Não concordo com algumas opiniões expostas aqui acerca desse filme, cheguei a ler frases como por exemplo: “o filme tinha muito o que dizer mas não conseguiu”, “a cena da família é mal colocada pois não existe desenvolvimento” e cheguei até mesmo ler uma que dizia: “o Dolan usa cenas de beijo gay para ter relevância”.
Se formos por pontos, acerca da primeira crítica levantada por mim no parágrafo anterior, acredito que podemos perceber a problemática essencial do filme na cena em que o personagem do garoto mais velho conversa com a jornalista e o mesmo explica que eles estão lutando pela mesma coisa. Ora é levantada, nessa cena em especifico, a destruição do personagem do Donovan devido a exposição midiática, à falta de empatia dos fãs e pessoas dentro do meio cinematográfico, por não enxergarem eles como atores, mas sim como produtos descartáveis (obviamente essa discussão envolvem diversos pormenores) mas no que condiz a opinião do personagem do Rupert, ela foi bem exposta e clara no que se propôs.
Em relação à segunda crítica, é perceptível mesmo o apego que Xavier Dolan tem para com “a família disfuncional”, não lembro de ver nenhum filme dele em que os personagens principais tenham algum relacionamento saudável com a família, no entanto, não vejo isso como um problema que torne o filme ruim, as atuações são impecáveis e transmitem um sentimento claro de não pertencimento sentido por Donovan com a seu círculo familiar. Agora, a terceira crítica é além de homofóbica, como também injusta com tudo que o filme se propôs a passar e injusta com todo o cinema representativo de Dolan, têm no máximo duas cenas de beijo e não vejo como essas duas cenas de pessoas se beijando seria de alguma forma “buscar relevância”, quem fez essa crítica realmente conhece os filmes do Xavier Dolan? Quem fez essa crítica reclamaria de ter beijos héteros em filmes com essa temática?
Obs: vi também críticas sobre a atuação do menino ser “irritante”, acredito que a ideia é a de transmitir uma criança muito criativa e entusiasmada que se reprime devido á solidão, Portanto, toda essa criatividade e entusiasmo pode ser visto no ator que interpreta o Rupert mais velho (Ben Schnetzer). Ao meu ver, é um ótimo filme, com atuações impecáveis e que entrega aquilo que se propôs
Não acho que o filme deve ser julgado analisando os artifícios que tornam essa história uma história de Ficção Cientifica, ela é, mas não só isso. O filme, ao meu ver, em seu todo, trata de uma relação com diferentes momentos temporais da personalidade do Sam. É possível perceber a clara distinção de um para o outro, o que passou todo o tempo solitário e com saudades de casa, tem reações mais tranquilas e apáticas com o que está acontecendo, enquanto o que acaba de acordar é incisivo, agressivo, calculista. Para além de um filme de Ficção Cientifica, acredito eu, trata-se de uma análise de como mudamos com o passar do tempo e como seria o conflito de nossas personalidades em diferentes momentos. O segundo ato do filme é bastante focado nisso e penso que o mais importante para tornar o final mais coerente.
É um filme bastante interessante, começando pela o trabalho de direção de Stanley Tucci, que é mais conhecido por seus trabalhos como ator em produções do grande circuito, como por exemplo: (Diabo Veste Prada, Jogos Vorazes, etc...). Já no que condiz a historia, é definitivamente um filme intimista, tendo em vista que, a transposição para a tela de um artista trabalhando em um quadro é bastante complicado, visto que a produção de uma obra de arte é um trabalho fascinante mas também bastante solitário, a direção e a interpretação vão ser os fatores essenciais para o desenvolvimento da trama. E no que condiz a interpretações, a grande estrela é o personagem do Geoffrey Rush, no qual todos os outros personagens orbitam, sua interpretação é digna de nota pois ele consegue transparecer toda essa imagem do artista teatral, com o temperamento volátil e sentimental. É um bom filme ao meu ver.
Tive um sentimento conflitante quando terminei esse filme, por melhor ator que Brad Pitt seja, ao meu ver ele não conseguiu levar o filme todo nas costas. O filme como um todo é confuso por não se decidir entre: falar sobre o arquétipo dos generais antigos e o quanto ele esta defasado no cenário atual e entre a critica aos EUA e os seus políticos. Ambos os assuntos são abordados porém um fica encargo do Brad Pitt e o outro no roteiro(que ao meu ver poderia ter sido melhor desenvolvido e otimizado).
