Que animação amável! Muito gostosa de assistir, atmosfera que transmite uma paz (característico do Studios Ghibli), quase toda animação deles, sinto que sou teletransportada para um universo paralelo, onde os problemas somem por algumas horinhas, é sempre muito prazeroso e até terapêutico assistir as animações Ghibli.
Às vezes a gente fica esperando por respostas complexas e grandiosas sobre nossos talentos, sobre nossas vidas, mas, pra muitos, nossos talentos e vocações estão no cotidiano, nas coisas simples, mas, que fazem total diferença na vida das pessoas.
Gostei do filme, a caracterização, ambientação, trilha sonora e por fazer parte do período do cinema onde prevalecia o Expressionismo Alemão.
O personagem assustador aparece por apenas 9 minutos durante todo o filme, mas, ainda sim o filme transmite um suspense e horror psicológico o tempo todo, reforçando o que pra mim foi um dos pontos altos e positivos da obra, já que hoje em dia muitos filmes de terror ficam mostrando cenas brutais e gore o tempo todo pra chocar, mas, embora choque, não trazem uma boa história e nem geram um medo real em si.
Já Nosferatu é uma obra de arte de verdade, gostei, nota 9.5!!!
E copiando um comentário que vi aqui e achei interessante compartilhar:
Uma das coisas que me fazem gostar de filmes antigos é a maneira orgânica e “artesanal” de criar efeitos especiais, como o stop motion e o jogo de sombras, as maquiagens e figurinos que transformam completamente os personagens. E o que dizer das expressões faciais e corporais de forma exagerada para compensar a falta de falas, bem como a trilha sonora continua guiando nossos sentimentos em cada cena, é fantástico! E Nosferatu, é este tipo de filme genial! Referência clássica! Uma obra de arte! Quero agora destrinchar aqui, fatores históricos conectados ao filme, alem de um breve resumo do filme e por fim algumas referências de inspiração que Nosferatu trouxe para o mundo, acompanhado de um pequeno ensaio critico a esta brilhante obra!
Nosferatu é um filme que tortura a imaginação por estar inserido em dois contextos marcantes: Entre duas guerras e no alvorecer do cinema. O que pressupõe a amplitude de sua temática macabra por conflitos humanos existenciais ácidos, bem como a baixa tecnologia aliada com ausências naturais de cor e fala na linguagem cinematográfica. Algo que promove tons escuros, nebulosos e questionamentos profundos. Uma tentativa orgânica e original na tentativa de expressar os anseios artísticos de um período tão distinto da nossa historia. O filme é um reflexo de sua época, assim como a arte no geral. O crescente antissemitismo e nacionalismo entre as guerras mundiais, que era o cenário configurado no lançamento do filme em 1922, revela a figura do Conde Orloc como uma representação muito peculiar. Alguem que por semelhança se parecia muito com um rato e carregava uma peste que por onde passava infectava e destruía as esperanças. E também o teor geográfico, de alguem que vem do leste Europeu para fixar moradia na Alemanha, diz abertamente sobre a discriminação sofrida pelos judeus, que eram vistos como ratos na crescente propaganda nacionalista do nazismo, que culminou no extermínio de milhões deles.
Um breve resumo da obra pressupõe a historia da peste que assolou a cidade de Wisborg. Ela veio em cima de uma jangada pela corrente maritima, e depois fora transferida para dentro de um navio. A carga era basicamente alguns caixões carregados de uma terra amaldiçoada que servia de capsula para o transporte do conde Orloc, que na distancia era possuído por um desejo, algo que o levara a fazer morada em meio a população de Wisborg. Uma obsessão direcionada para encontrar a bela Ellen, esposa de Thomas hutter, que no passado fora encarregado pelo corretor de imóveis Knok de ir ate o castelo do Conde oferecer a proposta de uma casa. As diferentes cenas em que o Conde Orloc aparece ao longo do filme, acabam gerando esse encontro com o macabro. Desde a primeira aparição da carruagem que anda em velocidade levando thomas hutter ao castelo, até a sombra que sobe as escadas no ato final que encontra a jovem Ellen. E por fim, o derradeiro final de conde Orlac, o vampiro da noite que acaba por ver a luz e decreta seu desaparecimento em cena para sempre.
Nosferatu carrega uma frase original, dentro de uma narrativa corrompida pela copia não autorizada de Dracula. “ninguém te poderá salvar, a não ser que uma donzela sem pecado, faça o vampiro esquecer o primeiro canto do galo!” Isso marcou e gerou influencia para as demais adaptações de drácula ao longo do século. E falando dessas referencias, os personagens trazem nomes distintos, a começar pelo conde Orloc, a personificação de Dracula, que abraça um visual diferente: Grotesco, pálido e raquítico. O perturbador Knok, corretor de imóveis que carrega uma empatia pelo conde Orlok, com olhar devoto de alguem que foi amaldiçoado a viver em servidão para ele. O rosto de Knok traduz uma imagem que pressupõe a loucura, acompanhada de uma extase, que mesmo presa ao manicômio, garante euforia e meditação na presença cada vez mais próxima de Orlok com o “navio fantasma da peste maldita”. E isso diz muito sobre os poderes de Conde Orlok que enfeitiça e seduz em transe as pessoas a sua vontade, algo que podemos ver no transe sofrido por Ellen, a esposa de Thomas. É possivel também olhar variados elementos revolucionários na arte de fazer cinema, para a vertente macabra e sombria do gênero que veio a ser reconhecido hoje como terror. O elemento “sombra”, que associa a imagem de Nosferatu as trevas, e carrega perturbação no imaginário ao longo do filme, é digna de aplausos! O enquadramento “desajustado” de forma proposital que dá imponência de tamanho ao personagem, gerando também mistério e assombração. Nosferatu muda alguns aspectos do livro de Dracula, começando pela pequena frase do livro dos vampiros, que revela a sensibilidade do vampiro a luz, tendo seu ponto fraco no encontro com a donzela de coração puro que de expontanea vontade lhe oferece seu sangue e gera esquecimento ao canto do galo, fazendo referência ao nascer do dia.
A Inspiração surrealista, quando thomas cruza o limiar entre o mundo dos homens e o dos pesadelos ao passar pela ponte em direção ao castelo: “E quando ele cruzou a ponte, os fantasmas vieram ao seu encontro”. Um aperto de mãos com o inventivo mundo das possibilidades acaba por ser apresentado. A carruagem que guia ao castelo anda em velocidade desfigurada da realidade, o castelo tem um portao que abre sozinho e evidencia mais ainda a fantasia deste mundo. Conde Orloc sai do papel e da vida a um ser horrendo de afeição demoníaca. Em distancia vemos a sua recepção a Thomas, com a silhueta magra a alta acompanhada de passos rápidos, causando indiferença e espanto. O corte das cenas por vezes demora para acontecer, mas faz jus a sua reputação vanguardista. Tudo é uma amostra da limitação técnica a serviço da arte. A impossibilidade de perceber a qualidade da imagem gera desconforto e distanciamento no sentido positivo, pois Orlac adquire por vezes uma imagem borrada, a mesma imagem que faz paralelo a sua sombra ao subir a escada. Sabemos que Orlac esta em cena, e é isso que importa. Afinal, ele é desprovido de beleza, a beleza que um borrão jamais poderia apresentar.
Gostei mais do filme pela trilha sonora (só música boa) e dos atores que também são ótimos cantores (Lady Gaga brilhou) e pela realidade que mostram da Indústria musical, é cruel mesmo, e também a realidade dos viciados em drogas e álcool, não há glamour nisso, é literalmente destruição que chama mais destruição.
O casal tem uma química muito boa, eu entendo que o personagem do Bradley é um alcóolatra, mas, esperava ter mais momentos de sobriedade ao lado da personagem de Lady Gaga e que fosse um filme mais leve, mas, nesse sentido foi bem pesado.
Como eu disse, é realista, mas, eu com certeza prefiro ainda um outro filme bem parecido, que é o filme da história real dos cantores Johnny Cash e June Carter, o filme "Johnny and June", com um final bem mais agradável.
Um ótimo filme, além da atmosfera sombria, o clima de suspense e a trilha sonora misteriosa e aterrorizante nos momentos certos, tornam este filme um grande clássico e ótimo filme!
Adorei, mais do que eu pensei que iria gostar, muito mais. Roteiro bem feito, personagens interessantes e uma mensagem muito bacana sobre a paz mundial, embora saibamos que na prática, ou seja, no mundo real, as coisas não são tão simples assim.
Mas, ainda sim a mensagem é válida e adorei o fato de que os Extraterrestres nesse caso não são maus e nem possuem aquela estética clichê dos filmes que tratam deste assunto.
Uma das obras-primas mais ousadas, poéticas e francamente artísticas do cinema americano, no melhor estilo noir, com uma atuação das mais fortes da história, feita pela esplêndida veterana Gloria Swanson, o mestre Billy Wilder, se superou mais uma vez.
É uma crítica ácida sobre o relacionamento parasitário de uma ex-estrela que sofre mentalmente por não aceitar o fim da era do cinema mudo que decide recorrer a ajuda de um roteirista endividado para tentar voltar aos holofotes glamurosos de Hollywood em seu próximo filme.
A cena final da escada me chocou bastante e é facilmente uma das melhores histórias que assisti.
Amei esse final, foi a cereja do bolo, foi uma cena icônica e épica, se tornando para mim, uma das melhores personagens doidas e antagônicas do cinema, me lembrou muito o final do filme "E o vento levou" com a queda de Scarlett o'Hara, ambas personagens tem algumas semelhanças e ambas atrizes foram excelentes para interpretar essas duas personagens tão complexas e que apesar de todos os erros cometidos por elas, você assiste e ainda consegue sentir um pouco de piedade por ambas.
Filme excelente, adorei!!!
É um exemplo clássico de que nem todo final precisa ser felizes para sempre para um filme ser bom, só precisa ser realista e bem feito.
Estou curiosa pra assistir, ouvi dizer que a Riley será adolescente nessa nova trama e novas emoções surgirão, uma delas já confirmada, é a ansiedade. Hahaha
Não vejo a hora, espero que seja tão bom quanto o primeiro!
Estou animada pra assistir esse filme, sob a direção de Ridler Scott, quem dirigiu os excelentes filmes "Gladiador", "Alien 1" e "Perdido em Marte", etc e Joaquin Phoenix como Napoleão, não poderia esperar menos.
Esse faço questão de assistir no cinema, é um orgulho ver finalmente dois filmes sobre grandes personalidades históricas sendo lançados este ano: Oppenheimer e Napoleão.
Chega desses filmes bobinhos de Marvel & CIA. Queremos histórias bem feitas, com personagens interessantes e que o Cinema se torne grande novamente.
Quero assistir, parece ser bem legal e certamente vamos precisar de uma caixa de lenço do lado mesmo, como já disse nosso colega aqui nos comentários anteriores.
"A picture with a smile - and perhaps, a tear." (Um filme com um sorriso e talvez, uma lágrima).
