Por que o Wolfgang é o verdadeiro rei dessa bagaça? Porque mata os parentes de que não gosta, mija no túmulo deles e invade casamentos fantasiado de elefante.
Para quem gosta de Stephen King, Lovecraft e Dan Brown, esta série é um prato cheio. Eu topei com ela por acaso e, como não tinha expectativa nenhuma, acabei me surpreendendo positivamente. Adoro histórias de mistério envolvendo conspirações, e se tiver o sobrenatural no pacote, melhor ainda. Aqui deu para ver muitas influências de filmes clássicos do terror, como “O enigma de outro mundo”, “O exorcista”, “Poltergeist”, “A profecia”, “O nevoeiro” e até o livro “Sob a redoma”, do King. Assim, a série costura várias temáticas do gênero, de possessões a monstros aracnídeos gigantes. Em termos de atuação, com certeza o maior destaque vai para Eduard Fernández no papel do padre misterioso e durão. Já quanto aos outros dois protagonistas, o buraco é mais embaixo: com o Paco e a Elena a série acaba derrapando num tom de tensão sexual muito novelesco, mas felizmente esse não é o foco da produção. Aliás, achei a Elena uma personagem bem irritante que causa mais problemas do que ajuda, além de ser ordinária e só recorrer ao Paco na hora do sufoco.
Quando o marido “volta”, ela esquece tudo à sua volta e dá uma bela trepada de boas-vindas, mas quando ele se revela literalmente um monstro e a espanca, ela só se lembra de pedir socorro ao Paco. Depois, quando ela vai para a França com um mauricinho (mais uma foda épica) e começa o quebra-pau no restaurante chique, para quem ela liga choramingando para pedir ajuda? Paco, que está em outro PAÍS!
Tirando esse “novelismo”, é uma série que instiga a assistir “só mais um episódio”, com ótimos efeitos visuais, maquiagem e momentos de horror; além disso, o último episódio da temporada é de uma capirotagem deliciosa.
Em resumo, é uma espécie de versão cômica da primeira temporada de "American Horror Story": família se muda para uma mansão com passado sinistro e lá eles terão que lidar com seus próprios demônios psicossexuais. Adorei a atuação sarcástica da Courteney Cox. Aliás, o humor é bem "britânico": através dos diálogos, mal-entendidos e situações bizarras nas relações entre os personagens. A princípio me frustrou um pouco porque, sendo uma série do Starz, eu esperava algo mais gráfico e "ultrajante" para preencher o vácuo que ainda sinto pelo cancelamento de "Ash vs. Evil Dead", mas a associação terror/humor aqui não segue o caminho do trash. Ainda assim, achei bem divertida, exceto pelo último episódio, que teve um desfecho broxante.
Esta minissérie é uma adaptação primorosa do livro de Dostoiévski; na verdade, a melhor adaptação de um clássico russo que eu já vi. Tanto na integridade e fidelidade do roteiro (mantendo as discussões filosóficas) quanto nos aspectos técnicos, como fotografia e trilha sonora, tudo é muito caprichado. Mas o maior mérito é mesmo o elenco. Destaque para Elena Lyadova como Grúchenka, Sergey Gorobchenko como Mítia e Sergey Koltakov como o Karamázov "pai".
Ô novelão gostoso! Fazia tempo que eu não via uma série que equilibrasse drama, comédia e erotismo com tanta eficiência e com uma química tão acertada entre os personagens. Do começo ao fim, o ritmo dessa produção é uma delícia de acompanhar, tanto pelo roteiro dinâmico quanto pelas atuações divertidíssimas. Maite Perroni é o nome mais conhecido aqui, mas é legal ver que a série não se sustenta em cima dela e nem deixa o resto do elenco à sua sombra. Todos são carismáticos e apresentam personagens interessantes em situações impagáveis, especialmente a Barbara e o Leo, que são o meu casal preferido. Ninguém segura esses dois quando o assunto é revolução sexual. O tema “Ya no espero más”, da María León, casou perfeitamente com a proposta da série e é um acerto a mais. Minha única queixa é sobre a duração dos episódios, que a gente devora rápido demais. Eu adoraria se tivessem 1 hora de duração cada: meia hora é sacanagem (e no mau sentido). Menção honrosa ao sofrimento existencial do Pato no último episódio: “O que adianta ter esse corpaço se eu não posso satisfazer uma única mulher?”.
