Me perguntei se o filme suscitava um elogio à figura feminina, tendo em vista o comportamento sempre humanitário da Eva que acolhe inimigos e permanece fiel aos valores morais de uma sociedade judaico-cristã (no que tange à máxima de amor ao próximo). Se esse for caso, trata-se de uma vanguarda na representação das mulheres - uma personagem forte, resistente moral em meio a um contexto de degradação coletiva. Entretanto, me veio à mente também que talvez o contraste entre Eva e Jan só sirva de aparelho narrativo para piorar a visão daquele que deveria ser o modelo, o exemplo, o ainda central homem da casa. Nessa linha de interpretação, a conduta de Eva seria, por comparação à de Jan, um reforço narrativo para o horror moral provocado pela guerra civil. Ela passaria assim de personagem feminina forte para personagem feminina que, apesar de sua condição de mulher, tem traços morais mais admiráveis que o do homem, corrupto e covarde. O título de vanguarda na representação das mulheres ficaria então suspenso para a obra, uma vez que a conduta de Eva não seria elogiosa, mas sim um símbolo que agrava a vergonha que as barbaridades da guerra nos fazem sentir.
Quaisquer que sejam as interpretações mais adequadas, tenho que admitir que filme é tão triste que me deixou indigesto e com a atenção aguçada ao fato de que a minha vida ainda existe.
umas cenas lindas, umas comédias mórbidas, uma vontade de entrar pra dentro da tela e uma pena da moça ciumenta. uma pena só que o romance lésbico foi hipersexualizado, típico de diretor homem.
O filme tem pequenas joias aqui e ali. Algumas delas:
- A relação entre saberes tradicionais/antiquados/antigos (a magia das bruxas) e saberes modernos/tecnológicos, que aparece na comparação entre a cidade do interior e a cidade para onde Kiki vai, entre o voo de Kiki e o voo do dirigível, entre o forno elétrico e o forno à lenha, as poções da mãe da Kiki e os novos remédios... - A presença de mulheres talentosas e corajosas: Kiki, que quer começar seu negócio de entregas numa nova cidade; a mãe de Kiki, que é uma bruxa conhecida por seus talentos com poções; Osono, que além de figurar como mãe é também administradora de seu próprio negócio; Ursula, que é artista e que vive sozinha no meio da floresta... - A genuína representação de processos emocionais
: Kiki não sabe por que perde seus poderes, e toma decisões impulsivas antes que descubra (como recusar sempre a companhia de Tombo).
- Um elogio à arte, acompanhado de um pequeno tutorial de como apreciá-la: quando Kiki vai à cabana de Ursula, os zooms dados no quadro remontam a uma experiência de análise visual da obra.
a estrutura narrativa do filme já parece óbvia (a ordem e a maneira das mortes, os sustos e até os falsos sustos são clichês hoje em dia). também há uma moralidade bastante evidente sob a personagem principal (sua virgindade, seu uso de drogas e sua conduta e tal).
as pessoas que morrem são, de certa forma, imorais. liz não é mais virgem, richie rouba o dinheiro da caixa e buzz fomenta um comportamento desonesto para com os pais de amy.
ainda, não entendi a função de joey na história - ele representava a possibilidade de salvação que seria desperdiçada? se foi só isso, por que elaborar tanto sobre a relação dele com a irmã?
meio que amei. o final nao eh tuuuuuudo isso mas gostei da tentativa de fazer um rolet de auto-amor. assisti em um momento hardcore da vida tb. tava precisado de uma mensagem clichezinha pra passar. eh isso. bjs
A síntese de Albert era tudo o que eu precisava. Depois de ser seduzido por abordagens nihilistas e não conseguir mais voltar a análises otimistas sobre o acaso e o sentido das minhas coisas, foi preciso resolver isso pelo filme, com o filme. Recebi sem querer. Obrigado e até mais.
Uma bela reflexão sobre ficcionalidade e subjetividade. Fiquei mais otimista depois de assisti-lo. Gostei muito das cenas onde a Laura se doa ao seu entorno a fim de esquecer as tretinhas de ciúmes e possessividade - me fez pensar que é possível investir energia pra que as circunstâncias mudem. :)
Os signos do filme são traçados no nível do inconsciente, da materialização da psique. A mesma atriz para a mãe e para a amante Stela: o complexo de Édipo é literal - o que ironicamente se configura numa metáfora visual. Essas representações são desafiadoras até certo ponto. Precisamos continuamente refazê-las no mundo do literal, do não-metafórico. E acho que essa é a grande joia do filme.
