História que começa cheia de garra, narrando as mazelas da vida e a luta por terras mas no final toda a construção do personagem principal, sua luta e determinação vão pelo ralo abaixo Passou a impressão que o roteirista passou mal e depois do ataque do touro e largou a cargo de quem soubesse apenas escrever terminar essa história tola. Nada faz sentido. Enredo costurado pegando tudo que há de pior na criação de um filme. Latifundiário esganado e implacável, filho mimado, rico, inútil e abusador, policiais corruptos, roubo de propriedade privada como em um faroeste, cidade vendida em todos os níveis para o latifundiário que ama mais seu touro que o filho, mulher do pseudo herói sendo uma tola manipulável, pai que sofreu maus tratos e foi severamente espancado, enfim cara escolheu a dedo e criou essa caixa de Pandora que abre assim que damos o play
Desculpa se ofendi algum pseudo intelectual mas essa é minha opinião. Não recomendo a ninguém. Não vi nada de positivo nesse filme. É como comer pão com abacate amassado.
Filme adaptado pelos diretores Tom Tykwer (Corra Lola, corra) e os Wachowski (Matrix) , do romance de David Mitchell (Cloud Atlas /2004), considerado por muitos um livro "unfilmable."
O projeto do filme foi desenvolvido por 04 anos, tendo dificuldade de encontrar apoio financeiro.
Com US $ 102 milhões conseguido de fontes independentes "A Viagem" se tornou um dos mais caros filmes independentes de todos os tempos.
O filme é particularmente pessoal para os Wachowski: Eles passaram anos tentando encontrar apoio de algum estúdio para o projeto de US $ 100 milhões, e, finalmente, o fizeram como um filme independente, recolhendo o dinheiro de uma lista de apoiadores internacionais, e colocando seu próprio dinheiro, quando algum financiamento caía no último momento.
Muitas vezes o filme quase foi abandonado por falta de recursos financeiros, mas todos estavam tão entusiasmados pelo trabalho e pelo filme, que no dia que os atores deveriam voar para Berlim para começar os figurinos, os agentes dos mesmos ligaram aconselhando-os a não voar, a não entrar no avião, chamando-os de volta dizendo: "Eles não têm o dinheiro, o dinheiro não está acertado".
Tom Hanks que definitivamente havia abraçado o projeto disse: "Eu estou entrando no avião." E então, uma vez que ele disse e foi entrar no avião, basicamente, todo mundo disse: "Bem, se Tom está no avião, nós estamos no avião”. E assim todos decidiram embarcar e fazê-lo, todo mundo voou [a Berlim para começar o filme]. Foi assim grande salto de fé.
Tom Hanks acertou em sua decisão. Ele está perfeito em todos os papéis que representa, demonstra nitidamente todas as diferenças entre eles. Perfeito!
por informação, seja essa repassada via: livro, partituras e cartas, manuscrito, filmes ou mensagens digitais.
Filme que fala sobre reencarnação, carma, consequências e mudanças de atitudes positivas ou negativas tomadas por seus personagens no decorrer de cada vida e em cada época.
Todos os personagens possuem o livre arbítrio em suas escolhas, tanto para o bem como para o mal, definindo o seu futuro. Nessas escolhas ocorre ou não um aprimoramento da alma tornando uma pessoa melhor por boas ações ou uma pessoa pior a cada reencarnação.
Basicamente o que podemos perceber é que as almas podem evoluir e mudar com o passar do tempo e das reencarnações ou não.
"E por cada crime e cada bondade renasce nosso futuro."
Além do que foi explanado, podemos notar no filme, pinceladas do conceito filosófico de Nietzsche com sua Teoria do Eterno Retorno, onde se propõe um universo, que não avança cronologicamente e sim apenas se repete, uma e outra vez. Mitchell em seu livro também se apoiou em outra teoria de Nietzsche que é a da Vontade de Poder. Utilizando muitas vezes um discurso aberto nietzschiano, Mitchell examina a natureza predatória dos seres humanos e o desejo de ambos; os indivíduos e as facções para consolidar e acumular poder, independentemente do custo.
Apesar disso, de conter nuances e ideias filosóficas, a ideia de ser um romance sobre reencarnação não deve ser descartada analisando as declarações do autor do romance.
"Literalmente todos os personagens principais, exceto um, são reencarnações da mesma alma em corpos diferentes ao longo do romance identificados por uma marca de nascença... Realmente, esta é apenas um símbolo da universalidade da natureza humana. O título por si só "Cloud Atlas", a nuvem refere-se às manifestações em constante mudança no Atlas, a qual é fixada a natureza humana, que é sempre assim e sempre será. Então, o tema do livro é predacity, os caminhos individuais e os custos dos indivíduos, os grupos sobre grupos, nações sobre nações, tribos em tribos. Então apenas peguei esse tema, e em um sentido de que reencarnam, esse tema fica em outro contexto... " -
acredito que o personagem que o autor do romance se refere como o único que não é a reencarnação da mesma alma é o Timothy Cavendish.
Então porque ele possui a marca? Em minha opinião, é pela razão de que sua nova ideia de liberdade e liberdade para os outros, acabou influenciando após muito tempo uma nova geração, mostrando o conceito de que a natureza da tirania vai contra o instinto básico humano de liberdade.
Todos que possuem a marca; tem uma força do bem que pode ver além das diferenças superficiais de raça, orientação sexual e da engenharia genética, que valorizam a liberdade e a vida, são representados por vários atores, os quais possuem a marca de nascença: nascimento abolicionista Adam Ewing, o Frobisher compositor, jornalista Louisa Rey, Sonmi e Zacharias.
Todos que tem a marca apresentam um amor independente de raça, cor, crença ou orientação sexual.
Aqueles que possuem a marca tem em sua natureza ou "alma", algo que vai contra as ideias convictas e convenções de uma sociedade ou moral da mesma, que seria correta para uma maioria dominante, mas que na verdade vai contra os princípios básicos de liberdade, amor ao próximo e a vida.
Um filme para ser assistido no mínimo duas vezes, e a cada revisão brotam novas ideias e concepções na mente.
Esse filme é um presente para a humanidade definitivamente.
Quanto a não ser indicado a nenhum Oscar, não é de hoje que a Academia comete injustiças. Essa é apenas uma delas. Merecia concorrer pelo menos em 06 indicações: melhor trilha sonora, melhor roteiro adaptado, melhor maquiagem, melhor ator: Tom Hanks, melhor filme e melhor diretor.
Apesar de ter sido vaiado e considerado de gosto pouco duvidoso por muitos, esse filme tem sido bem recebido pela crítica no geral.
Um filme difícil de assistir que não te deixa indiferente quando termina. Impossível não sentir indignação, raiva, inquietação e até desgosto. Uma brincadeira com consequências terríveis.
Vi alguns dizendo que o filme não é crível o bastante em seu roteiro, pois infelizmente, para desespero geral foi exatamente assim que os fatos ocorreram.
Outros dizem que tem um vídeo com 09 minutos do que foi a verdadeira história. Erro grande pois a vítima passou tudo isso por 03 horas e meia. Uma lástima!
As consequências do caso real para quem tiver curiosidade:
O mais absurdo nisso tudo, foi que o responsável pelo trote David R. Stewart, casado e pai de cinco filhos, saiu ileso disso tudo. No julgamento depois de duas horas de deliberações foi constatado que não haviam provas suficientes para convencer o júri.
O caso ocorreu em 09 de abril de 2004 e David R. Stewart ainda é suspeito de ter feito mais de 130 ligações desse tipo.
A gerente Donna Summers cumpriu um ano em condicional por prisão ilegal além de ter sido demitida do Mc Donald´s e o ex-noivo dela Walter Nix cumpriu cinco anos por abuso sexual e cárcere privado.
A vítima fez tratamento para depressão pós-traumática com terapia e antidepressivos. Três anos após o crime, ela entrou com pedido de indenização contra o Mc Donald´s no valor de US $ 200 milhões alegando que a empresa não a protegeu em sua provação, pois a empresa sabia sobre os trotes, visto que se defendia de processos em outros 04 estados, dois anos antes desse caso.
O julgamento civil começou em 10 de setembro de 2007 e terminou 05 outubro de 2007, aonde na sentença a vítima recebeu US $ 5 milhões em danos punitivos e mais de US $ 1,1 milhões em danos compensatórios.
Donna Summers também processou Mc Donald´s por não avisá-la das brincadeiras anteriores, pedindo US $ 50 milhões. O júri que indenizou a vítima do caso, também concedeu US $ 1 milhão por danos punitivos e US $ 100.000 por danos compensatórios para Donna Summers.
Mc Donald´s recorreu e em 20 de novembro de 2009, o tribunal de apelações manteve as condenações e a indenização da vítima mas reduziu o prêmio punitivo dado a Summers para US $ 400.000.
Reportagem completa
Aos cinéfilos que tiverem nervos fracos fujam desse filme.
Eu depois de assistir ainda fiquei por muito tempo me perguntando como isso pode ter acontecido... Absurdo!
Uma cidade (fictícia) inteira de nome Frair com mais de 500 habitantes, desaparece em 1940 quando depois de abandonarem seus bens, resolvem seguir rumo ao norte por uma trilha desconhecida em busca de novas terras, após a Grande Depressão nos EUA. Quando os moradores saem em busca do desconhecido nomeiam a trilha como Yellow Brick Road em homenagem ao seu filme favorito na época "O Mágico de OZ" de 1939. Metade dos corpos foram encontrados congelados e mutilados, a outra metade continua desaparecida, somente um único sobrevivente foi encontrado, desorientado, falando sempre sobre um som que não deveria ser ouvido e nada mais. Nascendo então uma lenda, sobre o que de fato tinha acontecido com aquelas pessoas. Nesse momento um time de pesquisadores; alguns com experiência de sobrevivência ao ar livre, preparados com tecnologia, câmeras e até apoio psicológico, vão tentar fazer a lenda virar história, tentando encontrar a trilha aonde tudo aconteceu, a procura de saber respostas e possíveis explicações de que aconteceu a todas aquelas pessoas. Se você gosta e quer ver um filme, com muito sangue e tripas a vontade, monstros demoníacos, caipiras psicopatas, adolescentes estúpidos tomando decisões mais estúpidas ainda, sendo logo após punidos por "um ser anencéfalo mega master puppet from hell" esse não é um filme que irá te agradar. Felizmente, apesar de dar uma primeira impressão que o filme vai ser uma cópia de Bruxa de Blair, isso não acontece. Graças por não ser filmado em primeira pessoa. Funcionou na Bruxa mas aqui seria UHODOBOROGODÓ! Segue mais o estilo de "A Nona Sessão" e para quem curtiu, pode gostar talvez desse estilo também. De acordo com o diretor Andy eles se inspiraram em clássicos de terror de ritmo lento como "O iluminado", "O Bebê de Rosemary", "Carrie" e "Amargo Pesadelo". Para ele esse filme vai entrar nas prateleiras como um "Mindfuck". Analisando apenas: Filme com um ritmo propositalmente lento, valorizando o terror psicológico centrado nos personagens e construído dentro daquela atmosfera,
perdidos, com recursos se esgotando, toda a tecnologia levada por eles começa a falhar e sem a mínima ideia de onde estão e como farão para voltar. Mentes enlouquecendo, pessoas normais ponderando entre suicídio e homicídios, a loucura se alojando em cada um deles, ao som de uma música anos 30 ecoando entre as árvores, que quanto mais avançam na trilha, mais alta e desagradável ela fica. A música é importante no filme, pois é a primeira coisa que nos indica de que há algo errado ali e é a mesma que gradativamente vai levando os personagens além dos limites da sanidade.