Mais um voo de galinha da Netflix, e a tal cereja ninguém viu. O cinismo desses personagens (principalmente da protagonista) não convence de jeito nenhum. Talvez essa cara de pau deles funcionasse numa série de comédia ou de humor negro, mas aqui a produção tenta ser séria e isso só faz os personagens soarem mais fake do que risada de fundo da Praça é Nossa. Não houve um momento sequer que fizesse eu me importar ou sentir empatia pela protagonista nem pelo "vilão", nem por ninguém. Só curti as (poucas) cenas bizarras, como
os vômitos de gatinos e o sexo e bolinação com a "ferida vaginal"
Só assim eu consegui terminar, motivado pelo boato de que era uma série "digna de Cronenberg". Cronenberg? Perdoai-os, pai, eles não sabem o que dizem... Melhor dizer logo que é do Nick Antosca, o criador de Channel Zero, aquela outra pérola da SyFy: a produção e o canal são credenciais suficientes.
A melhor série que vi este ano e uma das adaptações literárias mais bem produzidas pela HBO: drama histórico + fantasia + protagonismo negro + Ruby e Christina (como eu amei essa dupla!). Inclusive, meus episódios favoritos foram o piloto e o 5º
Mike Flanagan tirou leite de pedra ao adaptar um livro chato para uma ótima temporada em “The haunting of Hill House”, mas aqui ele não conseguiu repetir a façanha (a começar porque, ao contrário do livro da Shirley Jackson, o de Henry James é excelente). Diferente da temporada anterior, em que o terror psicológico estava o tempo todo entranhado nos dramas dos personagens e havia aquela constante atmosfera de dúvida e ambiguidade sobre a ação do “mal” sobre eles, nessa nova temporada o terror fica totalmente eclipsado pelo dramalhão. Como se não bastasse ter episódios inteiros fuçando no passado de alguns personagens (removendo todo o mistério em torno deles), exageraram em loops e ‘viagens’ irritantes. Só teimei em terminá-la para ver se apareciam mais referências a “Os inocentes”, meu filme favorito do gênero em preto e branco.
Uma dica/curiosidade para quem gostou do Mr. Jingles: o ator que o interpreta também está na série de mistério e fantasia da HBO "Carnivàle", no papel de um assassino foragido "guiado" por um demônio da pesada. Personagem detestável, mas série excelente!
HBO, eu te amo! Está aí uma série de época que mescla maravilhosamente o drama e o mistério com uma boa dose de fantasia dark adulta. Para mim, foi uma combinação ideal dos melhores elementos de obras memoráveis dos escritores John Steinbeck ("As vinhas da ira") e Ray Bradbury ("Algo sinistro vem por aí"), e do cineasta Tod Browning com seu clássico "Freaks", dos anos 30 (época em que a série se passa). Achei primorosa desde os créditos de abertura até a construção dos mistérios em torno dos personagens, da trama sombria e das alusões enigmáticas à religião. Adoro um personagem problemático, então é claro que Ben é o meu favorito. Em suma, essa série é tudo o que American Horror Story falhou miseravelmente em tentar copiar em sua 4ª temporada.
Acho que já é hora de darem outra motivação para a Maeve: a personagem é fodona e é a minha favorita na série, mas essa busca obsessiva dela pela filha (que nunca alcança de forma definitiva) já ficou chata. Está parecendo a eterna perseguição do Scrat da "Era do Gelo" pela noz fujona.
Porra, John Logan... Primeiro episódio foi o suficiente para me fazer abandonar. Esta série tem mais a ver com os "American-Isso-e-Aquilo" do Ryan Murphy do que com a Penny Dreadful raiz (sim, mesmo considerando a diferença de ambientação continental e de período histórico). Basicamente, só se aproveita do título da série original por oportunismo. Nem se deram ao trabalho de elaborar uns créditos de abertura, o pôster principal parece aquelas breguices de mau gosto da Lady Gaga, e quanto à Natalie Dormer... ela poderia continuar soterrada nos escombros de Baelor, porque está longe, muito longe de substituir Eva Green.
