O filme é muito bom, adoro o Ha Jung-Woo, ele é um ótimo ator e sempre trabalha com diretores incríveis, achei legal a iniciativa dele e também adoraria cruzar a Coreia do Sul e explorar esse país que deve ser lindo e super interessante. Só fiquei um pouco decepcionada com a Gong Hyo Jin apesar de ter aceitado o convite do Jung-Woo achei que ela reclamou demais, o que foi um pouco ruim, acabei criando uma outra impressão dela.
Toda hora ela falava que "não sabia o que estava fazendo lá" e que "construiu uma imagem de uma mulher bonita e que o público iria vê-la sem make ou agindo de forma diferente de como age na frente das câmeras e isso seria ruim" etc etc etc, acho que se ela tivesse se preocupado menos com a aparência exterior poderia ter passado uma imagem melhor. Fiquei decepcionada com a futilidade dela.
E o que foi aquela atuação daquele ator que fingiu que não poderia mais seguir com os outros na travessia pelo país? achei sensacional, ele deveria ter a chance de atuar em mais filmes.
Bela estreia de Yu Ji Tae atrás das câmeras. O filme é lindo, retrata de forma sincera todos os dilemas da personagem central e suas desventuras em um país estrangeiro, que poderia ser qualquer outro além da Coreia do Sul. A fotografia também é muito bonita.
Achei interessante a maneira como Im Sang-soo aborda as questões sociais e o papel da mulher coreana no final dos anos 90. Apesar disso, achei algumas cenas no filme um pouco desnecessárias, mas como elas mostram as principais características do diretor dá até para relevar.
Acabei de revê-lo e pude compreender melhor coisas que ficaram um pouco vagas quando assisti pela primeira vez. Algumas pessoas talvez não gostaram porque a história é contada de forma não linear e certas informações acabam ficando 'vagas'. Discordo de algumas opiniões, achei o final bem plausível.
Mesmo que a Eun-mo ame o Joong-Shik ela jamais pode esquecer o fato de que há algo estranho relacionado com a morte da irmã dela. Para ela, Joong-Shink tem algo a ver com o acidente que aconteceu em sua casa. Do mesmo modo, Joong-Shink não é capaz de dizer que quem matou a Eun-su foi a própria irmã acidentalmente, porque ele sabe como é a dor de ser responsável por algo tão grave. (no caso dele, o acidente com a criança na primeira cena que ele aparece). Como a Eun-mo desconfia e tem até certo medo de Joong-Shink, ela prefere denunciá-lo à polícia, pois essa também é uma forma de se proteger dele. (Porque se ele falsifica a apólice da esposa e passa para o nome da irmã dela e depois diz que sempre a amou, aos olhos de Eun-mo, que desconhece a verdade, isso soa meio estranho, não?)
Fiquei chocada ao saber que nos anos 80 existia até banda de rock por lá, e o melhor de tudo, o vocal era uma mulher! Agora, são as pessoas que ficam chocadas em ver uma mulher fazer uma simples dancinha e tirar o véu no palco. Fiquei triste pela Setara, gostaria que ela tivesse ganhado o prêmio. Uma pena o que aconteceu com ela. Isso é, portanto, uma conclusão do quanto a sociedade afegã ainda tem que evoluir. Estava torcendo pela outra mulher também, mas depois achei ela muito cretina e venenosa, ficou tirando sarro da ex concorrente porque dançou em público e depois teve a coragem de dizer que o talibã estava apoiando ela. Nos minutos finais do filme realmente vimos o quanto eles 'apoiaram' com uma ameaça de morte.
