Esse filme prova que como uma história simples pode ser valorizada e bem aproveitada pela narrativa utilizada e, meus amigos, QUE NARRATIVA FANTÁSTICA!
Ainda não sei bem como descrever o que eu acabei de assistir, até porque no final minha vista estava embaçada, mas uma coisa é certa: é sempre bom conhecer novos amigos.
Hoje foi meu dia de folga. A principio, só um dia de folga do trabalho. A partir do momento que eu conheci a Mary e o Max, acabou se tornando também um dia de folga de casa, da minha vida e dos meus problemas.
O elemento "amizade" nesse é filme muito forte, daquele tipo gostoso de amizade que você sabe que pode até te decepcionar, mas você sabe que volta e que você pode contar. Os dois mostram uma visão simples e bonita de um mundo tão sujo (e isso é mostrado na cara dura) compartilhando, em meio a toda essa podridão, os defeitos e fraquezas um do outro, e isso na tela fica lindo. A colorização contrasta bem os dois "mundos": a vida da Mary mais marrom, um pouco de cor pra uma criança com esperanças, e o Max, vivido, desiludido, sem cor nenhuma. Só vemos cores mais fortes nos itens que um deixa para o outro.
A mensagem que ele passa é bem clara: "tá vendo essa merda toda que te cerca? Você não tá sozinho(a), cara. A minha estrada também é cheia de rachaduras. A sua, talvez nem tanto. Vamos passar por essa merda toda juntos. Um apoia o outro. Eu te empresto minhas cores, você me empresta as suas. Eu te dou minhas lágrimas, você me dá uma lata de leite condensado, assim seguimos." A mensagem é simples, mas é forte e linda.
Pra concluir (até pq eu não sei mais o que escrever, sou péssimo enchendo linguiça), foi um PRAZER ENORME conhecer vocês, Mary e Max =)
As minhas primeiras impressões de Universidade Monstros foram a de saudade e novidade. Vemos um pequeno Mike Wazowsky sendo trollado por seus coleguinhas de escola na empresa onde faria seu futuro como assistente de assustador e mais à frente, um "fazedor de risadas".
É interessante ver como o Mike é empenhado na sua carreira como assustador, e como ele motiva os monstros ao redor dele à "soltarem a fera", e a forma como isso foi construída foi lindo, mas tinha uma coisa que estavam vendendo desde os trailers é a inimizade inicial entre Mike e Sulley, e isso é bem passageiro no filme. A parte emotiva do filme também foi bem montada. Temos a motivação do Mike pra se tornar um assustador, mas ele não consegue assustar e os receios do Sulley para que seu amigo não se decepcione com sua própria "incapacidade". Mais uma vez a Pixar nos faz sentir a química entre os personagens, e é nessa fase da amizade dos dois que o conflito é colocado na animação e faz a gente acreditar naquela amizade que nós vimos em 2001.
Outra coisa que não há como negar, levando em conta a evolução da tecnologia, é que a CG está bonita demais. Alguns cenários nem parecem modelagens 3D e a textura dos personagens, ultra realista.
Apesar de tudo de bom que a Pixar nos trouxe voltando no tempo no universo dos Monstros, eu senti falta de algo no filme. Me diverti bastante com os eventos do filme, com algumas referências ao filme anterior, mas o impacto emocional do primeiro não me atingiu novamente com a mesma força. A sensação de rever aquele mundo foi muito divertida, mas ainda ficou uma pequena sensação de "mais do mesmo" na minha mente. Não que isso tire o mérito do prequel, mas eu esperava um pouco mais. Talvez mais referências, mais carisma de alguns personagens secundários, mas esse é o Fernando chato de olhar crítico falando. Vá ao cinema pra assistir uma animação muito colorida e divertida, com detalhes visuais ignorantes de belos e divirta-se revisitando a Monstros S.A.
Depois de anos de produção, direção e atuação, nós achamos que Tarantino não pode mais nos surpreender, afinal ele já nos mostrou tante em seus filmes, que quando ele lança o próximo, ficamos pensando "o que diabos esse cara vai inventar agora?". Então, Tarantino resolve fazer um Western e nós dá um banho de sangue, bom humor e um leque de excelentes atores soltos em cena com uma história cheia de tensão. Isso é Django Unchained, e é sobre esse épico faroeste que falarei AGORA.
