Muito, muito ruim. Nem Gary Oldman consegue salvar o filme da mediocridade.
Como dito pelo colega abaixo, uma tentativa — falha — de reproduzir o estilo de Tarantino e Guy Ritchie. Os diálogos são péssimos e toda e qualquer tentativa de fazer humor é forçada e fracassada. E o que falar do excesso de plot twists, então? São tantas as reviravoltas, especialmente nos últimos 15 minutos, que fazem perder qualquer possível impacto, e, por conseguinte, qualquer sentido de existência.
Parece que o filme já nasceu velho, datado. Tem a vibe daqueles filmes ruins e desconhecidos que passavam na madrugada dos anos 90 em algum canal de tv por assinatura.
Imagens lindas, histórias incríveis — John Frum! — e uma sensibilidade poética que poucos saberiam transpor para a tela da mesma forma que Herzog. Achei o Clive Oppenheimer muito simpático também — definitivamente ajudou a tornar o documentário ainda melhor.
O ritmo é lento, talvez arrastado, e um tanto contemplativo — e isso é que torna essa jornada acerca de vulcões e lendas ao redor deles ainda melhor; acho que às vezes precisamos nos voltar a histórias simples, sem tanta profundidade, como essa.
ODIEI esse filme por estragar a Ária da Rainha da Noite para mim. é uma das peças musicais que mais gosto, e por algum tempo vou lembrar do filme quando ouvi-la
dito isso, ótimo filme. fiquei muito imerso e tenso. não pisquei o olho um segundo
filme gostosinho demais. a trama é tão simples que pode ser considerada ingênua. os personagens principais são bem bonitos — cada um a seu próprio modo — e aquelas cenas no parque-carnaval, mesmo sem acrescentar nada à história, são lindas e tem um quê de nostálgicas.
filme absurdamente melancólico e triste. usa uma artimanha da ficção científica — temos que aceitar as premissas que são dadas: existe vida pós-morte; foi criado um aparelho que nos permite gravar essa vida — como pano de fundo para discutir questões como escolhas, renúncias, perdão e redenção.
gosto de como usaram a água como símbolo: o filme se inicia na água e termina na água; as mortes estão intimamente relacionadas à água; a água representa a vida e as ondas representam o loop infinito que é essa vida que se vive, especialmente no contexto do filme.
e que fotografia lindíssima. conseguiu transmitir bem a melancolia e a soturnidade que o roteiro busca passar. aquela cena dos dois personagens principais sentados na areia, à beira mar, é visualmente muito bonita e delicada.
Admiro muito o Bernstein (as conduções de Mahler dele são das minhas preferidas); logo, estava bem ansioso, mas ao final do filme fiquei bastante decepcionado.
O filme me pareceu um monte de cenas desconexas sem um fio narrativo evidente, o que dificultou muito a empatia com os personagens. Essas cenas seguiam uma linha do tempo, mas não parecia haver um nexo de causalidade entre elas, sabe?, o que gerava esse desinteresse no enredo, que é tão rico; tal escolha narrativa feita pelo roteiro deixou o filme sem vida, sem alma, muito diferente das conduções e peças feitas por Bernstein.
Como fã de música erudita, senti um pouco de falta de conteúdo técnico sobre essa parte tão importante da vida de Bernstein. Entretanto, entendo que é um filme feito para leigos, ao contrário do maravilhoso Tár (esse sim, um FILME sobre maestro).
Quanto às atuações, não vi tudo isso que estão falando não... achei o ator (e diretor, e roteirista) Bradley Cooper e a Carey Mulligan bem ok no filme. Se não me passaram qualquer tipo de empatia, qualquer tipo de sentimento quanto aos personagens, sendo que esse era o objetivo, como posso avaliar a atuação deles como boa? Ou seja, por mais que se esforçassem, não conseguiram salvar esse roteiro anêmico. O único momento de empatia existente é próximo ao final do filme, quando
A vitória da Itália na Guerra da Líbia e as tensões pré-PGM levaram o cinema italiano a filmar uma série de épicos sobre o passado glorioso do país. Cabíria talvez tenha sido o maior e mais ambicioso deles.