Abandonei essa série na 5ª temporada (e ainda pulei a 3ª), porque não aguentava mais ver Sarah Paulson e Evan Peters sendo reciclados o tempo todo. Além disso, os temas a partir da 6ª não me interessaram, e só decidi ver essa nova temporada porque tenho uma queda pelo terror dos anos 80. De modo geral, é uma homenagem muito digna àquela época, não só nas referências aos slashers, mas pelo resgate cultural como um todo: os créditos de abertura, os figurinos, os penteados, a ambientação, tudo ficou bem representado e a gente se sente mesmo dentro de um filme da franquia "Sexta-feira 13" (o maior homenageado nessa temporada). Mais que isso, sobra espaço no roteiro até para referenciar os pornôs daquela época! O que me desagradou (e muito) nessa temporada foi o acréscimo da subtrama dos fantasmas, que achei totalmente desnecessário e incoerente com a proposta original, até mesmo por uma questão histórica: os anos 80 não ficaram particularmente marcados no cinema de horror por histórias de fantasmas. Depois dos filmes de serial killers, acho que os mais populares e marcantes foram os filmes de zumbis: desde a franquia trash "A volta dos mortos-vivos", "The Evil Dead" e "Re-Animator" até "Dia dos mortos" (encerramento da trilogia de Romero), só para citar alguns. Se a ideia dessa temporada de AHS era referenciar aquela década indo além do slasher, seria melhor se tivesse escolhido acrescentar zumbis em vez de fantasmas. Até porque isso de espíritos que podem interagir fisicamente com as pessoas (inclusive sendo capazes de tirar virgindade de donzelas insossas) é uma ideia que não cola.
Provavelmente esta é a série trash mais divertida a que assisti desde "Ash vs Evil Dead". O melhor de tudo é que ela é gore bem no estilo anos 80, graças aos incríveis efeitos práticos da KNB EFX (estúdio do qual Greg Nicotero é co-fundador): aqui o sangue e demais fluidos são "de verdade" e jorram com gosto, nada daqueles patéticos respingos em CGI. Outra coisa muito legal são as participações especiais de caras que marcaram décadas do gênero terror no cinema: Tobin Bell ("Jogos mortais", anos 2000), Jeffrey Combs ("Re-Animator", anos 80) e David Arquette ("Pânico", anos 90). Quanto às tramas, não é de admirar que, sendo uma antologia, tenham qualidade oscilante: a maioria é ótima, mas há umas bem chatinhas também. De todas as histórias, as de que mais gostei foram a primeira (baseada no conto "Matéria cinzenta", do Stephen King), a história dos lobisomens e a das sanguessugas de gordura. Que venha a 2ª temporada!
Descobri que essa pose do monstro saindo do pântano carregando um corpo já é icônica para o personagem, desde as capas da HQs. Com um tom sombrio e apostando no gore, esta série foi um ponto fora da curva em se tratando de séries de super-herói atuais. A ambientação miasmática do pântano, os efeitos visuais caprichados e a maquiagem competente fizeram valer a pena acompanhá-la. Só não gostei daquela lenga-lenga da Maria se metendo com forças malignas para "resgatar" a filha morta há anos. Mas, estamos na Louisiana, vodu faz parte do pacote. Seja como for, o plot twist no penúltimo episódio (que finalmente justifica o pôster) é ótimo e, por fim, mesmo que Andy Bean seja o galã da vez, acho que quem merece o maior crédito aqui é Derek Mears, que teve de aguentar toda aquela maquiagem pesada para dar vida ao monstro. Deu para ver que é uma série cara e difícil de manter, mas é realmente lamentável que ela tenha morrido em seu primeiro ano, com apenas 10 episódios, enquanto produtos genéricos do universo DC, como "The Flash" e "Arrow" estejam a todo o vapor, com suas trocentas temporadas de igualmente trocentos episódios cada. É, o negócio é focar na molecada.