Não pude deixar de comparar Django Unchained com Inglourious Basterds no quesito "linearidade". Novamente, Quentin Tarantino segue um roteiro linear com flashbacks bem colocados. Em "Inglourious Basterds" confesso que demorei a me acostumar com a idéia do roteiro linear num filme de Tarantino. Essa estranheza não sobreviveu pra assistir Django Unchained. A timeline da história é uma constante, e de uma forma que o western não perca o ritmo. A todo momento algo acontece, até mesmo nas típicas cenas de diálogos sobre nada, famosos nos filmes do Taranta.
Mesmo com um tema mais sério, a trama tem muitos (muitos mesmo) alívios cômicos. Uma frase dita aqui, outra cena ali. Até mesmo em determinados momentos de leve tensão, o filme arranca uma risada gostosa do espectador sem tornar o filme uma galhorfa de 165 minutos. Os sentimentos impostos no filme são muito bem dosados. Você pode ir do céu ao inferno em menos de um minuto.
O joguete utilizado em Inglourious Basterds em relação ao idioma falado é novamente explorado aqui, sem muito foco como no anterior, mas ainda assim deixa um leve gancho para um possível seguinte filme linkando Django e Basterds.
Sobre as atuações, poderia até generalizar e dizer que está excelente e todos estão incríveis, mas não seria justo com cada um, afinal são papéis diferentes, mas alguns em específico merecem mensão honrosa. Primeiro à Kerry Washington, que interpretou a esposa de Django, Brumhilde.
Ela sofreu bastante e isso está estampado no rosto dela, e a Kerry expressa isso muito bem. A personagem não precisa ser muito explorada pra ver que ela já sofreu o diabo como escrava;
Não sei se Christoph Waltz já tem um padrão de personagem nos filmes do Tarantino, até porque, até então, ele só fez dois. O personagem tem a lábia do diabo. Ele ganha no papo, igual à um velho conhecido de 2009, coronel Hans Landa, mas isso não é um ponto contra o filme. O personagem de Waltz, o Dr. King Schultz, tem uma horatória invejável
, o que acaba passando para Django futuramente na trama
. O cara também tem uma senhora barba de respeito;
Quase todos personagens na trama tem gosto pela matança, alguns por necessidade, outros por puro deleite. O personagem de Leonardo DiCaprio gosta de sangue. Gosta da matança. Tarantino conseguiu pôr carnificina nos olhos de DiCaprio e ele atuou de forma espetacular esse sádico, e isso eu aplaudo de pé.
A última mensão honrosa vai para o badass gagá mothafucka Samuel L. Jackson. É divertidíssimo vê-lo atuando. Ele é o típico avô gagá que a gente gosta
Uma animação com uma história e elenco mega cativantes com pitadas de nostalgia e referências gamísticas. Detona Ralph é o filme que ao assistir ao trailer, eu já sabia que iria amar.
Confesso que, de início, achei que os personagens famosos iriam ter maior relevância na história em si, porém o papel deles é simples e puramente dar o ar nostálgico, e isso de forma alguma tira o mérito da animação ou mesmo da história. O enredo é bem encaixado, os personagens e situações divertidíssimas e momentos de tensão de arrancar o coração com os dedos e espremer as lágrimas dos olhos.
Vale aqui três mensões honrosas. Uma delas ao curta animado Avião de Papel, que utiliza bem o a técnica 3D em personagens e cenários estilo 2D. A outra mensão honrosa vai para os créditos finais, que são um espetáculo à parte.
A terceira mensão honrosa vai para a dublagem brasileira, que me surpreendeu de forma absurda. Digo isso porque não levava a mínima fé na interpretação de Rafael Cortez (o do CQC, que dublou Felix Jr.) e Marimoon (da MTV, que dublou a fofíssima Vanellope), e acabei pagando a língua. A dublagem ficou excelente. As vozes se encaixaram e as interpretações, impecáveis.
É isso, minhas impressões de Detona Ralph não podiam ser diferentes. Uma animação da Disney, com aprovação do querido John Lasseter e com um tema que chamou atenção de adultos saudosistas e crianças.
De antemão, devo mencionar que não li o livro, mas é uma de minhas prioridades de 2013.
Qual não foi minha emoção ao ver as letras em fonte Tolkieniana nos créditos iniciais do filme. Pensei "caramba, estou vendo um filme do universo SdA no cinema" (levando em conta que na época que a trilogia explodiu nos cinemas, eu não assisti nos telões).