É com essa frase que começa uma das histórias mais emocionante, divertida e tocante das obras de Chaplin.
Adorei tudo sobre este filme, inclusive o final, não tem nada de triste no final, podem assistir sem medo.
Dei boas risadas enquanto assistia e acredito que esse filme tenha tomado lugar na segunda posição do ranking do meu coração dos filmes de Chaplin hahaha é que ainda fico na dúvida qual ordem eu escolheria, mas, meu top 3 até o momento dos filmes dele, são:
1. Tempos Modernos 2. O Garoto 3. Luzes da Cidade
Mas, tem momentos que eu inverto as ordens desse top 3, pois, cada um deles é belíssimo de uma forma diferente, claro que a história do garoto tem um apelo por ser uma criança, mas, em "Luzes da cidade" também tem uma metáfora do "Amor é cego" ou sobre amarmos a essência de alguém, antes do que os nossos olhos podem ver, etc.
Adorei e terminei de assistir o filme muito satisfeita, com um sorriso no rosto e em diversos momentos da história eu me emocionei. Todos os personagens são bem construídos, cativantes e carismáticos.
A alusão no final sobre o Jardim do Éden e a queda do homem foi bem artístico e bem feito. Tudo foi muito bem pensado e construído dentro da narrativa e da direção de arte.
Definitvamente não é um filme de Terror para quem busca um filme de Terror com gritos e gore.
Este filme é mais um terror psicológico, até possui elementos visuais, mas, o propósito dele é ser diferenciado e trazer um medo baseado naquilo o que você não vê ou naquilo o que se espera para ver.
A premissa é bem interessante, a frase que é dita ao protagonista, é bem interessante porque ela soa com ambiguidade, tanto para céticos quanto para aqueles que creem cegamente em qualquer coisa (seja religião ou uma ideia): "Você não saberia a verdade mesmo que ela te beijasse", porque quando decidimos acreditar ou não em algo, se você não tiver um coração aberto para a verdade, você só vai aceitar aquilo o que quiser ver, tanto para a crença quanto para a descrença.
É muito comum Cristãos dizerem "Tal coisa é assim porque Deus quis" ou Ateus dizerem "Não foi Deus que criou isso/fez isso", sendo que, essas duas afirmações podem ou não ser verdadeiras, é preciso de um pouco de fé e ceticismo na vida, para tudo.
Veja, em um exemplo prático: Toda vez que vamos à padaria e comemos o pão que compramos lá, estamos tendo fé que aquele padeiro não envenenou o pão, afinal, ninguém faz um teste no pão antes de comer. Ao atravessarmos a rua, acreditamos que o motorista vai parar o carro quando o sinal estiver vermelho para ele e verde para nós.
A mesma coisa acontece com o ceticismo, mesmo um Cristão, é ateu em relação ao Espiritismo ou Islamismo, por exemplo, e há uma diferença entre fé e crendices (fé é sustentada pela revelação de Deus ao homem através de Cristo e através das Escrituras e uma série de relatos e estudos que comprovam a veracidade dessa história), diferente de uma crendice que não precisa ser sustentada por fatos ou indícios, ela apenas foi criada e não possui nenhuma base lógica ou empírica, como a crença em lobisomen ou saci.
Então, há um tipo de fé necessária e ceticismo necessário em cada um de nós.
Voltando ao filme, a única justificativa plausível para mim, para o final ser no fim das contas tudo um "delírio" do persoangem em coma, é trazer a ideia de que apesar de não ser real as histórias do jeito que nos foi mostrado, ainda sim, os aspectos por trás daquelas histórias são todos reais, porque todos eles são representações dos arrependimentos que assombram o personagem, sendo então os arrependimentos dele seus verdadeiros fantasmas, estes são reais mesmo.
Outro ponto interessante ao meu ver, é que muitos não estão preparados para descobrir a verdade (Seja ver Deus face a face ou descobrir o Mal face a face), dessa forma, a fé se torna mais uma vez necessária, porque se Deus viesse até a terra e aparecesse para nós no nosso corpo humano (cheio de limitações, mal compreendemos cálculos complexos matemáticos que quase enlouquecemos, que dirá compreender Deus, pelo menos neste corpo limitado e falho), o mesmo acontece com o mal. Mas, todas as provas da existência de Deus e do Mal estão espalhadas pelo Universo, de formas menos visíveis, mas ainda sim estão explícitos, em um nível para que possamos reconhecer e compreender sem enlouquecer ou nos dislumbrarmos.
Uma das explicações lógicas que justifica o fato de Deus não aparecer ao homem empiricamente, é que Deus sendo perfeito, bom e belo, qualquer ser humano ficaria tão vislumbrado que o efeito seria igual de um drogado que fica viciado em uma droga, então, isso tiraria o nosso livre arbítrio de escolher Deus ou não, porque certamente quereríamos Deus, e claro que isso é bom, mas, o problema é que Deus sendo bom, não pode obrigar ninguém a nada, se não ele violaria seu princípio de bondade, se tornando um tirano, por isso ele precisa deixar que nós O escolhemos livremente e somente depois, quando O escolhermos, o veremos face a face no céu, com um corpo espiritual e capaz de absorver tamanha inteligência e beleza.
Outra ideia que adorei do filme, é que o conceito de inferno para um ateu, neste caso, estaria também interligado com a ideia de que se ele não fez nada em vida de bom ou pelo menos não fez quando deveria, então, ele já vive no próprio inferno, em vida, porque ele vive com isso o assombrando e o atormentando. Dizem por aí que o inferno não é um lugar, mas sim um estado, um estado de incompletude, onde todas as necessidades surgem e reaparecem, mas nuncasão saciadas, talvez por isso ele fale no final do filme "Não, de novo não!" ao passar por tudo aquilo novamente.
Adorei também à breve homenagem a Hitchcock, muito bom!!!
Conclusão: O intuito do filme não é dizer que fantasmass não existem ou existem, mas, que nossos fantasmas se manifestam de acordo com nossas perspectivas.
Eu gostei da história, principalmente do começo até a metade, o final tem uma explicação boa, mas, achei que poderia ter sido desenvolvida de um jeito melhor visualmente, mas, no resto foi muito bom.
Nem se compara! Tudo no primeiro é melhor, a história, os personagens, as reflexões filosóficas, o antagonista, a fotografia, tudo, tudo no primeiro é melhor! (Na minha opinião).
Blade Runner 2049 não é ruim, mas, parece que colocaram a personagem da Ana de Armas só como um atrativo sexual masculino, porque boa parte do filme que ela está com o Joel, acaba sendo quase que irrelevnte para a trama, salvo raras exceções, o filme poderia facilmente durar 1h50 e estaria de bom tamanho.
O combate final achei fraco, perto do que foi o combate do primeiro filme. E o cachorro? Fiquei curiosa pra saber o que aconteceu com ele, eu morri de rir quando o Decker joga Whisky no chão e o cachorro bebe. Hahahaha
A trilha sonora e fotografia são belíssimas, isso é fato. Mas, poderiam ter mostrado mais a filha do Decker, já que era ela e não o Joe, mas, até isso apresentaram de forma bem crua.
Sei lá, achei longo demais (e olha que sou extremamente paciente com filmes longos e bons), eu até entendo que talvez queriam passar a sensação de solidão e tal, mas, ainda sim, poderiam ter inserido alguns detalhes sobre a cidade, sobre a filha do Decker, sobre os tempos que ele ficou vivendo naquele lugar etc.
É um bom filme pra assistir quando você tá afim de ver algo bem Cyberpunk.
Um drama que retrata muito bem as paixões e vícios de um ser humano, até que ponto o remédio pode se tornar um veneno.
A obra exige um olhar atento do telespectador para compreender as complexidades da vida real, o contexto da época, a mentalidade daquele povo (sem fazer julgamentos anacrônicos) e ao mesmo tempo a particularidade de cada personagem, suas necessidades, medos, anseios, vontades, desejos e tudo o que nos move.
Por isso parece fácil julgar vendo a situação toda de fora, assistindo uma obra que reflete outro período distante, mas, inseridos naquele momento da história, pode ser que teríamos feito igual.
Confesso que me identifiquei com o personagem principal e enxerguei nele uma certa razão de ser, um sentido para sua ambição e para seus atos, não concordo com tudo, mas, consegui entendê-lo.
Quem gosta do bom cinema, assistam o canal no Youtube "Jurandir Gouveia" vale a pena e tem um vídeo que ele explica que em alguns filmes o final nem sempre é como o telespectador ou até mesmo o personagem quer, mas, é como ele merece que seja, para que uma mensagem importante seja transmitida, é preciso ter maturidade como pessoa e como entusiasta das artes para compreender e aceitar isso.
Um filme que superou minhas expectativas, eu fui ao cinema pensando "Eu vou assistir pela nostalgia da época da minha adolescência e pelo entretenimento", aí no começo do filme eu estava achando meio fraco, achei - graças a Deus errôneamente - que eles fariam um filme ainda mais apelativo que todos os outros dessa vez, pra chocar e chamar atenção, sei lá.
Mas, me enganei sobre essas questões acima e fui surpreendida por um filme muito bom até eu diria, por ser o décimo da franquia, ele superou e muito minhas expectativas.
A direção de arte ficou bem bonita, a história foi bem interessante e cheia de referências e nostalgia, e claro, o final foi a melhor parte com toda certeza, foi o toque especial do filme e o que me fez gostar bastante dele, foi bem construído, não foi aquela coisa preguiçosa só pra vender ingresso em cima de um filme famoso, foi realmente um final bem feito e satisfatório. Teve gore, mas nada de forma apelativa, foi bem equilibrado, focando em manter as cenas de tensão mas também pensando na construção de uma história que faça sentido e seja interessante de acompanhar.
Nota 7.8! Só não dei nota maior porque para a franquia, essa história não colaborou muita coisa, mas, de resto gostei mais do que eu pensava que fosse gostar.
Adorei ver o John Kramer e a Amanda sendo feitos vítimas do próprio jogo que eles criaram, foi bem interessante e justo até, porque apesar deles condenarem geralmente pessoas com problemas, eles também possuem suas falhas e excessos, e depois dessa cena incrível do Kramer e o garotinho, que deu uma tensão e drama ainda maior para o espetáculo final, também teve o plotwist deles virando o jogo e prendendo o casal naquela sala com uma mala falsa de dinheiro, achei realmente genial e ótimo o final, deixou uma pontinha aberta sobre se aquele garotinho poderia ser o jogo Jigsaw ou se a Amanda será e qual fim deu aquela antagonista loira, que inclusive gostei muito da personagem dela também, é uma mulher muito bonita e ficou muito bem de vilã.
A todos que assistiram os filmes anteriores dessa franquia e estão hesitantes se assistem ou não o Jogos Mortais X, eu asseguro: Assista, vale a pena.