Possui efeitos sonoros e estratégia visual super bacanas.
uma pela dispensável cena de mutilação do irmão na irmã, teria sido mais interessante se tivessem mantido a proposta do filme, e outra pelo final que nos deixa com cara de WTF e meia pelo capeta travestido de luvas amarelas.
uma alusão às portas do inferno, ou a realização do pesadelo da mulher dele; algo do tipo como buscou o inferno você achou, e outras interpretações de que o final era para dizer que todo o filme não passou de um pesadelo do pesquisador principal que conseguiu as informações da época.
A ideia do filme foi bem interessante, mas pecou demais em renegar toda a história de 1 hora e quarenta minutos
se for pensar aquele final tosco pseudo "abstrato" de que tudo não passou de um pesadelo ¬¬.
Cabe inúmeras interpretações ali? Possivelmente alguns tenham tirado várias ou outros tenham pensado em roteirista mutilado pela ação daquela música torturante e desagradável. Disputando a tapas qual das duas seriam a opção mais adequada. Em minha opinião, se os diretores queriam deixar um final com margens para a nossa imaginação ou interpretação, que pelo menos por consideração a quem vai assistir ao seu trabalho, nos dessem mais informações sobre a história em si.
Teria sido mais interessante, se deixassem o final igual ao que aconteceu com a população desaparecida, sem explicação, sem conhecimento, um vácuo mesmo. Bem como o doido sobrevivente relata, isso seria bem mais coerente do que aquele pseudo capeta com luvas amarelas ¬¬.
Na tentativa dos diretores de fazer de Yellow Brick Road um "Mindfuck" e mediante isso, como não temos qualquer informação relevante sobre o que de fato aconteceu aquelas pessoas, podemos tomar vários caminhos nesse filme com esse final. O que se encontra no final da trilha para quem assistiu ao filme?
1- Não entender patavinas e ser tomado por uma raiva crescente para trucidar o diretor, atores, elenco, roteiristas e afins com críticas negativas e palavras matando o filme, como o irmão matou a irmã. 2- Se consumir pela culpa de ter assistido ao filme sabendo que essa escolha foi unilateral ao ponto de jogar qualquer coisa aproveitável do mesmo em um penhasco, como a garota que comeu todo o doce. 3- Racionalizar o tempo todo e mesmo assim no final desistir, como o psicólogo que se matou. 4- Encher a cara e ficar doidão para entender o sentido do final do filme, como o casal das frutinhas alucinógenas. 5- Assistir todo o filme para entender o sentido, esperando que vá decolar, tentar encontrar e seguir as pistas inexistentes do roteiro, trilhar na web comentários sobre algum sentido naquele final e como o último cara... Não encontrar absolutamente sentido ou coerência alguma daquilo com o restante do filme.
Acredito que alguns diretores deveriam rever o conceito de "Mindfuck" - termo que também é utilizado para referir-se a filmes que usam a desorientação para levar a um final totalmente inesperado, mas coerente com o resto do filme por meio de pequenas pistas sutilmente apresentadas no decorrer do filme. Como exemplos: Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, The Jacket, The Machinist, etc.- Wikipédia" Como tenho pavor de pessoas que quando se veem em uma posição de melhor análise dizem, esse filme é para quem tem sentimento, esse filme é para pessoas inteligentes... Blábláblá. Vamos ao que interessa como entender esse filme?
Simples eles estão todos mortos desde o começo do filme! Como nem todo mundo sabe, tem vontade ou quer saber, ele se baseou na Divina Comédia de Dante. Todos estão no purgatório
Aqui vão algumas dicas: Esqueça-se de Brad Pitt e Sean Penn de filmes blockbuster. Não assistam ao filme: irritados, cansados ou com sono. Assim que decidir que vai assistir ao filme o faça de mente aberta sem qualquer sentimento predefinido.
Com a mente aberta e em um estado tranquilo você conseguirá ir até o final.
No final a única verdade é que: esse filme é algo que cada um vai interpretar e sentir de diversas maneiras, únicas e individualmente.
Qual o conceito utilizado? Apenas subjetividade. Cada ser humano é dotado da sua e isso é o que nos torna completamente diferentes uns dos outros.
Sean Penn é um homem de meia-idade, casado, que obteve sucesso em sua vida material, mas em seu emocional ainda perambulam dúvidas, conflitos e a não aceitação da morte do irmão, isso o faz refletir sobre o significado da vida, então ele inicia uma busca em suas lembranças de infância na década de 1950, que o fazem relembrar sua relação de amor e ódio com o pai (Brad Pitt), a relação edipiana encharcada de decepção e amor com a mãe (Jessica Chastain) e como a perda de seu irmão/companheiro de 19 anos afetou sua vida.
*recordando a todos que memórias são lembranças pinceladas sem ordem extrema e no filme você está vendo a memória de JOB
O inicio do filme já te define que para os homens ali são os dois lados de uma mesma moeda a forma de viver e encarar a vida, de um lado a Natureza (Brad Pitt) e de outro lado A Graça (Jessica Chastain). E como ele conta a história de JOB? Ele não conta... Somente mostra com impressões.
O filme é uma obra impressionista do cinema. Dentro de uma demanda cada vez mais urgente de filmes de heróis mascarados, carrinhos que viram robôs, negativos pingando sangue, Terrence Malick vem com uma nova proposta que foge de todas as convenções. E essa maneira impressionista de ele tocar esses 138 minutos de filme gera tantos comentários da Natureza como vários comentários da Graça. Os dois extremos estão em sua maioria aqui nesses comentários. Quem é que tá certo? Nem quem é Natureza e nem quem é Graça. Não existe certos ou errados. Nem burros ou Inteligentes. Somente que cada um teve a sua impressão do trabalho nada convencional de um diretor como poucos. Opiniões todas elas existem e sempre irão nos mostrar a subjetividade de cada ser humano. Dizer que é um filme para se odiar ou amar? Por favor, sejamos originais.
Diria que esse filme deve ser visto em seu tempo. Qual é o tempo certo? Isso é definido por cada espectador. Você deve vê-lo quando achar que é a SUA melhor época.
Que o filme trouxe revolta para muitos espectadores? Isso é fato. Tanto que nos EUA alguns cinemas americanos colocaram sinais de advertência para futuros espectadores do filme alertando sobre a narrativa enigmática e não linear do filme, isso na sequência de alguns protestos e demandas de reembolso nas semanas iniciais de exibição do filme. Dizer que o filme é o mega suprassumo orgástico do cinema atual por ter ganhado Palma de Ouro em Cannes não é um qualificativo válido, lembrando agradavelmente para as pessoas que usam essa afirmativa como a qualidade master do filme, que ele também foi duramente vaiado por metade das audiências de Cannes, logo após a sua exibição, algo que só é reservado para os mais detestados filmes do festival.
Então definitivamente esse não é um filme para agradar a todos em um primeiro momento. Se você gostou tudo bem, se não gostou tudo bem também, entendo perfeitamente, só tente vê-lo em outra oportunidade, quem sabe nessa nova oportunidade, aconteça com você o que aconteceu comigo, um doce e terno regresso de sensações, sentimentos e lembranças de algo que todos nós já tivemos em nossa vida e que em algum momento passou, se apagou ou simplesmente se perdeu. Malick consegue aqui capturar momentos de ligação familiar profundamente comoventes e no final como diz Sean Penn: “É um filme que eu recomendo contanto que a pessoa vá sem preconceitos. Cada um tem que achar uma conexão emocional ou espiritual. Aqueles que conseguem geralmente saem do cinema muito tocados”.
Depois de ler muitos comentários detestando esse filme, fui conferir...e gostei realmente da idéia e demais do vilão. Perverso, sádico e muito inteligente.
Bem para quem não curte horror "slasher" esse não é seu filme. Não perca seu tempo. Isso não é um romance enorme com várias nuances e personagens radiantes, perfeitos e maravilhosos que merecem o céu.
Psicopata não precisa de motivos para matar ou jogar o jogo que lhe faça feliz ou que torne sua vida sem consciência mais emocionante...Por favor...Não existe WHY!!! Não tem porque...Ele simplesmente se diverte como a mente dele achar mais interessante, aquele era o seu jogo.
O vilão é tão insano que colecionava suvenires de suas vítimas. Não teve motivo para ele pegar aqueles 03, o pato ou patos da vez seriam quem resolvesse usar o ATM na véspera de Natal.
Lugar errado, dia errado e hora errada para os 03. Na minha opinião não tem nada haver eles serem investidores ou homens de negócios. Podiam ser 03 padeiros, não creio que profissão ou ocupação importam.
Para o psicopata aquilo era uma ratoeira, independente se o rato fosse branco, negro ou marrom, o objetivo era qualquer rato. O queijo, a isca é o Dinheiro!
O personagem principal é o vilão. Não tem nome...não tem rosto. Acredito que isso se deva a um fator meio egoísta por parte dos produtores ou responsáveis. Se o cara cobrar muito para o segundo filme, coloca-se qualquer cidadão de casaco peludo que está valendo. Acreditem...Com certeza vão fazer um segundo ATM. Pistas a rodo nos créditos finais.
e programado para fazer sua ratoeira funcionar como ele quer ou como ele prevê que ela funcionará; por diagramas, cálculos e lógica. Todos os seus passos são meticulosos e ele antevê através (embora alguns digam que não) de inteligência como barrar qualquer tentativa de escapar dali. Estudou todos os ângulos das câmeras, sabia qual o fabricante e alcance de cada uma delas, tanto do ATM como do estacionamento e do Market. Procurou os pontos cegos delas. Sabia exatamente aonde deveria ficar e aonde não poderia ficar. Quais os lugares que ele deveria isolar com arames para evitar uma corrida em fuga. Sabia exatamente os horários que o carro de segurança iria passar.