Na primeira etapa da vida encontramos a aceitação do destino em Hava, uma menina feliz que tem que deixar a infância de lado para tornar-se aquilo que a sociedade quer, uma mulher submissa. Na segunda fase encontramos a rebeldia contra o destino em Ahoo, uma corrida contra essa sociedade tão fanática e cruel. É interessante que no outro conto, as duas meninas quando conversam com a senhora mais velha acabam dizendo que mesmo depois de tudo que passou na corrida Ahoo não desistiu dela. Uma das meninas afirma que Ahoo perdeu, a outra diz que pegou uma outra bicicleta e ganhou; na verdade, o que interessa é que ela não desistiu de repudiar o destino que lhe era reservado. O terceiro conto mostra a liberdade tardia da senhora que possivelmente nunca tinha sido livre e logo agora, que já é dona da plena liberdade, não pode mais viver como gostaria, pois tudo que gostaria de ter está amarrado junto com a fita esquecida em seu dedo: a sua juventude, o desejo de ser mãe, de ter uma bela casa que pudesse desfrutá-la .
Ótimo filme! A gente sempre vê o ponto de vista das vítimas nesse tipo de história, nunca da família do assassino/suspeito, isso já é um ponto positivo. Achei que o filme conseguiu passar com bastante veracidade a angústia da Da-Eun quando começou a desconfiar do pai. Só não dei 5 estrelas porque, apesar do final ter sido bom, poderia ter sido um pouco mais convincente.
Também acho que o final poderia ter sido aberto, acho que ia ficar interessante. Ou então, a Da-Eun poderia ter descoberto que seu pai era realmente um assassino, mas que ele fosse o pai dela biológico. Não curti muito ela também ter sido raptada, porque parece que foi uma tentativa de salvar a reputação dela diante da vergonha de ter um pai assassino. No filme mesmo as pessoas se mostraram muito preconceituosas com ela, o professor, a amiga etc, parece que não ser filha do homem que a criou acabou sendo a sua libertação.
Acho muito interessante como o Asghar Farhadi consegue construir suas histórias. Os fatos são tão bem amarrados, aos poucos, parece que cada nó vai desatando e desencadeando novos conflitos.Farhadi é sem dúvida um ótimo contista. A história desse filme é excelente, as dúvidas, as decisões que as personagens tem que tomar a cada reviravolta, as coisas que elas devem abrir mão para felicidade alheia. Não sei o que faria se estivesse na pele de A'la.
O que me intriga é o fato de tudo ter começado por uma desição egoísta de Akbar, matar a garota só por não querer que ela se casasse com outro que não fosse ele já é algo bastante egoísta. Mas o pior é que, para salvar sua vida, todos ao seu redor devem ceder algo que é importante para eles, o pai da menina, a sua honra; a irmã dele, seu amor e o amigo, além de seu amor... deveria desistir de sua própria liberdade, de ser livre para escolher se casar com Firoozeh
É sempre um professor universitário, que também faz filmes, que tem um caso com uma aluna, alguém vai pro exterior (tipo Canadá), daí sempre tem um outro estudante no meio que tá afim dessa aluna que o professor tá pegando, sempre tem alguém com um caso extraconjugal etc etc.
É sério, alguns filmes são realmente bons, como "A visitante francesa" e "O Poder da Província de Kangwon", outros, porém, parecem que são cópias de filmes anteriores. Eu realmente não sei qual é a ideia do diretor, se é tentar mostrar de diferentes formas uma mesma história e ir aperfeiçoando em outros filmes ou se é só uma obsessão com esse(s) tema(s).
O filme é bom, principalmente nos minutos finais, mas poderia ser mais curto, há partes desnecessárias que poderiam ser facilmente retiradas. A história de Han Gong-Ju é triste e ao mesmo tempo delicada, bastante retratada em filmes coreanos tais como: "Poesia", "Broke" e Maundy Thrusday". O tema principal parece ser um tabu para os coreanos, já que existe uma macula não só para as meninas mas para suas famílias também. Apesar disso, esse problema parece ser fácil de ser resolvido pagando-se uma certa quantia para a vítima.
Me decepcionei com esse filme, história que para mim não deu certo, não sei. Diante de tantos filmes do oriente médio que retratam a vida das crianças com a mais pura sinceridade achei esse bastante enfadonho pela tentativa de cativar a todo tempo o espectador. Não achei o filme honesto no sentido de mostrar a verdadeira natureza daquelas crianças. Para mim só foi uma mostra americanizada do oriente, estilo comercial de coca cola, que por sinal... aconteceu diversas vezes na trama. Outro fator que me irritou bastante foi o menino mais novo e seus gritos estridentes e sua incontinência urinaria. Desnecessário.
