas pontuais são marcas nos três atos, o roteiro trata da preparação do ato final com calma e delicadeza, todos tem seu momento de “riqueza”, tons de espionagem que trafegam entre 007 e Kinsgman prendem a atenção em todo momento. Graças a uma “chuva abençoada”, somos apresentados a real dimensão de localidade, as distâncias entre as famílias são abismais, não apenas ideologicamente e economicamente, mas na prática. Viver no subsolo, nas camadas mais mofadas, vivendo como um pária, descendo as escadas para o esquecimento, tudo isso poderia fazer de qualquer um, parasita. No fim, parasita pode ser descrito não somente como uma metáfora da biologia – em que um organismo vive dentro de outro, dele obtendo alimento e causando-lhe dano. Não só pejorativamente – onde o indivíduo vive à custa alheia por pura exploração ou preguiça, mas também da moral da sociedade, e principalmente da vida. Em que nem a pedra da prosperidade consegue sobrepor a certezas que o mercado da desigualdade impõe. Com roteiro impecável, trilha sonora avassaladora, personagens que se completam dentro de uma métrica social, e uma direção assustadoramente versátil e criativa, o longa com toda certeza é uma obra prima do cinema no século XXI.
Greta Gerwig, diretora e roteirista de Lady Bird – A Hora de Voar, descreveu esse filme como uma carta de amor a sua cidade natal, Sacramento. E, sabiamente, não haveria descrição melhor para seu filme. O longa é um coming-of-age – história que foca na passagem da adolescência pra juventude – que faz de sua localização não um plano de fundo, mas uma personagem central da história. Na jornada de amadurecimento de Christine “Lady Bird” McPherson (Saoirse Ronan), Gerwig constrói a sua marca como autora. Com uma história parcialmente autobiográfica, a diretora deixa pequenos pedaços de si mesma ao longo do filme, o que estabelece uma autenticidade impossível de ser emulada. São detalhes que preenchem cenas e diálogos para retratar com exatidão o processo da saída da adolescência e entrada na vida adulta no início dos anos 2000. O roteiro navega por águas cotidianas, tragando o telespectador para o universo egoísta de Lady Bird. Diálogos intensos, que dão a sensação de familiaridade. Gerwig consegue trazer a sutileza de problemas do cotidiano familiar sem apelar para tramas complexas – viver já é suficientemente complexo. Saoirse – indicada ao Oscar pelo papel, enche a tela com regularidade dentro de toda a metamorfose da personagem. Traça o itinerário de Lady como uma maquinista que não tem o controle do seu trem, intensa ao ponto de se jogar do carro, e dócil na transparecia de sentimentos. Sentimentos esses que são interligados com a figura da mãe interpretada por Laurie Metcalf, é o pé no chão que a sonhadora garota insiste em renegar. Como tantas mães, ela é responsável por trazer a protagonista para o mundo real, não por pessimismo e nem por falta de amor e confiança na filha, mas para evitar que ela sofra com frustrações. Estudando em um colégio católico caro como bolsista, “Lady Bird” tem acesso a sonhos e expectativas que não correspondem à realidade socioeconômica de sua família. Mas os conflitos fazem a garota não se sentir amada nem compreendida por sua mãe, o que leva a mais brigas e crises: a relação das duas, entre choros e gritos, é real e visceral. No fim, nenhuma delas está totalmente certa ou errada, e as atitudes ponderadas do pai (Tracy Letts), que tenta equilibrar essa relação, provam isso. “Lady Bird” é sobre amadurecimento, a protagonista é relatada com humanidade precisa – o roteiro toma conta disso com delicadeza. Lady não é perfeita, comete os erros que tem que cometer, mas aprende com eles. Aprendizado e valorização da família são legados que Christine só aprende na prática – como a grande maioria dos adolescentes. No fim, a vida abre azas pra Lady voar – ao contrário do que ela temia, voar e permanecer.