Inacreditável o quanto esse filme é grandioso, monumental e imponente, mesmo para os dias de hoje. Imaginem fazer a cena dos elefantes nos alpes, ou então aquela megalomania magnífica das cenas do ritual de sacrifício. Mais de cinco mil atores! Mal consigo imaginar a loucura que deve ter sido filmar isso tudo.
Pena que o roteiro seja um pouco inchado e confuso, o que de forma alguma tira o brilho desse colosso de filme que é Cabíria. Essencial.
Achei a direção muito competente e os efeitos visuais brilhantes, realmente dignos de nota. O filme é visualmente muito impactante e há algo de autoral aqui, ainda que não saia da camada superficial.
Uma pena que o roteiro não tenha o mesmo padrão de qualidade da direção: não há empatia do espectador com os personagens em nenhum momento; é forçado certo sentimentalismo que simplesmente não convence.
Considerando que o filme foi dirigido e roteirizado pelo mesmo Gareth Edwards (diretor de Rogue One, cujo roteiro foi escrito por outros), voltamos àquela velha máxima: nem todo diretor competente é um roteirista competente.
Um deleite para amantes e aprendizes da música clássica.
A exigência e a busca pelo perfeccionismo na infância de Anna resultaram em uma mulher altamente rigorosa consigo mesma e com aqueles à sua volta: com seu aluno, com seu filho e com seu marido, levando a necessidade de perfeição ao extremo e à sua própria falha. Falha como violinista, como professora, como mãe, como esposa.
Curiosidade: Nina Hoss também interpreta uma violinista em "Tár". Diria que são filmes complementares, inclusive.
Filme de investigação com pitadas de terror que pode agradar a fãs dos dois gêneros.
O ator-diretor está bem como Poirot. O filme não fica cansativo em nenhum momento; a narrativa é propositalmente lenta para criar um constante clima de tensão, mas, paradoxalmente, tal lentidão e tensão faz com que o filme pareça mais rápido do que e realmente é. As cenas são bem filmadas (tem uma em especial em que a câmera dá uma cambalhota em volta do Poirot) e o resultado final é satisfatório. Achei divertidíssimo.
"não fosse a lembrança da mocidade, não se ressentiria a velhice. toda doença consiste em não se saber fazer mais o que se soube fazer outrora. pois o velho, em seu gênero, é, decerto, uma criatura tão perfeita como o moço no seu.”
É difícil encontrar algo para ser elogiado aqui. Infelizmente tudo falha, desde os aspectos de roteiro até as escolhas de direção, incluindo as atuações. Cláudia Abreu é uma atriz da qual eu gosto muito, mas o roteiro é tão pobre e os diálogos são tão mal escritos que nem Katharine Hepburn salvaria. Além dos diálogos ruins, as situações são completamente inverossímeis, a narrativa intercalada de flashbacks não convence, e o filme segue para um caminho violentamente piegas, se é que isso existe.
As escolhas técnicas são também um tanto questionáveis. O filtro azul-cinza pálido-desbotado em todas as cenas soa artificial, pois ocorre até em externas em que claramente está um sol de rachar, deixando as cenas com um efeito estranho, até desagradável. Entendo que é para dar um "tom" emocionalmente triste e pesado ao filme, mas esse filtro só piora tudo. O excesso de close na cara dos personagens também é algo um tanto incômodo e, na minha visão, desnecessário.
É um filme muito solene, que se leva a sério demais, que tenta forçar uma dramaticidade e uma austeridade que estão longe de convencer.
Dois núcleos aparentemente distintos — um vilarejo semi-rural e a gravação de um filme urbano — são, na verdade, representações de um mesmo fenômeno. Enquanto no vilarejo a repressão vem da tradição e da superstição (e, posteriormente, do aparato estatal), na realização do filme a repressão vem da própria ficção, do próprio ato de se gravar um filme, que por sua vez se baseia na história real dos próprios atores.
A forma como o diretor brinca — com um propósito sério — com o limite entre fantasia e realidade é tão intensa e voraz quanto as fronteiras entre sua própria vida e a de seu personagem. Afinal, o próprio Panahi foi proibido de gravar no Irã, sendo preso pelo regime opressor do Aiatolá Khamenei devido à realização deste mesmo filme, o que deixa evidente que ficção e realidade são bem mais próximas do que parece.
Certamente está entre os cinco piores filmes que já vi na vida.