QUEM QUISER ASSISTIR O FILME DE GRAÇA NO CINEMA, SIGAM O PASSO A PASSO (FUNCIONA MESMO, NÃO É CHARLATANISMO NEM NADA DISSO) E O CUPOM É 100% GRATUÍTO, NÃO É DESCONTO PARCIAL NÃO, É DESCONTO TOTAL:
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O cupom é uma parceria da Lumine.Tv (Tipo uma Netflix Cristã com a produtora do filme, a Angel Studios), então podem confiar que funciona e eu mesma usei pra assistir o filme, mandei para meus amigos e o próprio ator fala isso nas cenas PÓS Créditos, que dá pra assistir gratuitamente, mas, tem que fazer esse passo a passo.
Agora falando sobre o filme:
Maravilhoso! Impactante na dose certa, realista e extremamente tocante, é uma realidade que muitos preferem fechar os olhos, porque de fato é um assunto delicado, mas, precisamos espalhar essa mensagem, precisamos abrir os nossos olhos e ajudarmos tantos pequeninos filhos de Deus que estão sofrendo e através do cinema, podemos enxergar melhor essa realidade e espalharmos essa mensagem poderosíssima e importantíssima.
Que Deus abençoe o ator Jim Caviezel e todos os envolvidos, ele colocou sua carreira em jogo após ter feito Jesus no filme "A Paixão de Cristo", porque Hollywood o censurou depois disso, mas, ele continua firme em seu propósito de nos ensinar coisas valiosas e através do cinema podemos juntos nos unirmos á ele nessa missão.
Nota 10 para o filme, mesmo com o baixo orçamento, ficou muito bem feito e é valeu a pena a experiência, e com certeza farei algo a respeito desta mensagem, para mantê-la viva e para que eu possa ajudar de alguma forma também.
Um filme agradável e divertido de forma leve, um drama que gira em torno de um marido rabugento e materialista que enfrenta conflitos dentro do seu lar com sua família e que graças à docilidade, feminilidade e sabedoria de sua esposa, a família é guiada de volta para os trilhos aos poucos.
A quem diga "O filme é machista!" com todo respeito, mas, o filme faz justamente uma crítica contra essa postura autoritária que muitos homens da época tinham, da falsa noção que tinham de que "ser homem é ser sempre durão", também é uma crítica ao pensamento de que a mulher deve ser submissa SEM que o seu marido ame a sua esposa como Cristo amou a Igreja, a submissão da mulher SÓ é indicada na bíblia para homens que amem suas esposas como Cristo amou a Igreja, o mandamento de se doar para o outro é tanto para mulher quanto para homem.
E mesmo o personagem do marido sendo rabugento, ainda sim ele é carismático e todo o cenário e estilo nostálgico do filme, além da beleza e encanto da esposa, tornam a trama ainda mais divertida e bela.
Para alguns pode parecer bobagem, mas, o batismo é parte fundamental dos Sacramentos, não é que sem batismo vamos para o inferno como se Deus fosse um carrasco, mas, é importante que façamos uma declaração pública e interna em nosso coração da nossa fé e amor para com Deus, pois, isso molda nosso caráter e nos ajuda a sermos pessoas melhores, tudo o que a esposa queria com o batismo, era a salvação de seu marido, não apenas a salvação que o levasse ao céu, mas, a salvação de seu casamento, fazendo o marido enxergar a dimensão das coisas e pessoas além de números e cálculos, pois, em quase tudo e todas interações com outras pessoas, ele mencionava preços, valores e contas, se esquecendo que somos dotados de humanidade e de uma alma, e que assim devemos ser vistos e tratados, com dignidade e respeito.
Eu só esperava que no final ele passasse por uma conversão e mostrasse ele sendo coração mais mole do que duro e um "antes x depois" de seu batismo, só isso que eu achei que o filme poderia ter feito diferente ou mostrado pelo menos.
Este filme é genial de tantas maneiras e lendo alguns comentários aqui, vejo o quanto falta de entendimento sobre Cinema da maior parte dos comentários negativos.
O primeiro ponto genial do filme e interessante de mencionar, é que ele insipirou outras obras incríveis, como por exemplo um dos melhores curtas do Cinema chamado "La Jetée" (assistam, vale a pena), que conta a história de um homem preso em uma Vertigem, mas, assim como o personagem de "Um corpo que cai", não se trata apenas e uma Vertigem como uma reação fisiológica e sim uma Vertigem do Tempo, ambos estão presos nessa Vertigem.
Na obra "La Jetée" vemos um filme feito a maior parte do tempo por "imagens/fotografias" dando a sensação que o tempo estaria de fato parado, como se repetisse os mesmos momentos, sem de fato repetir os mesmos momentos, pois, apesar de serem iguais, a cada vez que o personagem está naquele momento, ele está diferente da vez anterior, como diz na frase do pensador Heráclito "Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio... Pois, na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tampouco o homem".
SPOILER A SEGUIR:
Neste grande Clássico do Hitchcock, vemos que o protagonista não é vítima da Vertigem ou da cena de crime armada contra ele, ele também é vítima de seu próprio ego, vaidade e da sua obsessão por poder e vontade de ser um herói completo.
Vertigem pode ter como referência a antiga ideia da donzela que precisa ser salva, mas, a genialidade desta obra vai muito além desta obviedade, pois, neste caso, não é a donzela em si que precisa ser salva no alto da torre e sim o próprio "herói" que quer se salvar a todo custo, tentano salvar a "princesa", não por amor à ela apenas, mas, porque ele quer se tornar um herói completo e se curar do próprio sentimento de culpa e perda. Tanto que quando ele consegue salvar ela da tentativa de afogamento, ele percebe que ele pode ser um herói, mas ele ainda sente que é um "herói pela metade" já que não conseguiu impedir a queda da Madeline do alto da torre e isso representa para ele o fim dessa ideia do herói, além de representar que ele seria vítima eterna de sua vertigem.
E o final do filme, que eu particularmente havia pensado "A Judy não deveria ter morrido", mas, o paradoxal dessa história e que ao mesmo tempo a torna brilhante, é que, ela morrer significa que, somente através deste trauma ele conseguiu curar seu trauma anterior, de ter fobia de altura, devido ao ocorrido com o policial que era seu colega de trabalho, pois, quando ele no ato final, chega ao alto da torre com a Judy, pela primeira vez ele não sente medo de altura e se liberta, é como se um trauma tivesse curado outro e mais do que isso, não era sobre salvar a Judy em si e sim sobre salvar-se a si mesmo.
Além disso, quando a Judy se assusta com a freira e se joga pode parecer um tanto trágico, afinal, todos nós esperamos por "finais felizes" sempre nas histórias de amor do Cinema, mas, ela ter feito isso também pode ser uma forma dela se libertar.
Pois, ela viva significaria que provavelmente ela continuaria tendo que conviver com o fardo do crime que ela cometeu, mesmo que como cúmplice, além de que ela ficaria sujeita a reviver a antiga Judy para o John, já que ele havia ficado obcecado por ela.
Os elementos lúdicos, fantasmagóricos e de suspense policial deram uma ambientação e uma curiosidade ainda maior sobre a história, embora um ponto ou outro tenha ficado aberto, mas, acho que as principais questões foram muito bem respondidas e um certo mistério também é sempre bem vindo, tudo muito explícito deixa a obra meio sem graça.
Nem sempre se pode alterar o que já aconteceu, o passado. Às vezes ficamos obcecados em querer reviver coisas, momentos e pessoas que devem ser superados, para não cairmos em uma vertigem do tempo, por isso as personagens que se misturam aparecem constantemente com o formato de uma espiral no cabelo.
As cores vibrantes e a paleta de cores são uma das coisas mais incríveis e belas que já vi no cinema, além do momento em que o John está dormindo e tem uma visão/sonho meio que Psicodélico, para mim essa cena foi excelente e dá um quentinho no coração dos entusiastas do bom Cinema.
Tudo se encaixa muito bem e a história é um tanto interessante e com um olhar mais atencioso e aprofundado podemos reconhecer o porquê essa obra é com certeza uma das melhores - senão a melhor - obra de Hitchcock.
Eu vi a nota aqui no filmow e os comentários e fiquei já preparada para esperar um filme ruim, apesar da proposta em si ser muito interessante e ter chamado minha atenção.
Assisti ao filme e gostei mais do que eu imaginava, não sei se joguei as expectativas muito lá embaixo e por isso me surpreendi ou se o filme realmente é bom, embora poderia ter sido melhor ou mais claro, de fato.
É um filme para ser assistido com calma, para quem gosta de filmes mais filosóficos e que te faz pensar, não é difícil entender, mas você precisa de atenção para colocar os fatos na ordem correta e encaixá-los de modo que faça sentido.
A reflexão implícita no filme é o elemento mais importante dele ao meu ver, pois, toda a mensagem que essa obra se propõe a passar está implícita, ela não conta qual é, mas ela mostra. É nessa hora que cabe o olhar atento do telespectador.
Não devemos buscar uma nova vida necessariamente para começarmos a fazer o que é certo, devemos fazer aqui, agora, hoje, nesta vida.
Gostei muito do elemento da água sempre estar relacionado com a morte de alguém no filme e de utilizarem a paleta de cor azul para simbolizar o mar em si.
Senti uma falta de química entre os atores que formaram o casal, penso que se houvesse mais química o final teria ficado ainda mais emocionante, talvez tenha faltado uns vinte minutos para aprofundarem essa questão ou usarem algum tempo do filme para isso.
é um filme que aborda o recorrente tema cinematográfico da “segunda chance”: motivados por culpa e arrependimento por decisões erradas na vida, buscamos sempre a segunda chance, seja através da viagem no tempo, em um novo planeta Terra ou por meio de alguma experiência espiritual. Porém, “The Discovery” inova a abordagem do tema ao mostrar protagonistas que buscam a segunda chance dessa vez na possibilidade da vida pós-morte. A chance de um recomeço ou, pelo menos, a oportunidade de corrigir decisões erradas. Mas a mesma máquina que deu a prova científica da imortalidade da alma, pode revelar algo maior e inesperado.
Passamos metade da vida cometendo erros. E a outra metade tentando consertá-los. Além da própria morte, essa parece ser uma condição inevitável da existência na qual nunca mente e corpo parecem estar alinhados – na juventude temos a vitalidade, mas ainda não conquistamos a sabedoria. E quando temos a sabedoria, a vitalidade da juventude se foi.
Por isso, o mito da segunda chance é uma das narrativas mais exploradas pelo cinema e na literatura: a busca de uma segunda oportunidade na qual, com a sabedoria conquistada, pudéssemos consertar erros do passado e nos libertarmos da culpa e do arrependimento.
De livros como Christmas Carol de Charles Dickens e a jornada multidimensional de Alice de Lewis Carroll até chegarmos ao cinema com Contra o Tempo (2011), Efeito Borboleta (2004) ou Click (2006), repete-se o anseio de termos mais uma chance na vida e corrigirmos os erros.