Homem – Aranha: Longe de Casa Novo longa do MCU abraça o mistério e volta pra casa Peter Parker (Tom Holland) já não é um rosto desconhecido nas telonas, suas teias e inseguranças são objetos dos mais variados sentimentos do público. Longe de casa, o jovem herói se depara com situações típicas de adolescente: paquera, insegurança e ingenuidade. Sensações que vão sendo potencializadas pelo clima de mistério que ronda o longa. A visão de Jon Watts (diretor) é a mais cartunesca possível, deixando de lado explicações e acalentando o velho leitor de HQ. Usando Nick Fury (Samuel L. Jackson) como interlocutor da problemática e ponte para a trama com Mysterio. A dupla de roteiristas apresentam uma epopeia psicodélica oriunda dos mais variados problemas a sociedade atual. A ação vem acompanhada do roteiro da turma de Parker, que se mostra como forte presença narrativa; mostrando conflitos, sentimentos e situações que só um grupo de adolescentes podem proporcionar. Dentro do caos entra em cena (Jake Gyllenhaal) com seu Mysterio, com uma atuação carismática o ator compra e vende a ideia na medida certa; deturpando o sentido aranha e dando um ‘’blip’’ no telespectador. Suas ilusões enchem os olhos graficamente, não se importando com o potencial narrativo. Equilibrando o cartoon e realista, caímos em outro ponto recorrente da trama que se mostra como uma metáfora da sociedade fora das telonas: Fake News. Mysterio se torna claro com seu discurso de que as pessoas querem um mártir e alguém para acreditar, e faz de um itinerário escolar uma enxurrada de respostas proporcionadas por quem mais as buscam, adolescentes. A ilusão, o luto e a ingenuidade proporcionam momentos em que Watts brinca com gêneros, trazendo terror psicológico para trama e salientando que o Homem – Aranha pode sobreviver sem Stark nas telonas. Ainda em forte luto por Tony Stark (Robert Downing Jr), o estúdio mostra evolução em seu modus operandi; vem acertando na escolha de gêneros para seus filmes e visando bilheterias que chegam a bilhões. No fim, o longa se mostra para todas as idades, salientando ilusões de óticas diferentes, Há que vem vive dentro sem a devida noção e há quem escolhe viver. Notícias reveladas pelo newsletter The Ankler, comandada pelo jornalista Richard Rushfiled , foi que o acordo em Sony Pictures e Marvel Studios teria estabelecido de que Longe de Casa teria que alcançar a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias para a Marvel encomendar um terceiro filme. Caso contrário, o herói retornaria a ser exclusivo da Sony. Aguardaremos o que o contrato de confiança do público determinara sobre o futuro.
A história se repete, o futuro representa o passado, somos quem somos ou fingimos ser?
Ele Está de Volta apresenta essas questões filosóficas em forma de sátira. Na trama Adolf Hitler desperta no mesmo local em que ficava no seu bunker há 70 anos, mas vira um fenômeno da mídia ao ser confundido com um comediante. O filme cria um ambiente que expõe de várias formas como se tornou o pensamento alemão pós Hitler; e que os fatos históricos podem voltar a acontecer se não aprendermos com eles. David Wnendt aplica a dosagem ideal na direção para que Oliver Masucci possa entregar seu Hitler de maneira cômica para os dias de hoje, mas que se mostrou efetiva na primeira metade do século passado. No primeiro momento o absurdo busca chocar, pelo absurdo de alguém de fantasiar de Hitler em pleno país que busca sanar uma divida histórica, e também pelo simples assombro de que talvez isso poderia acontecer e não saberíamos as consequências disso. Toda sátira começa na produção do longa, quando o interprete de Hitler (Oliver Masucci) caracterizado como Hitler fez uma turnê pela Alemanha para rodar o filme se infiltrando em situações banais do cotidiano alemão em praças, supermercados e parques de diversão. A abordagem e o clima começam a seguir novos rumos quando o ditador passa a entender com velocidade espantosa o mundo em que caiu de paraquedas. Não ser levado a sério, mas ter a lugar de fala mostra-se um fator determinante para que uma mente brilhante possa reiniciar o processo de controle de massa. Assim começa a reinserção de uma figura mitológica na sociedade, com a narrativa batendo na tecla do projeto de marketing, a atmosfera como em meados dos anos 1940 começa a se mostrar favorável a um discurso populista já conhecido. A fotografia vai ganhando tons mais soturno, fazendo da sátira o preludio para uma nova tragédia. E o que é pior: tal como no século passado, todos o veem como um palhaço inofensivo, como uma caricatura de todos os Hitlers encenados pelo cinema, enquanto o verdadeiro ressuscitado pela trama volta ao poder por meio da TV, seguindo passo a passo as teses do seu livro Mein Kampf. E como fala a certa altura do filme, ele tem um “bom material de trabalho pela frente” uma sociedade totalmente mediotizada e idiotizada. Para ele, a Direita nunca leu seu livro e skinheads não passam de fracotes. Hitler vê na TV a única novidade promissora para finalmente construir o Terceiro Reich. Com um desfecho que vai se tornando menos absurdo com o decorrer da trama, um Hitler politicamente incorreto, com uma narrativa que expressa aversão a democracia moderna; o grande ditador escarra que não se alimenta ideologia sem uma sociedade que compra a sua ideia. E alerta o grande publico que a cadela do fascismo está sempre no cio.