Para além disso, o enredo pode parecer perder o sentido do meio para o fim. Talvez para a mentalidade teleológica convencional - à qual inevitavelmente pensamos que toda narrativa deve se inserir - o diretor tenha pecado; para quem, entretanto, não olhou o filme com expectativas de um fim, a coisa talvez tenha funcionado melhor - e a unidade da história do Alexandre seja enfim a falta de conclusão: como a poesia, como a vida.
Acho que descobri a riqueza do filme só alguns momentos depois de tê-lo assistido. A mensagem passada pela compra da panela elétrica do arroz é impressionante e só me ocorreu quando cheguei em casa do cinema.
Pois eis que o pai compra a panela pensando que conhece a filha, ele sente essa necessidade. Ela, no entanto, já tinha notado a necessidade comprá-la uma vez que desenvolvera uma autonomia nas decisões da casa. Para não decepcionar o pai, no entanto, Josephine esconde a sua panela e utiliza somente a que o pai havia lhe dado. Ao fim, Lionel finalmente encontra a panela elétrica já comprada pela filha, e a coloca junto da que ele comprara na cozinha. Ao descobrir a panela escondida, o pai reconhece não somente que sua filha tinha capacidades para tomar decisões de casa, mas também descobrira a maturidade da filha que se mostra timidamente em pequenas partes ao longo do filme (as flores de Ruben, a paixão por Noé etc.) Eis uma bonita história de descoberta entre familiares.
Na minha leitura, Robin tentou refazer a trajetória do filho pra tentar descobrir onde ele tinha ido parar. Pra refazer os passos dele, ela se tornou ele 'do outro lado'.
Meu amigo, que assistiu ao filme comigo, acha que a história, na verdade, não passava de um delírio do filho de Robin.
Quantos universos o filme mostra? Quantos dos encontros aconteceram no mesmo universo? Em quais linhas do tempo eles ficam juntos? Se todas os encontros aconteceram no mesmo universo, então qual foi a ordem deles? Quais dos encontros são apenas sonhados e não vividos?
"Estamos presos no tempo. As nossas obras de arte são todas restritas por ele. Filmes, livros, músicas. Você precisa consumi-los do começo ao fim para entendê-los. E é por isso que gosto de pinturas - você pode ver as partes que quiser quando quiser, sem ficar preso ao tempo." - Kimberly
Comet é uma experiência narrativa interessantíssima. Tem um visual lindo cheio de tons roseados e azulados, personagens complexos e intrigantes e, surpreendentemente, não apresenta um final. São diálogos entrepostos, entrecruzados, misturados - momentos livres do tempo - que sugerem acontecimentos fora dos diálogos. Cabe ao espectador, portanto, ler esses diálogos e decidir, por si só, a ordem a relevância de cada informação que se apresenta. Ao fim, não se tem conclusões, mas dúvidas que geram questionamentos sobre o tempo e a sua relevância nas relações humanas.
Achei bonzinho. O visual é lindo e o enredo é bem consistente - tudo se encaixa enquanto a animação é simpática aos olhos. Todavia, a profundidade temática do filme deixa bastante a desejar. A superação parental ficou só em níveis superficiais, em torno de poucos personagens e desdobrada sem grandes conflitos. Não há exploração, por exemplo, da relação pai-filho de outras criaturas além dos vampiros - e o filme tinha muitos personagens disponíveis para tal. Ainda, pouco sobre o passado de Dracula é esclarecido - não se sabe exatamente como ele escapou do incêndio e o porquê da mãe de Mavis ter morrido. A temática da fobia pela diferença (os humanos como vilões por repudio aos monstros) também poderia ter sido bem mais discutida. Havia potencial, e o filme não o aproveitou, para analogia entre repúdios da nossa sociedade!
Há muitas metáforas circunstanciais sobre a vida após a era digital. Por exemplo, há um momento em que Mariana transa com seu manequim enquanto Martin transa com sua passeadora de cães. Os dois o fazem por carência e, mesmo no segundo caso, havendo a presença de alguém real - o sexo foi apenas "sexo" e não teve nada de real. O filme também traz uma visão artística acerca da ética da profissão do arquiteto, bem interessante! A única coisa que me decepcionou foi a cena final, muito simplória pro meu gosto. ~
Mesmo que a forma como a narrativa se dá tenha me desorientado um pouco; mesmo que as diferenças dos costumes tenha comprometido o entendimento completo da obra; e mesmo que eu não tenha assistido à versão de 53 para opinar com segurança... posso afirmar que o filme é lindo. Chorei trocentas vezes.