Mas enfim, vamos à O HOBBIT.
O filme se inicia com um velho Bilbo Baggins (Ian Holm) deixando suas aventuras em escrito para Frodo, horas antes dos eventos que engatilharam a festa de aniversário de Bilbo em A Sociedade do Anel.
Logo depois já conhecemos um Bilbo mais jovem (Martin Freeman), e seu primeiro encontro com o mago cinzento, Gandalf (Ian McKellen) o chamando a "se juntar em uma aventura"
Mais à frente, conhecemos os anões e seu líder (e também a origem épica de seu título).
Bilbo também passa a conhecê-los, de forma meio inconveniente à ele, devo dizer.
A sensação de nostalgia ao assistir O Hobbit é inegável. Revemos velhos amigos que viemos a conhecer na primeira trilogia de Peter Jackson, readentramos cenários que já conhecemos. Enfim, o sentimento de reestar naquelas locações me trouxe de volta aquela magia que descobrimos ao ver SdA, mas aí mora um perigo muito grande.
Li muitas críticas à respeito d'O Hobbit, comparando-o erroneamente com O Senhor dos Anéis e falando sobre algumas cenas desnecessárias e diálogos "pra encher linguiça". Uma das primeiras coisas que disse ao meu irmão ainda na fila do cinema foi "Vamos ver um filme ambientado no Universo Senhor dos Anéis, mas não espere ver a mesma coisa. SdA é SdA, O Hobbit é O Hobbit."
Diferente de O Senhor dos Anéis, em O Hobbit, eu via o movimento, coisa que em SdA às vezes ficava enfadonho, então acho estranho as pessoas reclamarem disso em O Hobbit, mas passar batido em O Senhor dos Anéis. E não podemos esquecer dos livros. O detalhismo dos cenários é de um cuidado cirúrgico, causando uma "encheção de linguiça" do bem.
Uma das coisas que fizeram com que eu me perdesse um pouco foi a quantidade de anões. De nome, devo ter lembrado uns 4 ou 5 apenas, sendo que grande parte deles é usado apenas em cenas engraçaralhas de alívio cômico.
Bombur (acho que era esse o nome) sempre me tirava sutis gargalhadas no cinema.
Um dos momentos mais esperados por mim ao começar a ver o filme foi a aparição do Gollum, e nossa senhora da ferroada que brilha, conseguiram deixar o Gollum mais crível ainda do que em O Retorno do Rei. Só não bati palmas de pé para Andy Serkis porque o pessoal que tava sentado atrás de mim não iria gostar muito. Aliás, não só o Gollum, mas todas as criaturas digitalizadas tinham uma textura impecável, incrivelmente realistas.
Uma das coisas que eu temia era pela dublagem de O Hobbit. Quando assisti ao primeiro trailer dublado e notei que dublariam em outro estúdio, fiquei com mega pé atrás, mas há duas semanas atrás, fiquei sabendo que Guilherme Briggs, o dublador mais nerd do país dirigiu a dublagem e dublou nosso amado e odiado Gollum, relaxei um pouco. A dublagem só me deixou triste por traduzirem a Song of Lonely Mountains, à qual eu decorei a letra original pra cantar junto com os anões, e acabou não rolando.
Outra coisa que me incomodou um pouco no inicio do filme foi a maquiagem. Bilbo e Frodo estão parecendo bonecos. E as rugas de Gandalf parecem fugir da tela. Claro que isso se deve à idade de Sir Ian McKellen, mas a idéia no filme era ele parecer ligeiramente mais jovem que em SdA e não o contrário (ou estou errado?)
O filme realmente está longe de O Senhor dos Anéis, mas se você ainda não assistiu e não leu o livro, não pense nisso. Imagine-se assistindo um universo expandido de O Senhor dos Anéis e não uma prequela com objetivo de desbancar a primeira trilogia. Vá ao cinema com essa mentalidade e tenho certeza que irá se divertir.
Pretendo assistí-lo novamente, com audio original dessa vez. Não ensaiei semanas de Song of Lonely Mountains à toa.
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Locke
3.5 444 Assista AgoraEsse filme prova que como uma história simples pode ser valorizada e bem aproveitada pela narrativa utilizada e, meus amigos, QUE NARRATIVA FANTÁSTICA!
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraFilme lindo. Conseguiu superar uma espectativa que já tava muito alta.