Algumas questões que tento responder, baseada no meu entendimento dos personagens e do enredo: Por que David parou o carro longe do ATM?
Ele quis castigar seu amigo parando longe, e o amigo acenou para ele entrar no caixa desesperadamente pois como vimos na festa o cara é um duro ¬¬ E lá se foi o David que não sabe dizer não ao amigo chato para o ATM...A garota se viu sozinha naquele breu e foi ficar com eles. Ela poderia ter trancado o carro? Ela tentou mas David resolveu deixar as travas do carro quebradas.
Aquela velha história de todo horror "slasher"; carros nunca funcionam ou dão partida, meninas estúpidas saem correndo pela mata descalças e por mais que elas corram como batedoras os vilões a passo de lesma sempre pegam elas, celulares que nunca tem sinal ou que a bateria está no final e por ai vai...
Por que o cartão que não funcionava abriu a porta do ATM. Por que ela poderia ser aberta por qualquer um. Por que o assassino não abriu a porta? Por que ele seria filmado e ai a brincadeira estraga, o jogo é dele, ele faz as regras. O assassino sabia que ele poderia entrar quando quisesse, mas precisava desligar as câmeras para pegar suas presas. Podem reparar que quando David vai entregar o dinheiro ao vilão no envelope, ele não avança da sua demarcação do ponto cego para apanhar David. Quando David corre ao ATM na fuga do carro, a mesma coisa, o assassino para quando chega no ponto de visão da câmera. Por esse motivo ele não quebrou os vidros com uma pedra e entrou. No ATM eles estavam seguros por causa das câmeras do caixa. Por esse motivo também o cara ficava tentando abrir a porta atrás do caixa, se forem até o final nos créditos verão que ali atrás, nos diagramas, estava o mecanismo do caixa, a única maneira de pegá-los sem ser filmado ou visto era destruindo atrás o sistema, já que quando ele cortou os fios, o caixa desligou mas voltou a funcionar. Por esse mesmo motivo usou o carro do David na porta do ATM, precisava fechar a porta sem ser visto. Queria congelar os 03 e não afogá-los. David explica isso. Quando eles disparam o alarme de incêndio, ele tem o próximo passo quebrar o caixa com o carro do policial, usando o outro carro para não ser filmado. Por que ele não quebrou o caixa com o carro do policial direto? Por que pelo que eu entendi, quebrar o ATM era a última escolha do nosso vilão e ele poderia ser visto. Não adiantava quebrar pois a câmera ainda estaria lá. Depois que ele cortasse a câmera ele poderia entrar dentro do caixa e pegar todos...antes não. Tanto que ele esculhamba o ATM mas não entra para pegar nenhum deles. Espera do lado de fora. A câmera foi quebrada? Sim mas ninguém sabia disso, somente nós. Se o assassino soubesse teria com certeza entrado no caixa e the end. Por que ele não matou o cara que entrou no ATM? Afinal ele estava matando qualquer um que se aproximasse de suas presas. Ele não matou o cara por que coincidentemente o cara estava com um casaco parecido com o dele. Ele queria ver a reação dos 03 quando o cara entrasse no ATM e do que eles eram capazes para salvar suas vidas. Tanto é que depois que eles mataram o zelador (clone de casado do assassino) e o vilão viu do que eles eram capazes, ai que ele ficou mais doido para quebrar a porta dos fundos do ATM, desligar o sistema e pegar todos.
Essa parte realmente estragou e muito o enredo desse momento para frente. Muita coincidência para se engolir...
Mesma roupa? Impossível o zelador estar indo trabalhar e não ter um celular. Poderiam pelo menos ter colocado um celular no zelador com bloqueio de teclado por senha,
Depois o isqueiro ser encontrado bem mais tarde no casaco tirado do defunto foi de lascar, fora o fogo comendo solto em um balde de metal e ninguém queima as mãos ou dedos. Celulares havia dois; um do David sem bateria que o amigo mané dele jogou embaixo do banco do motorista e o outro era da Emily, o do David nem vou falar estava sem bateria e o da Emily o assassino tirou da mão do David facilmente. Podem falar que o cara era um contra o outro mas o terror já estava instalado em todos os 03. Essa é a grande arma do vilão, aterrorizar, minar a confiança, quebrar qualquer iniciativa. Fez isso, quando matou o cara que levou o cachorro para passear.
Alguém disse: O assassino se deu bem porque eles não tinham um celular disponível e ele ainda planeja continuar atacando?
Sim se deu bem! O vilão sabia que eles não tinham celular dentro do ATM. Como ele sabia? Revejam o momento em que eles vão sair do ATM; logo após o saque, o assassino está lá em uma posição suspeita, distante e estranhamente ameaçadora, mas sem fazer absolutamente nada de ilegal, o mané tenta sair e o assassino dá um passo a frente, o mané recua. SE eles tivessem um celular, aquele era o momento de sacar e ligar. O assassino esperou uma reação, um possível pedido de ajuda ou socorro. Como não teve, nesse momento ele teve a certeza que eles estavam incomunicáveis dentro do ATM. Lembrem-se o cara é muito inteligente. Por que o vilão jogou celular, mais o dinheiro e a carteira do David no porta-malas? Por que ele não queria grana, nem celular...era apenas mais uma maneira de incriminar quem sobrasse e "se" restasse algum deles.
Sair do caixa e dar uma surra os 3 no vilão? Sério mesmo?
Em que momento ficou claro para alguém que o cara não estava armado? Que o cara não estava acompanhado de mais dois ou três?
Na verdade o filme trabalhou com o terror instalado, a violência a que estamos expostos todos os dias, aonde se mata por um tênis ou uma bicicleta.
Eles realmente não sabiam o que esperar daquele maluco e numa situação de terror e medo instalada, com certeza heroísmo não faz parte dos planos da grande maioria ali.
Com relação à aparição do segurança, pessoal horror "slasher" é assim mesmo. Wikipedia: Nas palavras do escritor Carol J. Clover : "Os policiais, pais e xerife aparecem apenas o tempo suficiente para demonstrar incompreensão risível e incompetência ".
Pensei que a menina iria sobrar, mas como ela morreu bestamente ficou o insosso do David para levar a culpa daquilo tudo, seriamente ele não vai levar a culpa de tudo, mas vai ser impossível ele provar que havia alguém do lado de fora do ATM.
Não é um filme maravilhoso mas achei bem interessante a proposta.
Se não fosse o lance do cara ter entrado no ATM com a mesma roupa do assassino e sem celular talvez ficaria menos forçado aquilo.
Se os 03 que estão no ATM presos naquela situação são estúpidos? Essa é a questão que acredito que o filme quer colocar...Quais as reações das pessoas mediante uma situação absurda daquelas? Como você agiria nisso tudo? Olhar de fora e dizer é uma coisa, vivenciar a situação é outra bem diferente. No caso ali não houve resistência e nem o domínio do medo e com isso o destino dos 03 já estava traçado.
Se aconselho a assistir, se você gosta desse tipo de horror "slasher", sim. Agora ir ao cinema e pagar por isso definitivamente não.
Muitos detalhes ficam no final do filme e somente em uma versão em que possa pausar, conseguimos entender ou perceber muitos detalhes dos planos do assassino.
Minha maneira de entender e pela competência do todo favoritando essa obra perfeita.
Filme muito bem dirigido e com roteiro assinado por Capote em parceria com Henry James, John Mortimer e William Archibald. Aborda um tema fantasmagórico, bizarro ou profundo?
Roteiro baseado em uma peça da Broadway dos anos 50; "The Innocents" de William Archibald , e com diálogos extraídos de um romance de Henry James " A volta do parafuso", este filme é um dos pioneiros do terror psicológico do cinema.
William Archibald e Truman Capote ganharam em 1962 um Prêmio Edgar dos Mystery Writers of America de Melhor Roteiro.
Diretor Martin Scorsese coloca The Innocents na sua lista dos 11 filmes mais assustadores de terror de todos os tempos.
Filme com uma estética gótica, esse é um filme bem ousado para sua época. Essa ousadia vem da contribuição de Truman Capote; o qual foi o responsável pelo sub texto freudiano, discreto, subentendido, mas que está presente nesse filme entre escuridão, passos, luz de velas e suspense de muitas cenas. De acordo com Christopher Frayling 90% desse roteiro é de Capote.
A confusão que muitos fazem a respeito de não entender bem o que se passou, se deve ao fato de que o diretor Clayton preferiu minimizar o aspecto freudiano do roteiro de Capote no filme acabado, isso para preservar a ambigüidade entre a história de fantasmas e o elemento freudiano.
Graças a essa ambigüidade, o filme permite várias interpretações de acordo com o gosto e entendimento de quem assiste. Fantasmas? Mulher Esquizofrênica? Delírios de uma mente atormentada por forte repressão sexual?
Apesar do diretor ter tentado minimizar o sub texto freudiano de Capote, e como li o livro " A Volta do Parafuso", não vi e nem entendi esse filme como uma história de fantasmas.
Não vi fantasmas, vi apenas a maneira; em delírios doentios, que uma mulher repreendida sexualmente (Deborah Kerr) em toda a sua vida; por uma família extremamente religiosa e criação severa, encontrou como explicação para atos abomináveis, mulher essa predisposta a acreditar em qualquer fantasia por não admitir a possibilidade de que um crime e suas conseqüências desfilam sobre seus olhos.
Deborah Kerr linda, perfeita e desconcertadamente convincente.
Para a época 1960 aonde se tinha uma grande repressão sexual esse filme deve ter deixado muitos de cabelo em pé.
Somente a partir de 1970, o tema abuso sexual infantil começou a ser encarado como um grave problema social.
Esse filme trata de uma maneira velada sobre violência sexual infantil, repressão Sexual e criação rígida aonde desejos são reprimidos e entendidos como uma maneira de corrupção de uma suposta virtude. Uma mulher não poderia ter desejos e se acaso isso acontecesse os mesmos deveriam ser massacrados em nome de uma pureza absurda, tais sentimentos ou desejos seriam considerados maus pensamentos. Corruptores!
O casal de crianças, órfãs, entregues ao tio que deveria protegê-los.
O que presenciamos não chega nem perto disso, o tio que deveria cuidar, proteger, orientar e educar as crianças delega sua responsabilidade a outros, não quer ser incomodado em nenhuma circunstância. Observamos nesse cenário; omissão, falta de cuidado, carinho, orientação. Crianças que foram deixadas sobre a responsabilidade de outros, se tornando vítimas de quem deveria protegê-los. É fortemente implícito que as duas crianças presenciaram a antiga professora e o capataz da mansão em constantes atos sexuais violentos ou não, sendo vitimadas nesse contexto.