NADA se salva. Tudo é tosco, caricato, chato, ruim. Até o soft porn é ruim. O filme sequer é digno de Band Privê; Emanuelle dá de dez a zero nessa nulidade.
A trilha sonora é medonha. Enquanto eles estão f*dendo na cama, no gabinete, no barco, na praia, vem uma musiquinha mela-cueca para encher o saco.
As atuações são sofríveis. Não é preciso nem saber polonês para perceber. O que foi aquela cena ridícula do tal Max gritando na praia algo como "POR QUE ESSAS COISAS ACONTECEM COMIGOOOO"? Um bebê de seis meses atuaria melhor.
Aliás, esse ator que faz o Max, hein... qual o motivo de ele ser o galã da história? Ele nem é bonito, tem o carisma de uma porta, não sabe nem falar direito... e "come" a juíza só com os olhos durante uma audiência judicial, e depois "come" ela no escritório do fórum, dessa vez de forma mais carnal, sem FALAR nenhuma palavra. Mas nem se fosse o Henry Cavill. Sem contar que o cara é onipresente, tá em todo lugar.
Em 365 dni pelo menos dá para dar umas risadas, aqui nem isso.
Poucas vezes eu fiquei tão irritado por causa da RUINDADE de um filme. Só não saí da sala de cinema antes do filme acabar por causa de um princípio que tenho de nunca abandonar um filme antes do fim (tosco, eu sei, não tem porque ficar com esse masoquismo). Mas a vontade foi grande.
O comentário mais curtido dessa página era tão bonito e expressivo. Lembro que começava assim: "Falar sobre esse filme é complicado.".
Hoje, mais de dez anos após ter assistido a esse filme e ter lido esse comentário, voltei aqui para relê-lo e descobri que não está mais aqui. Provavelmente o autor excluiu sua conta, o que é uma pena. Queria tanto ler esse comentário novamente. :~
Nora, aos poucos, percebe que ninguém sabe nada sobre essa confusão enorme que é a vida, o mundo, o cosmo, e que todos nós estamos flutuando eternamente entre várias camadas de sentimentos malucos, tentando encontrar sentido em algo que é ininteligível. A metáfora — ou, porque não, a alegoria — do rompimento do casulo e da metamorfose da borboleta é tão óbvia quanto perfeita.
Perfeitas também são a estética e a trilha sonora, que nos transportam de volta àquele frescor delicioso e inquietante da juventude. Uma preciosidade.
Que filme insuportável, com personagens insuportáveis, situações insuportáveis e piadas insuportáveis. O filme conseguiu fazer até o Lebron ser insuportável. O único personagem realmente interessante é o pai da Amy.
Incrível como o Judd Apatow não conseguiu fazer mais nada que preste depois da maravilhosa Freaks and Geeks. Vendo os filmes que ele fez depois, me pergunto como pode ser a mesma pessoa...
Ao contrário da maioria dos comentários abaixo, gostei de tudo no filme.
Gostei de como a narrativa se inicia, com sua premissa singular e não histórica; gostei dos diálogos pretensamente filosóficos e reflexivos; gostei dos cortes abruptos e do abuso do primeiríssimo plano (especialmente facial); gostei da externalização dos pensamentos dos personagens; gostei de como não sabemos nada dos personagens; AMEI a iluminação e a trilha sonora; enfim, gostei de como ele é cru, precário e vil, oportunamente vil.
Tiros, Garotas e Trapaças
2.7 32 Assista AgoraMuito, muito ruim. Nem Gary Oldman consegue salvar o filme da mediocridade.
Como dito pelo colega abaixo, uma tentativa — falha — de reproduzir o estilo de Tarantino e Guy Ritchie. Os diálogos são péssimos e toda e qualquer tentativa de fazer humor é forçada e fracassada. E o que falar do excesso de plot twists, então? São tantas as reviravoltas, especialmente nos últimos 15 minutos, que fazem perder qualquer possível impacto, e, por conseguinte, qualquer sentido de existência.
Parece que o filme já nasceu velho, datado. Tem a vibe daqueles filmes ruins e desconhecidos que passavam na madrugada dos anos 90 em algum canal de tv por assinatura.
Visita ao Inferno
4.0 39 Assista AgoraAchei do caralho.