O meio de conquistarmos a segunda chance pode ser através de uma viagem no tempo, de encontrarmos um segundo planeta Terra no presente (como no filme A Outra Terra, 2011), de entrarmos no universo da física quântica com mundos alternativos nos quais pudéssemos corrigir escolhas erradas (Coherence, 2013) ou, simplesmente, por meio de alguma experiência sobrenatural como no filme Os Fantasmas de Scrooge (2009).
The Discovery é um filme sobre culpa, arrependimento e perdão, sobre decisões erradas e como elas podem marcar uma vida inteira. O filme se insere em uma tendência das produções independentes atuais chamada “psicodramas alt. Sci-fi” – narrativas que emulam temas da ficção científica, mas apenas como pano de fundo para discussões existenciais e de relacionamentos humanos.
A novidade aqui é o tema da possibilidade da vida pós-morte como uma forma de busca da segunda chance. Memórias e reencarnação são temas nos quais a narrativa tangencia, mas The Discovery quer mesmo associar o tema da morte à loop temporais e mundos alternativos quânticos.
A revelação CosmoGnóstica – alerta de spoilers à frente
Como o leitor verá no filme, imagens são gravadas. Porém, as investigações levantam dúvidas: são imagens reais ou apenas memórias da pessoa falecida? A máquina ironicamente poderia contradizer a grande descoberta de Thomas Harbour? Essa é a esperança de Will para por fim a toda a loucura da onda de suicídios.
A situação fica ainda mais controversa quando Will e Isla encontram anomalias nas imagens gravadas: parecem ser memórias do falecido, porém há discrepâncias em relação ao passado e presente da linha de tempo. Parece que as imagens não se referem nem a memórias do passado, nem a suposta existência além da morte. O quê são então?
Nesse momento The Discovery tangencia com o tema da reencarnação, que é apenas oferecido como pista falsa para o espectador.
Embora a narrativa coloque em confronto pai e filho, Thomas e Will, evita cair no maniqueísmo fácil da questão sobre quem estará certo ou sobre quem vencerá no final. Certamente começamos a desconfiar que ambos estão errados e de que, sem ninguém ainda saber, a máquina descobriu algo muito mais além de uma suposta vida pós-morte.
A resposta é a mais gnóstica possível, trazendo à luz o clássico tema CosmoGnóstico: vivemos prisioneiros em algum tipo de prisão cosmológica, da qual nem a morte é capaz de nos libertar. Torturados por culpa, arrependimento e sempre em busca de perdão, acreditamos que após a morte tudo poderá ser passado a limpo. Poderemos começar do zero e finalmente teremos a segunda chance para nos redimir.
Mas, e se o escritor Stephen King estiver correto de que “o Inferno é a repetição”? Vida e morte poderiam fazer parte de um loop temporal no qual morremos para despertar em sucessivos mundos alternativos onde corrigimos uma decisão errada para incorrermos em outros erros e assim sucessivamente em um infinito labirinto de mundos alternativos. Alimentados por culpa e arrependimento.
Essa é a grande contribuição do filme The Discovery para o recorrente tema da “segunda chance”: uma criativa combinação entre Gnosticismo, física quântica e os paradoxos dos loops temporais.
O filme tem uma ótima direção de arte e fotografia, nota 8.0!!! ;)
Adorei a versão original, claro que ela não tem a belea estética, visual e sonora da versão moderna de Spielberg, mas, gostei de como a história foi contada e fico imaginando na época que foi lançado, deve ter causado a mesma sensação que o mais atual causou na gente lá em 2005.
Me lembro de quando assisti pela primeira vez a versão dessa obra mais recente e na época eu cheguei a ter falta de ar enquanto assistia o filme, porque aquelas máquinas monstruosas com aqueles barulhos me deixavam agoniada enquanto assistia hahaha e olha que eu nunca passei mal assim vendo um filme.
Ainda prefiro a versão do Spielberg, por razões que eu já mencionei acima, mas, ainda sim vale a pena assistir esse também, gostei mais do final dessa versão antiga, onde enfatiza mais a questão da importância da fé em derrotar forças sobrehumanas.
A proposta do filme é interessante, me lembrou o livro "Cartas de um diabo ao seu aprendiz" do C.S. Lewis.
O roteiro é incrível e contem ali todo o tesouro do filme, além da atuação incrível do ator que fez o demônio/presidiário, sério, ele merece ganhar um Oscar por essa atuação!
No restante, foi um filme razoávelmente bom, nada surpreendente, nada muito inovador.
O final eu esperava mais, mas, acho que o filme deu um final correto, pra passar a mensagem que queria, sem romantizar nem embelezar as consequências das coisas que fazemos, dos "sim" que permitimos e ao mesmo tempo fugiu - graças a Deus - daquele estereótipo de ateus em filmes Cristãos (evangélicos geralmente) que os ateus passam por uma experiência traumática e se convertem e viram emocionados, nesse o cara até passou a acreditar, mas não necessariamente se tornou um Cristão emocionado, isso foi um ponto positivo ao meu ver, porque essa imagem de ateu é real, mas também hoje em dia tá bem saturada e não representa mais o ateu atual.
Uma reflexão linda e sensível de Kurosawa sobre a morte, vida e o que nos torna humanos.
Gostei muito do ritmo do filme do início até a metade, porém, senti uma quebra de ritmo muito radical da metade para o final, o que não tornou a história em si ruim, mas, acabou gerando um pouco de confusão no roteiro, na minha opinião.
Os diálogos são pura poesia e lição de vida, a trilha sonora muito boa também e a história em si bem interessante. Sinto que faltou um pouco mais de profundidade apenas na questão do Parquinho e da vida do próprio Watanabe.
De resto foi muito bom.
A cena do pôster é, talvez, um dos momentos mais bonitos do cinema.
Documentário bom e algumas coisas me marcaram muito, embora por outro lado, eu tenha notado que mesmo um documentário como esse, que se propõe a te "mostrar uma verdade", ele também tem um viés quando diz que certas coisas são "teoria da conspiração" ou "fake news" quando na verdade, sabemos que governos e grandes empresas de tecnologia mentem sim e escondem sim informações reais.
Mas, tirando esse aspecto, achei muito interessante demonstrarem a dificuldade de se mudar a forma como as redes sociais funcionam - e sinceramente penso ser impossível que um dia viveremos em um mundo justo ou certo nesse sentido - porque como eles próprios disseram, o princípio das empresas é o lucro e se elas simplesmente diminurem os estímulos das redes sociais que causam o vício das pessoas, elas certamente lucrarão menos e isso afetará os acionistas, e portanto, os acionistas farão uma grande pressão para corrigirem o déficit financeiro.
Sendo assim, penso que a única forma possível de mudar isso, seria se cada pessoa que visse o documentário, passasse a se policiar mais sobre o uso das redes sociais e todas essas questões que envolvem o mesmo efeito de sistema de recompensas de caça-níqueis para nos induzir a ter um pensamento ou comportamento específico, de acordo com o que for beneficiar ainda mais os criadores dessas tecnologias, além de nos atentarmos às táticas e estratégias de manipulação visual, de linguagem, de conteúdo, de informação, entre outros tipos de persuasão.
Outro fato interessante foi perceber mais afundo como que os algoritmos são extremamente inteligentes, a ponto de, te enviar uma notificação, caso você esteja off-line, que chame bastante sua atenção, para que você pegue o celular/dispositivo e fique on-line e também permaneça on-line.
Além disso, é um fato que as crianças e os adolescentes são alvos dessa manipulação e estão sujeitos a todo tipo de conteúdo, positivo e negativo, mas, o pior, é que além dos conteúdos criminosos e que incitam algum tipo de comportamento nocivo, esses dois grupos de consumidores, pela pouca idade, não conseguem ter a percepção dos males que essa exposição toda gera no Psicológico deles, resultando em um dano ainda maior para as gerações atuais e futuras.
Desta forma, penso que essa corrida dos ratos e toda a manipulação que a sociedade enfrenta ao longo da história nunca vai cessar, podem fechar todas as redes sociais, isso se manifestará sempre de outras formas, em outros lugares, este mundo nunca será perfeito. No entanto, não há com o que se desesperar, se NÓS nos responsabilizarmos cada vez mais pelas nossas vidas, adquirindo bons hábitos, virtudes e buscando o equilíbrio e controle de nossas vidas em tudo.
A começar pela alimentação, porque seu auto controle com a comida vai ditar seu auto controle e disciplina com todo o resto, de você saber dizer não para o seu cérebro, para a sua vontade, quando sua vontade deseja coisas que não são boas e compatíveis com a sua inteligência.
Regulando a alimentação, depois, você aprende a regular seu sono, se inscrevam em uma academia, paguem um personal SEM MEDO porque você só vai conseguir um resultado eficiente se buscar cuidar da sua saúde de forma NATURAL, SEM REMÉDIOS, SEM TRAPAÇAS, apenas com disciplina e constância.
Depois, aprendendo a controlar seus ímpetos alimentares e sua preguiça, você se tornará mais forte mentalmente e fisicamente e isso vai te capacitar para abrir mão de outras coisas menores porém tão importantes quanto, pois, as redes sociais também afetam os nosso sentimentos, emoções, relações, visão de mundo, etc.
Sendo assim, a lição de casa está feita e todos esses grupos de pessoas, inclusive a indústria alimentícia que querem te controlar, te escravizar, te tornar um viciado em seus produtos, porém querem te deixar feito zumbi, dependentes, fracos, a ponto de serem capaz de tirarem a própria vida caso não obtenha a recompensa que eles propõem, sem perceber que tudo isso na verdade está te mantendo refém de um grande sistema abusivo e que não pretende parar nunca.
Boa a sorte a todos nessa jornada, no início não é fácil, mas, não pensem se é fácil ou difícil, se vai ser gostoso ou não, pensem e foquem nos resultados que uma vida disciplinada e equilibrada trará para você e todos que você ama, todos serão beneficiados.
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 774 Assista AgoraQue animação amável! Muito gostosa de assistir, atmosfera que transmite uma paz (característico do Studios Ghibli), quase toda animação deles, sinto que sou teletransportada para um universo paralelo, onde os problemas somem por algumas horinhas, é sempre muito prazeroso e até terapêutico assistir as animações Ghibli.
Às vezes a gente fica esperando por respostas complexas e grandiosas sobre nossos talentos, sobre nossas vidas, mas, pra muitos, nossos talentos e vocações estão no cotidiano, nas coisas simples, mas, que fazem total diferença na vida das pessoas.
Adorável e memorável, nota 10!!!
Nosferatu
4.1 628 Assista AgoraGostei do filme, a caracterização, ambientação, trilha sonora e por fazer parte do período do cinema onde prevalecia o Expressionismo Alemão.
O personagem assustador aparece por apenas 9 minutos durante todo o filme, mas, ainda sim o filme transmite um suspense e horror psicológico o tempo todo, reforçando o que pra mim foi um dos pontos altos e positivos da obra, já que hoje em dia muitos filmes de terror ficam mostrando cenas brutais e gore o tempo todo pra chocar, mas, embora choque, não trazem uma boa história e nem geram um medo real em si.