Em 1917 o grande foco do diretor Sam Mendes é contar uma história sobre o homem e não sobre a guerra em si. Com tal abordagem, 1917 nos faz refletir sobre o que pode levá-lo mais adiante: a vontade de voltar para casa ou o senso de responsabilidade com a sua pátria. A humanidade ingênua que ecoa nos personagens dos cabos Schofield (George MacKay) e Blake (Dean-Charles Chapman), comandam a levada do primeiro ato. Sabendo dessa condição ambos são maquiavelicamente levados a uma missão praticamente suicida. Missão dada através das lentes de uma câmera viva, feita pra incomodar, pra colocar o telespectador no meio do caos, passando por mortos, pisando em ratos e desviando de soldados. Sam transita em vias duras com tonalidade delicada e inquietante, usando a fotografia como narrativa, em alguns momentos compensa a ausência de um roteiro complexo e diálogos antagônicos. Mostra-se maduro na direção, tirando dos atores o equilíbrio necessário para fazer um filme com apenas um corte de câmera - fato que não passará despercebido por qualquer pessoa que imergir nessa guerra, Imersão, essa é a intenção do diretor com o longa – além de homenagear seu avô, o diretor humaniza o ato mais desumano criado pelo ser humano. Questões políticas de guerra – em uma das guerras mais políticas, são jogadas de lado. O que é mostrado são homens não se conhecem e não se odeiam lutando por homens que se conhecem e se odeiam, mas não se matam. São jovens que ainda não são corrompidos pelo poder de tirar a vida. George MacKay apresenta a grande atuação da sua carreira, jogado nas trincheiras o ator tem que andar na linha tênue entre o pânico, a segurança e a sua humanidade. Na ausência de diálogos o ator transparece suas sensações na medida, sem soar exagerado trás o equilíbrio como ritmo de atuação durando os atos do longa. No terceiro ato, Sam traz homenagens e uma fotografia que transforma o trágico cenário de guerra, em beleza. Beleza de uma criança, de uma canção, da inocência, da força da palavra. Há quem diga que missão dada é missão cumprida, então Sam, George, Dean, cumpriram essa missão. Salvar vidas, ser leal, fazem parte do cotidiano da boa convivência em sociedade, mas na guerra são virtudes que quebram as rédeas da desumanidade. 1917 vem tendo grande destaque nas premiações que precedem o Oscar. Não se trata de um grande roteiro – porém é redondo no que se propõe a ser, traz atuações na medida e prioriza relações humanas em um ambiente hostil. Seu jogo de câmera e sua fotografia faz do filme uma experiencia imersiva e prazerosa, a ausência de politizar a obra aumenta a sensação de empatia. O longa conta ainda com Benedict Cumberbatch e Colin Firth, que fazem aparições pontuais, deixando o protagonismo para as relações que uma guerra proporciona.
Poderia ser diferente? Sim! Deve ter outra versão do filme mais pesada? Sim! O mundo tava preparado pra esse versão? Não Muitas das críticas negativas que rodeiam esse longa é sobre um filme que não foi visto e provavelmente nunca será. Eu também queria ver um filme mais violento e com cenas que foram cortadas, porém, hoje entendo a opção de corte ao ver diversas matérias questionando a personagem que mais agradou a todos no filme. Arlequina, muitas paginas dizem que eles tem uma visão preconceituosa da mulher, que vêem a mulher como louca e engraçada, sendo que a personagem segue essa linha desde sua criação. Pra deixar claro, ela é violenta e assassina também mas isso não foi falado. Sendo assim não gostaria mas entendo a decisão dos produtores de deixar o filme mais leve, o que não quer dizer que seja ruim. Como todo filme tem seus problemas, mas tem atuações muito boas com destaque realmente pra Margot Robbie que não é apenas um rosto bonito, tem a sensualidade da personagem mas entrega uma atuação muito boa e roubando todas as cenas. Enfim, Jared Leto e seu coringa, não era o filme do coringa como não todos mas os interessados devem saber, ele estava ali pra ser inserido no universo DC/ Warner e também porque não existe arlequina sem coringa, portanto pela introdução dela também. Sabe-se que Leto gravou muito mais que aquilo e que foi cortado por ser violento demais, todos queríamos ver isso porém: Qual seria a aceitação dele dando um tapa na cara de uma personagem tão querida e ainda por cima uma mulher? Realmente acho que foi acertado não mostrar algumas coisas por mais que eu queira ter visto, talvez o filme seria melhor mas quem saberá dizer. Portanto não da pra dizer como é realmente o coringa de Leto, ainda deve ter um filme pra se provar mas uma coisa já da pra comparar com o grande coringa de Ledger. Construção de personagem, mudança de voz, posição corporal, uma risada macabra e insanidade sem soar falso não é pra qualquer ator. Se esse coringa vai fazer o que promete no universo do cinema ainda não sabemos, mas que ficou um gosto de quero mais e que ele pode fazer muita coisa isso é fato. Portanto vai a opinião mais pessoal que poderia deixar, esse filme não era pra ser certinho, não pra ser complexo, ali podia tudo, tem gente dizendo que achou o filme forçado e realmente não entendo o que elas esperavam. Queria apenas me divertir com o filme e insanidade, poderia ter tido mais sem dúvidas mas me agradou muito, destaque pra trilha sonora que arrasa, quis deixar uma visão aqui porque vejo muitas críticas ruins e bem controversas a respeito;
''Se pode pensa que me conhece um bocado se algum dia você conversou comigo, se leu alguma coisa que eu escrevi, se foi pra cama comigo mas pode crê você se espantara quando me ouvir cantar! ''
Quando se usa três atores pra interpretar um personagem e em nenhum momento se perde a identificação, junto com a trilha do Morricone e uma estória belíssima, só poderia sair uma obra prima!
