Uma aula de direção de arte e principalmente de fotografia, unidas por uma correção de cor chamativa, que abusa da saturação. É um filme de personalidade própria, com sua base estética sendo cumprida a risca do início ao fim: movimentos de câmera no timing das ações, perfeição e cuidado estético no enquadramento (simetria dos planos) e montagem ágil com uma trilha em perfeita sintonia. Tudo isso colabora por completo com a ideia de brincar com a imaginação do espectador, representando na forma audiovisual os nossos pensamentos quando ouvimos uma pessoa contando uma história para nós. É como se viajássemos mentalmente durante a história. Porém o que me incomoda um pouco é a agilidade em que a narrativa é construída e trabalhada durante o filme, pois por mais que faça sentido no contexto citado acima, acaba atrapalhando a trama em alguns momentos e o desenvolvimento dos personagens.
Tive a sensação que o roteirista abandonou o trabalho pela metade e chamaram um chimpanzé para terminar de escrever a história. Não lembro de cabeça um filme que decai tanto do meio para o fim. É absurdamente bizarro o quanto o roteiro se perde.
Claramente é um filme sobre alienação, mas não da para cravarmos 100% se é uma analogia com a política, vida social ou outra coisa. A narrativa não te da referências para você pensar por um caminho, tudo fica muito generalista/vago, fazendo com que o espectador tente achar um sentido no meio de 200 possibilidades (se é que existe um sentido). É uma ideia mal executada de tal forma que o filme parece não ter clímax. Vira apenas uma rotina com repetições excessivas de "vários nadas" durante 94 minutos.
Se tem um filme que mostra todas as faces e complexidade do racismo, é esse. Roteiro sensacional e atual. Pra fechar com chave de ouro, é dirigido de forma fenomenal, com atuações excelentes e fotografia de personalidade, que dialoga com as ações do filme.
O roteiro tem duas falhas gerais em termos de personagem que acabam atrapalhando muito na narrativa: o amigo do Nick, que é burro ao extremo em vários momentos do filme, e a menina criminosa, que sempre consegue fugir de forma ridícula para lugares óbvios e nunca a pegam. Ou seja, as tomadas de decisões dos personagens subestimam a inteligência de quem assiste. Fora isso, possui alguns furos na narrativa que ficam muito em aberto, sem uma explicação minimamente convincente. Uma pena, pois apesar de tudo o conceito do filme é bom e prende a atenção, com boa trilha e boas atuações.
Como crítica política, o filme é perfeito. Muitas coisas faladas valem até hoje. Mas em termos de entretenimento, piadas e história, talvez seja o pior filme dele: muito arrastado e sem clímax.
Um filme que tem como principal qualidade a fotografia e a forma de se contar a história. Sobretudo no tema principal do filme, onde o espectador começa achando que é sobre uma caça ao suspeito de um crime mas percebe que na verdade é um filme sobre conflitos internos. A montagem dita o ritmo do filme, principalmente quando mistura a ordem cronológica das ações, contribuindo e muito para o dinamismo da narrativa. Porém, da mesma forma que ajuda nesse aspecto, também atrapalha no fato de que há um excesso de slow motion em momentos que talvez não encaixam (banalização do slow), fazendo com que a história perca um pouco da fluidez, mais parecendo um videoclipe. Tais momentos poderiam ser melhores selecionados.
Zumbis em Marte. Preciso falar que é ridículo?! Patético nesse filme é um elogio. Fotografia irritante em que você não vê nada nos momentos de ação. A única coisa que se salva são os efeitos, mas que na verdade acabam sendo inúteis dentro de um roteiro bizonho.
Quem acha esse filme parado precisa rever o conceito de "parado". Longe disso. Imagino essas pessoas vendo "2001, Uma Odisseia no Espaço" ou "Koyaanisqatsi". O que iriam achar?! Sem contar que o fato de ser ou não parado não pode ser a única justificativa para um filme ser bom ou ruim. "O Confeiteiro" é um bom filme, com ótima fotografia e excelentes atuações. Possui uma narrativa muito bem construída, fazendo um paralelo entre a sutileza da confeitaria e as relações humanas.