“Quartos usados à luz do dia como se fossem florestas escuras”
Fazer uma criança ou permitir que uma criança veja tais atos constitui um abuso sexual infantil e os efeitos a longo prazo podem ser terríveis causando traumas e variações em sua visão sobre sexualidade e sua personalidade. Se analisarmos o filme por um ângulo psicológico, os estragos nas mentes e personalidades das duas crianças já haviam-se instalado antes mesmo da chegada da nova professora.
Crianças com suas personalidades danificadas pelo abuso que presenciaram mais a repressão sexual sofrida por uma mulher ativa, bonita e cheia de vida por uma família extremamente religiosa. Resultado: Delírios dela e vários comportamentos doentios que vemos ao longo do filme. As crianças quando são confrontadas com as lembranças dos agressores têm um comportamento histérico e agressivo. Em nenhum momento temos a visão do abuso mas sim dos efeitos que isso causou na vida desse casal de órfãs. Não vemos a causa mas visualizamos os efeitos. As crianças não possuem nada de demoníacas, compartilham um segredo bizarro e inconfessável. O segredo que modificou suas vidas para sempre e que as une de uma maneira mórbida e particular. O trauma causado a essas duas crianças fica evidente em cada desenrolar do filme. Matar ou mutilar animais é um comportamento clássico de sociopatia que crianças que sofreram abuso tendem a ter. A cena da pomba no travesseiro é tensa. Milles além desse comportamento possui já enraizada em sua mente a idéia de que não quer crescer.
E esses atores mirins, Martin Stephens e Pamela Franklin? Maravilhosos!
Para ter uma noção do que digo sobre a história ter aspectos adultos, muito diferente do livro. O Diretor para garantir que seus atores-mirins tivessem uma boa performance, os deixou sem saber muito, retendo os pormenores da história de Martin Stephens e Pamela Franklin, que só receberam as partes do roteiro que não tinha os elementos adultos surpreendentes e misteriosos do filme. Por tais meios Clayton foi capaz de criar um filme de terror que deixou os estranhos acontecimentos descritos para o espectador interpretar. O espectador decide o que entendeu com o filme,
se a casa e as crianças estão sendo perturbadas pelas almas penadas de seus antigos cuidadores, ou então, não tem fantasmas, apenas uma mulher com delírios doentes que encontrou uma maneira para justificar todos os acontecimentos na vida das crianças, como ela diz no filme, crianças são inocentes. Seria inimaginável na época que ela analisasse os comportamentos das crianças como sendo propriamente delas, mesmo esse comportamento tendo como estopim o abuso sexual que tiveram.
"Consta que na época da primeira triagem, os executivos da Twentieth Century Fox ficaram perturbados com a cena (que não ocorre no livro), dos beijos da professora com o menino Miles. O filme recebeu a classificação de 12 pelo BBFC . Sua classificação inicial pelo BBFC era "X", o que significava que nenhuma pessoa com idade inferior a 16 anos, foi autorizado a entrar no cinema para vê-lo."
Acredito que a professora exteriorizou seus desejos secretos pelo tio encantador das crianças e pela figura de Quintt (capataz) em Milles, permitindo o beijo dele e depois no final aplicando um ela mesma. Rompe-se a barreira da normalidade em uma mansão aonde se tem a omissão, negligência e descaso como pano de fundo.
Quanto ao final do filme, Milles fisicamente morreu quando confrontou a realidade de tudo que acontecera a ele, pois na verdade sua alma já havia morrido antes mesmo da nova professora chegar.
Na vida não tem só histórias de amor fofas e perfeitas. Muitas outras existem... Todos os roteiristas, diretor/roteirista e os dois atores principais deram sua contribuição para esse roteiro baseados em seus sentimentos de filhos do divórcio. Sabendo-se então sobre o fato de que o roteiro original demorou 12 anos para ser finalizado, teve 66 rascunhos de scripts nesse tempo e que foi finalizado com 1200 tiros de storyboard. Espantei em saber que no dia do início das filmagens, Derek Cianfrance resolveu jogar tudo fora e disse aos atores que o surpreendessem ou que surpreendessem uns aos outros. E assim foi... De acordo com o diretor ele queria trazer vida ao filme, um script poderia trancá-los. Excelentes atuações de Ryan Gosling e Michelle Williams não há como não reconhecer isso, o papel dos dois não foi fácil e a construção desses personagens deve ter sido uma maratona de sentimentos positivos e negativos. Atuações marcantes!
Li muito sobre esse filme e sua magnitude. Li algumas pessoas afirmando que isso é o verdadeiro amor ou então que essa é a realidade de todos os relacionamentos amorosos. Devo discordar que isso seja o verdadeiro amor ou aceitar a idéia insana de que todos os relacionamentos são assim. Não existe culpados e nem inocentes.
Quando um relacionamento vai a deriva 50% do crédito pelo fracasso é de um e 50% do outro. Esse relacionamento retratado no filme de maneira interessante; aonde não temos um meio, e sim um fim e um início dessa história,
é o suficiente para sabermos nas pistas deixadas no decorrer do filme que esse relacionamento estava condenado desde o início. O casal do filme traz em sua vida sinais de deterioração em seu seio familiar, tornando sua visão sobre amor, verdade, liberdade e casamento totalmente turvas.
Aqui, todos são seres humanos dotados de suas imperfeições. Muitas vezes o que é um defeito terrível a um é uma qualidade para outro. O oportunismo em determinadas situações faz com que aquele defeito possa ser vantajoso em um determinado momento.
AMOR MÚTUO. Uma criança não pode ser o motivo de duas pessoas se unirem, ainda acredito que quem o faz deve ser por amor. Infelizmente nessa situação a criança foi o catalisador dessa união. Cindy não amava Dean. Nunca amou realmente, como nunca amou ou teve algo mais substancial com nenhum dos 20 e tantos parceiros que ela possuiu em sua vida desde os 13 anos. Vinda de um lar tumultuado, descentralizado, com uma mãe submissa e um pai insensível/grosseiro/estúpido, sem diálogos ou carinho pelos seus. Ela resolveu buscar o carinho/amor; que não teve em casa, se relacionando com vários homens, e a atenção e a orientação que necessitava; em uma avó que viveu uma vida miserável dormindo com um homem que ela não amava e que não a tratava com respeito, condenada a viver sua velhice em uma casa para idosos. Pobre Cindy... Não suportou esconder sua verdadeira face por mais tempo, cansou do papel que teve que assumir para poder ter sua filha. Oportunista e manipuladora, viu na época do desespero e gravidez não planejada e descuidada, como qualidade; a falta de ambição e o amor doentio de Dean por ela. Tanto que agarrou essa qualidade/oportunidade sem pestanejar. Em nenhum momento ela pensa ou diz o quanto é injusto por ele não ser o pai da garota, ela se aproveita da bondade, falta de ambição e desprendimento dele. Manipuladora; não sei se intencionalmente, pois omitiu várias coisas importantes de Dean e não somente no futuro; como a proposta para um novo emprego ou sobre como o encontro com o ex-namorado o qual a tratava como uma vadia a balançou. Tentou no passado manipular a verdade também, relutando em contar que estava grávida e quando ele pergunta se o filho é dele, ela fala que provavelmente não era. Provavelmente não! Não era mesmo e ela sabia. Todos os caminhos que a levaram aquela sensação de insatisfação e desamor pelo marido foram escolhidos por ela. Depois que Dean serviu ao seu propósito o que era a qualidade passou a ser defeito em sua visão de uma vida melhor? Dean amava até demais Cindy. Vindo de um lar desfeito, carente família e de uma figura materna por abandono, avesso a escola e estudos, procura justificativas de não ter uma família em estruturadas visões ilusórias sobre o amor. Todo seu sofrimento foi causado pela falta de amor, então sua vida seria dar amor e talvez receber amor. Ele sente uma enorme necessidade de ser amado. E o Dean faz questão de nos mostrar o quanto ele é um bom rapaz. Pela tatuagem em seu braço, uma imagem do livro The Giving Tree de Shel Silverstein, já podemos prever até aonde seu amor pode ir e ceder. Tatuagem real de Ryan que cai como uma luva no seu personagem desse filme. http://www.youtube.com/watch?v=P-KuqsURNwQ Dean admira a beleza da mulher e pensa não ser digno de tamanha "graça", quando surge a oportunidade ele oferece a tábua de salvação a Cindy, assumindo um filho que não é dele, assumindo uma responsabilidade da qual mais tarde a cobrança viria. Mas ele não é perfeito, não cresce e nem amadurece, não busca uma melhora pessoal ou profissional, causando assim uma fenda no respeito que algum dia sua esposa chegou a ter por ele, falta atitude, sua grande ambição e objetivo conquistado na vida é poder beber as 08 da manhã e trabalhar quando quiser, ser um pai presente e marido que ama a esposa sufocadamente... Visivelmente o que foi qualidade passou a ser defeito grave e insuportável para Cindy. Além disso, o cara virou um beberrão e um largado.
Então, sem apontar culpados, embora o diretor tenha dito em várias entrevistas que não teve predileção por qualquer um dos personagens protagonistas, a meu ver, fomos mais bombardeados com informações negativas sobre Cindy do que sobre Dean. Por esse motivo vejo tantas pessoas iradas com a personagem Cindy.
Dean era um fofo, carente, bêbado mas a amava loucamente. Pobre Dean... Esse é o ponto desse filme, se você pensar que depois de assisti-lo você vai pensar que todo amor é uma droga, todo amor termina assim, que essa é a realidade da vida. Putz que pena... Assistir e ficar enraivecido porque o filme não tem o final feliz que você gostaria que tivesse...Putz outra pena.
Nada é totalmente regra e verdade absoluta quando se trata de sentimentos, relações humanas, vidas que se cruzam e que por motivos bons ou ruins deixam de caminhar lado a lado.
Aqui para mim, vi a visão de UM relacionamento em particular; existem tantos pois nenhum é igual ao outro, aonde a vida desse casal em seu passado possuiu marcas, traumas e feridas sempre sendo abertas e reviradas, e nem mesmo um grande amor poderia promover um esquecimento, vejo uma complexidade humana de sentimentos, motivos e razões. Quando amamos, crescemos juntos, busca-se ser uma pessoa melhor, um ajuda o outro a ser uma pessoa melhor. Esse meio da história que faltou só nos deixou uma realidade. Dean era um cara terno, generoso, trabalhador, fofo e virou um bebado, desleixado, ciumento, agressivo e vagaba. Ela depois desse meio de história se tornou uma mulher frustada, relaxada, que não gosta de sexo, fria, calculista e cínica. Ou seja, esse relacionamento fez surgir o pior dos dois lados. Então graças que terminou...
nem tente assistir. Filme sobre a natureza humana seus desejos e instintos crus. Michelle Yeoh tem um desempenho excelente aqui.