Cine Holliúdy
3.5 609 Assista AgoraUm filme de uma simplicidade e grandeza sem tamanho =D
Mary e Max: Uma Amizade Diferente
4.5 2,4KAinda não sei bem como descrever o que eu acabei de assistir, até porque no final minha vista estava embaçada, mas uma coisa é certa: é sempre bom conhecer novos amigos.
Hoje foi meu dia de folga. A principio, só um dia de folga do trabalho. A partir do momento que eu conheci a Mary e o Max, acabou se tornando também um dia de folga de casa, da minha vida e dos meus problemas.
O elemento "amizade" nesse é filme muito forte, daquele tipo gostoso de amizade que você sabe que pode até te decepcionar, mas você sabe que volta e que você pode contar. Os dois mostram uma visão simples e bonita de um mundo tão sujo (e isso é mostrado na cara dura) compartilhando, em meio a toda essa podridão, os defeitos e fraquezas um do outro, e isso na tela fica lindo. A colorização contrasta bem os dois "mundos": a vida da Mary mais marrom, um pouco de cor pra uma criança com esperanças, e o Max, vivido, desiludido, sem cor nenhuma. Só vemos cores mais fortes nos itens que um deixa para o outro.
A mensagem que ele passa é bem clara: "tá vendo essa merda toda que te cerca? Você não tá sozinho(a), cara. A minha estrada também é cheia de rachaduras. A sua, talvez nem tanto. Vamos passar por essa merda toda juntos. Um apoia o outro. Eu te empresto minhas cores, você me empresta as suas. Eu te dou minhas lágrimas, você me dá uma lata de leite condensado, assim seguimos." A mensagem é simples, mas é forte e linda.
Pra concluir (até pq eu não sei mais o que escrever, sou péssimo enchendo linguiça), foi um PRAZER ENORME conhecer vocês, Mary e Max =)
E você, como foi seu dia de folga?
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraAs minhas primeiras impressões de Universidade Monstros foram a de saudade e novidade. Vemos um pequeno Mike Wazowsky sendo trollado por seus coleguinhas de escola na empresa onde faria seu futuro como assistente de assustador e mais à frente, um "fazedor de risadas".
É interessante ver como o Mike é empenhado na sua carreira como assustador, e como ele motiva os monstros ao redor dele à "soltarem a fera", e a forma como isso foi construída foi lindo, mas tinha uma coisa que estavam vendendo desde os trailers é a inimizade inicial entre Mike e Sulley, e isso é bem passageiro no filme.
A parte emotiva do filme também foi bem montada. Temos a motivação do Mike pra se tornar um assustador, mas ele não consegue assustar e os receios do Sulley para que seu amigo não se decepcione com sua própria "incapacidade". Mais uma vez a Pixar nos faz sentir a química entre os personagens, e é nessa fase da amizade dos dois que o conflito é colocado na animação e faz a gente acreditar naquela amizade que nós vimos em 2001.
Outra coisa que não há como negar, levando em conta a evolução da tecnologia, é que a CG está bonita demais. Alguns cenários nem parecem modelagens 3D e a textura dos personagens, ultra realista.
Apesar de tudo de bom que a Pixar nos trouxe voltando no tempo no universo dos Monstros, eu senti falta de algo no filme. Me diverti bastante com os eventos do filme, com algumas referências ao filme anterior, mas o impacto emocional do primeiro não me atingiu novamente com a mesma força. A sensação de rever aquele mundo foi muito divertida, mas ainda ficou uma pequena sensação de "mais do mesmo" na minha mente. Não que isso tire o mérito do prequel, mas eu esperava um pouco mais. Talvez mais referências, mais carisma de alguns personagens secundários, mas esse é o Fernando chato de olhar crítico falando. Vá ao cinema pra assistir uma animação muito colorida e divertida, com detalhes visuais ignorantes de belos e divirta-se revisitando a Monstros S.A.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraCansei de ver trailers. Não aguento mais. Estou ansiosíssimo pela estréia.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraDepois de anos de produção, direção e atuação, nós achamos que Tarantino não pode mais nos surpreender, afinal ele já nos mostrou tante em seus filmes, que quando ele lança o próximo, ficamos pensando "o que diabos esse cara vai inventar agora?". Então, Tarantino resolve fazer um Western e nós dá um banho de sangue, bom humor e um leque de excelentes atores soltos em cena com uma história cheia de tensão. Isso é Django Unchained, e é sobre esse épico faroeste que falarei AGORA.