Tinha assisto a 20th Century Women antes da premiação do Oscar e achei o filme muito bom, com isso fui procurar outros filmes do Mike Mills e até agora estou me perguntando porque demorei tanto pra assistir esse. O filme é de uma sensibilidade que te deixa triste e com um leve sorriso no rosto, te deixa com um sentimento feliz de ver o desfecho do relacionamento dele e triste ao mesmo tempo, cada cena é de uma delicadeza impar. Sem falar na identificação pessoal (que algumas pessoas sentem) com o personagem principal, que ao meu ver deixa o filme ainda melhor. Com certeza entrou para minha lista de favoritos.
Esperei um tempão pra assistir esse filme e guardava uma expectativa de ser um filme indie com o adam driver; porém fiquei muito surpreso ao ver que ele não é só isso. O filme trata de muitas coisas, de uma forma bem intimista e espontânea, como por exemplo a busca de se tornar alguém importante e conhecida como a namorada de Paterson ou o amor dramático não correspondido, são todos colocados na tela, porém não levados ao exagero para tentar provar um ponto, esta tudo ali da forma mais real que pode ser.
Não a necessariamente um plot ou algum conflito no filme, é apenas a historia rotineira de um motorista de ônibus que escreve poesia. A simplicidade do filme e do roteiro traz a tona toda realidade que esta ao nosso redor, os pequenos e grandes conflitos, a falta de motivação, o tédio...tudo isso para no começo da semana você acordar e continuar sua vida.
É interessante ver a Kristen Wiig e Bill Hader contracenando juntos em um filme que não é concebido para ser uma comédia, o imdb classificou como um comedy-drama e meu sentimento é que não há ali nada que torne o filme uma comédia, é um filme de drama com umas pitadas de humor, os dois são ótimos atores de comédia mas provaram também ser ótimos atores em um papel dramático (na minha opinião). É um bom filme e o que torna ele bom é a dupla principal.
Definitivamente uma historia tirada da cabeça de Woody Allen, o longa traz um bom roteiro, uma ótima fotografia, boas atuações e uma ótima conclusão. Woody allen tem a capacidade de abordar situações amorosas, como: affairs, começo de relacionamentos, o terminar de relacionamentos, de uma forma divinamente bem (na minha opinião). A historia tem o seu inicio, o seu meio e o seu fim melancólico (dependendo do ponto de vista claro). ps: "Que pena que o judaísmo não oferecer vida após a morte. Teriam muito mais clientes"
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A Morte e Vida de John F. Donovan
3.3 193Não concordo com algumas opiniões expostas aqui acerca desse filme, cheguei a ler frases como por exemplo: “o filme tinha muito o que dizer mas não conseguiu”, “a cena da família é mal colocada pois não existe desenvolvimento” e cheguei até mesmo ler uma que dizia: “o Dolan usa cenas de beijo gay para ter relevância”.
Se formos por pontos, acerca da primeira crítica levantada por mim no parágrafo anterior, acredito que podemos perceber a problemática essencial do filme na cena em que o personagem do garoto mais velho conversa com a jornalista e o mesmo explica que eles estão lutando pela mesma coisa. Ora é levantada, nessa cena em especifico, a destruição do personagem do Donovan devido a exposição midiática, à falta de empatia dos fãs e pessoas dentro do meio cinematográfico, por não enxergarem eles como atores, mas sim como produtos descartáveis (obviamente essa discussão envolvem diversos pormenores) mas no que condiz a opinião do personagem do Rupert, ela foi bem exposta e clara no que se propôs.
Em relação à segunda crítica, é perceptível mesmo o apego que Xavier Dolan tem para com “a família disfuncional”, não lembro de ver nenhum filme dele em que os personagens principais tenham algum relacionamento saudável com a família, no entanto, não vejo isso como um problema que torne o filme ruim, as atuações são impecáveis e transmitem um sentimento claro de não pertencimento sentido por Donovan com a seu círculo familiar.
Agora, a terceira crítica é além de homofóbica, como também injusta com tudo que o filme se propôs a passar e injusta com todo o cinema representativo de Dolan, têm no máximo duas cenas de beijo e não vejo como essas duas cenas de pessoas se beijando seria de alguma forma “buscar relevância”, quem fez essa crítica realmente conhece os filmes do Xavier Dolan? Quem fez essa crítica reclamaria de ter beijos héteros em filmes com essa temática?
Obs: vi também críticas sobre a atuação do menino ser “irritante”, acredito que a ideia é a de transmitir uma criança muito criativa e entusiasmada que se reprime devido á solidão, Portanto, toda essa criatividade e entusiasmo pode ser visto no ator que interpreta o Rupert mais velho (Ben Schnetzer). Ao meu ver, é um ótimo filme, com atuações impecáveis e que entrega aquilo que se propôs
Lunar
3.8 686 Assista AgoraNão acho que o filme deve ser julgado analisando os artifícios que tornam essa história uma história de Ficção Cientifica, ela é, mas não só isso. O filme, ao meu ver, em seu todo, trata de uma relação com diferentes momentos temporais da personalidade do Sam. É possível perceber a clara distinção de um para o outro, o que passou todo o tempo solitário e com saudades de casa, tem reações mais tranquilas e apáticas com o que está acontecendo, enquanto o que acaba de acordar é incisivo, agressivo, calculista. Para além de um filme de Ficção Cientifica, acredito eu, trata-se de uma análise de como mudamos com o passar do tempo e como seria o conflito de nossas personalidades em diferentes momentos. O segundo ato do filme é bastante focado nisso e penso que o mais importante para tornar o final mais coerente.