Mais uma obra de arte do tipo que só a HBO tem coragem de fazer. Até então, o conhecimento que eu tinha sobre a tragédia nuclear de Chernobyl era pouco e limitado ao desastre em si. Foi uma experiência enriquecedora e até meio didática (embora nada agradável) acompanhar a investigação dos pormenores científicos que deflagraram a catástrofe e ver as implicações políticas envolvidas no caso. Destaque para a maquiagem monstruosa dos contaminados pela radiação no 3º episódio (que foi, na minha opinião, o mais pesado e doloroso visual e emocionalmente). Destaque também para as atuações muito bem sintonizadas de Jared Harris e Stellan Skarsgård. Só o que não funcionou muito bem para mim foi a personagem da Emily Watson; talvez por ela não ter sido alguém "de verdade", e sim a representação da "classe" dos cientistas, achei que às vezes ela ficou idealizada demais: a super cientista humanitária e consciente que quer que a verdade venha à tona, independentemente das consequências.
Não achei este final totalmente satisfatório, mas vendo as coisas por perspectiva, está difícil encontrar séries atuais que tenham finais decentes (isso quando dão a sorte de não ser canceladas). Contudo, apesar de não ter apreciado o último episódio (especialmente as decisões tomadas nos últimos 10 minutos), gostei do desenrolar da temporada, das bizarrices, blasfêmias e humor negro, ingredientes fundamentais da série. Quanto aos personagens, Cassidy começou e terminou sendo a melhor coisa nessa produção: os canais e estúdios de séries PRECISAM ficar de olho no Joseph Gilgun, porque o cara é talento puro. Outro personagem que me surpreendeu ao longo da série e que eu nunca pensei que chegaria a gostar foi Starr! No começo eu o achava esquisito e apático, e torcia para ele morrer logo, mas depois que ele
eu passei a adorá-lo: com certeza é um dos vilões mais excêntricos já inventados. E agora, com essa peruca do Gugu, ele ficou impagável. Pip Torrens também é fod@! No mais, uma série que coloca Deus literalmente como o grande vilão da história, sem censura nem eufemismos, é para guardar na memória e comentar na igreja, depois da missa.
Blasfêmia da boa! Eu fico imaginando qual seria a reação daqueles carolas que se escandalizaram com "O código Da Vinci" se assistissem a esta série, especificamente esta temporada!
Um Deus fujão e fetichista que tomou chá de sumiço, Jesus fazendo acrobacias sexuais pouco antes da crucificação, gerando uma linhagem "sagrada" na qual o descendente atual é retardado: olha que escândalo!
No mais, continuo achando Cassidy o melhor personagem da série: adoro esse vampiro descarado e atrapalhado (e chapado, claro)! Quanto ao Santo dos Assassinos, foi um acréscimo excelente na trama, ajudou (catapultou) o lado gore desta temporada com cenas memoráveis e sangrentas: haja membros decepados e tripas expostas!
Sex/Life (2ª Temporada)
3.1 37Com razão o Cooper está tão revoltado:
o melhor "amigo" dele e o amante da esposa têm paus de jumento,
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraPor que o Wolfgang é o verdadeiro rei dessa bagaça?
Porque mata os parentes de que não gosta, mija no túmulo deles e invade casamentos fantasiado de elefante.
O Gabinete de Curiosidades de Guillermo del Toro (1ª Temporada)
3.5 243 Assista AgoraA mulher do Andrew Lincoln, no último episódio, parece a Tatiana Feltrin. É igualmente chata, inclusive.
30 Moedas (1° Temporada)
3.2 32 Assista AgoraPara quem gosta de Stephen King, Lovecraft e Dan Brown, esta série é um prato cheio. Eu topei com ela por acaso e, como não tinha expectativa nenhuma, acabei me surpreendendo positivamente. Adoro histórias de mistério envolvendo conspirações, e se tiver o sobrenatural no pacote, melhor ainda.