Já Nosferatu é uma obra de arte de verdade, gostei, nota 9.5!!!
E copiando um comentário que vi aqui e achei interessante compartilhar:
Uma das coisas que me fazem gostar de filmes antigos é a maneira orgânica e “artesanal” de criar efeitos especiais, como o stop motion e o jogo de sombras, as maquiagens e figurinos que transformam completamente os personagens. E o que dizer das expressões faciais e corporais de forma exagerada para compensar a falta de falas, bem como a trilha sonora continua guiando nossos sentimentos em cada cena, é fantástico! E Nosferatu, é este tipo de filme genial! Referência clássica! Uma obra de arte! Quero agora destrinchar aqui, fatores históricos conectados ao filme, alem de um breve resumo do filme e por fim algumas referências de inspiração que Nosferatu trouxe para o mundo, acompanhado de um pequeno ensaio critico a esta brilhante obra!
Nosferatu é um filme que tortura a imaginação por estar inserido em dois contextos marcantes: Entre duas guerras e no alvorecer do cinema. O que pressupõe a amplitude de sua temática macabra por conflitos humanos existenciais ácidos, bem como a baixa tecnologia aliada com ausências naturais de cor e fala na linguagem cinematográfica. Algo que promove tons escuros, nebulosos e questionamentos profundos. Uma tentativa orgânica e original na tentativa de expressar os anseios artísticos de um período tão distinto da nossa historia. O filme é um reflexo de sua época, assim como a arte no geral. O crescente antissemitismo e nacionalismo entre as guerras mundiais, que era o cenário configurado no lançamento do filme em 1922, revela a figura do Conde Orloc como uma representação muito peculiar. Alguem que por semelhança se parecia muito com um rato e carregava uma peste que por onde passava infectava e destruía as esperanças. E também o teor geográfico, de alguem que vem do leste Europeu para fixar moradia na Alemanha, diz abertamente sobre a discriminação sofrida pelos judeus, que eram vistos como ratos na crescente propaganda nacionalista do nazismo, que culminou no extermínio de milhões deles.
Um breve resumo da obra pressupõe a historia da peste que assolou a cidade de Wisborg. Ela veio em cima de uma jangada pela corrente maritima, e depois fora transferida para dentro de um navio. A carga era basicamente alguns caixões carregados de uma terra amaldiçoada que servia de capsula para o transporte do conde Orloc, que na distancia era possuído por um desejo, algo que o levara a fazer morada em meio a população de Wisborg. Uma obsessão direcionada para encontrar a bela Ellen, esposa de Thomas hutter, que no passado fora encarregado pelo corretor de imóveis Knok de ir ate o castelo do Conde oferecer a proposta de uma casa. As diferentes cenas em que o Conde Orloc aparece ao longo do filme, acabam gerando esse encontro com o macabro. Desde a primeira aparição da carruagem que anda em velocidade levando thomas hutter ao castelo, até a sombra que sobe as escadas no ato final que encontra a jovem Ellen. E por fim, o derradeiro final de conde Orlac, o vampiro da noite que acaba por ver a luz e decreta seu desaparecimento em cena para sempre.
Nosferatu carrega uma frase original, dentro de uma narrativa corrompida pela copia não autorizada de Dracula. “ninguém te poderá salvar, a não ser que uma donzela sem pecado, faça o vampiro esquecer o primeiro canto do galo!” Isso marcou e gerou influencia para as demais adaptações de drácula ao longo do século. E falando dessas referencias, os personagens trazem nomes distintos, a começar pelo conde Orloc, a personificação de Dracula, que abraça um visual diferente: Grotesco, pálido e raquítico. O perturbador Knok, corretor de imóveis que carrega uma empatia pelo conde Orlok, com olhar devoto de alguem que foi amaldiçoado a viver em servidão para ele. O rosto de Knok traduz uma imagem que pressupõe a loucura, acompanhada de uma extase, que mesmo presa ao manicômio, garante euforia e meditação na presença cada vez mais próxima de Orlok com o “navio fantasma da peste maldita”. E isso diz muito sobre os poderes de Conde Orlok que enfeitiça e seduz em transe as pessoas a sua vontade, algo que podemos ver no transe sofrido por Ellen, a esposa de Thomas. É possivel também olhar variados elementos revolucionários na arte de fazer cinema, para a vertente macabra e sombria do gênero que veio a ser reconhecido hoje como terror. O elemento “sombra”, que associa a imagem de Nosferatu as trevas, e carrega perturbação no imaginário ao longo do filme, é digna de aplausos! O enquadramento “desajustado” de forma proposital que dá imponência de tamanho ao personagem, gerando também mistério e assombração. Nosferatu muda alguns aspectos do livro de Dracula, começando pela pequena frase do livro dos vampiros, que revela a sensibilidade do vampiro a luz, tendo seu ponto fraco no encontro com a donzela de coração puro que de expontanea vontade lhe oferece seu sangue e gera esquecimento ao canto do galo, fazendo referência ao nascer do dia.
A Inspiração surrealista, quando thomas cruza o limiar entre o mundo dos homens e o dos pesadelos ao passar pela ponte em direção ao castelo: “E quando ele cruzou a ponte, os fantasmas vieram ao seu encontro”. Um aperto de mãos com o inventivo mundo das possibilidades acaba por ser apresentado. A carruagem que guia ao castelo anda em velocidade desfigurada da realidade, o castelo tem um portao que abre sozinho e evidencia mais ainda a fantasia deste mundo. Conde Orloc sai do papel e da vida a um ser horrendo de afeição demoníaca. Em distancia vemos a sua recepção a Thomas, com a silhueta magra a alta acompanhada de passos rápidos, causando indiferença e espanto. O corte das cenas por vezes demora para acontecer, mas faz jus a sua reputação vanguardista. Tudo é uma amostra da limitação técnica a serviço da arte. A impossibilidade de perceber a qualidade da imagem gera desconforto e distanciamento no sentido positivo, pois Orlac adquire por vezes uma imagem borrada, a mesma imagem que faz paralelo a sua sombra ao subir a escada. Sabemos que Orlac esta em cena, e é isso que importa. Afinal, ele é desprovido de beleza, a beleza que um borrão jamais poderia apresentar.
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraGostei mais do filme pela trilha sonora (só música boa) e dos atores que também são ótimos cantores (Lady Gaga brilhou) e pela realidade que mostram da Indústria musical, é cruel mesmo, e também a realidade dos viciados em drogas e álcool, não há glamour nisso, é literalmente destruição que chama mais destruição.
O casal tem uma química muito boa, eu entendo que o personagem do Bradley é um alcóolatra, mas, esperava ter mais momentos de sobriedade ao lado da personagem de Lady Gaga e que fosse um filme mais leve, mas, nesse sentido foi bem pesado.
Como eu disse, é realista, mas, eu com certeza prefiro ainda um outro filme bem parecido, que é o filme da história real dos cantores Johnny Cash e June Carter, o filme "Johnny and June", com um final bem mais agradável.
Eu daria a este filme nota 7.8.
O Dia Em Que A Terra Parou
4.0 170 Assista AgoraWhat a sci-fi movie 50's !!!
Um ótimo filme, além da atmosfera sombria, o clima de suspense e a trilha sonora misteriosa e aterrorizante nos momentos certos, tornam este filme um grande clássico e ótimo filme!
Adorei, mais do que eu pensei que iria gostar, muito mais. Roteiro bem feito, personagens interessantes e uma mensagem muito bacana sobre a paz mundial, embora saibamos que na prática, ou seja, no mundo real, as coisas não são tão simples assim.
Mas, ainda sim a mensagem é válida e adorei o fato de que os Extraterrestres nesse caso não são maus e nem possuem aquela estética clichê dos filmes que tratam deste assunto.
Gostei demais, nota 9.5!
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista AgoraUm clássico memorável!!!
Compartilho das seguintes opiniões que vi aqui:
Uma das obras-primas mais ousadas, poéticas e francamente artísticas do cinema americano, no melhor estilo noir, com uma atuação das mais fortes da história, feita pela esplêndida veterana Gloria Swanson, o mestre Billy Wilder, se superou mais uma vez.
É uma crítica ácida sobre o relacionamento parasitário de uma ex-estrela que sofre mentalmente por não aceitar o fim da era do cinema mudo que decide recorrer a ajuda de um roteirista endividado para tentar voltar aos holofotes glamurosos de Hollywood em seu próximo filme.
A cena final da escada me chocou bastante e é facilmente uma das melhores histórias que assisti.
Amei esse final, foi a cereja do bolo, foi uma cena icônica e épica, se tornando para mim, uma das melhores personagens doidas e antagônicas do cinema, me lembrou muito o final do filme "E o vento levou" com a queda de Scarlett o'Hara, ambas personagens tem algumas semelhanças e ambas atrizes foram excelentes para interpretar essas duas personagens tão complexas e que apesar de todos os erros cometidos por elas, você assiste e ainda consegue sentir um pouco de piedade por ambas.
Filme excelente, adorei!!!
É um exemplo clássico de que nem todo final precisa ser felizes para sempre para um filme ser bom, só precisa ser realista e bem feito.
Nota 10!!!
Divertida Mente 2
3.8 4Ouvi dizer que as outras emoções serão:
1. Ansiedade
2. Insegurança
3. Tédio
4. Inveja
Divertida Mente 2
3.8 4Estou curiosa pra assistir, ouvi dizer que a Riley será adolescente nessa nova trama e novas emoções surgirão, uma delas já confirmada, é a ansiedade. Hahaha
Não vejo a hora, espero que seja tão bom quanto o primeiro!
Napoleão
3.1 323 Assista AgoraEstou animada pra assistir esse filme, sob a direção de Ridler Scott, quem dirigiu os excelentes filmes "Gladiador", "Alien 1" e "Perdido em Marte", etc e Joaquin Phoenix como Napoleão, não poderia esperar menos.
Esse faço questão de assistir no cinema, é um orgulho ver finalmente dois filmes sobre grandes personalidades históricas sendo lançados este ano: Oppenheimer e Napoleão.
Chega desses filmes bobinhos de Marvel & CIA. Queremos histórias bem feitas, com personagens interessantes e que o Cinema se torne grande novamente.
Estou contando os dias para ir ao cinema!!!
;)
Mamonas Assassinas: O Filme
2.4 216 Assista AgoraQuero assistir, parece ser bem legal e certamente vamos precisar de uma caixa de lenço do lado mesmo, como já disse nosso colega aqui nos comentários anteriores.
O Garoto
4.5 584 Assista Agora"A picture with a smile - and perhaps, a tear."
(Um filme com um sorriso e talvez, uma lágrima).
É com essa frase que começa uma das histórias mais emocionante, divertida e tocante das obras de Chaplin.
Adorei tudo sobre este filme, inclusive o final, não tem nada de triste no final, podem assistir sem medo.