O Último Retrato
3.1 19 Assista AgoraÉ um filme bastante interessante, começando pela o trabalho de direção de Stanley Tucci, que é mais conhecido por seus trabalhos como ator em produções do grande circuito, como por exemplo: (Diabo Veste Prada, Jogos Vorazes, etc...). Já no que condiz a historia, é definitivamente um filme intimista, tendo em vista que, a transposição para a tela de um artista trabalhando em um quadro é bastante complicado, visto que a produção de uma obra de arte é um trabalho fascinante mas também bastante solitário, a direção e a interpretação vão ser os fatores essenciais para o desenvolvimento da trama.
E no que condiz a interpretações, a grande estrela é o personagem do Geoffrey Rush, no qual todos os outros personagens orbitam, sua interpretação é digna de nota pois ele consegue transparecer toda essa imagem do artista teatral, com o temperamento volátil e sentimental. É um bom filme ao meu ver.
Máquina de Guerra
2.7 150 Assista AgoraTive um sentimento conflitante quando terminei esse filme, por melhor ator que Brad Pitt seja, ao meu ver ele não conseguiu levar o filme todo nas costas.
O filme como um todo é confuso por não se decidir entre: falar sobre o arquétipo dos generais antigos e o quanto ele esta defasado no cenário atual e entre a critica aos EUA e os seus políticos. Ambos os assuntos são abordados porém um fica encargo do Brad Pitt e o outro no roteiro(que ao meu ver poderia ter sido melhor desenvolvido e otimizado).
Toda Forma de Amor
4.0 1,0K Assista AgoraTinha assisto a 20th Century Women antes da premiação do Oscar e achei o filme muito bom, com isso fui procurar outros filmes do Mike Mills e até agora estou me perguntando porque demorei tanto pra assistir esse.
O filme é de uma sensibilidade que te deixa triste e com um leve sorriso no rosto, te deixa com um sentimento feliz de ver o desfecho do relacionamento dele e triste ao mesmo tempo, cada cena é de uma delicadeza impar. Sem falar na identificação pessoal (que algumas pessoas sentem) com o personagem principal, que ao meu ver deixa o filme ainda melhor. Com certeza entrou para minha lista de favoritos.
Paterson
3.9 353 Assista AgoraEsperei um tempão pra assistir esse filme e guardava uma expectativa de ser um filme indie com o adam driver; porém fiquei muito surpreso ao ver que ele não é só isso. O filme trata de muitas coisas, de uma forma bem intimista e espontânea, como por exemplo a busca de se tornar alguém importante e conhecida como a namorada de Paterson ou o amor dramático não correspondido, são todos colocados na tela, porém não levados ao exagero para tentar provar um ponto, esta tudo ali da forma mais real que pode ser.
Não a necessariamente um plot ou algum conflito no filme, é apenas a historia rotineira de um motorista de ônibus que escreve poesia. A simplicidade do filme e do roteiro traz a tona toda realidade que esta ao nosso redor, os pequenos e grandes conflitos, a falta de motivação, o tédio...tudo isso para no começo da semana você acordar e continuar sua vida.
Irmãos Desastre
3.5 139 Assista AgoraÉ interessante ver a Kristen Wiig e Bill Hader contracenando juntos em um filme que não é concebido para ser uma comédia, o imdb classificou como um comedy-drama e meu sentimento é que não há ali nada que torne o filme uma comédia, é um filme de drama com umas pitadas de humor, os dois são ótimos atores de comédia mas provaram também ser ótimos atores em um papel dramático (na minha opinião). É um bom filme e o que torna ele bom é a dupla principal.
Café Society
3.3 531Definitivamente uma historia tirada da cabeça de Woody Allen, o longa traz um bom roteiro, uma ótima fotografia, boas atuações e uma ótima conclusão. Woody allen tem a capacidade de abordar situações amorosas, como: affairs, começo de relacionamentos, o terminar de relacionamentos, de uma forma divinamente bem (na minha opinião). A historia tem o seu inicio, o seu meio e o seu fim melancólico (dependendo do ponto de vista claro).
ps: "Que pena que o judaísmo não oferecer vida após a morte. Teriam muito mais clientes"