Ação insana em quase todas as cenas, raramente se vê personagens parados ou descansando, é tudo muito berrante e barulhento. Histérico, gritante, doido. Todos alucinados, em desespero, nas bases da existência. Sobrou-me, ao final do filme, um sentimento de completude. Schlingensief explora aspectos da linguagem para compor uma narrativa desconcertantemente confortável; onde tudo me foi interessante, inesperado e ao mesmo tempo repugnante.
A ideia em si é muito boa: duas mulheres que não se conhecem, unidas por uma coincidência, discutindo questões diversas (desde cultura do estupro a religião). O filme começa muito bem: envolvente, revoltante, triste e até engraçado. No entanto, mais ou menos da metade para o fim, as coisas começam a desandar: os diálogos não são mais coerentes com as personagens, os atos começam a ficar aleatórios demais e a trama simplesmente não envolve mais. Por isso, creio que como um curta metragem, teria se destacado mais. Vale a pena por suas cenas em primeira pessoa e pela atuação da Miou-Miou.
Por que diabos eu não tinha assistido a esse filme antes? Simplesmente genial, o final extremamente ambíguo me deixa tão receoso... Gosto de pensar que ele encontrou a Sylvia/Lauren. Boa sorte Truman!
A Cool Fish
2.9 1Mudou minha percepção da China.
Morangos Silvestres
4.4 656Dá uma esperança. Você pode mudar.
Unicórnio
3.0 50Euzinha quando minha mãe me arrumou um padrasto.
Vergonha
4.3 118Me perguntei se o filme suscitava um elogio à figura feminina, tendo em vista o comportamento sempre humanitário da Eva que acolhe inimigos e permanece fiel aos valores morais de uma sociedade judaico-cristã (no que tange à máxima de amor ao próximo). Se esse for caso, trata-se de uma vanguarda na representação das mulheres - uma personagem forte, resistente moral em meio a um contexto de degradação coletiva. Entretanto, me veio à mente também que talvez o contraste entre Eva e Jan só sirva de aparelho narrativo para piorar a visão daquele que deveria ser o modelo, o exemplo, o ainda central homem da casa. Nessa linha de interpretação, a conduta de Eva seria, por comparação à de Jan, um reforço narrativo para o horror moral provocado pela guerra civil. Ela passaria assim de personagem feminina forte para personagem feminina que, apesar de sua condição de mulher, tem traços morais mais admiráveis que o do homem, corrupto e covarde. O título de vanguarda na representação das mulheres ficaria então suspenso para a obra, uma vez que a conduta de Eva não seria elogiosa, mas sim um símbolo que agrava a vergonha que as barbaridades da guerra nos fazem sentir.
Quaisquer que sejam as interpretações mais adequadas, tenho que admitir que filme é tão triste que me deixou indigesto e com a atenção aguçada ao fato de que a minha vida ainda existe.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista Agoraumas cenas lindas, umas comédias mórbidas, uma vontade de entrar pra dentro da tela e uma pena da moça ciumenta. uma pena só que o romance lésbico foi hipersexualizado, típico de diretor homem.
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 772 Assista AgoraO filme tem pequenas joias aqui e ali. Algumas delas:
- A relação entre saberes tradicionais/antiquados/antigos (a magia das bruxas) e saberes modernos/tecnológicos, que aparece na comparação entre a cidade do interior e a cidade para onde Kiki vai, entre o voo de Kiki e o voo do dirigível, entre o forno elétrico e o forno à lenha, as poções da mãe da Kiki e os novos remédios...
- A presença de mulheres talentosas e corajosas: Kiki, que quer começar seu negócio de entregas numa nova cidade; a mãe de Kiki, que é uma bruxa conhecida por seus talentos com poções; Osono, que além de figurar como mãe é também administradora de seu próprio negócio; Ursula, que é artista e que vive sozinha no meio da floresta...
- A genuína representação de processos emocionais
: Kiki não sabe por que perde seus poderes, e toma decisões impulsivas antes que descubra (como recusar sempre a companhia de Tombo).