Dei boas risadas enquanto assistia e acredito que esse filme tenha tomado lugar na segunda posição do ranking do meu coração dos filmes de Chaplin hahaha é que ainda fico na dúvida qual ordem eu escolheria, mas, meu top 3 até o momento dos filmes dele, são:
1. Tempos Modernos
2. O Garoto
3. Luzes da Cidade
Mas, tem momentos que eu inverto as ordens desse top 3, pois, cada um deles é belíssimo de uma forma diferente, claro que a história do garoto tem um apelo por ser uma criança, mas, em "Luzes da cidade" também tem uma metáfora do "Amor é cego" ou sobre amarmos a essência de alguém, antes do que os nossos olhos podem ver, etc.
Adorei e terminei de assistir o filme muito satisfeita, com um sorriso no rosto e em diversos momentos da história eu me emocionei. Todos os personagens são bem construídos, cativantes e carismáticos.
A alusão no final sobre o Jardim do Éden e a queda do homem foi bem artístico e bem feito. Tudo foi muito bem pensado e construído dentro da narrativa e da direção de arte.
Nota 10!
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista AgoraAssisti o filme "O sol é para todos" e gostei, mas, acho que as cenas do tribunal foram muito rápidas.
A história das crianças eu adorei, penso que poderiam ter feito um filme à parte.
O personagem do pai ensina bons valores.
Mas, pelo tanto que falam, eu esperava mais.
Nota 7.9!
Histórias de Além-Túmulo
3.2 244 Assista AgoraDefinitvamente não é um filme de Terror para quem busca um filme de Terror com gritos e gore.
Este filme é mais um terror psicológico, até possui elementos visuais, mas, o propósito dele é ser diferenciado e trazer um medo baseado naquilo o que você não vê ou naquilo o que se espera para ver.
A premissa é bem interessante, a frase que é dita ao protagonista, é bem interessante porque ela soa com ambiguidade, tanto para céticos quanto para aqueles que creem cegamente em qualquer coisa (seja religião ou uma ideia): "Você não saberia a verdade mesmo que ela te beijasse", porque quando decidimos acreditar ou não em algo, se você não tiver um coração aberto para a verdade, você só vai aceitar aquilo o que quiser ver, tanto para a crença quanto para a descrença.
É muito comum Cristãos dizerem "Tal coisa é assim porque Deus quis" ou Ateus dizerem "Não foi Deus que criou isso/fez isso", sendo que, essas duas afirmações podem ou não ser verdadeiras, é preciso de um pouco de fé e ceticismo na vida, para tudo.
Veja, em um exemplo prático: Toda vez que vamos à padaria e comemos o pão que compramos lá, estamos tendo fé que aquele padeiro não envenenou o pão, afinal, ninguém faz um teste no pão antes de comer. Ao atravessarmos a rua, acreditamos que o motorista vai parar o carro quando o sinal estiver vermelho para ele e verde para nós.
A mesma coisa acontece com o ceticismo, mesmo um Cristão, é ateu em relação ao Espiritismo ou Islamismo, por exemplo, e há uma diferença entre fé e crendices (fé é sustentada pela revelação de Deus ao homem através de Cristo e através das Escrituras e uma série de relatos e estudos que comprovam a veracidade dessa história), diferente de uma crendice que não precisa ser sustentada por fatos ou indícios, ela apenas foi criada e não possui nenhuma base lógica ou empírica, como a crença em lobisomen ou saci.
Então, há um tipo de fé necessária e ceticismo necessário em cada um de nós.
Voltando ao filme, a única justificativa plausível para mim, para o final ser no fim das contas tudo um "delírio" do persoangem em coma, é trazer a ideia de que apesar de não ser real as histórias do jeito que nos foi mostrado, ainda sim, os aspectos por trás daquelas histórias são todos reais, porque todos eles são representações dos arrependimentos que assombram o personagem, sendo então os arrependimentos dele seus verdadeiros fantasmas, estes são reais mesmo.
Outro ponto interessante ao meu ver, é que muitos não estão preparados para descobrir a verdade (Seja ver Deus face a face ou descobrir o Mal face a face), dessa forma, a fé se torna mais uma vez necessária, porque se Deus viesse até a terra e aparecesse para nós no nosso corpo humano (cheio de limitações, mal compreendemos cálculos complexos matemáticos que quase enlouquecemos, que dirá compreender Deus, pelo menos neste corpo limitado e falho), o mesmo acontece com o mal. Mas, todas as provas da existência de Deus e do Mal estão espalhadas pelo Universo, de formas menos visíveis, mas ainda sim estão explícitos, em um nível para que possamos reconhecer e compreender sem enlouquecer ou nos dislumbrarmos.
Uma das explicações lógicas que justifica o fato de Deus não aparecer ao homem empiricamente, é que Deus sendo perfeito, bom e belo, qualquer ser humano ficaria tão vislumbrado que o efeito seria igual de um drogado que fica viciado em uma droga, então, isso tiraria o nosso livre arbítrio de escolher Deus ou não, porque certamente quereríamos Deus, e claro que isso é bom, mas, o problema é que Deus sendo bom, não pode obrigar ninguém a nada, se não ele violaria seu princípio de bondade, se tornando um tirano, por isso ele precisa deixar que nós O escolhemos livremente e somente depois, quando O escolhermos, o veremos face a face no céu, com um corpo espiritual e capaz de absorver tamanha inteligência e beleza.
Outra ideia que adorei do filme, é que o conceito de inferno para um ateu, neste caso, estaria também interligado com a ideia de que se ele não fez nada em vida de bom ou pelo menos não fez quando deveria, então, ele já vive no próprio inferno, em vida, porque ele vive com isso o assombrando e o atormentando. Dizem por aí que o inferno não é um lugar, mas sim um estado, um estado de incompletude, onde todas as necessidades surgem e reaparecem, mas nuncasão saciadas, talvez por isso ele fale no final do filme "Não, de novo não!" ao passar por tudo aquilo novamente.
Adorei também à breve homenagem a Hitchcock, muito bom!!!
Conclusão: O intuito do filme não é dizer que fantasmass não existem ou existem, mas, que nossos fantasmas se manifestam de acordo com nossas perspectivas.
Eu gostei da história, principalmente do começo até a metade, o final tem uma explicação boa, mas, achei que poderia ter sido desenvolvida de um jeito melhor visualmente, mas, no resto foi muito bom.
Nota 9.0!
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraGostei, mas, gosto mais do primeiro ainda.
Nem se compara! Tudo no primeiro é melhor, a história, os personagens, as reflexões filosóficas, o antagonista, a fotografia, tudo, tudo no primeiro é melhor! (Na minha opinião).
Blade Runner 2049 não é ruim, mas, parece que colocaram a personagem da Ana de Armas só como um atrativo sexual masculino, porque boa parte do filme que ela está com o Joel, acaba sendo quase que irrelevnte para a trama, salvo raras exceções, o filme poderia facilmente durar 1h50 e estaria de bom tamanho.
O combate final achei fraco, perto do que foi o combate do primeiro filme. E o cachorro? Fiquei curiosa pra saber o que aconteceu com ele, eu morri de rir quando o Decker joga Whisky no chão e o cachorro bebe. Hahahaha
A trilha sonora e fotografia são belíssimas, isso é fato. Mas, poderiam ter mostrado mais a filha do Decker, já que era ela e não o Joe, mas, até isso apresentaram de forma bem crua.
Sei lá, achei longo demais (e olha que sou extremamente paciente com filmes longos e bons), eu até entendo que talvez queriam passar a sensação de solidão e tal, mas, ainda sim, poderiam ter inserido alguns detalhes sobre a cidade, sobre a filha do Decker, sobre os tempos que ele ficou vivendo naquele lugar etc.
É um bom filme pra assistir quando você tá afim de ver algo bem Cyberpunk.
Nota 7.9!
Um Homem de Sorte
3.5 77Um drama que retrata muito bem as paixões e vícios de um ser humano, até que ponto o remédio pode se tornar um veneno.
A obra exige um olhar atento do telespectador para compreender as complexidades da vida real, o contexto da época, a mentalidade daquele povo (sem fazer julgamentos anacrônicos) e ao mesmo tempo a particularidade de cada personagem, suas necessidades, medos, anseios, vontades, desejos e tudo o que nos move.
Por isso parece fácil julgar vendo a situação toda de fora, assistindo uma obra que reflete outro período distante, mas, inseridos naquele momento da história, pode ser que teríamos feito igual.
Confesso que me identifiquei com o personagem principal e enxerguei nele uma certa razão de ser, um sentido para sua ambição e para seus atos, não concordo com tudo, mas, consegui entendê-lo.
Quem gosta do bom cinema, assistam o canal no Youtube "Jurandir Gouveia" vale a pena e tem um vídeo que ele explica que em alguns filmes o final nem sempre é como o telespectador ou até mesmo o personagem quer, mas, é como ele merece que seja, para que uma mensagem importante seja transmitida, é preciso ter maturidade como pessoa e como entusiasta das artes para compreender e aceitar isso.
Nota 8.0!
Jogos Mortais X
3.4 485 Assista AgoraUm filme que superou minhas expectativas, eu fui ao cinema pensando "Eu vou assistir pela nostalgia da época da minha adolescência e pelo entretenimento", aí no começo do filme eu estava achando meio fraco, achei - graças a Deus errôneamente - que eles fariam um filme ainda mais apelativo que todos os outros dessa vez, pra chocar e chamar atenção, sei lá.
Mas, me enganei sobre essas questões acima e fui surpreendida por um filme muito bom até eu diria, por ser o décimo da franquia, ele superou e muito minhas expectativas.
A direção de arte ficou bem bonita, a história foi bem interessante e cheia de referências e nostalgia, e claro, o final foi a melhor parte com toda certeza, foi o toque especial do filme e o que me fez gostar bastante dele, foi bem construído, não foi aquela coisa preguiçosa só pra vender ingresso em cima de um filme famoso, foi realmente um final bem feito e satisfatório. Teve gore, mas nada de forma apelativa, foi bem equilibrado, focando em manter as cenas de tensão mas também pensando na construção de uma história que faça sentido e seja interessante de acompanhar.
Nota 7.8! Só não dei nota maior porque para a franquia, essa história não colaborou muita coisa, mas, de resto gostei mais do que eu pensava que fosse gostar.
Adorei ver o John Kramer e a Amanda sendo feitos vítimas do próprio jogo que eles criaram, foi bem interessante e justo até, porque apesar deles condenarem geralmente pessoas com problemas, eles também possuem suas falhas e excessos, e depois dessa cena incrível do Kramer e o garotinho, que deu uma tensão e drama ainda maior para o espetáculo final, também teve o plotwist deles virando o jogo e prendendo o casal naquela sala com uma mala falsa de dinheiro, achei realmente genial e ótimo o final, deixou uma pontinha aberta sobre se aquele garotinho poderia ser o jogo Jigsaw ou se a Amanda será e qual fim deu aquela antagonista loira, que inclusive gostei muito da personagem dela também, é uma mulher muito bonita e ficou muito bem de vilã.