Aqui deu para ver muitas influências de filmes clássicos do terror, como “O enigma de outro mundo”, “O exorcista”, “Poltergeist”, “A profecia”, “O nevoeiro” e até o livro “Sob a redoma”, do King. Assim, a série costura várias temáticas do gênero, de possessões a monstros aracnídeos gigantes.
Em termos de atuação, com certeza o maior destaque vai para Eduard Fernández no papel do padre misterioso e durão. Já quanto aos outros dois protagonistas, o buraco é mais embaixo: com o Paco e a Elena a série acaba derrapando num tom de tensão sexual muito novelesco, mas felizmente esse não é o foco da produção. Aliás, achei a Elena uma personagem bem irritante que causa mais problemas do que ajuda, além de ser ordinária e só recorrer ao Paco na hora do sufoco.
Quando o marido “volta”, ela esquece tudo à sua volta e dá uma bela trepada de boas-vindas, mas quando ele se revela literalmente um monstro e a espanca, ela só se lembra de pedir socorro ao Paco. Depois, quando ela vai para a França com um mauricinho (mais uma foda épica) e começa o quebra-pau no restaurante chique, para quem ela liga choramingando para pedir ajuda? Paco, que está em outro PAÍS!
Tirando esse “novelismo”, é uma série que instiga a assistir “só mais um episódio”, com ótimos efeitos visuais, maquiagem e momentos de horror; além disso, o último episódio da temporada é de uma capirotagem deliciosa.
Shining Vale (1ª Temporada)
3.4 7Em resumo, é uma espécie de versão cômica da primeira temporada de "American Horror Story": família se muda para uma mansão com passado sinistro e lá eles terão que lidar com seus próprios demônios psicossexuais. Adorei a atuação sarcástica da Courteney Cox. Aliás, o humor é bem "britânico": através dos diálogos, mal-entendidos e situações bizarras nas relações entre os personagens. A princípio me frustrou um pouco porque, sendo uma série do Starz, eu esperava algo mais gráfico e "ultrajante" para preencher o vácuo que ainda sinto pelo cancelamento de "Ash vs. Evil Dead", mas a associação terror/humor aqui não segue o caminho do trash. Ainda assim, achei bem divertida, exceto pelo último episódio, que teve um desfecho broxante.
Os Irmãos Karamázov
4.1 2Esta minissérie é uma adaptação primorosa do livro de Dostoiévski; na verdade, a melhor adaptação de um clássico russo que eu já vi. Tanto na integridade e fidelidade do roteiro (mantendo as discussões filosóficas) quanto nos aspectos técnicos, como fotografia e trilha sonora, tudo é muito caprichado. Mas o maior mérito é mesmo o elenco. Destaque para Elena Lyadova como Grúchenka, Sergey Gorobchenko como Mítia e Sergey Koltakov como o Karamázov "pai".
O Jogo das Chaves (1ª Temporada)
3.8 34 Assista AgoraÔ novelão gostoso!
Fazia tempo que eu não via uma série que equilibrasse drama, comédia e erotismo com tanta eficiência e com uma química tão acertada entre os personagens. Do começo ao fim, o ritmo dessa produção é uma delícia de acompanhar, tanto pelo roteiro dinâmico quanto pelas atuações divertidíssimas.
Maite Perroni é o nome mais conhecido aqui, mas é legal ver que a série não se sustenta em cima dela e nem deixa o resto do elenco à sua sombra. Todos são carismáticos e apresentam personagens interessantes em situações impagáveis, especialmente a Barbara e o Leo, que são o meu casal preferido. Ninguém segura esses dois quando o assunto é revolução sexual.
O tema “Ya no espero más”, da María León, casou perfeitamente com a proposta da série e é um acerto a mais.
Minha única queixa é sobre a duração dos episódios, que a gente devora rápido demais. Eu adoraria se tivessem 1 hora de duração cada: meia hora é sacanagem (e no mau sentido).
Menção honrosa ao sofrimento existencial do Pato no último episódio: “O que adianta ter esse corpaço se eu não posso satisfazer uma única mulher?”.