Imagens lindas, histórias incríveis — John Frum! — e uma sensibilidade poética que poucos saberiam transpor para a tela da mesma forma que Herzog. Achei o Clive Oppenheimer muito simpático também — definitivamente ajudou a tornar o documentário ainda melhor.
O ritmo é lento, talvez arrastado, e um tanto contemplativo — e isso é que torna essa jornada acerca de vulcões e lendas ao redor deles ainda melhor; acho que às vezes precisamos nos voltar a histórias simples, sem tanta profundidade, como essa.
À Procura
2.8 279 Assista AgoraODIEI esse filme por estragar a Ária da Rainha da Noite para mim. é uma das peças musicais que mais gosto, e por algum tempo vou lembrar do filme quando ouvi-la
dito isso, ótimo filme. fiquei muito imerso e tenso. não pisquei o olho um segundo
A Mala e os Errantes
3.1 48 Assista Agorafilme gostosinho demais. a trama é tão simples que pode ser considerada ingênua. os personagens principais são bem bonitos — cada um a seu próprio modo — e aquelas cenas no parque-carnaval, mesmo sem acrescentar nada à história, são lindas e tem um quê de nostálgicas.
Ficção Americana
3.8 368 Assista AgoraLançamento no Brasil dia 27 de fevereiro no Prime Video
A Descoberta
3.3 385 Assista Agorafilme absurdamente melancólico e triste. usa uma artimanha da ficção científica — temos que aceitar as premissas que são dadas: existe vida pós-morte; foi criado um aparelho que nos permite gravar essa vida — como pano de fundo para discutir questões como escolhas, renúncias, perdão e redenção.
gosto de como usaram a água como símbolo: o filme se inicia na água e termina na água; as mortes estão intimamente relacionadas à água; a água representa a vida e as ondas representam o loop infinito que é essa vida que se vive, especialmente no contexto do filme.
e que fotografia lindíssima. conseguiu transmitir bem a melancolia e a soturnidade que o roteiro busca passar. aquela cena dos dois personagens principais sentados na areia, à beira mar, é visualmente muito bonita e delicada.
Maestro
3.1 260Admiro muito o Bernstein (as conduções de Mahler dele são das minhas preferidas); logo, estava bem ansioso, mas ao final do filme fiquei bastante decepcionado.
O filme me pareceu um monte de cenas desconexas sem um fio narrativo evidente, o que dificultou muito a empatia com os personagens. Essas cenas seguiam uma linha do tempo, mas não parecia haver um nexo de causalidade entre elas, sabe?, o que gerava esse desinteresse no enredo, que é tão rico; tal escolha narrativa feita pelo roteiro deixou o filme sem vida, sem alma, muito diferente das conduções e peças feitas por Bernstein.
Como fã de música erudita, senti um pouco de falta de conteúdo técnico sobre essa parte tão importante da vida de Bernstein. Entretanto, entendo que é um filme feito para leigos, ao contrário do maravilhoso Tár (esse sim, um FILME sobre maestro).
Quanto às atuações, não vi tudo isso que estão falando não... achei o ator (e diretor, e roteirista) Bradley Cooper e a Carey Mulligan bem ok no filme. Se não me passaram qualquer tipo de empatia, qualquer tipo de sentimento quanto aos personagens, sendo que esse era o objetivo, como posso avaliar a atuação deles como boa? Ou seja, por mais que se esforçassem, não conseguiram salvar esse roteiro anêmico. O único momento de empatia existente é próximo ao final do filme, quando
a Felicia é diagnosticada com câncer.
O ponto alto do filme, de longe, foi a representação da condução épica do finale da Segunda de Mahler em Londres. Cena lindíssima.
Cabiria
4.0 20A vitória da Itália na Guerra da Líbia e as tensões pré-PGM levaram o cinema italiano a filmar uma série de épicos sobre o passado glorioso do país. Cabíria talvez tenha sido o maior e mais ambicioso deles.
Inacreditável o quanto esse filme é grandioso, monumental e imponente, mesmo para os dias de hoje. Imaginem fazer a cena dos elefantes nos alpes, ou então aquela megalomania magnífica das cenas do ritual de sacrifício. Mais de cinco mil atores! Mal consigo imaginar a loucura que deve ter sido filmar isso tudo.
Pena que o roteiro seja um pouco inchado e confuso, o que de forma alguma tira o brilho desse colosso de filme que é Cabíria. Essencial.