- Um elogio à arte, acompanhado de um pequeno tutorial de como apreciá-la: quando Kiki vai à cabana de Ursula, os zooms dados no quadro remontam a uma experiência de análise visual da obra.
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,2K:{
Mãe!
4.0 3,9K Assista Agoracristianismo machismo arte humanidade e ecologia td junto aaaaa
Pague Para Entrar, Reze Para Sair
3.1 345a estrutura narrativa do filme já parece óbvia (a ordem e a maneira das mortes, os sustos e até os falsos sustos são clichês hoje em dia). também há uma moralidade bastante evidente sob a personagem principal (sua virgindade, seu uso de drogas e sua conduta e tal).
as pessoas que morrem são, de certa forma,
imorais. liz não é mais virgem, richie rouba o dinheiro da caixa e buzz fomenta um comportamento desonesto para com os pais de amy.
e o que foi aquela suposta pedofilia com o dono do parque???
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista Agorameio que amei. o final nao eh tuuuuuudo isso mas gostei da tentativa de fazer um rolet de auto-amor. assisti em um momento hardcore da vida tb. tava precisado de uma mensagem clichezinha pra passar. eh isso. bjs
Huckabees - A Vida é uma Comédia
3.4 120A síntese de Albert era tudo o que eu precisava. Depois de ser seduzido por abordagens nihilistas e não conseguir mais voltar a análises otimistas sobre o acaso e o sentido das minhas coisas, foi preciso resolver isso pelo filme, com o filme. Recebi sem querer. Obrigado e até mais.
Além da Ilusão
2.3 91 Assista AgoraUma bela reflexão sobre ficcionalidade e subjetividade. Fiquei mais otimista depois de assisti-lo. Gostei muito das cenas onde a Laura se doa ao seu entorno a fim de esquecer as tretinhas de ciúmes e possessividade - me fez pensar que é possível investir energia pra que as circunstâncias mudem. :)
Poesia Sem Fim
4.3 89Os signos do filme são traçados no nível do inconsciente, da materialização da psique. A mesma atriz para a mãe e para a amante Stela: o complexo de Édipo é literal - o que ironicamente se configura numa metáfora visual. Essas representações são desafiadoras até certo ponto. Precisamos continuamente refazê-las no mundo do literal, do não-metafórico. E acho que essa é a grande joia do filme.
Para além disso, o enredo pode parecer perder o sentido do meio para o fim. Talvez para a mentalidade teleológica convencional - à qual inevitavelmente pensamos que toda narrativa deve se inserir - o diretor tenha pecado; para quem, entretanto, não olhou o filme com expectativas de um fim, a coisa talvez tenha funcionado melhor - e a unidade da história do Alexandre seja enfim a falta de conclusão: como a poesia, como a vida.
Eles Vivem
3.7 726 Assista AgoraIsso foi uma bosta que deu errado ou uma bosta que deu muito certo?
35 Doses de Rum
3.8 16Acho que descobri a riqueza do filme só alguns momentos depois de tê-lo assistido. A mensagem passada pela compra da panela elétrica do arroz é impressionante e só me ocorreu quando cheguei em casa do cinema.
Pois eis que o pai compra a panela pensando que conhece a filha, ele sente essa necessidade. Ela, no entanto, já tinha notado a necessidade comprá-la uma vez que desenvolvera uma autonomia nas decisões da casa. Para não decepcionar o pai, no entanto, Josephine esconde a sua panela e utiliza somente a que o pai havia lhe dado. Ao fim, Lionel finalmente encontra a panela elétrica já comprada pela filha, e a coloca junto da que ele comprara na cozinha. Ao descobrir a panela escondida, o pai reconhece não somente que sua filha tinha capacidades para tomar decisões de casa, mas também descobrira a maturidade da filha que se mostra timidamente em pequenas partes ao longo do filme (as flores de Ruben, a paixão por Noé etc.) Eis uma bonita história de descoberta entre familiares.
O Congresso Futurista
3.9 295 Assista AgoraDúvida sobre o final:
Na minha leitura, Robin tentou refazer a trajetória do filho pra tentar descobrir onde ele tinha ido parar. Pra refazer os passos dele, ela se tornou ele 'do outro lado'.
Meu amigo, que assistiu ao filme comigo, acha que a história, na verdade, não passava de um delírio do filho de Robin.
O que vocês acham?