Como tantos outros já comentaram, o filme só ganhou mais destaque e o principal prêmio americano pelo seu tema já mais que batido. Não vi todos os outros filmes, mas não achei Ida tão original assim. Deveria ter ganhado o oscar de melhor fotografia, porque realmente esse prêmio seria digno de merecimento.
o final seja inverossímil já que, como um médico legista que sabe até que tem um grão de areia no nariz da vítima é incapaz de perceber que o corpo e cabeça sejam de pessoas diferentes? o sangue tem o dna diferente, a tonalidade da pele etc etc. Qualquer médico legista não saberia disso? Outra coisa, se ele estivesse ligado com a polícia é obvio que ele contaria a história para os policiais e eles fariam uma isca para o assassino, seria muito mais fácil do que aquele jogo de manipular evidências. Além desses detalhes, na hora em que ele está na sala de interrogatório com o suspeito, lá tem uma câmera... e quando o Lee Sung-ho liga para o seu comparsa, ele liga do celular do legista!
O filme tem sim os seus furos, que não precisam ser levados tão à sério, apesar disso é um thriller muito bom, com uma história muito bem desenvolvida. Super recomendo!
Gosto muito dos filmes da Samira Makhmalbaf, contudo esse último filme dela não me agradou. Não que o filme seja ruim, muito pelo contrário, acredito que ele tenha cumprido perfeitamente o seu papel que, nesse caso, foi o de causar desconforto ao espectador. Me senti diversas vezes aborrecida assistindo a esse 'espetáculo da degradação humana'. Ambos os garotos eram deficientes, um mental e outro físico, apesar disso, a deficiência não serviu como um meio de causar empatia no garoto que perdeu as pernas. Na realidade, o que afastou um do outro foi a questão socioeconômica, já que, enquanto o mais rico tratava de forma vil aqueles que eram inferiores a ele, caso do "cavalo de duas pernas" e a mendiga, o outro se submetia a humilhações e condições subumanas, até chegar a um ponto de atingir sua zoomorfização, visto que seu próprio estado de penúria fazia que essas atrocidades fossem encaradas de forma muito natural.
Ótimo filme. O foco narrativo também é muito interessante para que o espectador tire suas conclusões a respeito da história, já que temos uma perspectiva de ambos os lados, e dessa forma, podemos compreender tanto os sentimentos de Jan como de Agnes.
O filme não é ruim, como muitos estão dizendo, todavia não é uma obra-prima. O maior problema está na falta de imparcialidade dos espectadores. Para quem viu a primeira versão, esse conta uma história "mais leve", menos poética e nada surpreendente, mas não deixa de ser um bom entretenimento.
Ele perde o sentido de vingança, as torturas são fracas, a personagem do Samuel L. Jackson e do Sharlto Copley são caricatas, a Marie é pouco explorada, não sabemos realmente o porquê do interesse dela em Joe, apesar disso, o filme cumpre o seu papel, que aqui é entreter.
Gostei do filme e apesar do bom roteiro e do desenvolver da história, não acho que isso o faça 'merecedor' de um oscar de melhor filme estrangeiro, já que, apesar de ser belga, é uma verdadeira ode à América, e que, portanto,ele passa, muitas vezes, a deixar de lado suas características culturais, tão importantes, ao meu ver, para essa categoria.
Esse é, sem dúvida, um ótimo filme. Mas em alguns momentos achei que, se isso acontecesse comigo, ou melhor, se eu fosse o Lucas, eu teria uma posição diferente da que ele tomou. Talvez por uma questão cultural minha tão diferente daquele sociedade.