Arrastado demais. A história não se desenrola e fica batendo sempre na mesma tecla, que são as saídas do gato. O filme poderia ser resolvido mais rapidamente, mas é um bom roteiro e bem feito.
Pra quem gostou de filmes como Interestellar, Gravidade ou Perdido em Marte, Ad Astra não empolga. A falta de trabalho sonoro nesse filme me incomodou e muito. Acabou com a narrativa que já não era lá essas coisas, com vários fatos que não fazem o menor sentido nem mesmo em uma ficção científica.
Obs: Algumas imagens no espaço estavam pessimamente perspectivadas com a realidade.
Entendo aqueles que vangloriam esse filme pelo viés político que ele tem, sobretudo o valor histórico das obras do Glauber Rocha no cinema nacional, isso é inegável. Porém cinema não é só política e história, precisa ser também um entretenimento, senão vira algo punitivo pra quem assiste; é justamente nisso que esse e outros filmes do Glauber Rocha se perdem: na forma de se fazer a narrativa para que não seja arrastada. E se ninguém tem coragem pra dizer, eu tenho: Glauber Rocha é chato pra caralho. Não tem um filme que não seja cansativo ou insuportável. Esse, mais uma vez, é um poderoso sonífero. Porém, politicamente espetacular.
Fotografia excelente, ótima direção de arte, grandes atuações e músicas nos momentos certos, sem atrapalhar a narrativa. Talvez o único musical próximo do Cantando na Chuva.
Se você já viu o dia da marmota ("Feitiço do tempo", que inclusive é citado no filme), a chance de achar esse filme chato é maior. Pois vira "mais do mesmo", uma mera cópia em vários aspectos da narrativa e estética.
Mais um roteiro que subestima a inteligência de quem assiste. Além disso é cansativo, não sai do lugar, é tudo muito igual o filme todo. Forçam a barra nas ações dos personagens....tosco.
Que mania as pessoas tem de comparar livro com filme. NUNCA VAI SER IGUAL, são coisas diferentes, por isso é uma adaptação! Filme precisa ser visto como filme, já o livro, precisa ser lido como livro; não adianta querer cobrar características de um no outro, é tão óbvio. Esse filme é uma baita obra de arte em todos os aspectos.
O mais bizarro é ter comentário indignado com a nota do filme, questionando o motivo. Simples, é baixa porque tem efeitos toscos, roteiro juvenil e atuações que beiram o ridículo.
É um filme que não pode ser visto sem saber o conceito de teatro do absurdo, sem estar disposto a refletir sobre a proposta ou sem paciência. Esteticamente tem planos parados, lentos, como se fosse uma pintura, com figurinos e cenários com tons apagados, fazendo da fotografia uma bela obra de arte. Os personagens tem maquiagens de defuntos, ironizando a vida da qual vivemos, onde parecemos um bando de zumbis na Terra sem propósito algum, o que justifica as inúmeras esquetes sem a estrutura de narrativa convencional do cinema; apenas nos mostra o belo nada do qual vivemos: absurdo e sem sentido como as mortes mostradas no início do filme, sempre ao som dos pombos nos vigiando e refletindo, como se fossem mensageiros da nossa história. Por fim, o capítulo homo sapiens nos mostra com ironia e humor negro a maldade dos Homens, que poderia ser um sonho, de tão absurda que ela chega a ser. Teoricamente e esteticamente é muito bonito, mas na prática é inegável que fica um filme um pouco cansativo.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KUma aula de direção de arte e principalmente de fotografia, unidas por uma correção de cor chamativa, que abusa da saturação. É um filme de personalidade própria, com sua base estética sendo cumprida a risca do início ao fim: movimentos de câmera no timing das ações, perfeição e cuidado estético no enquadramento (simetria dos planos) e montagem ágil com uma trilha em perfeita sintonia. Tudo isso colabora por completo com a ideia de brincar com a imaginação do espectador, representando na forma audiovisual os nossos pensamentos quando ouvimos uma pessoa contando uma história para nós. É como se viajássemos mentalmente durante a história. Porém o que me incomoda um pouco é a agilidade em que a narrativa é construída e trabalhada durante o filme, pois por mais que faça sentido no contexto citado acima, acaba atrapalhando a trama em alguns momentos e o desenvolvimento dos personagens.