Eu Estava Justamente Pensando em Você
3.6 373 Assista AgoraQuantos universos o filme mostra? Quantos dos encontros aconteceram no mesmo universo? Em quais linhas do tempo eles ficam juntos? Se todas os encontros aconteceram no mesmo universo, então qual foi a ordem deles? Quais dos encontros são apenas sonhados e não vividos?
"Estamos presos no tempo. As nossas obras de arte são todas restritas por ele. Filmes, livros, músicas. Você precisa consumi-los do começo ao fim para entendê-los. E é por isso que gosto de pinturas - você pode ver as partes que quiser quando quiser, sem ficar preso ao tempo." - Kimberly
Comet é uma experiência narrativa interessantíssima. Tem um visual lindo cheio de tons roseados e azulados, personagens complexos e intrigantes e, surpreendentemente, não apresenta um final. São diálogos entrepostos, entrecruzados, misturados - momentos livres do tempo - que sugerem acontecimentos fora dos diálogos. Cabe ao espectador, portanto, ler esses diálogos e decidir, por si só, a ordem a relevância de cada informação que se apresenta. Ao fim, não se tem conclusões, mas dúvidas que geram questionamentos sobre o tempo e a sua relevância nas relações humanas.
Hotel Transilvânia
3.6 1,5K Assista AgoraAchei bonzinho. O visual é lindo e o enredo é bem consistente - tudo se encaixa enquanto a animação é simpática aos olhos. Todavia, a profundidade temática do filme deixa bastante a desejar. A superação parental ficou só em níveis superficiais, em torno de poucos personagens e desdobrada sem grandes conflitos. Não há exploração, por exemplo, da relação pai-filho de outras criaturas além dos vampiros - e o filme tinha muitos personagens disponíveis para tal. Ainda, pouco sobre o passado de Dracula é esclarecido - não se sabe exatamente como ele escapou do incêndio e o porquê da mãe de Mavis ter morrido. A temática da fobia pela diferença (os humanos como vilões por repudio aos monstros) também poderia ter sido bem mais discutida. Havia potencial, e o filme não o aproveitou, para analogia entre repúdios da nossa sociedade!
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraHá muitas metáforas circunstanciais sobre a vida após a era digital. Por exemplo, há um momento em que Mariana transa com seu manequim enquanto Martin transa com sua passeadora de cães. Os dois o fazem por carência e, mesmo no segundo caso, havendo a presença de alguém real - o sexo foi apenas "sexo" e não teve nada de real. O filme também traz uma visão artística acerca da ética da profissão do arquiteto, bem interessante! A única coisa que me decepcionou foi a cena final, muito simplória pro meu gosto. ~
Tempo de Valentes
3.6 11 Assista AgoraA cena da mulher com a arma na banheira é impagável. Comédia divertida.
Uma Família de Tóquio
3.9 16Mesmo que a forma como a narrativa se dá tenha me desorientado um pouco; mesmo que as diferenças dos costumes tenha comprometido o entendimento completo da obra; e mesmo que eu não tenha assistido à versão de 53 para opinar com segurança... posso afirmar que o filme é lindo. Chorei trocentas vezes.
Terror 2000
2.8 9Ação insana em quase todas as cenas, raramente se vê personagens parados ou descansando, é tudo muito berrante e barulhento. Histérico, gritante, doido. Todos alucinados, em desespero, nas bases da existência. Sobrou-me, ao final do filme, um sentimento de completude. Schlingensief explora aspectos da linguagem para compor uma narrativa desconcertantemente confortável; onde tudo me foi interessante, inesperado e ao mesmo tempo repugnante.
Prenda-me
3.6 34A ideia em si é muito boa: duas mulheres que não se conhecem, unidas por uma coincidência, discutindo questões diversas (desde cultura do estupro a religião). O filme começa muito bem: envolvente, revoltante, triste e até engraçado. No entanto, mais ou menos da metade para o fim, as coisas começam a desandar: os diálogos não são mais coerentes com as personagens, os atos começam a ficar aleatórios demais e a trama simplesmente não envolve mais. Por isso, creio que como um curta metragem, teria se destacado mais.
Vale a pena por suas cenas em primeira pessoa e pela atuação da Miou-Miou.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraPor que diabos eu não tinha assistido a esse filme antes? Simplesmente genial, o final extremamente ambíguo me deixa tão receoso... Gosto de pensar que ele encontrou a Sylvia/Lauren. Boa sorte Truman!