Apoiada por Sean Bean extremamente competente faz com que esse filme de diálogos mínimos seja interessante. Expressão artística dos atores é o ponto chave do desempenho deles. Pouca ação e muito talento de interpretação na atuação sincera de seus personagens.
Seres Humanos...Animais por natureza ou civilizados? Quanto podemos ser civilizados estando afastados de tudo e de todos? O que prevalece no isolamento? A que ponto um ser humano pode ir e vai em situações limites? Inveja caminha junto da raiva? Deixamos de exteriorizar nossa raiva gerada com a inveja pelo fato de vivermos em sociedade, abafamos sentimentos moralmentes condenáveis por sermos civilizados?
A eminência de uma solidão total pode nos levar a perder a noção do certo e errado...Qual o certo e errado em uma mente corrompida pela inveja, cobiça e necessidade de ter o que não é seu? Até que ponto situações vividas e sofridas podem abalar um ser humano tornando-o insensível, agressivo e desconfiado...
Intrigante, perturbador, chocante. Um conto triste sobre solidão,sobrevivência, isolamento, amor e necessidade de ser amado, egoísmo, inveja e cobiça.
Filme com fotografia deslumbrante (Tundra) e uma direção forte mas sensível de Asif Kapadia , por ter diálogos mínimos muito é passado visualmente para nós. A intimidade dos três atores é passada atravês de pequenos gestos e atitudes muito bem marcadas e focadas.
"Todos nós nascemos originais e morreremos cópias." Carl Jung Essa frase de Carl Jung ajuda a entender esse filme. Esse não é um filme de entretenimento ou cinema pipoca. Drama baseado em um relacionamento disfuncional entre duas pessoas. Várias questões ficam em nossas mentes, ou seja, não é a formula de começo, meio e fim, com todos os pontos e arestas aparados. James e Elle um casal, suas opiniões e divagações sobre relacionamentos, verdadeiro ou falso, original ou cópia. Um filme com fotografias lindas e cenários da Toscana e de sua vila Lucignano. Abbas Kiarostami diretor/roteirista iraniano utiliza de técnicas do Cinéma vérité,
aonde a idéia principal defendida pelo seu personagem masculino é a de que o que realmente importa na arte é a experiência. Se o que importa na arte é a experiência, e não podemos definir em algum momento qual é o original e qual é a cópia, fiquemos com a cópia pois ela é mais barata que o original. James Miller defende essa tese em seu livro que é apresentado como um lançamento no mercado italiano. Ele defende a idéia de dar valor as cópias tanto qto ao original. Se existe uma arte original em algum momento ela é cópia de algo real.
Juliette Binoche perfeita no papel proposto transparecendo emoções de uma personalidade instável naturalmente, oscilando em estados de espírito sem ser apelativa ou forçada. Perfeita! Mereceu com certeza o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Cannes de 2010. William Shimell, barítono lírico, em seu primeiro filme traz um personagem calmo, rude, egocêntrico e insensível, não posso afirmar que ele é bom mas se tornou convincente. Robert DeNiro havia sido cotado para esse papel mas William ficou com o mesmo. Existem tres interpretações para esse filme que pude notar a cerca do relacionamento desse casal, todas elas tendo como catalisador " a garçonete", porque até aquele momento o filme se mostra como mais uma história comum.
Felizmente, nada é como se parece e em uma brilhante sacada do diretor/roteirista, ele nos presenteia com uma história nada comum, deixando que cada um interprete o relacionamento da maneira em que quer ser ou foi atingido por ele.
Filme de ritmo lento que tem início verdadeiramente no catalisador da história apresentada. Primeira interpretação
é a de que eles estão interpretando um relacionamento, que não são casados mas aproveitam a "deixa " da garçonete/dona para por em prática suas teorias de valores a cerca do que é original e do que é cópia, qual seria o válido e o importante. Se a cópia ou o original e como saber no final o que se o tem pela frente é o original ou apenas mais uma cópia. Existe originalidade no mundo ou tudo é apenas uma cópia de algo que um dia já foi original. Existe originalidade em cópias? Existe relevância entre original e cópia? Qual experiência na vida é válida; a original ou a cópia autentica?
é a de que eles já foram casados e em um salto de 15 anos vemos que James optou por ter sua própria vida, falar seu próprio idioma e esporadicamente volta para rever a esposa, uma relação pós convivência de uma vida a dois marcada pela distância ao extremo; tanto da esposa como do filho, que brinca e zomba do interesse da mãe pelo pai como se o mesmo fosse um estranho (ele pergunta porque não pediu para colocar seu sobrenome na dedicatória do livro que era para ele). Penso nessa interpretação pelo fato de Elle sentar no lugar reservado a família e seu filho permanecer de pé e não optar por ocupar o lugar reservado a família ou qualquer outro lugar. Vejo tbém um certo conflito na discussão do casal a cerca da maneira que ela educa o filho. Podemos tbém entender a relação assim como possível qdo vemos que James e ela possuem intimidades e algum conhecimento de ambos. Tem se a impressão para essa interpretação de que foram casados há 15 anos, e logo no início desse relacionamento se separaram e cada um seguiu sua vida. Ele despreocupadamente seguiu a sua e ela seguiu amando seu marido ausente.
Eles foram amantes 15 anos atrás. Tiveram um caso que terminou, desse caso nasceu o filho que ele desconhece, por ser filho sem pai o garoto leva o sobrenome dela, por esse motivo na dedicatória não colocou o sobrenome do garoto. A idéia básica, que sustenta essa interpretação é no momento em que Elle se emociona qdo pergunta a James como surgiu a idéia do livro. Ela percebe que a fonte da inspiração dele foi ela e seu filho. No início do filme, o diretor retrata exatamente a cena que o escritor diz ter visto cinco anos antes qdo teve a inspiração. Tem-se a impressão de que ele a viu, e não a reconheceu. Como eles tinham um caso eles seriam a cópia e o casamento de James é o original. Então ele defende a idéia de que um caso vale tanto qto um casamento original e ela defende a idéia de que apenas o original tem seu devido valor. Cópias não valem. Passados 15 anos ela espera reascender a chama da paixão com James, obviamente isso não irá acontecer, o caso antigo é página virada para ele, que se apronta ao som das 08 badaladas dos sinos, a hora de ir embora se aproxima.
Para qualquer escolha dessas acima, todas sendo perfeitamente posssíveis, bastando saber qual ângulo de visão vc vai seguir, temos um filme que embora se passe em tempo real, possui um vislumbre das possíveis relações a dois em um casamento, no decorrer do filme como uma lente do tempo.
O casal recém casados na igreja e na festa; só alegrias, sonhos e esperanças, o casal de meia idade pelas ruas em suas discussões e pensamentos sobre o que de fato deve se esperar ou prever de um casamento; dúvidas, incertezas, rancores e saudosismo de utopias imaginadas e não vividas, a realidade daquela vida a dois batendo na porta e o vislumbre final do casal de idosos, casamento e relacionamento antigo, aonde com o passar dos anos sabem exatemente a receita de como conviver suportavelmente a dois. Todos inevitavelmente são cópias de uma idéia de casamento.
O que importa efetivamente não é o tipo de relação que os dois tiveram ou têm,
casados, amantes ou estranhos que brincam um jogo sem regras
e sim qual a experiência de nossas idéias vão fazer com que o filme exista. O filme é criado em nossas mentes aonde mesmo depois de um tempo de ter assistido o mesmo, recriamos possíveis caminhos que foram percorridos para a chegada daquele termo.
Nós decidimos o que é real e o que é cópia ali de acordo com nosso entendimento.
Brilhante. Filme inteligente, instigante que te faz pensar por um bom tempo sobre ele. Frase linda de Kiarostami "Nós somos os escravos de uma máscara escondendo o nosso verdadeiro rosto. Se nós nos livramos disso, a beleza da verdade será nossa." Abraços a todos do Filmow
Um filme cheio de tensão, profundidade psicológica, conotações políticas e contradições sociais para a época, aonde valores familiares irreais (que dominaram a década de 1980) e a imagem fantasiosa de uma família perfeita como os americanos pintavam, estavam indo ralo abaixo por uma série de motivos; taxas de divórcios subindo, mudança de quem era o responsável pelo núcleo familiar, o estouro da epidemia de AIDS.
Uma exposição crua sobre a perversidade do patriarcado vendido na época como sonho americano e uma cusparada em sua ilusão perfeita. Na época em que o filme foi lançado,vivia-se nos EUA a era do Reaganismo, aonde a idéia principal eram valores familiares piedosos e obsessivamente tradicionais do então presidente Regan. Temos uma condenação sútil desse modelo e um questionamento da visão de "vida segura" dos subúrbios e família perfeita do patriarcado amplamente divulgada nos EUA, atravês da alienação imposta pela televisão e meios de comunicação (jornais e revistas). Aqui essa visão é fulminada nesse thriller com um toque de humor negro.
Considerado atualmente como cult " O Padrasto" foi bem recebido pela crítica na época de seu lançamento. O filme foi baseado vagamente na história verídica
Em uma nuance de Jekyll e Hyde, O´Quinn consegue oscilar magistralmente entre a presença fofa e sorridente de um excelente "pai" de família para um psicopata assassino em segundos. A visão do "sonho americano" de uma família patriarcal o encanta, motiva e o enfurece qdo as coisas saem fora de ordem.
O diretor consegue criar uma verdadeira linha de suspense e terror sem se aprofundar na infância do personagem, deixando a nós a tarefa de imaginar
vai tentando alcançá-lo no decorrer do filme mantem a atenção do todo.
O diretor Joseph Ruben originalmente queria Jerry Blake assobiasse a canção a "The Way We Were" - Barbra Streisand, mas os direitos à canção ficavam caros demais e então optaram por "Camptown Races".
Para quem viu o filme essa canção é de enervar visto que ela vem sempre após as matanças de Jerry.
O roteiro não chega a ser perfeito mas é inteligente, tirando alguns furos na história, temos como recompensa que apesar de todos esses anos, a história ainda é assustadora pela gama de possibilidades reais de que quanto seguro vc está...
Qual o modelo de família ideal e feliz? Existe uma fôrmula da felicidade perfeita familiar? Lar Doce Lar...Ops...Quem sou eu aqui?