Os direitos humanos serão sempre limitados enquanto houver extremistas religiosos e governos de direita. Filme quatro estrelas e quanto a atuação de Pacino uma constelação;
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraPor mais que Boseman esteja em seu mais alto nível em A Voz Suprema do Blues, nesse filme Hopkins é a personificação do roteiro, da postura em cena, de timing, entre outras milhares de minucias que poderiam ser mencionadas. Encarnando um personagem perdido no tempo, Anthony faz o tempo do telespectador voar, sem saber se é real ou apenas folhas caindo.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraDeixa muuuito a desejar! Frances McDormand tem uma atuação apenas dentro da sua média - que é bem alta. Porém em alguns momentos parece estar no automático. O roteiro é raso e indeciso. A muleta de argumentar que o filme tem tom de documentário não justifica absolutamente nada. Como documentário seria apenas mediano da mesma forma. O contexto histórico mencionado na sinopse é inexistente e os tempos modernos da mesma maneira. Tirando o fato de Frances atuar sem maquiagem, não há mérito algum à nível de grandes prêmios.
Milada
3.7 28Tendencioso! O filme mostra um comunismo muito pior que o nazismo, focando somente nas torturas comunistas - que realmente houveram na época de Stalin, e negligenciando o conteúdo nazista. "Erro" histórico: O comunismo não foi dominante na Checoslováquia até 1989, menos ainda nos moldes Stalisnitas, como mostrado no filme. Tecnicamente o filme é mal montado, com cenas desconexas e um roteiro que peca por não apresentar ao grande público os feitos e motivos de Milada ser um referência pras causas que defendia. Essa falha no roteiro faz com que se sinta menos empatia com a personagem, ficando toda carga emocional por conta das torturas recebidas.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraO Homem Invisível é, assim, um recomeço, a tentativa da Universal de atualizar seus monstros de forma isolada. Por essa perspectiva, a escolha de Leigh Whannell para a direção é um tanto quanto simbólica, visto que ele é o roteirista e protagonista de Jogos Mortais (2004), filme que deu uma boa revigorada no gênero. Whannell inicia o primeiro ato com estética elegante, cores frias e muitos espelhos, características de elegância que o cinema explora para expor certos distúrbios psicológicos.
A decisão do estúdio de entregar maior liberdade para cada projeto tem suas vantagens e desvantagens. Enquanto a nova versão de O Homem Invisível tem uma temática muito mais atual, que analisa efeitos de trauma e histórias de abuso, sua ligação com o material fonte impede que ele invista em um suspense psicológico que talvez fosse mais interessante para a história. Sem a opção de brincar com a mente da protagonista, Whannel investe muito bem em explicitar o elemento assustador no vazio, encontrando a maneira perfeita de brincar com as expectativas.
A excelente atuação de Elisabeth Moss, marca a trajetória do longa, porém, no início – com a levada do roteiro, parece exagerada. O clima brinca com o que não pode ser visto, usando o travelling da câmera dando a sensação de que sempre há alguém de olho. A sonora é viva, feita para o impacto, sendo ponto crucial para manter a tensão o tempo todo.
Personagens se virando abruptamente contra a protagonista ou reviravoltas que seriam facilmente evitáveis deixam sensação de potencial desperdiçado, assim como a decisão de não mostrar a dinâmica do relacionamento de Cecilia e Adrian antes da fuga. O trauma psicológico da personagem não se faz tão bem elaborado, cabendo a (Moss) reger a métrica da sanidade de sua personagem.
Portando, é uma releitura por outra visão: a visão de uma vítima do protagonista. Enquanto os longas anteriores focam nas questões morais e na ética do personagem-título, a decisão aqui é por seguir Cecilia (Elizabeth Moss) e, pela ótica dela, chegar ao terror. Decisão totalmente acertada, pela capacidade mostrada pela interprete, mas principalmente pelo momento em que a luta contra a violência domestica ganha evidencia.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraParasita
Ser vítima de um determinado contexto social pode ser também sentir asco aos que são acariciados pelo poder econômico, situação em que se beira a linha tênue da quebra ou não, de códigos morais da sociedade. Em Parasita, o diretor Bong Joo-ho apresenta logo no ato a pobreza material da família de Ki-taek (Song Kang-ho), mostrada em detalhes do cotidiano a realidade da família. Pequenas coisas não passam batidas dentro dos rotineiros de agradecimento das pessoas que não estão acostumadas com muito, desde a comida ao WI-FI, a pedra que traz riqueza familiar – que acompanha o garoto Kim ao longo da jornada, nada passa sem o devido valor
Mesmo vivendo à margem da sociedade todos os membros da família possuem conhecimento, inteligência e cultura, habilidades onde em um mundo justo os fariam empregados. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família começa a dar a aulas de inglês á uma garota de família rica. Tendo a docência do garoto como marco zero da dualidade de situações, o roteiro começa passear por críticas sociais, trafegando por gêneros cinematográficos que elevam o filme a outro patamar.