Primeiro, na cena em que a Klara dá um selinho em Lucas, se fosse comigo, eu certamente teria contado pra alguém, mas aí é que entra duas questões: o fato dele ser homem e também o problema do ruído cultural, como disse acima. Aqui é muito mais comum contar o que o aluno fez, o seu comportamento diante dos outros, o que ele faz fora da sala, etc etc. Lá, pelo que me pareceu, todos são reservados, como é observado na cena da conversa entre Lucas e Grethe, já que ela não expõe os fatos detalhadamente para ele. Eu não sei se ele contando a história sobre o que ocorreu com a Klara teria melhorado ou piorado a situação dele, porém seria ao menos esclarecedor.
Além disso, acho que o filme também serviu para mostrar coisas importantes do tipo: às vezes adultos acreditam nas histórias de crianças pela gravidade dos acontecimentos. E, crianças dessa região nórdica estão cada vez mais mimadas, já que não recebem "punições", são tratadas como incapazes de saber o que é realmente certo ou errado entretando são dignas de total confiança. Além disso, é mostrado que, desde cedo possuímos um sadismo incrível.
Outro problema é em relação aos adultos acharem que possuem um manual para compreender crianças. Na creche os pais eram alertados a observar o "sintomas" de anormalidade em seus filhos, e procurando pêlo em ovo, é claro que algo mais apareceria. O pior foi o alerta que faziam a eles para não acreditar nos filhos se eles negassem sobre algum ocorrido relatado, ou seja, a criança não poderia nem voltar a trás.
Enfim, gostei da conduta do Lucas no decorrer de todo o filme, a do filho dele também foi muito válida, talvez para fazer um pouco de justiça. porém, entre um clima de suspense durante todo o filme, já quase no final...
Acabei de assistir, não sei ainda o que pensar a respeito dele.Às vezes me pareceu mais terror do que drama hahaha Preciso ver Pietà para ter certeza, mas acho que o Kim tem dois momentos de sua filmografia a antes e depois de Bi-mong. É notável que o que ocorreu nas filmagens desse filme, o último mais bem produzido, mexeu de alguma forma com ele, pelo menos a forma técnica mudou, ficou mais minimalista, não diria mal feita, mas menos caprichada. Porém ainda notamos a essência das suas personagens complexas.
a personagem principal parece conformada com seu destino, assim como outras personagens de outros filme do Kim, desde o estupro no trem até a gravidez e a perseguição do homem da máscara de gás, mas então chega o final do filme e entendemos a mensagem escrita na mochila, a entrega do passaporte e descobrimos quem realmente é o seu perseguidor. Tudo nesse filme parece um círculo de solidão e procura.
Esse filme é muito bom, e bem diferente do livro porque essa é a história da Alphonsine (a verdadeira dama das camélias) que teve um caso com Alexandre Dumas (escritor do romance). Por isso que algumas pessoas acham estranho e não gostam do livro.
Achei a melhor versão cinematográfica já feita do romance, não só pela fidelidade, mas também pela beleza. O cenário é bem parecido com o que eu imaginava e a fotografia é uma das mais bonitas que já vi.
577 Project
3.8 2O filme é muito bom, adoro o Ha Jung-Woo, ele é um ótimo ator e sempre trabalha com diretores incríveis, achei legal a iniciativa dele e também adoraria cruzar a Coreia do Sul e explorar esse país que deve ser lindo e super interessante.
Só fiquei um pouco decepcionada com a Gong Hyo Jin apesar de ter aceitado o convite do Jung-Woo achei que ela reclamou demais, o que foi um pouco ruim, acabei criando uma outra impressão dela.
Toda hora ela falava que "não sabia o que estava fazendo lá" e que "construiu uma imagem de uma mulher bonita e que o público iria vê-la sem make ou agindo de forma diferente de como age na frente das câmeras e isso seria ruim" etc etc etc, acho que se ela tivesse se preocupado menos com a aparência exterior poderia ter passado uma imagem melhor. Fiquei decepcionada com a futilidade dela.
E o que foi aquela atuação daquele ator que fingiu que não poderia mais seguir com os outros na travessia pelo país? achei sensacional, ele deveria ter a chance de atuar em mais filmes.