Vale a pena ver ou rever. Apesar de ser considerado um clássico, cult e etc, suas duas continuações são extremamente dispensáveis e seu remake desnecessário.
A comparação com 300 que muitos fazem é compreensível, visto que em 2007 esse filme alavancou a maneira de trazer a público e com sucesso histórias "épicas gregas". E quem estava por trás da produção de 300? Mark Canton e Gianni Nunnari! Após 04 anos a dupla retorna com seu novo investimento nesse seguimento : Imortais. Mas alguns pontos foram esquecidos, 300 foi baseado em uma HQ de sucesso homónima de Frank Miller, que participou da produção e roteiro de 300, e tbém tinha Zack Snyder, além de dirigir tbém participou do roteiro de 300. Então deram a formula mágica aos dois roteiristas Vlas Parlapanides e Charley Parlapanides:
Vingança + assistam 300, precisamos de outro épico grego que nos traga muito retorno. Exigimos uma cena ou outra ; em câmera lenta, pulo do herói com espada ou lança tanto faz, contando que ele pule magnificamente sobre algum malvado mode on. Não esqueçam de colocar poucos homens em um corredor estreito para brigarem contra um exercito gigantesco. Leiam a Mitologia Grega e peguem as bases por lá.
E assim foi... Nasceu Imortais... com um roteiro raso e fraco.
Antes de mais nada esse filme não é sobre mitologia grega.Se vc quer saber um pouco mais sobre Mitologia Grega fuja desse filme. Partindo disso e da idéia que apenas os roteiristas tomaram emprestado os nomes da Mitologia, deturpando toda a história e mencionando apenas alguns fatos como são, deve-se olhar para essa pelicula apenas como um filme de ação para massas baseado em total ficção e criação livre.
Aos amantes da Mitologia Grega meus sentimentos se pensaram encontrar um filme coerente e gerador de conhecimento a geração atuante ou vindoura.O mesmo se trata de uma ofensa aos mitos. Não acredito que algumas pessoas possam dizer que esse seja o melhor filme de Mitologia Grega que já viram pois esse filme não trata de Mitologia Grega. A Mitologia Grega aqui não é seguida a risca e muito menos seguida em ponto algum.Não é um Épico Grego está mais para um Épico Indiano saído do forno ¬¬ Seu diretor Tarsem Singh, indiano, trouxe figurinos estranhos,
do cantinho infernal do Rei Hyperion um festival de torturas, humilhações em seu poço de maldades com direito ao Minotauro como servo leal, tipo um cãozinho obediente. Dividiu o mundo dos mortais em escuro,sujo e encardido e o dos Deuses como se fosse um desfile da Escola de Samba Acadêmicos Ovo Brilhante, com direito a mais alegorias em suas cabeças imortais, ou seriam mortais??!!.
Mas Singh traz esse detalhismo extremo em outra obra sua "A Cela", aonde temos um visual magnífico aonde o roteiro (pobre) não é como aqui, a sua maior preocupação.
Roteiros bons deixados de lado e a parte, entendendo tudo isso, posso dizer que o filme possui um espetáculo visual deslumbrante com várias cenas de ação empolgantes e as cenas de batalha espantosas, efeitos CGI inúmeros. Algumas cenas eles foram perfeitos em outras a iluminação foi falha deixando o espectador perdido.
líder de massas a beira do extermínio, bastardo, pobre, infeliz, pupilo de um Deus Soberano.
Estava mais para um protagonista de comercial de bronzeador no Deserto. Ele pode ter agradado as fetichistas e admiradores (as) de plantão por seu tipo físico mas isso não basta para segurar um papel de protagonista. Stephen Dorff convence demais
Salvou o quanto pode as cenas. Cheguei a torcer por ele e não pelo Teseu. Atuações boas, grandes efeitos visuais, algumas fotografia e mostras de CGI de tirar o fôlego.
Se sua intenção é se divertir e comer pipoca vá em frente, não vai perder nada. Uma estrela para CGI, uma pela boa intenção do elenco, uma para Mickey Rourke, uma para Stephen Dorff, tiro uma pelo roteiro fuleiro/pobre não permitindo aos atores desenvolverem mais seus personagens e tiro meia pela conversa das tochas. Abraços a todos do Filmow
Se vc não gosta de animais ou não ama. Não assista esse filme. Acho um absurdo ler qualquer coisa sobre a história de Red Dog não merecer um filme ¬¬ Se até prostituta, ladrão e serial killer merecem filmes, qual o problema de fazer um filme sobre um cão que é considerado uma lenda em seu país? Assista quem quiser, todo filme possui seu público e evidentemente esse é um filme para quem gosta e ama amigos de 04 patas. Recomendo demais para o público que gosta.
Adaptado do best-seller de mesmo nome de Louis de Bernières (autora de Capitão Corelli) - Red Dog é um filme absolutamente família. Filme/livro baseado em um história real
que fala sobre a lealdade de um cão (da raça Kelpie) para seu dono, sua peregrinação em busca de seu dono e a união em uma comunidade mineira australiana na década 1970.
O filme foi patrocinado por uma grande empresa de mineiração, inclusive a maior parte das cenas foram filmadas na propriedade dessa empresa. Linda fotografia de Geoffrey Hall fazendo forte uso das paisagens que impressionam de Pilbara/Austrália. O roteiro funciona muito bem pois na sua estrutura narrativa,
vai introduzindo os personagens um a um e passamos a conhecer todos, na medida em que eles aparecem nas histórias uns dos outros. Todos tem suas experiências com Red Dog mas em nenhum momento o foco do filme é retirado de RD para exaltar qualquer relação humana com maior profundidade a ponto de ser colocada em holofotes.
A grande estrela do filme e digo isso não por ele mas por todo o roteiro é Koko (Red Dog). O diretor Stenders Kriv faz um bom trabalho em capturar a natureza de RD, bravo, atrevido e amável. Além de nos passar e conseguir transmitir a história de lealdade de RD de uma maneira doce sem ser apelativa. Possui várias sequências engraçadas no decorrer do filme. Usando pouca CGI
a cena de Red Dog e Red Cat como que iniciando um duelo é hilária.
Gostei demais da trilha sonora do filme com canções de rock australiano da época. Arthur Angel como um italiano saudosista é perfeito no que deve ser. Josh Lucas (John Grant) possui uma atuação envolvente na dupla com RD. John Batchelor com grandes momentos divertidos. Mais uma vez admiro o desempenho de Koko, adorável demais. Enfim o filme não é perfeito, possui falhas mas nada para destruir o propósito do filme que é ser agradável, tocante, divertido e emocionante. Preparem os lenços. Eu e minha família passamos 92 minutos de pura distração em uma diversão sadia.
Definitivamente esse é o pior filme feito em 2011. Assisti até o final com uma curiosidade mórbida pensando como aquilo poderia ficar pior...Acreditem ficou. Nada presta! Nem direção, roteiro, atores, atrizes, até os figurantes são péssimos O.o
A cidade de Nova York está com alerta de evacuação e os figurantes (que nem devem ser pessoas ligadas ao filme) passeiam tranquilamente pelas ruas como se estivesse um dia ensolarado.
90% das frases terminam em OK. Tudo é OK. Quando o carro deles capotou...Confesso que estava torcendo para que a Família OK morresse todinha e alguns novos atores "de verdade" viessem salvar o restante do filme. Depressão...não morreram ¬¬
Nutri a esperança até o final dessa porcaria de que todos morressem. Aonde está Lars Von Trier para matar todos no final??? Senti saudade do Melancolia Se bem que nem o Jean Dujardin com a Tilda Swinton salvavam esse filme do desastre. Quem o fez deve pensar que todo o público do mundo é retardado. São tantos erros de continuidade e absurdos que no final acabei rindo de tanta idiotice Quando a mãe pergunta o que estava cheirando mal...Pensei...é o filme kkkkkkkkkkkkkk Infelizmente não tem como dar estrelas negativas aqui. Merece uma chuva de ovos(podres). Sugiro ao pessoal do Filmow a criação de um botão de Ovo Podre aqui para que possamos apertar quando um desastre desse acontece.
Com relação as atuações : Guillaume Canet e Keira Knightley possuem uma inteiração e química envolvente. Ambos estão fantásticos o que torna a história dos dois um pouco mais atraente que a do outro casal. Sam Worthington não conseguiu me impressionar com a atuação dele. Me dá a impressão de ser uma alegoria muitas vezes no decorrer do filme, inexpressivo totalmente. Eva Mendes morna tentando parecer quente. Realmente esse casal para mim não funcionou na tela.
Massy Tadjedin roteirista/diretora passa as nuances além da traição de uma maneira lenta, mostra como as pessoas agem dentro e fora de seus relacionamentos, deixando bem a mostra dos dois lados, as diferenças entre: tudo que eles pensam, tudo que eles dizem e tudo que eles fazem. Gostei muito da visão da diretora sem ser tomada por feminismos delirantes ou machismos extremos.
Quando terminei de assistir o filme lembrei de uma citação de Johnny Depp "Se você acha que ama duas pessoas ao mesmo tempo, escolha a segunda. Porque se você realmente amasse a primeira, não teria uma segunda opção."
Um relacionamento a dois está prestes a ser testado. Uma visão realista do tema que nos faz pensar. Qual é a maior infidelidade: A física ou a emocional? Existe uma escala de valores para infidelidade? Não seria tudo traição? Vai haver resistência física e não emocional? Haverá nenhum emocional em um envolvimento apenas físico? Como encarar essas resistências?
Ela : Não transei com o cara mas não consigo dizer te amo a vc depois disso... Ele : Transei com a gostosona do trabalho, mas assim que terminou vi que só era uma atração física e descobri que te amo?
Qual a consequência que isso pode acarretar nessa relação?
Danos irreversíveis ou conformismo imediato com descobertas recheadas de culpa? Como e até que ponto a desconfiança, insegurança e o ciúmes pode desencadear estragos ou até um rompimento em um relacionamento.
O fato é que aqui não se trata de dizer quem é o certo ou o errado, quem vai ficar com quem
e sim apenas vislumbrar alguns caminhos que foram percorridos pelo casal principal e suas consequências, em uma relação que aparentemente se mostrava perfeita.
Joanna definitivamente é uma pessoa quando está com seu marido Michael e outra qdo está com Alex. Podemos perceber isso na cena do carro, aonde ela se arruma no caminho para a festa ao lado do marido e o ritual de preparação para a noite com Alex. A escolha da melhor lingerie para o encontro, no fundo na mente dela havia uma possibilidade de uma traição. Ela esconde seu relacionamento (passado) profundamente marcante do marido, com direito a esconder as fotos de seu amor patológico em um livro.