Vingança Sabor Cereja
3.6 107 Assista AgoraMais um voo de galinha da Netflix, e a tal cereja ninguém viu.
O cinismo desses personagens (principalmente da protagonista) não convence de jeito nenhum. Talvez essa cara de pau deles funcionasse numa série de comédia ou de humor negro, mas aqui a produção tenta ser séria e isso só faz os personagens soarem mais fake do que risada de fundo da Praça é Nossa. Não houve um momento sequer que fizesse eu me importar ou sentir empatia pela protagonista nem pelo "vilão", nem por ninguém. Só curti as (poucas) cenas bizarras, como
os vômitos de gatinos e o sexo e bolinação com a "ferida vaginal"
Só assim eu consegui terminar, motivado pelo boato de que era uma série "digna de Cronenberg". Cronenberg? Perdoai-os, pai, eles não sabem o que dizem...
Melhor dizer logo que é do Nick Antosca, o criador de Channel Zero, aquela outra pérola da SyFy: a produção e o canal são credenciais suficientes.
The White Lotus (1ª Temporada)
3.9 400 Assista AgoraEssa série leva ao pé da letra a expressão
"Morreu porque fez cagada".
Misfits (5ª Temporada)
3.8 88 Assista AgoraA cena do Alex tirando o poder do cara voador no último episódio salvou a temporada toda.
O Sangue de Zeus (1ª Temporada)
3.6 88 Assista AgoraNão gostei. Parece uma xerox em animação de "Imortais" (aquele filmeco com Henry Cavill).
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403A melhor série que vi este ano e uma das adaptações literárias mais bem produzidas pela HBO: drama histórico + fantasia + protagonismo negro + Ruby e Christina (como eu amei essa dupla!). Inclusive, meus episódios favoritos foram o piloto e o 5º
onde ocorre a "troca de pele" da Ruby e o plot twist com o mesmo processo sobre a identidade do William.
A Maldição da Mansão Bly
3.9 922 Assista AgoraMike Flanagan tirou leite de pedra ao adaptar um livro chato para uma ótima temporada em “The haunting of Hill House”, mas aqui ele não conseguiu repetir a façanha (a começar porque, ao contrário do livro da Shirley Jackson, o de Henry James é excelente). Diferente da temporada anterior, em que o terror psicológico estava o tempo todo entranhado nos dramas dos personagens e havia aquela constante atmosfera de dúvida e ambiguidade sobre a ação do “mal” sobre eles, nessa nova temporada o terror fica totalmente eclipsado pelo dramalhão. Como se não bastasse ter episódios inteiros fuçando no passado de alguns personagens (removendo todo o mistério em torno deles), exageraram em loops e ‘viagens’ irritantes. Só teimei em terminá-la para ver se apareciam mais referências a “Os inocentes”, meu filme favorito do gênero em preto e branco.
American Horror Story: 1984 (9ª Temporada)
3.7 391 Assista AgoraUma dica/curiosidade para quem gostou do Mr. Jingles: o ator que o interpreta também está na série de mistério e fantasia da HBO "Carnivàle", no papel de um assassino foragido "guiado" por um demônio da pesada. Personagem detestável, mas série excelente!
Carnivàle (1ª Temporada)
4.3 74 Assista AgoraHBO, eu te amo!
Está aí uma série de época que mescla maravilhosamente o drama e o mistério com uma boa dose de fantasia dark adulta. Para mim, foi uma combinação ideal dos melhores elementos de obras memoráveis dos escritores John Steinbeck ("As vinhas da ira") e Ray Bradbury ("Algo sinistro vem por aí"), e do cineasta Tod Browning com seu clássico "Freaks", dos anos 30 (época em que a série se passa).
Achei primorosa desde os créditos de abertura até a construção dos mistérios em torno dos personagens, da trama sombria e das alusões enigmáticas à religião. Adoro um personagem problemático, então é claro que Ben é o meu favorito.
Em suma, essa série é tudo o que American Horror Story falhou miseravelmente em tentar copiar em sua 4ª temporada.