Não pude deixar de comparar Django Unchained com Inglourious Basterds no quesito "linearidade". Novamente, Quentin Tarantino segue um roteiro linear com flashbacks bem colocados. Em "Inglourious Basterds" confesso que demorei a me acostumar com a idéia do roteiro linear num filme de Tarantino. Essa estranheza não sobreviveu pra assistir Django Unchained. A timeline da história é uma constante, e de uma forma que o western não perca o ritmo. A todo momento algo acontece, até mesmo nas típicas cenas de diálogos sobre nada, famosos nos filmes do Taranta.
Mesmo com um tema mais sério, a trama tem muitos (muitos mesmo) alívios cômicos. Uma frase dita aqui, outra cena ali. Até mesmo em determinados momentos de leve tensão, o filme arranca uma risada gostosa do espectador sem tornar o filme uma galhorfa de 165 minutos. Os sentimentos impostos no filme são muito bem dosados. Você pode ir do céu ao inferno em menos de um minuto.
O joguete utilizado em Inglourious Basterds em relação ao idioma falado é novamente explorado aqui, sem muito foco como no anterior, mas ainda assim deixa um leve gancho para um possível seguinte filme linkando Django e Basterds.
Sobre as atuações, poderia até generalizar e dizer que está excelente e todos estão incríveis, mas não seria justo com cada um, afinal são papéis diferentes, mas alguns em específico merecem mensão honrosa. Primeiro à Kerry Washington, que interpretou a esposa de Django, Brumhilde.
Ela sofreu bastante e isso está estampado no rosto dela, e a Kerry expressa isso muito bem. A personagem não precisa ser muito explorada pra ver que ela já sofreu o diabo como escrava;
Não sei se Christoph Waltz já tem um padrão de personagem nos filmes do Tarantino, até porque, até então, ele só fez dois. O personagem tem a lábia do diabo. Ele ganha no papo, igual à um velho conhecido de 2009, coronel Hans Landa, mas isso não é um ponto contra o filme. O personagem de Waltz, o Dr. King Schultz, tem uma horatória invejável
, o que acaba passando para Django futuramente na trama
Quase todos personagens na trama tem gosto pela matança, alguns por necessidade, outros por puro deleite. O personagem de Leonardo DiCaprio gosta de sangue. Gosta da matança. Tarantino conseguiu pôr carnificina nos olhos de DiCaprio e ele atuou de forma espetacular esse sádico, e isso eu aplaudo de pé.
A última mensão honrosa vai para o badass gagá mothafucka Samuel L. Jackson. É divertidíssimo vê-lo atuando. Ele é o típico avô gagá que a gente gosta
, mas que trás um grande twist na história, tirando a tranquilidade da situação
Bom, é isso. Django Unchained é um Western excelente feito por Quentin Tarantino. Precisa falar mais?
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraUma animação com uma história e elenco mega cativantes com pitadas de nostalgia e referências gamísticas. Detona Ralph é o filme que ao assistir ao trailer, eu já sabia que iria amar.
Confesso que, de início, achei que os personagens famosos iriam ter maior relevância na história em si, porém o papel deles é simples e puramente dar o ar nostálgico, e isso de forma alguma tira o mérito da animação ou mesmo da história. O enredo é bem encaixado, os personagens e situações divertidíssimas e momentos de tensão de arrancar o coração com os dedos e espremer as lágrimas dos olhos.
Vale aqui três mensões honrosas. Uma delas ao curta animado Avião de Papel, que utiliza bem o a técnica 3D em personagens e cenários estilo 2D. A outra mensão honrosa vai para os créditos finais, que são um espetáculo à parte.
A terceira mensão honrosa vai para a dublagem brasileira, que me surpreendeu de forma absurda. Digo isso porque não levava a mínima fé na interpretação de Rafael Cortez (o do CQC, que dublou Felix Jr.) e Marimoon (da MTV, que dublou a fofíssima Vanellope), e acabei pagando a língua. A dublagem ficou excelente. As vozes se encaixaram e as interpretações, impecáveis.
É isso, minhas impressões de Detona Ralph não podiam ser diferentes. Uma animação da Disney, com aprovação do querido John Lasseter e com um tema que chamou atenção de adultos saudosistas e crianças.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraDe antemão, devo mencionar que não li o livro, mas é uma de minhas prioridades de 2013.