Mai Ratima
3.8 1Bela estreia de Yu Ji Tae atrás das câmeras. O filme é lindo, retrata de forma sincera todos os dilemas da personagem central e suas desventuras em um país estrangeiro, que poderia ser qualquer outro além da Coreia do Sul. A fotografia também é muito bonita.
Apesar do Soo-Young ter sido um cretino, queria que eles ficassem juntos... mas adorei o final também, achei mais real assim.
Girls Night Out
3.4 3Achei interessante a maneira como Im Sang-soo aborda as questões sociais e o papel da mulher coreana no final dos anos 90. Apesar disso, achei algumas cenas no filme um pouco desnecessárias, mas como elas mostram as principais características do diretor dá até para relevar.
Paju
3.0 7Acabei de revê-lo e pude compreender melhor coisas que ficaram um pouco vagas quando assisti pela primeira vez.
Algumas pessoas talvez não gostaram porque a história é contada de forma não linear e certas informações acabam ficando 'vagas'.
Discordo de algumas opiniões, achei o final bem plausível.
Mesmo que a Eun-mo ame o Joong-Shik ela jamais pode esquecer o fato de que há algo estranho relacionado com a morte da irmã dela. Para ela, Joong-Shink tem algo a ver com o acidente que aconteceu em sua casa. Do mesmo modo, Joong-Shink não é capaz de dizer que quem matou a Eun-su foi a própria irmã acidentalmente, porque ele sabe como é a dor de ser responsável por algo tão grave. (no caso dele, o acidente com a criança na primeira cena que ele aparece). Como a Eun-mo desconfia e tem até certo medo de Joong-Shink, ela prefere denunciá-lo à polícia, pois essa também é uma forma de se proteger dele. (Porque se ele falsifica a apólice da esposa e passa para o nome da irmã dela e depois diz que sempre a amou, aos olhos de Eun-mo, que desconhece a verdade, isso soa meio estranho, não?)
Estrela Afegã
4.4 5Achei esse doc muito interessante, principalmente porque o diretor fez um comparativo de como era o país em algumas décadas atrás e como ele é agora.
Fiquei chocada ao saber que nos anos 80 existia até banda de rock por lá, e o melhor de tudo, o vocal era uma mulher! Agora, são as pessoas que ficam chocadas em ver uma mulher fazer uma simples dancinha e tirar o véu no palco. Fiquei triste pela Setara, gostaria que ela tivesse ganhado o prêmio. Uma pena o que aconteceu com ela. Isso é, portanto, uma conclusão do quanto a sociedade afegã ainda tem que evoluir. Estava torcendo pela outra mulher também, mas depois achei ela muito cretina e venenosa, ficou tirando sarro da ex concorrente porque dançou em público e depois teve a coragem de dizer que o talibã estava apoiando ela. Nos minutos finais do filme realmente vimos o quanto eles 'apoiaram' com uma ameaça de morte.
O Dia Em Que Me Tornei Mulher
3.9 12Lindo!
É tão sensível a forma como esse filme mostra as fases dessas mulheres que são presas ao seus destinos.
Na primeira etapa da vida encontramos a aceitação do destino em Hava, uma menina feliz que tem que deixar a infância de lado para tornar-se aquilo que a sociedade quer, uma mulher submissa. Na segunda fase encontramos a rebeldia contra o destino em Ahoo, uma corrida contra essa sociedade tão fanática e cruel. É interessante que no outro conto, as duas meninas quando conversam com a senhora mais velha acabam dizendo que mesmo depois de tudo que passou na corrida Ahoo não desistiu dela. Uma das meninas afirma que Ahoo perdeu, a outra diz que pegou uma outra bicicleta e ganhou; na verdade, o que interessa é que ela não desistiu de repudiar o destino que lhe era reservado. O terceiro conto mostra a liberdade tardia da senhora que possivelmente nunca tinha sido livre e logo agora, que já é dona da plena liberdade, não pode mais viver como gostaria, pois tudo que gostaria de ter está amarrado junto com a fita esquecida em seu dedo: a sua juventude, o desejo de ser mãe, de ter uma bela casa que pudesse desfrutá-la .