Michael assim como a esposa, esconde segredos íntimos; ambos usando da premissa de omissão, ele estava interessado em Laura sim, antes da viagem e nega qualquer interesse na colega de trabalho qdo questionado pela esposa. Ele se sente a vontade para trair, pois por mais que ele falasse não sua cabeça acenava com um sim.
Apesar de algumas opiniões diversas, não entendi que Michael tenha broxado
com Laura. Naquele dialógo qdo ele diz: - Eu não imaginei que isso fosse acontecer (a transa deles) então ela (senti uma ironia da parte de Laura) diz: - Nem da segunda vez? ( ou seja, transaram não apenas uma vez mas duas, cometer o mesmo erro ou deslize duas vezes na mesma noite, não parecia tão inimaginável).
No final...Descobertas? Decisões? O filme termina sem respostas mastigadas para o público,
Para mim, ela não ficou nem com o marido e nem com Alex. Essa foi a minha visão do final. Ela estava chorando na janela de seu apto de tristeza e dor pela partida de Alex. Ela amava mais um que o outro? Possivelmente não.
Casou com Michael porque para ela era assim que deveria ser. Deixou Alex porque ele era e continuou sendo um homem que não se decidia sobre o que realmente queria. Continuou sendo um homem sem posição por ir ao encontro dela ainda estando com alguem. Amava a estabilidade/segurança de Michael e a paixão que teve com Alex. Com quem ela termina? Nenhum dos dois. Aquele "eu te amo" de Michael, seguido do silencio dela com a passadinha de mão na lapela do casaco dele e a visão dos sapatos dela largados pós noitada no chão, prenunciou o começo do fim.
Filme adaptado do conto de Richard Matheson, "Steel" (1956). Richard Matheson é um dos escritores mais produtivos e influentes da nossa época, com mais de 100 obras publicadas, entre seus romances temos Bid Time Return(1975), cuja a versão cinematográfica recebeu o nome aqui de "Em algum lugar do passado", o romance sci-fi I Am Legend (1954), adaptado para o cinema e o mesmo filmado três vezes, em 1964, 1971 e e em 2007 com o título de " Eu sou a Lenda". Entre vários outros.
Roteiro de Dan Gilroy, Jeremy Leven, John Gatins o conto foi reformulado mas a idéia principal foi mantida.
Ex pugilista azarado tentando a sorte no boxe contra robôs. No filme, robôs lutam contra robôs e tons família foram adicionados na adaptação fugindo um pouco do tom original.
De início os produtores Murphy e Montfrod queriam algo mais tenebroso para o filme, na linha de "Requiem para um lutador", enquanto Spielberg guiava a equipe de criação para que o conto fosse mais semelhante ao tom de "O Campeão", dessa mistura de vontades saiu um Rocky Falcão Metalizado.
Fôrmula batida e muito criticada por várias pessoas como fora de moda, previsível, brega ou clichê demais. Infelizmente para alguns e felizmente para muitos, nada disso vai mudar a vontade da massa
, que o herói vença no final. Relações humanas nunca são fora de moda e é disso que o filme trata. Relação pai e filho. Descoberta de um amor que nem sequer Charlie podia imaginar que existia, o amor fraternal entre ele e Max. O importância que um filho tem em nossa vida ao ponto de virar a mesma de cabeça para baixo e ainda assim melhorá-la. Uma história que gera emoção, agrado e contentamento poderia ser banal para muitos, mas nesse caso, muitos não a consideram banal.
Adorei a direção de Shawn Levy, a química entre Hugh Jackman (Charlie Kenton) e Dakota Goyo (Max), como pai/filho se torna contagiante no desenvolvimento, convivência e amadurecimento dos personagens. Dakota Goyo depois de Thor, traz uma determinação inteligente e de personalidade a Max,
sem ser pedante e/ou mal-educado. Conquistando não só ao pai mas a todos. Força e uma dose certa de humildade do personagem Max: "Campeão do povo?...Parece bom para mim. * seguido de um lindo sorriso* No final qdo Max derrama sua lágrima, ele orgulhosamente não olha para Atom e sim para o seu pai, pois tudo que ele queria era que ele lutasse por ele.
Indicado ao Oscar de melhor efeitos visuais, não levou, mas os mesmos são impressionantes e conseguem fazer uma grande jogada,
os robôs se movimentam com dolo e nada de rodopios e piruetas... Eles socam, se esquivam, pulam, moem, trituram e amassam seus adversários, e tudo isso para nossos olhos atentos observarem. Nada fica escondido, podemos observar a coreografia e habilidade dos mesmos,
vale lembrar que a coreografia das lutas dos robôs foi realizada por boxeadores reais e supervisionados pelo campeão de boxe Sugar Ray Leonard. Shawn Levy explicou: "As lutas foram feitas com captura de movimento ao vivo com lutadores de MMA e boxe. Eram dois humanos com roupa de captura de movimento. Aí o sistema converte a captura de movimento deles para o robô"
Sugar Ray baseou qualquer um dos estilos de luta dos robôs, nas pessoas que tinham enfrentado ele no ringue. Para compor o estilo de Zeus ele baseou o tipo com um pouco de Hagler, um pouco de Hearns e um pouco de Benitez. O estilo de luta de Atom foi baseado de acordo com Sugar Ray, nele mesmo.
Filme dotado de um sentimentalismo inofensivo mas contagiante. Podem dizer o "bicho" sobre todo o filme mas terminei de assisti-lo com um grande sorriso no rosto e uma sensação de ter me divertido e torcido demais por Atom, Charles e Max.
Amei =D
Aos apaixonados em games - Real Steel para PS3 e X360.
Filhos da Esperança foi baseado no livro best-seller (romance profético) The Children of Men/1992 de P.D. James, escritora geralmente conhecida por escrever livros de mistérios sobre um detetive, P.D.James fugiu nesse livro, do gênero ao qual está acostumada a escrever.
Indicado a três estatuetas, infelizmente esse filme não levou nenhum oscar pra casa. Foi indicado nas categorias, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor montagem.
Além de dirigir Filhos da Esperança, Alfonso Cuarón também participou do roteiro e além dele vários roteiristas fizeram parte da adaptação desse romance: Timothy J. Sexton, David Arata, Mark Fergus e Ostby Hawk. Nesse roteiro aconteceram várias mudanças feitas por essa equipe para que a história ficasse melhor nas telas. Nessa adaptação usou-se a premissa, nomes dos personagens, alguns pontos da trama original, mas de resto o roteiro transcorre totalmente diferente do livro. Em minha opinião o filme foi inspirado na obra de P.D.James e não baseado, isso pela quantidade de mudanças feitas na história.
O talentoso Alfonso Cuarón diretor de filmes como Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban/2004 , Grandes Esperanças/1997, nos presenteia aqui em Filhos da Esperança com uma emoção vigorosamente sombria.
Temos a visão de uma Inglaterra lugar deprimente, em um futuro próximo governada por um ditador facista, onde as normas da lei e da ordem entraram em colapso. Temos a visão da toda a raça humana infértil e a beira da extinção. Um governo que anuncia e vende Quietus, uma droga para que a pessoas cometam suicídio. Detalhes nas propagandas mostradas ao longo do filme "Está se sentindo velho? Seja jovem para sempre...Quietus...porque a vida é sua!"
O filme trata de uma realidade perfeitamente pertinente mesmo depois de 20 anos do lançamento do livro,
uma visão analítica e mordaz sobre o poder e a política, visão essa bem cinzenta, que nos fala com urgência do modelo social que vivemos. Hoje em dia vivemos um sentimento anti-imigrante em sociedades modernas como Reino Unido e EUA.
Quanto tempo mais teremos, antes de que o conceito de governo não terá qualquer significado? Quanto tempo mais teremos, antes que os serviços básicos como eletricidade e água, não serão mais possíveis? São questões que ficam e perduram mesmo depois de muito tempo após o término do filme.
Filhos da Esperança nos fornece um vislumbre triste e desesperador do possível início do colapso.
É uma vista única sobre o fim do mundo - que não vem através de guerras, fome ou doença, mas da incapacidade da raça humana para se reproduzir. Temos a visão de um mundo aonde por 18 anos não nasce mais criança alguma, por conta da infertilidade das mulheres (no livro a infertilidade é atribuida aos homens) e as pessoas na falta delas, tentam se compensar cuidando de cães e gatos no filme (no livro cães, gatos e bonecas). As causas para isso são um grande mistério, supostas causas aparecem pinceladas no decorrer do filme mas nenhuma causa conclusiva foi dita ou constatada. Supostas causas : castigo divino, poluição, raios gama, experiências genéticas...
Londres possui suas fronteiras fechadas e todos os imigrantes; chamados de Fugees; são caçados, deportados, mortos ou levados ao campo de refugiados Bexhill. Surgem os rebeldes para lutar pelo direito dos imigrantes. O diretor nos mostra com muita habilidade que rebeldes tão vorazes e cruéis como o governo que eles abominam. Apesar de os rebeldes estarem lutando contra um regime totalitário não são caracterizados como os bonzinhos dessa história. Esse é o grande lance e o verdadeiro interesse desse filme, que reside em examinar como diferentes pessoas reagem ao iminente fim de tudo, e como um raio de esperança torna-se uma ferramenta usada para o abuso do poder.
Fotografia maravilhosa e apesar de muitos o considerarem sci-fi, o diretor nos aproxima desse futuro sem utilizar abundantemente de CGI ou roupas e complementos futuristas. Os efeitos especiais não são uma distração para o público, são feitos em segundo plano o que nos mantêm totalmente ligados na história em si.
Ao melhor estilo de Cuarón, que conta histórias a todo vapor, esse filme possui cenas de ação fantásticas e de tirar o fôlego, vale lembrar tbém que usou-se muito pouca edição no filme.
Palmas e muito mais para as três cenas de plano sequência (estilo favorito do diretor) e para o pessoal dos efeitos visuais.
São elas: A emboscada na estrada com a morte de Julien (4 min e 11 segundos) totalmente filmada de dentro do veículo , a cena em que Theo é capturado pelos rebeldes, foge, corre por uma rua e atravessa uma construção no meio de uma batalha feroz (7 min e 56 segundos) e a última quando Kee dá à luz (3 min e 31 segundos) filmado com uma camera portátil, mesmo o público pensando que as sequencias foram em sequencia continua e sem CGI, isso não é verdade, nessas três cenas, o efeito de continuidade foi auxiliado por CGI pela Framestore CFC (empresa essa responsável por CGI em X-Men: O Confronto Final, Superman O Retorno, V de Vingança e HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO). Auxiliaram tbém na cena do explosão do café. "A cena café foi composta por dois takes diferentes filmados durante dois dias consecutivos, o carro foi baleado em uma emboscada em seis seções e em quatro locações diferentes foi preciso mais de uma semana e exigiu cinco transições digitais e sem costura; e a cena de batalha foi filmada em cinco takes separados em duas locações - Supervisor de efeitos visuais Frazer Churchill."