A fotografia trata de apresentar a outra face da sociedade com cores frias, indiferentes, que lembram Aquarius. O roteiro passa a explorar a “inocência” da mãe para inserir o contexto de alienação em diversos assuntos sociais e morais. Com fidelidade cega e feudal ao marido, apresenta-se uma família tipicamente conservadora, em que o marido sai para trabalhar e a mulher fica exclusivamente aos cuidados da casa e dos filhos. Seria totalmente trágico se não fosse também uma das pitadas de ironia do roteiro que menciona os EUA como centro comercial – de onde só se sai coisas boas, ironia e boa estratégia comercial.
O segundo ato ganha tom mais cômico, oriundo do sucesso da missão parasita que começa a se entranhar no seu novo mundo. Com perspicácia que até Edmond Dantès se surpreenderia, o filme ganha trilha sonora clássica – alusão requintada e cinematográfica ao sadismo, criando um ambiente de Laranja Mecânica. O fim do segundo ato é marcado pela cena icônica de embriaguez ideológica e desamparo social, banhada a diálogos de como se encaixar na sociedade e em uma casa de família rica.
O terceiro ato ganha tons de suspense a partir da uma volta inesperada, nesse momento a versatilidade de Bong Joo-Ho apresenta em curto espaço de tempo tons de suspense, drama e comédia – sempre como plano de fundo fotografia viva e requintada ao som de música clássica. Pelos olhos da despensa, o roteiro mostra a miséria humana que passa batida aos olhos encharcados da cegueira branca – retratada por José Saramago, onde a alienação e a moral deixam passar batido o que está embaixo do próprio teto. O movimento da câmera é perfeito; o travelling vertical demarca os estratos sociais, o confinamento dos párias e marginalizados de um sistema que somente acentua a concentração de renda e as desigualdades várias.
Reviravoltas pontuais são marcas nos três atos, o roteiro trata da preparação do ato final com calma e delicadeza, todos tem seu momento de “riqueza”, tons de espionagem que trafegam entre 007 e Kinsgman prendem a atenção em todo momento. Graças a uma “chuva abençoada”, somos apresentados a real dimensão de localidade, as distâncias entre as famílias são abismais, não apenas ideologicamente e economicamente, mas na prática. Viver no subsolo, nas camadas mais mofadas, vivendo como um pária, descendo as escadas para o esquecimento, tudo isso poderia fazer de qualquer um, parasita.
No fim, parasita pode ser descrito não somente como uma metáfora da biologia – em que um organismo vive dentro de outro, dele obtendo alimento e causando-lhe dano. Não só pejorativamente – onde o indivíduo vive à custa alheia por pura exploração ou preguiça, mas também da moral da sociedade, e principalmente da vida. Em que nem a pedra da prosperidade consegue sobrepor a certezas que o mercado da desigualdade impõe. Com roteiro impecável, trilha sonora avassaladora, personagens que se completam dentro de uma métrica social, e uma direção assustadoramente versátil e criativa, o longa com toda certeza é uma obra prima do cinema no século XXI.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraGreta Gerwig, diretora e roteirista de Lady Bird – A Hora de Voar, descreveu esse filme como uma carta de amor a sua cidade natal, Sacramento. E, sabiamente, não haveria descrição melhor para seu filme. O longa é um coming-of-age – história que foca na passagem da adolescência pra juventude – que faz de sua localização não um plano de fundo, mas uma personagem central da história.
Na jornada de amadurecimento de Christine “Lady Bird” McPherson (Saoirse Ronan), Gerwig constrói a sua marca como autora. Com uma história parcialmente autobiográfica, a diretora deixa pequenos pedaços de si mesma ao longo do filme, o que estabelece uma autenticidade impossível de ser emulada. São detalhes que preenchem cenas e diálogos para retratar com exatidão o processo da saída da adolescência e entrada na vida adulta no início dos anos 2000.
O roteiro navega por águas cotidianas, tragando o telespectador para o universo egoísta de Lady Bird. Diálogos intensos, que dão a sensação de familiaridade. Gerwig consegue trazer a sutileza de problemas do cotidiano familiar sem apelar para tramas complexas – viver já é suficientemente complexo.
Saoirse – indicada ao Oscar pelo papel, enche a tela com regularidade dentro de toda a metamorfose da personagem. Traça o itinerário de Lady como uma maquinista que não tem o controle do seu trem, intensa ao ponto de se jogar do carro, e dócil na transparecia de sentimentos.