Resistência
3.3 263 Assista AgoraAchei a direção muito competente e os efeitos visuais brilhantes, realmente dignos de nota. O filme é visualmente muito impactante e há algo de autoral aqui, ainda que não saia da camada superficial.
Uma pena que o roteiro não tenha o mesmo padrão de qualidade da direção: não há empatia do espectador com os personagens em nenhum momento; é forçado certo sentimentalismo que simplesmente não convence.
Considerando que o filme foi dirigido e roteirizado pelo mesmo Gareth Edwards (diretor de Rogue One, cujo roteiro foi escrito por outros), voltamos àquela velha máxima: nem todo diretor competente é um roteirista competente.
A Professora de Violino
3.5 8 Assista AgoraUm deleite para amantes e aprendizes da música clássica.
A exigência e a busca pelo perfeccionismo na infância de Anna resultaram em uma mulher altamente rigorosa consigo mesma e com aqueles à sua volta: com seu aluno, com seu filho e com seu marido, levando a necessidade de perfeição ao extremo e à sua própria falha. Falha como violinista, como professora, como mãe, como esposa.
Curiosidade: Nina Hoss também interpreta uma violinista em "Tár". Diria que são filmes complementares, inclusive.
A Noite das Bruxas
3.3 184Filme de investigação com pitadas de terror que pode agradar a fãs dos dois gêneros.
O ator-diretor está bem como Poirot. O filme não fica cansativo em nenhum momento; a narrativa é propositalmente lenta para criar um constante clima de tensão, mas, paradoxalmente, tal lentidão e tensão faz com que o filme pareça mais rápido do que e realmente é. As cenas são bem filmadas (tem uma em especial em que a câmera dá uma cambalhota em volta do Poirot) e o resultado final é satisfatório. Achei divertidíssimo.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista Agora"não fosse a lembrança da mocidade, não se ressentiria a velhice. toda doença consiste em não se saber fazer mais o que se soube fazer outrora. pois o velho, em seu gênero, é, decerto, uma criatura tão perfeita como o moço no seu.”
lichtenberg em "aforismos".
Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança
2.3 8É difícil encontrar algo para ser elogiado aqui. Infelizmente tudo falha, desde os aspectos de roteiro até as escolhas de direção, incluindo as atuações. Cláudia Abreu é uma atriz da qual eu gosto muito, mas o roteiro é tão pobre e os diálogos são tão mal escritos que nem Katharine Hepburn salvaria. Além dos diálogos ruins, as situações são completamente inverossímeis, a narrativa intercalada de flashbacks não convence, e o filme segue para um caminho violentamente piegas, se é que isso existe.
As escolhas técnicas são também um tanto questionáveis. O filtro azul-cinza pálido-desbotado em todas as cenas soa artificial, pois ocorre até em externas em que claramente está um sol de rachar, deixando as cenas com um efeito estranho, até desagradável. Entendo que é para dar um "tom" emocionalmente triste e pesado ao filme, mas esse filtro só piora tudo. O excesso de close na cara dos personagens também é algo um tanto incômodo e, na minha visão, desnecessário.
É um filme muito solene, que se leva a sério demais, que tenta forçar uma dramaticidade e uma austeridade que estão longe de convencer.
Berberian Sound Studio
3.3 35 Assista Agoraquero assistir só por causa da trilha do broadcast, pela qual sou apaixonado
Sede Assassina
3.4 161 Assista AgoraQue voz tem o Ralph Ineson... coisa de louco. Enquanto seu personagem falava, eu só conseguia prestar atenção em sua voz.
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 780 Assista AgoraFALTOU O MELHOR PERSONAGEM (Wario)
Sem Ursos
3.9 15 Assista AgoraDois núcleos aparentemente distintos — um vilarejo semi-rural e a gravação de um filme urbano — são, na verdade, representações de um mesmo fenômeno. Enquanto no vilarejo a repressão vem da tradição e da superstição (e, posteriormente, do aparato estatal), na realização do filme a repressão vem da própria ficção, do próprio ato de se gravar um filme, que por sua vez se baseia na história real dos próprios atores.