Cemitério Maldito 2
2.8 266 Assista AgoraTive a sensação que o roteirista abandonou o trabalho pela metade e chamaram um chimpanzé para terminar de escrever a história. Não lembro de cabeça um filme que decai tanto do meio para o fim. É absurdamente bizarro o quanto o roteiro se perde.
Dente Canino
3.8 1,2KClaramente é um filme sobre alienação, mas não da para cravarmos 100% se é uma analogia com a política, vida social ou outra coisa. A narrativa não te da referências para você pensar por um caminho, tudo fica muito generalista/vago, fazendo com que o espectador tente achar um sentido no meio de 200 possibilidades (se é que existe um sentido). É uma ideia mal executada de tal forma que o filme parece não ter clímax. Vira apenas uma rotina com repetições excessivas de "vários nadas" durante 94 minutos.
Gritos e Sussurros
4.3 472Fotografia excelen.....dormi. fim.
Faça a Coisa Certa
4.2 398Se tem um filme que mostra todas as faces e complexidade do racismo, é esse. Roteiro sensacional e atual. Pra fechar com chave de ouro, é dirigido de forma fenomenal, com atuações excelentes e fotografia de personalidade, que dialoga com as ações do filme.
O Invisível
3.5 595O roteiro tem duas falhas gerais em termos de personagem que acabam atrapalhando muito na narrativa: o amigo do Nick, que é burro ao extremo em vários momentos do filme, e a menina criminosa, que sempre consegue fugir de forma ridícula para lugares óbvios e nunca a pegam. Ou seja, as tomadas de decisões dos personagens subestimam a inteligência de quem assiste. Fora isso, possui alguns furos na narrativa que ficam muito em aberto, sem uma explicação minimamente convincente. Uma pena, pois apesar de tudo o conceito do filme é bom e prende a atenção, com boa trilha e boas atuações.
O Jeca e a Égua Milagrosa
3.5 29Como crítica política, o filme é perfeito. Muitas coisas faladas valem até hoje. Mas em termos de entretenimento, piadas e história, talvez seja o pior filme dele: muito arrastado e sem clímax.
Paranoid Park
3.6 325Um filme que tem como principal qualidade a fotografia e a forma de se contar a história. Sobretudo no tema principal do filme, onde o espectador começa achando que é sobre uma caça ao suspeito de um crime mas percebe que na verdade é um filme sobre conflitos internos. A montagem dita o ritmo do filme, principalmente quando mistura a ordem cronológica das ações, contribuindo e muito para o dinamismo da narrativa. Porém, da mesma forma que ajuda nesse aspecto, também atrapalha no fato de que há um excesso de slow motion em momentos que talvez não encaixam (banalização do slow), fazendo com que a história perca um pouco da fluidez, mais parecendo um videoclipe. Tais momentos poderiam ser melhores selecionados.
O Planeta Vermelho
2.5 139Zumbis em Marte. Preciso falar que é ridículo?! Patético nesse filme é um elogio. Fotografia irritante em que você não vê nada nos momentos de ação. A única coisa que se salva são os efeitos, mas que na verdade acabam sendo inúteis dentro de um roteiro bizonho.
A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
3.5 754Toy Story de Carne osso X Shrek, o Demente
O Confeiteiro
3.7 102Quem acha esse filme parado precisa rever o conceito de "parado". Longe disso. Imagino essas pessoas vendo "2001, Uma Odisseia no Espaço" ou "Koyaanisqatsi". O que iriam achar?! Sem contar que o fato de ser ou não parado não pode ser a única justificativa para um filme ser bom ou ruim. "O Confeiteiro" é um bom filme, com ótima fotografia e excelentes atuações. Possui uma narrativa muito bem construída, fazendo um paralelo entre a sutileza da confeitaria e as relações humanas.
O Diabólico Agente D.C.