Blood and Ties
3.6 9Ótimo filme!
A gente sempre vê o ponto de vista das vítimas nesse tipo de história, nunca da família do assassino/suspeito, isso já é um ponto positivo.
Achei que o filme conseguiu passar com bastante veracidade a angústia da Da-Eun quando começou a desconfiar do pai.
Só não dei 5 estrelas porque, apesar do final ter sido bom, poderia ter sido um pouco mais convincente.
Também acho que o final poderia ter sido aberto, acho que ia ficar interessante. Ou então, a Da-Eun poderia ter descoberto que seu pai era realmente um assassino, mas que ele fosse o pai dela biológico. Não curti muito ela também ter sido raptada, porque parece que foi uma tentativa de salvar a reputação dela diante da vergonha de ter um pai assassino. No filme mesmo as pessoas se mostraram muito preconceituosas com ela, o professor, a amiga etc, parece que não ser filha do homem que a criou acabou sendo a sua libertação.
Fora isso, o filme é perfeito.
Beautiful City
3.9 5Acho muito interessante como o Asghar Farhadi consegue construir suas histórias. Os fatos são tão bem amarrados, aos poucos, parece que cada nó vai desatando e desencadeando novos conflitos.Farhadi é sem dúvida um ótimo contista.
A história desse filme é excelente, as dúvidas, as decisões que as personagens tem que tomar a cada reviravolta, as coisas que elas devem abrir mão para felicidade alheia. Não sei o que faria se estivesse na pele de A'la.
O que me intriga é o fato de tudo ter começado por uma desição egoísta de Akbar, matar a garota só por não querer que ela se casasse com outro que não fosse ele já é algo bastante egoísta. Mas o pior é que, para salvar sua vida, todos ao seu redor devem ceder algo que é importante para eles, o pai da menina, a sua honra; a irmã dele, seu amor e o amigo, além de seu amor... deveria desistir de sua própria liberdade, de ser livre para escolher se casar com Firoozeh
Filha de Ninguém
3.5 24Eu gosto de alguns filmes do Hong Sang-Soo, mas, às vezes, parece que estou sempre assistindo a um mesmo filme. As histórias são tão similares.
É sempre um professor universitário, que também faz filmes, que tem um caso com uma aluna, alguém vai pro exterior (tipo Canadá), daí sempre tem um outro estudante no meio que tá afim dessa aluna que o professor tá pegando, sempre tem alguém com um caso extraconjugal etc etc.
É sério, alguns filmes são realmente bons, como "A visitante francesa" e "O Poder da Província de Kangwon", outros, porém, parecem que são cópias de filmes anteriores. Eu realmente não sei qual é a ideia do diretor, se é tentar mostrar de diferentes formas uma mesma história e ir aperfeiçoando em outros filmes ou se é só uma obsessão com esse(s) tema(s).
Han Gong-Ju
3.9 31O filme é bom, principalmente nos minutos finais, mas poderia ser mais curto, há partes desnecessárias que poderiam ser facilmente retiradas.
A história de Han Gong-Ju é triste e ao mesmo tempo delicada, bastante retratada em filmes coreanos tais como: "Poesia", "Broke" e Maundy Thrusday". O tema principal parece ser um tabu para os coreanos, já que existe uma macula não só para as meninas mas para suas famílias também. Apesar disso, esse problema parece ser fácil de ser resolvido pagando-se uma certa quantia para a vítima.
Bekas: Para o Alto e Avante
3.7 53Me decepcionei com esse filme, história que para mim não deu certo, não sei. Diante de tantos filmes do oriente médio que retratam a vida das crianças com a mais pura sinceridade achei esse bastante enfadonho pela tentativa de cativar a todo tempo o espectador. Não achei o filme honesto no sentido de mostrar a verdadeira natureza daquelas crianças. Para mim só foi uma mostra americanizada do oriente, estilo comercial de coca cola, que por sinal... aconteceu diversas vezes na trama.