Qual não foi minha emoção ao ver as letras em fonte Tolkieniana nos créditos iniciais do filme. Pensei "caramba, estou vendo um filme do universo SdA no cinema" (levando em conta que na época que a trilogia explodiu nos cinemas, eu não assisti nos telões).
Mas enfim, vamos à O HOBBIT.
O filme se inicia com um velho Bilbo Baggins (Ian Holm) deixando suas aventuras em escrito para Frodo, horas antes dos eventos que engatilharam a festa de aniversário de Bilbo em A Sociedade do Anel.
Logo depois já conhecemos um Bilbo mais jovem (Martin Freeman), e seu primeiro encontro com o mago cinzento, Gandalf (Ian McKellen) o chamando a "se juntar em uma aventura"
Mais à frente, conhecemos os anões e seu líder (e também a origem épica de seu título).
Bilbo também passa a conhecê-los, de forma meio inconveniente à ele, devo dizer.
A sensação de nostalgia ao assistir O Hobbit é inegável. Revemos velhos amigos que viemos a conhecer na primeira trilogia de Peter Jackson, readentramos cenários que já conhecemos. Enfim, o sentimento de reestar naquelas locações me trouxe de volta aquela magia que descobrimos ao ver SdA, mas aí mora um perigo muito grande.
Li muitas críticas à respeito d'O Hobbit, comparando-o erroneamente com O Senhor dos Anéis e falando sobre algumas cenas desnecessárias e diálogos "pra encher linguiça". Uma das primeiras coisas que disse ao meu irmão ainda na fila do cinema foi "Vamos ver um filme ambientado no Universo Senhor dos Anéis, mas não espere ver a mesma coisa. SdA é SdA, O Hobbit é O Hobbit."
Diferente de O Senhor dos Anéis, em O Hobbit, eu via o movimento, coisa que em SdA às vezes ficava enfadonho, então acho estranho as pessoas reclamarem disso em O Hobbit, mas passar batido em O Senhor dos Anéis. E não podemos esquecer dos livros. O detalhismo dos cenários é de um cuidado cirúrgico, causando uma "encheção de linguiça" do bem.
Uma das coisas que fizeram com que eu me perdesse um pouco foi a quantidade de anões. De nome, devo ter lembrado uns 4 ou 5 apenas, sendo que grande parte deles é usado apenas em cenas engraçaralhas de alívio cômico.
Bombur (acho que era esse o nome) sempre me tirava sutis gargalhadas no cinema.
Um dos momentos mais esperados por mim ao começar a ver o filme foi a aparição do Gollum, e nossa senhora da ferroada que brilha, conseguiram deixar o Gollum mais crível ainda do que em O Retorno do Rei. Só não bati palmas de pé para Andy Serkis porque o pessoal que tava sentado atrás de mim não iria gostar muito. Aliás, não só o Gollum, mas todas as criaturas digitalizadas tinham uma textura impecável, incrivelmente realistas.
Uma das coisas que eu temia era pela dublagem de O Hobbit. Quando assisti ao primeiro trailer dublado e notei que dublariam em outro estúdio, fiquei com mega pé atrás, mas há duas semanas atrás, fiquei sabendo que Guilherme Briggs, o dublador mais nerd do país dirigiu a dublagem e dublou nosso amado e odiado Gollum, relaxei um pouco.
A dublagem só me deixou triste por traduzirem a Song of Lonely Mountains, à qual eu decorei a letra original pra cantar junto com os anões, e acabou não rolando.
Outra coisa que me incomodou um pouco no inicio do filme foi a maquiagem. Bilbo e Frodo estão parecendo bonecos. E as rugas de Gandalf parecem fugir da tela. Claro que isso se deve à idade de Sir Ian McKellen, mas a idéia no filme era ele parecer ligeiramente mais jovem que em SdA e não o contrário (ou estou errado?)
O filme realmente está longe de O Senhor dos Anéis, mas se você ainda não assistiu e não leu o livro, não pense nisso. Imagine-se assistindo um universo expandido de O Senhor dos Anéis e não uma prequela com objetivo de desbancar a primeira trilogia. Vá ao cinema com essa mentalidade e tenho certeza que irá se divertir.
Pretendo assistí-lo novamente, com audio original dessa vez. Não ensaiei semanas de Song of Lonely Mountains à toa.