Westworld (3ª Temporada)
3.6 322Acho que já é hora de darem outra motivação para a Maeve: a personagem é fodona e é a minha favorita na série, mas essa busca obsessiva dela pela filha (que nunca alcança de forma definitiva) já ficou chata. Está parecendo a eterna perseguição do Scrat da "Era do Gelo" pela noz fujona.
Penny Dreadful: Cidade dos Anjos (1ª Temporada)
3.4 52Porra, John Logan...
Primeiro episódio foi o suficiente para me fazer abandonar.
Esta série tem mais a ver com os "American-Isso-e-Aquilo" do Ryan Murphy do que com a Penny Dreadful raiz (sim, mesmo considerando a diferença de ambientação continental e de período histórico). Basicamente, só se aproveita do título da série original por oportunismo. Nem se deram ao trabalho de elaborar uns créditos de abertura, o pôster principal parece aquelas breguices de mau gosto da Lady Gaga, e quanto à Natalie Dormer... ela poderia continuar soterrada nos escombros de Baelor, porque está longe, muito longe de substituir Eva Green.
American Horror Story: 1984 (9ª Temporada)
3.7 391 Assista AgoraAbandonei essa série na 5ª temporada (e ainda pulei a 3ª), porque não aguentava mais ver Sarah Paulson e Evan Peters sendo reciclados o tempo todo. Além disso, os temas a partir da 6ª não me interessaram, e só decidi ver essa nova temporada porque tenho uma queda pelo terror dos anos 80. De modo geral, é uma homenagem muito digna àquela época, não só nas referências aos slashers, mas pelo resgate cultural como um todo: os créditos de abertura, os figurinos, os penteados, a ambientação, tudo ficou bem representado e a gente se sente mesmo dentro de um filme da franquia "Sexta-feira 13" (o maior homenageado nessa temporada). Mais que isso, sobra espaço no roteiro até para referenciar os pornôs daquela época!
O que me desagradou (e muito) nessa temporada foi o acréscimo da subtrama dos fantasmas, que achei totalmente desnecessário e incoerente com a proposta original, até mesmo por uma questão histórica: os anos 80 não ficaram particularmente marcados no cinema de horror por histórias de fantasmas. Depois dos filmes de serial killers, acho que os mais populares e marcantes foram os filmes de zumbis: desde a franquia trash "A volta dos mortos-vivos", "The Evil Dead" e "Re-Animator" até "Dia dos mortos" (encerramento da trilogia de Romero), só para citar alguns. Se a ideia dessa temporada de AHS era referenciar aquela década indo além do slasher, seria melhor se tivesse escolhido acrescentar zumbis em vez de fantasmas. Até porque isso de espíritos que podem interagir fisicamente com as pessoas (inclusive sendo capazes de tirar virgindade de donzelas insossas) é uma ideia que não cola.
Creepshow (1ª Temporada)
3.4 50Provavelmente esta é a série trash mais divertida a que assisti desde "Ash vs Evil Dead". O melhor de tudo é que ela é gore bem no estilo anos 80, graças aos incríveis efeitos práticos da KNB EFX (estúdio do qual Greg Nicotero é co-fundador): aqui o sangue e demais fluidos são "de verdade" e jorram com gosto, nada daqueles patéticos respingos em CGI.
Outra coisa muito legal são as participações especiais de caras que marcaram décadas do gênero terror no cinema: Tobin Bell ("Jogos mortais", anos 2000), Jeffrey Combs ("Re-Animator", anos 80) e David Arquette ("Pânico", anos 90).
Quanto às tramas, não é de admirar que, sendo uma antologia, tenham qualidade oscilante: a maioria é ótima, mas há umas bem chatinhas também. De todas as histórias, as de que mais gostei foram a primeira (baseada no conto "Matéria cinzenta", do Stephen King), a história dos lobisomens e a das sanguessugas de gordura.
Que venha a 2ª temporada!