A todos que assistiram os filmes anteriores dessa franquia e estão hesitantes se assistem ou não o Jogos Mortais X, eu asseguro: Assista, vale a pena.
Som da Liberdade
3.8 482 Assista AgoraQUEM QUISER ASSISTIR O FILME DE GRAÇA NO CINEMA, SIGAM O PASSO A PASSO (FUNCIONA MESMO, NÃO É CHARLATANISMO NEM NADA DISSO) E O CUPOM É 100% GRATUÍTO, NÃO É DESCONTO PARCIAL NÃO, É DESCONTO TOTAL:
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O cupom é uma parceria da Lumine.Tv (Tipo uma Netflix Cristã com a produtora do filme, a Angel Studios), então podem confiar que funciona e eu mesma usei pra assistir o filme, mandei para meus amigos e o próprio ator fala isso nas cenas PÓS Créditos, que dá pra assistir gratuitamente, mas, tem que fazer esse passo a passo.
Agora falando sobre o filme:
Maravilhoso! Impactante na dose certa, realista e extremamente tocante, é uma realidade que muitos preferem fechar os olhos, porque de fato é um assunto delicado, mas, precisamos espalhar essa mensagem, precisamos abrir os nossos olhos e ajudarmos tantos pequeninos filhos de Deus que estão sofrendo e através do cinema, podemos enxergar melhor essa realidade e espalharmos essa mensagem poderosíssima e importantíssima.
Que Deus abençoe o ator Jim Caviezel e todos os envolvidos, ele colocou sua carreira em jogo após ter feito Jesus no filme "A Paixão de Cristo", porque Hollywood o censurou depois disso, mas, ele continua firme em seu propósito de nos ensinar coisas valiosas e através do cinema podemos juntos nos unirmos á ele nessa missão.
Nota 10 para o filme, mesmo com o baixo orçamento, ficou muito bem feito e é valeu a pena a experiência, e com certeza farei algo a respeito desta mensagem, para mantê-la viva e para que eu possa ajudar de alguma forma também.
Amei! ;)
Nossa Vida com Papai
3.6 18 Assista AgoraUm filme agradável e divertido de forma leve, um drama que gira em torno de um marido rabugento e materialista que enfrenta conflitos dentro do seu lar com sua família e que graças à docilidade, feminilidade e sabedoria de sua esposa, a família é guiada de volta para os trilhos aos poucos.
A quem diga "O filme é machista!" com todo respeito, mas, o filme faz justamente uma crítica contra essa postura autoritária que muitos homens da época tinham, da falsa noção que tinham de que "ser homem é ser sempre durão", também é uma crítica ao pensamento de que a mulher deve ser submissa SEM que o seu marido ame a sua esposa como Cristo amou a Igreja, a submissão da mulher SÓ é indicada na bíblia para homens que amem suas esposas como Cristo amou a Igreja, o mandamento de se doar para o outro é tanto para mulher quanto para homem.
E mesmo o personagem do marido sendo rabugento, ainda sim ele é carismático e todo o cenário e estilo nostálgico do filme, além da beleza e encanto da esposa, tornam a trama ainda mais divertida e bela.
Para alguns pode parecer bobagem, mas, o batismo é parte fundamental dos Sacramentos, não é que sem batismo vamos para o inferno como se Deus fosse um carrasco, mas, é importante que façamos uma declaração pública e interna em nosso coração da nossa fé e amor para com Deus, pois, isso molda nosso caráter e nos ajuda a sermos pessoas melhores, tudo o que a esposa queria com o batismo, era a salvação de seu marido, não apenas a salvação que o levasse ao céu, mas, a salvação de seu casamento, fazendo o marido enxergar a dimensão das coisas e pessoas além de números e cálculos, pois, em quase tudo e todas interações com outras pessoas, ele mencionava preços, valores e contas, se esquecendo que somos dotados de humanidade e de uma alma, e que assim devemos ser vistos e tratados, com dignidade e respeito.
Eu só esperava que no final ele passasse por uma conversão e mostrasse ele sendo coração mais mole do que duro e um "antes x depois" de seu batismo, só isso que eu achei que o filme poderia ter feito diferente ou mostrado pelo menos.
De resto, gostei, nota 7.5! ;)
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraEste filme é genial de tantas maneiras e lendo alguns comentários aqui, vejo o quanto falta de entendimento sobre Cinema da maior parte dos comentários negativos.
O primeiro ponto genial do filme e interessante de mencionar, é que ele insipirou outras obras incríveis, como por exemplo um dos melhores curtas do Cinema chamado "La Jetée" (assistam, vale a pena), que conta a história de um homem preso em uma Vertigem, mas, assim como o personagem de "Um corpo que cai", não se trata apenas e uma Vertigem como uma reação fisiológica e sim uma Vertigem do Tempo, ambos estão presos nessa Vertigem.
Na obra "La Jetée" vemos um filme feito a maior parte do tempo por "imagens/fotografias" dando a sensação que o tempo estaria de fato parado, como se repetisse os mesmos momentos, sem de fato repetir os mesmos momentos, pois, apesar de serem iguais, a cada vez que o personagem está naquele momento, ele está diferente da vez anterior, como diz na frase do pensador Heráclito "Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio... Pois, na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tampouco o homem".
SPOILER A SEGUIR:
Neste grande Clássico do Hitchcock, vemos que o protagonista não é vítima da Vertigem ou da cena de crime armada contra ele, ele também é vítima de seu próprio ego, vaidade e da sua obsessão por poder e vontade de ser um herói completo.
Vertigem pode ter como referência a antiga ideia da donzela que precisa ser salva, mas, a genialidade desta obra vai muito além desta obviedade, pois, neste caso, não é a donzela em si que precisa ser salva no alto da torre e sim o próprio "herói" que quer se salvar a todo custo, tentano salvar a "princesa", não por amor à ela apenas, mas, porque ele quer se tornar um herói completo e se curar do próprio sentimento de culpa e perda. Tanto que quando ele consegue salvar ela da tentativa de afogamento, ele percebe que ele pode ser um herói, mas ele ainda sente que é um "herói pela metade" já que não conseguiu impedir a queda da Madeline do alto da torre e isso representa para ele o fim dessa ideia do herói, além de representar que ele seria vítima eterna de sua vertigem.
E o final do filme, que eu particularmente havia pensado "A Judy não deveria ter morrido", mas, o paradoxal dessa história e que ao mesmo tempo a torna brilhante, é que, ela morrer significa que, somente através deste trauma ele conseguiu curar seu trauma anterior, de ter fobia de altura, devido ao ocorrido com o policial que era seu colega de trabalho, pois, quando ele no ato final, chega ao alto da torre com a Judy, pela primeira vez ele não sente medo de altura e se liberta, é como se um trauma tivesse curado outro e mais do que isso, não era sobre salvar a Judy em si e sim sobre salvar-se a si mesmo.
Além disso, quando a Judy se assusta com a freira e se joga pode parecer um tanto trágico, afinal, todos nós esperamos por "finais felizes" sempre nas histórias de amor do Cinema, mas, ela ter feito isso também pode ser uma forma dela se libertar.
Pois, ela viva significaria que provavelmente ela continuaria tendo que conviver com o fardo do crime que ela cometeu, mesmo que como cúmplice, além de que ela ficaria sujeita a reviver a antiga Judy para o John, já que ele havia ficado obcecado por ela.
Os elementos lúdicos, fantasmagóricos e de suspense policial deram uma ambientação e uma curiosidade ainda maior sobre a história, embora um ponto ou outro tenha ficado aberto, mas, acho que as principais questões foram muito bem respondidas e um certo mistério também é sempre bem vindo, tudo muito explícito deixa a obra meio sem graça.
Nem sempre se pode alterar o que já aconteceu, o passado. Às vezes ficamos obcecados em querer reviver coisas, momentos e pessoas que devem ser superados, para não cairmos em uma vertigem do tempo, por isso as personagens que se misturam aparecem constantemente com o formato de uma espiral no cabelo.
As cores vibrantes e a paleta de cores são uma das coisas mais incríveis e belas que já vi no cinema, além do momento em que o John está dormindo e tem uma visão/sonho meio que Psicodélico, para mim essa cena foi excelente e dá um quentinho no coração dos entusiastas do bom Cinema.
Tudo se encaixa muito bem e a história é um tanto interessante e com um olhar mais atencioso e aprofundado podemos reconhecer o porquê essa obra é com certeza uma das melhores - senão a melhor - obra de Hitchcock.
Nota 9.5!
Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar
4.2 993 Assista AgoraLindinho, uma história simples sobre uma amizade improvável, mas sincera e cheia de aventuras.
A paleta de cores e direção de arte dessa animação são belíssimos!!!
Para a história de forma geral: Nota 6.0.
A Descoberta
3.3 385 Assista AgoraEu vi a nota aqui no filmow e os comentários e fiquei já preparada para esperar um filme ruim, apesar da proposta em si ser muito interessante e ter chamado minha atenção.
Assisti ao filme e gostei mais do que eu imaginava, não sei se joguei as expectativas muito lá embaixo e por isso me surpreendi ou se o filme realmente é bom, embora poderia ter sido melhor ou mais claro, de fato.
É um filme para ser assistido com calma, para quem gosta de filmes mais filosóficos e que te faz pensar, não é difícil entender, mas você precisa de atenção para colocar os fatos na ordem correta e encaixá-los de modo que faça sentido.
A reflexão implícita no filme é o elemento mais importante dele ao meu ver, pois, toda a mensagem que essa obra se propõe a passar está implícita, ela não conta qual é, mas ela mostra. É nessa hora que cabe o olhar atento do telespectador.
Não devemos buscar uma nova vida necessariamente para começarmos a fazer o que é certo, devemos fazer aqui, agora, hoje, nesta vida.
Gostei muito do elemento da água sempre estar relacionado com a morte de alguém no filme e de utilizarem a paleta de cor azul para simbolizar o mar em si.
Senti uma falta de química entre os atores que formaram o casal, penso que se houvesse mais química o final teria ficado ainda mais emocionante, talvez tenha faltado uns vinte minutos para aprofundarem essa questão ou usarem algum tempo do filme para isso.
é um filme que aborda o recorrente tema cinematográfico da “segunda chance”: motivados por culpa e arrependimento por decisões erradas na vida, buscamos sempre a segunda chance, seja através da viagem no tempo, em um novo planeta Terra ou por meio de alguma experiência espiritual. Porém, “The Discovery” inova a abordagem do tema ao mostrar protagonistas que buscam a segunda chance dessa vez na possibilidade da vida pós-morte. A chance de um recomeço ou, pelo menos, a oportunidade de corrigir decisões erradas. Mas a mesma máquina que deu a prova científica da imortalidade da alma, pode revelar algo maior e inesperado.