Sentimentos esses que são interligados com a figura da mãe interpretada por Laurie Metcalf, é o pé no chão que a sonhadora garota insiste em renegar. Como tantas mães, ela é responsável por trazer a protagonista para o mundo real, não por pessimismo e nem por falta de amor e confiança na filha, mas para evitar que ela sofra com frustrações. Estudando em um colégio católico caro como bolsista, “Lady Bird” tem acesso a sonhos e expectativas que não correspondem à realidade socioeconômica de sua família. Mas os conflitos fazem a garota não se sentir amada nem compreendida por sua mãe, o que leva a mais brigas e crises: a relação das duas, entre choros e gritos, é real e visceral. No fim, nenhuma delas está totalmente certa ou errada, e as atitudes ponderadas do pai (Tracy Letts), que tenta equilibrar essa relação, provam isso.
“Lady Bird” é sobre amadurecimento, a protagonista é relatada com humanidade precisa – o roteiro toma conta disso com delicadeza. Lady não é perfeita, comete os erros que tem que cometer, mas aprende com eles. Aprendizado e valorização da família são legados que Christine só aprende na prática – como a grande maioria dos adolescentes. No fim, a vida abre azas pra Lady voar – ao contrário do que ela temia, voar e permanecer.
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraHomem – Aranha: Longe de Casa
Novo longa do MCU abraça o mistério e volta pra casa
Peter Parker (Tom Holland) já não é um rosto desconhecido nas telonas, suas teias e
inseguranças são objetos dos mais variados sentimentos do público. Longe de casa, o
jovem herói se depara com situações típicas de adolescente: paquera, insegurança e
ingenuidade. Sensações que vão sendo potencializadas pelo clima de mistério que ronda
o longa.
A visão de Jon Watts (diretor) é a mais cartunesca possível, deixando de lado
explicações e acalentando o velho leitor de HQ. Usando Nick Fury (Samuel L.
Jackson) como interlocutor da problemática e ponte para a trama com Mysterio. A
dupla de roteiristas apresentam uma epopeia psicodélica oriunda dos mais variados
problemas a sociedade atual. A ação vem acompanhada do roteiro da turma de Parker,
que se mostra como forte presença narrativa; mostrando conflitos, sentimentos e
situações que só um grupo de adolescentes podem proporcionar.
Dentro do caos entra em cena (Jake Gyllenhaal) com seu Mysterio, com uma atuação
carismática o ator compra e vende a ideia na medida certa; deturpando o sentido aranha
e dando um ‘’blip’’ no telespectador. Suas ilusões enchem os olhos graficamente, não se
importando com o potencial narrativo. Equilibrando o cartoon e realista, caímos em
outro ponto recorrente da trama que se mostra como uma metáfora da sociedade fora
das telonas: Fake News.
Mysterio se torna claro com seu discurso de que as pessoas querem um mártir e alguém
para acreditar, e faz de um itinerário escolar uma enxurrada de respostas proporcionadas
por quem mais as buscam, adolescentes. A ilusão, o luto e a ingenuidade proporcionam
momentos em que Watts brinca com gêneros, trazendo terror psicológico para trama e
salientando que o Homem – Aranha pode sobreviver sem Stark nas telonas.
Ainda em forte luto por Tony Stark (Robert Downing Jr), o estúdio mostra evolução
em seu modus operandi; vem acertando na escolha de gêneros para seus filmes e
visando bilheterias que chegam a bilhões. No fim, o longa se mostra para todas as
idades, salientando ilusões de óticas diferentes, Há que vem vive dentro sem a devida
noção e há quem escolhe viver.
Notícias reveladas pelo newsletter The Ankler, comandada pelo jornalista Richard
Rushfiled , foi que o acordo em Sony Pictures e Marvel Studios teria estabelecido de
que Longe de Casa teria que alcançar a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias para a
Marvel encomendar um terceiro filme. Caso contrário, o herói retornaria a ser exclusivo
da Sony. Aguardaremos o que o contrato de confiança do público determinara sobre o
futuro.
Ele Está de Volta
3.8 681A história se repete, o futuro representa o passado, somos quem somos ou fingimos ser?
Ele Está de Volta apresenta essas questões filosóficas em forma de sátira. Na trama Adolf Hitler desperta no mesmo local em que ficava no seu bunker há 70 anos, mas vira um fenômeno da mídia ao ser confundido com um comediante. O filme cria um ambiente que expõe de várias formas como se tornou o pensamento alemão pós Hitler; e que os fatos históricos podem voltar a acontecer se não aprendermos com eles.
David Wnendt aplica a dosagem ideal na direção para que Oliver Masucci possa entregar seu Hitler de maneira cômica para os dias de hoje, mas que se mostrou efetiva na primeira metade do século passado. No primeiro momento o absurdo busca chocar, pelo absurdo de alguém de fantasiar de Hitler em pleno país que busca sanar uma divida histórica, e também pelo simples assombro de que talvez isso poderia acontecer e não saberíamos as consequências disso.