A forma como o diretor brinca — com um propósito sério — com o limite entre fantasia e realidade é tão intensa e voraz quanto as fronteiras entre sua própria vida e a de seu personagem. Afinal, o próprio Panahi foi proibido de gravar no Irã, sendo preso pelo regime opressor do Aiatolá Khamenei devido à realização deste mesmo filme, o que deixa evidente que ficção e realidade são bem mais próximas do que parece.
Desejo Proibido
1.8 34 Assista AgoraCertamente está entre os cinco piores filmes que já vi na vida.
NADA se salva. Tudo é tosco, caricato, chato, ruim. Até o soft porn é ruim. O filme sequer é digno de Band Privê; Emanuelle dá de dez a zero nessa nulidade.
A trilha sonora é medonha. Enquanto eles estão f*dendo na cama, no gabinete, no barco, na praia, vem uma musiquinha mela-cueca para encher o saco.
As atuações são sofríveis. Não é preciso nem saber polonês para perceber. O que foi aquela cena ridícula do tal Max gritando na praia algo como "POR QUE ESSAS COISAS ACONTECEM COMIGOOOO"? Um bebê de seis meses atuaria melhor.
Aliás, esse ator que faz o Max, hein... qual o motivo de ele ser o galã da história? Ele nem é bonito, tem o carisma de uma porta, não sabe nem falar direito... e "come" a juíza só com os olhos durante uma audiência judicial, e depois "come" ela no escritório do fórum, dessa vez de forma mais carnal, sem FALAR nenhuma palavra. Mas nem se fosse o Henry Cavill. Sem contar que o cara é onipresente, tá em todo lugar.
Em 365 dni pelo menos dá para dar umas risadas, aqui nem isso.
Poucas vezes eu fiquei tão irritado por causa da RUINDADE de um filme. Só não saí da sala de cinema antes do filme acabar por causa de um princípio que tenho de nunca abandonar um filme antes do fim (tosco, eu sei, não tem porque ficar com esse masoquismo). Mas a vontade foi grande.
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraO comentário mais curtido dessa página era tão bonito e expressivo. Lembro que começava assim: "Falar sobre esse filme é complicado.".
Hoje, mais de dez anos após ter assistido a esse filme e ter lido esse comentário, voltei aqui para relê-lo e descobri que não está mais aqui. Provavelmente o autor excluiu sua conta, o que é uma pena. Queria tanto ler esse comentário novamente. :~
Casulo
3.8 11Nora, aos poucos, percebe que ninguém sabe nada sobre essa confusão enorme que é a vida, o mundo, o cosmo, e que todos nós estamos flutuando eternamente entre várias camadas de sentimentos malucos, tentando encontrar sentido em algo que é ininteligível. A metáfora — ou, porque não, a alegoria — do rompimento do casulo e da metamorfose da borboleta é tão óbvia quanto perfeita.
Perfeitas também são a estética e a trilha sonora, que nos transportam de volta àquele frescor delicioso e inquietante da juventude. Uma preciosidade.
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 691 Assista AgoraO quanto Bill Skarsgård tá lindo nesse filme é absurdo. Coisa de louco.
Descompensada
2.9 347 Assista AgoraQue filme insuportável, com personagens insuportáveis, situações insuportáveis e piadas insuportáveis. O filme conseguiu fazer até o Lebron ser insuportável. O único personagem realmente interessante é o pai da Amy.
Incrível como o Judd Apatow não conseguiu fazer mais nada que preste depois da maravilhosa Freaks and Geeks. Vendo os filmes que ele fez depois, me pergunto como pode ser a mesma pessoa...
Close
4.2 470 Assista Agorathey just want to be one
they're not kissing
and they're not fucking
they're just having fun, fun, fun, fun, fun
they were connected
at the back of the head
they got a conduit
their minds are the same
Medo e Desejo
2.9 93 Assista AgoraAo contrário da maioria dos comentários abaixo, gostei de tudo no filme.
Gostei de como a narrativa se inicia, com sua premissa singular e não histórica; gostei dos diálogos pretensamente filosóficos e reflexivos; gostei dos cortes abruptos e do abuso do primeiríssimo plano (especialmente facial); gostei da externalização dos pensamentos dos personagens; gostei de como não sabemos nada dos personagens; AMEI a iluminação e a trilha sonora; enfim, gostei de como ele é cru, precário e vil, oportunamente vil.
Queria até que fosse mais longo...