3.6 14 Assista AgoraArrastado demais. A história não se desenrola e fica batendo sempre na mesma tecla, que são as saídas do gato. O filme poderia ser resolvido mais rapidamente, mas é um bom roteiro e bem feito.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 852 Assista AgoraPra quem gostou de filmes como Interestellar, Gravidade ou Perdido em Marte, Ad Astra não empolga. A falta de trabalho sonoro nesse filme me incomodou e muito. Acabou com a narrativa que já não era lá essas coisas, com vários fatos que não fazem o menor sentido nem mesmo em uma ficção científica.
Obs: Algumas imagens no espaço estavam pessimamente perspectivadas com a realidade.
Terra em Transe
4.1 286 Assista AgoraEntendo aqueles que vangloriam esse filme pelo viés político que ele tem, sobretudo o valor histórico das obras do Glauber Rocha no cinema nacional, isso é inegável. Porém cinema não é só política e história, precisa ser também um entretenimento, senão vira algo punitivo pra quem assiste; é justamente nisso que esse e outros filmes do Glauber Rocha se perdem: na forma de se fazer a narrativa para que não seja arrastada. E se ninguém tem coragem pra dizer, eu tenho: Glauber Rocha é chato pra caralho. Não tem um filme que não seja cansativo ou insuportável. Esse, mais uma vez, é um poderoso sonífero. Porém, politicamente espetacular.
O Vendedor de Linguiça
3.6 57A narrativa/estética desse filme me lembrou o Cinema Italiano mais ou menos desse período. Um dos melhores e mais engraçados do Mazzaropi.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraFotografia excelente, ótima direção de arte, grandes atuações e músicas nos momentos certos, sem atrapalhar a narrativa. Talvez o único musical próximo do Cantando na Chuva.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraSe você já viu o dia da marmota ("Feitiço do tempo", que inclusive é citado no filme), a chance de achar esse filme chato é maior. Pois vira "mais do mesmo", uma mera cópia em vários aspectos da narrativa e estética.
A Casa Amaldiçoada
2.7 321 Assista AgoraChapolin da inveja nesse filme quando o assunto é efeitos especiais.
Breaking In: A Invasão
2.9 135Mais um roteiro que subestima a inteligência de quem assiste. Além disso é cansativo, não sai do lugar, é tudo muito igual o filme todo. Forçam a barra nas ações dos personagens....tosco.
Ma
2.6 633 Assista AgoraRoteiro que subestima a inteligência de quem está assistindo, sobretudo nas ações dos personagens.
Seven in Heaven
2.3 42 Assista AgoraMistura do Dia da Marmota com Inception na versão armários. Só que mal feito.
O Caçador de Pipas
3.7 1,3K Assista AgoraQue mania as pessoas tem de comparar livro com filme. NUNCA VAI SER IGUAL, são coisas diferentes, por isso é uma adaptação! Filme precisa ser visto como filme, já o livro, precisa ser lido como livro; não adianta querer cobrar características de um no outro, é tão óbvio. Esse filme é uma baita obra de arte em todos os aspectos.
A Boneca do Mal
1.9 95 Assista AgoraO mais bizarro é ter comentário indignado com a nota do filme, questionando o motivo. Simples, é baixa porque tem efeitos toscos, roteiro juvenil e atuações que beiram o ridículo.
Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência
3.6 267 Assista AgoraÉ um filme que não pode ser visto sem saber o conceito de teatro do absurdo, sem estar disposto a refletir sobre a proposta ou sem paciência. Esteticamente tem planos parados, lentos, como se fosse uma pintura, com figurinos e cenários com tons apagados, fazendo da fotografia uma bela obra de arte. Os personagens tem maquiagens de defuntos, ironizando a vida da qual vivemos, onde parecemos um bando de zumbis na Terra sem propósito algum, o que justifica as inúmeras esquetes sem a estrutura de narrativa convencional do cinema; apenas nos mostra o belo nada do qual vivemos: absurdo e sem sentido como as mortes mostradas no início do filme, sempre ao som dos pombos nos vigiando e refletindo, como se fossem mensageiros da nossa história. Por fim, o capítulo homo sapiens nos mostra com ironia e humor negro a maldade dos Homens, que poderia ser um sonho, de tão absurda que ela chega a ser.
Teoricamente e esteticamente é muito bonito, mas na prática é inegável que fica um filme um pouco cansativo.