Outro fator que me irritou bastante foi o menino mais novo e seus gritos estridentes e sua incontinência urinaria. Desnecessário.
Ida
3.7 439Como tantos outros já comentaram, o filme só ganhou mais destaque e o principal prêmio americano pelo seu tema já mais que batido. Não vi todos os outros filmes, mas não achei Ida tão original assim. Deveria ter ganhado o oscar de melhor fotografia, porque realmente esse prêmio seria digno de merecimento.
Sem Misericórdia
4.0 80Um filme incrível que te prende do início ao fim, roteiro muito bem encaixado e um plot twist maravilhoso.
É uma pena que...
o final seja inverossímil já que, como um médico legista que sabe até que tem um grão de areia no nariz da vítima é incapaz de perceber que o corpo e cabeça sejam de pessoas diferentes? o sangue tem o dna diferente, a tonalidade da pele etc etc. Qualquer médico legista não saberia disso?
Outra coisa, se ele estivesse ligado com a polícia é obvio que ele contaria a história para os policiais e eles fariam uma isca para o assassino, seria muito mais fácil do que aquele jogo de manipular evidências. Além desses detalhes, na hora em que ele está na sala de interrogatório com o suspeito, lá tem uma câmera... e quando o Lee Sung-ho liga para o seu comparsa, ele liga do celular do legista!
O filme tem sim os seus furos, que não precisam ser levados tão à sério, apesar disso é um thriller muito bom, com uma história muito bem desenvolvida. Super recomendo!
Cavalo de Duas Pernas
3.7 17Gosto muito dos filmes da Samira Makhmalbaf, contudo esse último filme dela não me agradou. Não que o filme seja ruim, muito pelo contrário, acredito que ele tenha cumprido perfeitamente o seu papel que, nesse caso, foi o de causar desconforto ao espectador. Me senti diversas vezes aborrecida assistindo a esse 'espetáculo da degradação humana'. Ambos os garotos eram deficientes, um mental e outro físico, apesar disso, a deficiência não serviu como um meio de causar empatia no garoto que perdeu as pernas. Na realidade, o que afastou um do outro foi a questão socioeconômica, já que, enquanto o mais rico tratava de forma vil aqueles que eram inferiores a ele, caso do "cavalo de duas pernas" e a mendiga, o outro se submetia a humilhações e condições subumanas, até chegar a um ponto de atingir sua zoomorfização, visto que seu próprio estado de penúria fazia que essas atrocidades fossem encaradas de forma muito natural.
Águas Turvas
4.1 32Ótimo filme. O foco narrativo também é muito interessante para que o espectador tire suas conclusões a respeito da história, já que temos uma perspectiva de ambos os lados, e dessa forma, podemos compreender tanto os sentimentos de Jan como de Agnes.
Oldboy: Dias de Vingança
2.8 828 Assista AgoraO filme não é ruim, como muitos estão dizendo, todavia não é uma obra-prima. O maior problema está na falta de imparcialidade dos espectadores. Para quem viu a primeira versão, esse conta uma história "mais leve", menos poética e nada surpreendente, mas não deixa de ser um bom entretenimento.
Ele perde o sentido de vingança, as torturas são fracas, a personagem do Samuel L. Jackson e do Sharlto Copley são caricatas, a Marie é pouco explorada, não sabemos realmente o porquê do interesse dela em Joe, apesar disso, o filme cumpre o seu papel, que aqui é entreter.
Alabama Monroe
4.3 1,4K Assista AgoraGostei do filme e apesar do bom roteiro e do desenvolver da história, não acho que isso o faça 'merecedor' de um oscar de melhor filme estrangeiro, já que, apesar de ser belga, é uma verdadeira ode à América, e que, portanto,ele passa, muitas vezes, a deixar de lado suas características culturais, tão importantes, ao meu ver, para essa categoria.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraEsse é, sem dúvida, um ótimo filme.