Toda sátira começa na produção do longa, quando o interprete de Hitler (Oliver Masucci) caracterizado como Hitler fez uma turnê pela Alemanha para rodar o filme se infiltrando em situações banais do cotidiano alemão em praças, supermercados e parques de diversão.
A abordagem e o clima começam a seguir novos rumos quando o ditador passa a entender com velocidade espantosa o mundo em que caiu de paraquedas. Não ser levado a sério, mas ter a lugar de fala mostra-se um fator determinante para que uma mente brilhante possa reiniciar o processo de controle de massa.
Assim começa a reinserção de uma figura mitológica na sociedade, com a narrativa batendo na tecla do projeto de marketing, a atmosfera como em meados dos anos 1940 começa a se mostrar favorável a um discurso populista já conhecido. A fotografia vai ganhando tons mais soturno, fazendo da sátira o preludio para uma nova tragédia.
E o que é pior: tal como no século passado, todos o veem como um palhaço inofensivo, como uma caricatura de todos os Hitlers encenados pelo cinema, enquanto o verdadeiro ressuscitado pela trama volta ao poder por meio da TV, seguindo passo a passo as teses do seu livro Mein Kampf.
E como fala a certa altura do filme, ele tem um “bom material de trabalho pela frente” uma sociedade totalmente mediotizada e idiotizada. Para ele, a Direita nunca leu seu livro e skinheads não passam de fracotes. Hitler vê na TV a única novidade promissora para finalmente construir o Terceiro Reich.
Com um desfecho que vai se tornando menos absurdo com o decorrer da trama, um Hitler politicamente incorreto, com uma narrativa que expressa aversão a democracia moderna; o grande ditador escarra que não se alimenta ideologia sem uma sociedade que compra a sua ideia. E alerta o grande publico que a cadela do fascismo está sempre no cio.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraResenha: 1917
Em 1917 o grande foco do diretor Sam Mendes é contar uma história sobre o homem e não sobre a guerra em si. Com tal abordagem, 1917 nos faz refletir sobre o que pode levá-lo mais adiante: a vontade de voltar para casa ou o senso de responsabilidade com a sua pátria. A humanidade ingênua que ecoa nos personagens dos cabos Schofield (George MacKay) e Blake (Dean-Charles Chapman), comandam a levada do primeiro ato. Sabendo dessa condição ambos são maquiavelicamente levados a uma missão praticamente suicida. Missão dada através das lentes de uma câmera viva, feita pra incomodar, pra colocar o telespectador no meio do caos, passando por mortos, pisando em ratos e desviando de soldados.
Sam transita em vias duras com tonalidade delicada e inquietante, usando a fotografia como narrativa, em alguns momentos compensa a ausência de um roteiro complexo e diálogos antagônicos. Mostra-se maduro na direção, tirando dos atores o equilíbrio necessário para fazer um filme com apenas um corte de câmera - fato que não passará despercebido por qualquer pessoa que imergir nessa guerra, Imersão, essa é a intenção do diretor com o longa – além de homenagear seu avô, o diretor humaniza o ato mais desumano criado pelo ser humano.
Questões políticas de guerra – em uma das guerras mais políticas, são jogadas de lado. O que é mostrado são homens não se conhecem e não se odeiam lutando por homens que se conhecem e se odeiam, mas não se matam. São jovens que ainda não são corrompidos pelo poder de tirar a vida. George MacKay apresenta a grande atuação da sua carreira, jogado nas trincheiras o ator tem que andar na linha tênue entre o pânico, a segurança e a sua humanidade. Na ausência de diálogos o ator transparece suas sensações na medida, sem soar exagerado trás o equilíbrio como ritmo de atuação durando os atos do longa.
No terceiro ato, Sam traz homenagens e uma fotografia que transforma o trágico cenário de guerra, em beleza. Beleza de uma criança, de uma canção, da inocência, da força da palavra. Há quem diga que missão dada é missão cumprida, então Sam, George, Dean, cumpriram essa missão. Salvar vidas, ser leal, fazem parte do cotidiano da boa convivência em sociedade, mas na guerra são virtudes que quebram as rédeas da desumanidade.
1917 vem tendo grande destaque nas premiações que precedem o Oscar. Não se trata de um grande roteiro – porém é redondo no que se propõe a ser, traz atuações na medida e prioriza relações humanas em um ambiente hostil. Seu jogo de câmera e sua fotografia faz do filme uma experiencia imersiva e prazerosa, a ausência de politizar a obra aumenta a sensação de empatia. O longa conta ainda com Benedict Cumberbatch e Colin Firth, que fazem aparições pontuais, deixando o protagonismo para as relações que uma guerra proporciona.
Café Society
3.3 530 Assista Agora''A vida é uma comédia escrita por um sádico!''
E a fotografia são as únicas coisas de Woody Allen nesse filme.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraPoderia ser diferente? Sim!