Monstro do Pântano (1ª Temporada)
3.6 125Descobri que essa pose do monstro saindo do pântano carregando um corpo já é icônica para o personagem, desde as capas da HQs. Com um tom sombrio e apostando no gore, esta série foi um ponto fora da curva em se tratando de séries de super-herói atuais. A ambientação miasmática do pântano, os efeitos visuais caprichados e a maquiagem competente fizeram valer a pena acompanhá-la. Só não gostei daquela lenga-lenga da Maria se metendo com forças malignas para "resgatar" a filha morta há anos. Mas, estamos na Louisiana, vodu faz parte do pacote.
Seja como for, o plot twist no penúltimo episódio (que finalmente justifica o pôster) é ótimo e, por fim, mesmo que Andy Bean seja o galã da vez, acho que quem merece o maior crédito aqui é Derek Mears, que teve de aguentar toda aquela maquiagem pesada para dar vida ao monstro.
Deu para ver que é uma série cara e difícil de manter, mas é realmente lamentável que ela tenha morrido em seu primeiro ano, com apenas 10 episódios, enquanto produtos genéricos do universo DC, como "The Flash" e "Arrow" estejam a todo o vapor, com suas trocentas temporadas de igualmente trocentos episódios cada.
É, o negócio é focar na molecada.
Vikings (6ª Temporada)
3.7 258 Assista AgoraSanta originalidade desse pôster! Faltou só a legenda "You win or you die".
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraMais uma obra de arte do tipo que só a HBO tem coragem de fazer. Até então, o conhecimento que eu tinha sobre a tragédia nuclear de Chernobyl era pouco e limitado ao desastre em si. Foi uma experiência enriquecedora e até meio didática (embora nada agradável) acompanhar a investigação dos pormenores científicos que deflagraram a catástrofe e ver as implicações políticas envolvidas no caso.
Destaque para a maquiagem monstruosa dos contaminados pela radiação no 3º episódio (que foi, na minha opinião, o mais pesado e doloroso visual e emocionalmente). Destaque também para as atuações muito bem sintonizadas de Jared Harris e Stellan Skarsgård. Só o que não funcionou muito bem para mim foi a personagem da Emily Watson; talvez por ela não ter sido alguém "de verdade", e sim a representação da "classe" dos cientistas, achei que às vezes ela ficou idealizada demais: a super cientista humanitária e consciente que quer que a verdade venha à tona, independentemente das consequências.
Preacher (4ª Temporada)
3.7 66 Assista AgoraNão achei este final totalmente satisfatório, mas vendo as coisas por perspectiva, está difícil encontrar séries atuais que tenham finais decentes (isso quando dão a sorte de não ser canceladas). Contudo, apesar de não ter apreciado o último episódio (especialmente as decisões tomadas nos últimos 10 minutos), gostei do desenrolar da temporada, das bizarrices, blasfêmias e humor negro, ingredientes fundamentais da série. Quanto aos personagens, Cassidy começou e terminou sendo a melhor coisa nessa produção: os canais e estúdios de séries PRECISAM ficar de olho no Joseph Gilgun, porque o cara é talento puro. Outro personagem que me surpreendeu ao longo da série e que eu nunca pensei que chegaria a gostar foi Starr! No começo eu o achava esquisito e apático, e torcia para ele morrer logo, mas depois que ele
se tornou o líder do Graal
No mais, uma série que coloca Deus literalmente como o grande vilão da história, sem censura nem eufemismos, é para guardar na memória e comentar na igreja, depois da missa.
Preacher (2ª Temporada)
4.0 99 Assista AgoraBlasfêmia da boa! Eu fico imaginando qual seria a reação daqueles carolas que se escandalizaram com "O código Da Vinci" se assistissem a esta série, especificamente esta temporada!
Um Deus fujão e fetichista que tomou chá de sumiço, Jesus fazendo acrobacias sexuais pouco antes da crucificação, gerando uma linhagem "sagrada" na qual o descendente atual é retardado: olha que escândalo!
No mais, continuo achando Cassidy o melhor personagem da série: adoro esse vampiro descarado e atrapalhado (e chapado, claro)!
Quanto ao Santo dos Assassinos, foi um acréscimo excelente na trama, ajudou (catapultou) o lado gore desta temporada com cenas memoráveis e sangrentas: haja membros decepados e tripas expostas!