Passamos metade da vida cometendo erros. E a outra metade tentando consertá-los. Além da própria morte, essa parece ser uma condição inevitável da existência na qual nunca mente e corpo parecem estar alinhados – na juventude temos a vitalidade, mas ainda não conquistamos a sabedoria. E quando temos a sabedoria, a vitalidade da juventude se foi.
Por isso, o mito da segunda chance é uma das narrativas mais exploradas pelo cinema e na literatura: a busca de uma segunda oportunidade na qual, com a sabedoria conquistada, pudéssemos consertar erros do passado e nos libertarmos da culpa e do arrependimento.
De livros como Christmas Carol de Charles Dickens e a jornada multidimensional de Alice de Lewis Carroll até chegarmos ao cinema com Contra o Tempo (2011), Efeito Borboleta (2004) ou Click (2006), repete-se o anseio de termos mais uma chance na vida e corrigirmos os erros.
O meio de conquistarmos a segunda chance pode ser através de uma viagem no tempo, de encontrarmos um segundo planeta Terra no presente (como no filme A Outra Terra, 2011), de entrarmos no universo da física quântica com mundos alternativos nos quais pudéssemos corrigir escolhas erradas (Coherence, 2013) ou, simplesmente, por meio de alguma experiência sobrenatural como no filme Os Fantasmas de Scrooge (2009).
The Discovery é um filme sobre culpa, arrependimento e perdão, sobre decisões erradas e como elas podem marcar uma vida inteira. O filme se insere em uma tendência das produções independentes atuais chamada “psicodramas alt. Sci-fi” – narrativas que emulam temas da ficção científica, mas apenas como pano de fundo para discussões existenciais e de relacionamentos humanos.
A novidade aqui é o tema da possibilidade da vida pós-morte como uma forma de busca da segunda chance. Memórias e reencarnação são temas nos quais a narrativa tangencia, mas The Discovery quer mesmo associar o tema da morte à loop temporais e mundos alternativos quânticos.
A revelação CosmoGnóstica – alerta de spoilers à frente
Como o leitor verá no filme, imagens são gravadas. Porém, as investigações levantam dúvidas: são imagens reais ou apenas memórias da pessoa falecida? A máquina ironicamente poderia contradizer a grande descoberta de Thomas Harbour? Essa é a esperança de Will para por fim a toda a loucura da onda de suicídios.
A situação fica ainda mais controversa quando Will e Isla encontram anomalias nas imagens gravadas: parecem ser memórias do falecido, porém há discrepâncias em relação ao passado e presente da linha de tempo. Parece que as imagens não se referem nem a memórias do passado, nem a suposta existência além da morte. O quê são então?
Nesse momento The Discovery tangencia com o tema da reencarnação, que é apenas oferecido como pista falsa para o espectador.
Embora a narrativa coloque em confronto pai e filho, Thomas e Will, evita cair no maniqueísmo fácil da questão sobre quem estará certo ou sobre quem vencerá no final. Certamente começamos a desconfiar que ambos estão errados e de que, sem ninguém ainda saber, a máquina descobriu algo muito mais além de uma suposta vida pós-morte.
A resposta é a mais gnóstica possível, trazendo à luz o clássico tema CosmoGnóstico: vivemos prisioneiros em algum tipo de prisão cosmológica, da qual nem a morte é capaz de nos libertar. Torturados por culpa, arrependimento e sempre em busca de perdão, acreditamos que após a morte tudo poderá ser passado a limpo. Poderemos começar do zero e finalmente teremos a segunda chance para nos redimir.
Mas, e se o escritor Stephen King estiver correto de que “o Inferno é a repetição”? Vida e morte poderiam fazer parte de um loop temporal no qual morremos para despertar em sucessivos mundos alternativos onde corrigimos uma decisão errada para incorrermos em outros erros e assim sucessivamente em um infinito labirinto de mundos alternativos. Alimentados por culpa e arrependimento.
Essa é a grande contribuição do filme The Discovery para o recorrente tema da “segunda chance”: uma criativa combinação entre Gnosticismo, física quântica e os paradoxos dos loops temporais.
O filme tem uma ótima direção de arte e fotografia, nota 8.0!!! ;)
A Guerra dos Mundos
3.5 114 Assista AgoraAdorei a versão original, claro que ela não tem a belea estética, visual e sonora da versão moderna de Spielberg, mas, gostei de como a história foi contada e fico imaginando na época que foi lançado, deve ter causado a mesma sensação que o mais atual causou na gente lá em 2005.
Me lembro de quando assisti pela primeira vez a versão dessa obra mais recente e na época eu cheguei a ter falta de ar enquanto assistia o filme, porque aquelas máquinas monstruosas com aqueles barulhos me deixavam agoniada enquanto assistia hahaha e olha que eu nunca passei mal assim vendo um filme.
Ainda prefiro a versão do Spielberg, por razões que eu já mencionei acima, mas, ainda sim vale a pena assistir esse também, gostei mais do final dessa versão antiga, onde enfatiza mais a questão da importância da fé em derrotar forças sobrehumanas.
Nota 8.0!
Nefasto
3.4 202 Assista AgoraA proposta do filme é interessante, me lembrou o livro "Cartas de um diabo ao seu aprendiz" do C.S. Lewis.
O roteiro é incrível e contem ali todo o tesouro do filme, além da atuação incrível do ator que fez o demônio/presidiário, sério, ele merece ganhar um Oscar por essa atuação!
No restante, foi um filme razoávelmente bom, nada surpreendente, nada muito inovador.
O final eu esperava mais, mas, acho que o filme deu um final correto, pra passar a mensagem que queria, sem romantizar nem embelezar as consequências das coisas que fazemos, dos "sim" que permitimos e ao mesmo tempo fugiu - graças a Deus - daquele estereótipo de ateus em filmes Cristãos (evangélicos geralmente) que os ateus passam por uma experiência traumática e se convertem e viram emocionados, nesse o cara até passou a acreditar, mas não necessariamente se tornou um Cristão emocionado, isso foi um ponto positivo ao meu ver, porque essa imagem de ateu é real, mas também hoje em dia tá bem saturada e não representa mais o ateu atual.
Enfim, nota 7.9!
Viver
4.4 166 Assista AgoraUma reflexão linda e sensível de Kurosawa sobre a morte, vida e o que nos torna humanos.
Gostei muito do ritmo do filme do início até a metade, porém, senti uma quebra de ritmo muito radical da metade para o final, o que não tornou a história em si ruim, mas, acabou gerando um pouco de confusão no roteiro, na minha opinião.
Os diálogos são pura poesia e lição de vida, a trilha sonora muito boa também e a história em si bem interessante. Sinto que faltou um pouco mais de profundidade apenas na questão do Parquinho e da vida do próprio Watanabe.
De resto foi muito bom.
A cena do pôster é, talvez, um dos momentos mais bonitos do cinema.
Nota 8.5!
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista AgoraDocumentário bom e algumas coisas me marcaram muito, embora por outro lado, eu tenha notado que mesmo um documentário como esse, que se propõe a te "mostrar uma verdade", ele também tem um viés quando diz que certas coisas são "teoria da conspiração" ou "fake news" quando na verdade, sabemos que governos e grandes empresas de tecnologia mentem sim e escondem sim informações reais.
Mas, tirando esse aspecto, achei muito interessante demonstrarem a dificuldade de se mudar a forma como as redes sociais funcionam - e sinceramente penso ser impossível que um dia viveremos em um mundo justo ou certo nesse sentido - porque como eles próprios disseram, o princípio das empresas é o lucro e se elas simplesmente diminurem os estímulos das redes sociais que causam o vício das pessoas, elas certamente lucrarão menos e isso afetará os acionistas, e portanto, os acionistas farão uma grande pressão para corrigirem o déficit financeiro.
Sendo assim, penso que a única forma possível de mudar isso, seria se cada pessoa que visse o documentário, passasse a se policiar mais sobre o uso das redes sociais e todas essas questões que envolvem o mesmo efeito de sistema de recompensas de caça-níqueis para nos induzir a ter um pensamento ou comportamento específico, de acordo com o que for beneficiar ainda mais os criadores dessas tecnologias, além de nos atentarmos às táticas e estratégias de manipulação visual, de linguagem, de conteúdo, de informação, entre outros tipos de persuasão.
Outro fato interessante foi perceber mais afundo como que os algoritmos são extremamente inteligentes, a ponto de, te enviar uma notificação, caso você esteja off-line, que chame bastante sua atenção, para que você pegue o celular/dispositivo e fique on-line e também permaneça on-line.
Além disso, é um fato que as crianças e os adolescentes são alvos dessa manipulação e estão sujeitos a todo tipo de conteúdo, positivo e negativo, mas, o pior, é que além dos conteúdos criminosos e que incitam algum tipo de comportamento nocivo, esses dois grupos de consumidores, pela pouca idade, não conseguem ter a percepção dos males que essa exposição toda gera no Psicológico deles, resultando em um dano ainda maior para as gerações atuais e futuras.
Desta forma, penso que essa corrida dos ratos e toda a manipulação que a sociedade enfrenta ao longo da história nunca vai cessar, podem fechar todas as redes sociais, isso se manifestará sempre de outras formas, em outros lugares, este mundo nunca será perfeito. No entanto, não há com o que se desesperar, se NÓS nos responsabilizarmos cada vez mais pelas nossas vidas, adquirindo bons hábitos, virtudes e buscando o equilíbrio e controle de nossas vidas em tudo.
A começar pela alimentação, porque seu auto controle com a comida vai ditar seu auto controle e disciplina com todo o resto, de você saber dizer não para o seu cérebro, para a sua vontade, quando sua vontade deseja coisas que não são boas e compatíveis com a sua inteligência.
Regulando a alimentação, depois, você aprende a regular seu sono, se inscrevam em uma academia, paguem um personal SEM MEDO porque você só vai conseguir um resultado eficiente se buscar cuidar da sua saúde de forma NATURAL, SEM REMÉDIOS, SEM TRAPAÇAS, apenas com disciplina e constância.
Depois, aprendendo a controlar seus ímpetos alimentares e sua preguiça, você se tornará mais forte mentalmente e fisicamente e isso vai te capacitar para abrir mão de outras coisas menores porém tão importantes quanto, pois, as redes sociais também afetam os nosso sentimentos, emoções, relações, visão de mundo, etc.
Sendo assim, a lição de casa está feita e todos esses grupos de pessoas, inclusive a indústria alimentícia que querem te controlar, te escravizar, te tornar um viciado em seus produtos, porém querem te deixar feito zumbi, dependentes, fracos, a ponto de serem capaz de tirarem a própria vida caso não obtenha a recompensa que eles propõem, sem perceber que tudo isso na verdade está te mantendo refém de um grande sistema abusivo e que não pretende parar nunca.
Boa a sorte a todos nessa jornada, no início não é fácil, mas, não pensem se é fácil ou difícil, se vai ser gostoso ou não, pensem e foquem nos resultados que uma vida disciplinada e equilibrada trará para você e todos que você ama, todos serão beneficiados.