Deve ter outra versão do filme mais pesada? Sim!
O mundo tava preparado pra esse versão? Não
Muitas das críticas negativas que rodeiam esse longa é sobre um filme que não foi visto e provavelmente nunca será. Eu também queria ver um filme mais violento e com cenas que foram cortadas, porém, hoje entendo a opção de corte ao ver diversas matérias questionando a personagem que mais agradou a todos no filme. Arlequina, muitas paginas dizem que eles tem uma visão preconceituosa da mulher, que vêem a mulher como louca e engraçada, sendo que a personagem segue essa linha desde sua criação.
Pra deixar claro, ela é violenta e assassina também mas isso não foi falado. Sendo assim não gostaria mas entendo a decisão dos produtores de deixar o filme mais leve, o que não quer dizer que seja ruim. Como todo filme tem seus problemas, mas tem atuações muito boas com destaque realmente pra Margot Robbie que não é apenas um rosto bonito, tem a sensualidade da personagem mas entrega uma atuação muito boa e roubando todas as cenas. Enfim, Jared Leto e seu coringa, não era o filme do coringa como não todos mas os interessados devem saber, ele estava ali pra ser inserido no universo DC/ Warner e também porque não existe arlequina sem coringa, portanto pela introdução dela também. Sabe-se que Leto gravou muito mais que aquilo e que foi cortado por ser violento demais, todos queríamos ver isso porém: Qual seria a aceitação dele dando um tapa na cara de uma personagem tão querida e ainda por cima uma mulher?
Realmente acho que foi acertado não mostrar algumas coisas por mais que eu queira ter visto, talvez o filme seria melhor mas quem saberá dizer. Portanto não da pra dizer como é realmente o coringa de Leto, ainda deve ter um filme pra se provar mas uma coisa já da pra comparar com o grande coringa de Ledger. Construção de personagem, mudança de voz, posição corporal, uma risada macabra e insanidade sem soar falso não é pra qualquer ator. Se esse coringa vai fazer o que promete no universo do cinema ainda não sabemos, mas que ficou um gosto de quero mais e que ele pode fazer muita coisa isso é fato. Portanto vai a opinião mais pessoal que poderia deixar, esse filme não era pra ser certinho, não pra ser complexo, ali podia tudo, tem gente dizendo que achou o filme forçado e realmente não entendo o que elas esperavam. Queria apenas me divertir com o filme e insanidade, poderia ter tido mais sem dúvidas mas me agradou muito, destaque pra trilha sonora que arrasa, quis deixar uma visão aqui porque vejo muitas críticas ruins e bem controversas a respeito;
Keith Richards: Under the Influence
4.1 45Agora depois de ver esse documentário vejo a música dos Stones de outro jeito, e um jeito bem melhor. Keith é um gênio!
A Montanha dos Sete Abutres
4.4 246 Assista AgoraSensacionalismo existente em todas as mídias e todas as épocas, uma pena o desfecho na vida real não ser o mesmo. Fotografia sensacional.
Cássia Eller
4.5 307''Se pode pensa que me conhece um bocado se algum dia você conversou comigo, se leu alguma coisa que eu escrevi, se foi pra cama comigo mas pode crê você se espantara quando me ouvir cantar! ''
Vício Inerente
3.5 554 Assista AgoraBad Trip!!! <3
São Bernardo
4.1 66Uma das mais fiéis adaptações literárias já feitas, sensacional.
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraQuando se usa três atores pra interpretar um personagem e em nenhum momento se perde a identificação, junto com a trilha do Morricone e uma estória belíssima, só poderia sair uma obra prima!
A Chinesa
3.9 135Algumas classes são vitoriosas, outras são eliminadas. Essa é a história, a história de todas as civilizações desde sempre!
Triste fato histórico.
Você Não Conhece o Jack
4.1 414 Assista AgoraOs direitos humanos serão sempre limitados enquanto houver extremistas religiosos e governos de direita. Filme quatro estrelas e quanto a atuação de Pacino uma constelação;
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraMais uma vez os EUA tentando convencer o mundo que foi eles que ganharam a guerra!
300: A Ascensão do Império
3.2 1,6K Assista AgoraSó reclamo do cavalo mistico a prova de fogo, e o fato de não ter tocado War Pigs no filme, somente nos créditos.
A Carne é Fraca
4.0 227 Assista AgoraO mais triste era ver olhar do animais, durante esses 55 minutos eu tive vergonha de ser humano!
Abraços Partidos
3.9 661Apesar do Filmow estragar um pouco dando spoiler na sinopse filme muito bom, profundo e emocionante como todos de Almodóvar.
Lena não morreu nos teus braços como você sonho, mais a ultima coisa desse mundo que ela levou foi o gosto do seu beijo. Fantástico
Em Transe
3.6 738Filme bom é assim quando tudo faz sentido no ultimo minuto. Sensacional!!!