Mas em alguns momentos achei que, se isso acontecesse comigo, ou melhor, se eu fosse o Lucas, eu teria uma posição diferente da que ele tomou. Talvez por uma questão cultural minha tão diferente daquele sociedade.
Primeiro, na cena em que a Klara dá um selinho em Lucas, se fosse comigo, eu certamente teria contado pra alguém, mas aí é que entra duas questões: o fato dele ser homem e também o problema do ruído cultural, como disse acima. Aqui é muito mais comum contar o que o aluno fez, o seu comportamento diante dos outros, o que ele faz fora da sala, etc etc. Lá, pelo que me pareceu, todos são reservados, como é observado na cena da conversa entre Lucas e Grethe, já que ela não expõe os fatos detalhadamente para ele. Eu não sei se ele contando a história sobre o que ocorreu com a Klara teria melhorado ou piorado a situação dele, porém seria ao menos esclarecedor.
Além disso, acho que o filme também serviu para mostrar coisas importantes do tipo: às vezes adultos acreditam nas histórias de crianças pela gravidade dos acontecimentos. E, crianças dessa região nórdica estão cada vez mais mimadas, já que não recebem "punições", são tratadas como incapazes de saber o que é realmente certo ou errado entretando são dignas de total confiança. Além disso, é mostrado que, desde cedo possuímos um sadismo incrível.
Outro problema é em relação aos adultos acharem que possuem um manual para compreender crianças. Na creche os pais eram alertados a observar o "sintomas" de anormalidade em seus filhos, e procurando pêlo em ovo, é claro que algo mais apareceria. O pior foi o alerta que faziam a eles para não acreditar nos filhos se eles negassem sobre algum ocorrido relatado, ou seja, a criança não poderia nem voltar a trás.
Enfim, gostei da conduta do Lucas no decorrer de todo o filme, a do filho dele também foi muito válida, talvez para fazer um pouco de justiça. porém, entre um clima de suspense durante todo o filme, já quase no final...
Quando Lucas se depara diante de Klara, por algum momento passou pela minha cabeça que ele realmente mostraria o pinto para ela!
Silêncio de Amor
3.8 23Stefano Accorsi sempre fofo! gostei do filme, mas achei que iria gostar mais.
Amen
3.0 13Acabei de assistir, não sei ainda o que pensar a respeito dele.Às vezes me pareceu mais terror do que drama hahaha
Preciso ver Pietà para ter certeza, mas acho que o Kim tem dois momentos de sua filmografia a antes e depois de Bi-mong. É notável que o que ocorreu nas filmagens desse filme, o último mais bem produzido, mexeu de alguma forma com ele, pelo menos a forma técnica mudou, ficou mais minimalista, não diria mal feita, mas menos caprichada. Porém ainda notamos a essência das suas personagens complexas.
a personagem principal parece conformada com seu destino, assim como outras personagens de outros filme do Kim, desde o estupro no trem até a gravidez e a perseguição do homem da máscara de gás, mas então chega o final do filme e entendemos a mensagem escrita na mochila, a entrega do passaporte e descobrimos quem realmente é o seu perseguidor. Tudo nesse filme parece um círculo de solidão e procura.
A Dama das Camélias
3.4 14Esse filme é muito bom, e bem diferente do livro porque essa é a história da Alphonsine (a verdadeira dama das camélias) que teve um caso com Alexandre Dumas (escritor do romance).
Por isso que algumas pessoas acham estranho e não gostam do livro.
Maundy Thursday
3.9 8Lindo, me lembrou "Fôlego" e ao mesmo tempo "Dançando no escuro" (só que sem a protagonista irritante e as músicas chatas)
Poongsan
3.1 4O sistema corrompendo os irmãos, cegando e alienando as pessoas, não importa de qual lado estão.
Crime e Castigo
4.0 32Achei a melhor versão cinematográfica já feita do romance, não só pela fidelidade, mas também pela beleza. O cenário é bem parecido com o que eu imaginava e a fotografia é uma das mais bonitas que já vi.