Quem quiser saber mais como foi feita a cena do parto de Kee e seus efeitos CGI.
Alfonso Cuarón detesta filme expositivo, aonde tudo tem de ser explicado e exposto. Ele é adepto a fazer uma narrativa refêm do cinema e não o inverso. Então temos dentro do filme várias situações que levam o público a pensar nos motivos, razões e sentimentos que devem se aflorar.
Um exemplo dessa maneira de Alfonso Cuarón está no final do filme aonde ele deixa para o público a missão de como deve se sentir vendo aquele fim. Como bate para cada pessoa em particular aquela visão de esperança fica no critério delas e não dele.
Frase de Alfonso Cuarón sobre o final do filme: "Nós queríamos que o fim fosse um vislumbre de uma possibilidade de esperança, para o público só investir o seu próprio sentimento de esperança nesse final. Então, se você é uma pessoa esperançosa você, vai ver um monte de esperanças, e se você é uma pessoa triste você irá ver um desespero completo no final."
Em minha opinião Filhos da Esperança tem algumas coisas a dizer sobre a condição humana. Vale a pena assistir e analisar, se essa viagem nos leva ao desespero ou um horizonte de esperanças.
Filme adaptado do livro do escritor Jonathan Safran Foer de 2005. Essa adaptação foi feita para as telonas pelo premiado roteirista Eric Roth (Forrest Gump) a qual o fez com grande habilidade.
Levou meia estrela a menos pela falta de abordagem para o público sobre a verdadeira condição de Oskar, foi citada a condição muito timidamente e rapidamente, muitos que assistiram o filme
Ele transmite sim, como é difícil e as consequências que cada família deve passar, para colocar novamente suas vidas em sintonia depois de perder alguem que se ama e seguir em frente, mesmo com a falta machucando por dentro. Quem já perdeu alguem que se ama, sabe como é a saudade e o pânico, que se segue depois disso, na tentativa de encontrar maneiras de segurar o máximo de lembranças e memórias que o conecta a pessoa querida que perdemos. Oskar explica isso na teoria dos 08 minutos de luz. Para ele, era uma corrida contra o tempo pois fazia um ano que o pai havia falecido e para ele a lembrança do pai não podia desaparecer. Ele estava sofrendo demais com a ausência do pai e a chave que ele encontrou foi uma maneira de estar próximo do pai.
Fato importante tanto no livro como no filme é que o garoto pode ter Sindrome de Asperger, inclusive ele (o garoto) cita que foi inconclusivo seu diagnóstico. Então, essa adequação e modificação na vida de um garoto de 11 anos com Sindrome de Asperger é bem mais complicada.
O diretor Stephen Daldry de "O Leitor", "Billy Elliot" e "As Horas" como ele fez em Billy Eliot, fez o mesmo nesse filme, o personagem principal foi desempenhado por um estreante; Thomas Horn, e Horn carregou a maior parte da narrativa do filme com ele.
Sua dualidade em expressar carinho e logo em seguida irritação. Todas as suas fobias, manias e falta de sociabilidade. Ele levava o pandeiro com ele para aplacar sua ansiedade e muitas vezes para diminuir o medo que tomava conta dele. Sua auto mutilação para aplacar a sua culpa interior, por não ter atendido o pai no último telefonema dele antes de morrer. Seu egoísmo em guardar só para si as mensagens do pai na secretária eletrônica como forma de aplacar a saudade, visto que no entendimento dele, só ele sentia dor.
, que sabendo da possível doença do filho, proprõe jogos e desafios para que o garoto possa interagir e ter relações sociáveis (impressão dos cartões para o garoto abordar as pessoas em suas investigações). Toda a relação de Hanks com o filho é focada em diminuir ou abrandar sintomas da possível Sindrome de Asperger.Pistas deixadas em locais que ele sabia serem parte da fobia do garoto, o balanço, enfim tudo em uma busca constante para que o menino vencesse cada fobia e com esperança de talvez a doença.
Sandra Bullock que até a morte do marido, deixava a interação social e os cuidados do garoto com o pai e teve de aprender a fazer parte do mundo do menino, lidar com sua SA e passar a enxergar as coisas como ele.
Max von Sydow o avô, pai ausente, marido relapso, que foi obrigado devido as circunstancias e viver algo que ele fugiu, ser pai. O apelo denunciado em seus olhos de Pare!Chega! por não querer mais ter que escutar as últimas palavras de um filho que ele abandonou ainda recêm-nascido. Como o garoto diz ao avô qdo ele está indo embora: Suas Botas são mais pesadas que as minhas...( No livro qdo Oskar está deprimido ele diz que está vestindo "botas".
Todo o filme mostra um amadurecimento dos personagens no seu decorrer. Tudo isso com a brilhante e sensível direção de Stephen Daldry.
Quanto a chave? Ela abre o cofre de outro pai que tbém se foi e Oskar entendeu perfeitamente isso. Se ele não pode ter a mensagem de seu pai, que o outro filho pudesse receber a mensagem do pai dele.
O final nos brinda com a esperança, que mesmo com a morte ou perda de alguem querido, todos podemos continuar a viver, inteiros ou remendados, recolhendo cacos e reestruturando as vidas que ficaram por aqui.
Meu conselho a todos que ainda não virão o filme. Vejam. A história de Oskar merece ser contada.
Assistam de mente aberta e entendam que: Oskar é um garoto diferente.
Craig Brewer, diretor de Ritmo de um Sonho/2005, pegou o barco quase partindo e assumiu o lugar de Kenny Ortega, diretor de "This Is It" e três "High School Musical" que desistiu de dirigir esse remake. Ainda bem, pois se mesmo com Kenny fora, o remake ficou com cara de High School Musical, imagina se ele tivesse aceitado fazer parte desse remake. ¬¬ Para substituir Kevin Bacon da versão cult do original de 1984, surgiram nomes como: Chace Crawford que pulou fora por conflitos na sua agenda com as gravações de Gossip Girl; e Zac Efron que alegou que queria dissociar sua imagem dos musicais.
Então surgiu o não tão desconhecido (interpretando dançarinos em pontas) nas telonas Kenny Wormald para assumir o difícil papel de substituir Kevin Bacon. Infelizmente ele não foi feliz, não basta dançar bem, tem que atuar tbém e demonstrar algum tipo de emoção.
Quando ele conta sobre o motivo de ele querer ganhar a petição perante o conselho da cidade para a tia, tinha-se a impressão que ele estava a ponto de rir em todo seu discurso dramático, se retiramos a música de fundo e colocarmos um mudo, vc tem a impressão que ele está prestes a contar algo divertido.
Kenny Wormald dançando sozinho defende bem ser " dançarino", mesmo maculando a melhor cena de dança do primeiro filme original
por ter discutido em casa pela repressão de seu tio por causa do episódio das drogas na escola, ser criticado na escola era suportável mas tbém em casa, isso o deixa enfurecido.
Aos que quiserem ver a cena do original temos o link do you tube disponibilizados por pessoas aqui do filmow http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=nc8crnqKEns
Julianne Hough é realmente uma linda mulher e lembra outra atriz muito famosa em suas feições mas apenas isso! Dançarina e cantora de música country acredito que deveria apenas continuar cantando e dançando.
Sua interpretação da personagem esqueceu de nos passar seu envolvimento com seu par romântico Kenny Wormald e seu envolvimento com sua mãe é o mesmo que um freezer caindo de porta aberta.
Palmas para Miles Teller que ofuscou o personagem de Kenny por sua atuação e talento. Um novo nome a ser lembrado.
Tudo bem que nos USA esteja em moda uma onda de remakes e que os produtores ávidos por dinheiro,querem a todo custo alcançar o sucesso de filmes originais do passado, claro que o tentador "Footlose" original seria a próxima vítima.
Footlose 1984 não é um exemplo de roteiro maravilhosamente construido nem de enredo, mas possuia um charme original, que infelizmente esse remake não tem como recriar. A vitalidade sensual de Kevin Bacon, combinada com sua perfeita atuação e empatia do mesmo com o personagem. A coreografia frenética mesclada com uma trilha sonora que ficou na memória por muito tempo.
Cenas interessantes em 84 dos tratores e disputa dos carros
susbtituidas por onibus e voltinha em carros balançando bandeira.
Esse remake de certa maneira tinha que se modernizar mas o vejo tímido e sem inovações marcantes. Todos sabem que o primeiro envelheceu, mas para marcar isso devemos meter
, com a personagem feminina principal que em menos de 30 anos, passou de revoltada mas doce garota, para a garota bomba de sexo, vaca e vulgar da nova versão...
Se isso foi a inovação dos USA em 27 anos, vejo uma américa hoje apegada ainda a década de 80, onde não se evolui e sim regride, aonde o poder local está sempre governado pelo medo e a necessidade de atribuir a culpa e incapacidade de pensar de forma diferente pela lei.
A única coisa que esse remake me trouxe de bom, foi a imensa vontade de colocar em meu DVD, o original de 1984 e dar play com muito vigor, para banir esse remake da minha mente. E assim o fiz...
Abraços a todos do filmow e essa é apenas a minha opinião.
Interessante filme em todos os aspectos. Gostei demais. Apesar de ser demasiadamente longo a história acaba se sustentando no decorrer do mesmo. Atores brilhantes em seus papéis. Jessica Chastain depois de uma atuação excelente em A Arvore da Vida, volta nesse papel de uma maneira marcante. Michael Shannon sem palavras para descrever como ele absorve o papel que ele está como uma simbiose.
Ele consegue nos passar a dualidade de sofrimento de : poder ter herdado da mãe a doença que a tirou dele qdo pequeno ou a com a dor de que suas visões e pesadelos não são loucura mas sim de uma realidade potencial que infelizmente vai acontecer.
Com relação ao final do filme, li em alguns comentários de fora (do Brasil) que o filme deveria ter terminado no suposto primeiro final que é qdo ele abre a porta do abrigo e vê que está tudo bem. Para muitos o filme deveria ter terminado ali naquela cena, onde ele tem que tomar a decisão de vencer sua doença (percebida). Então seria como se ele tivesse vencido aquela barreira e finalizado em busca de um possivel controle da doença. Em minha opinião, esse cena da saída do abrigo, só veio para confirmar a cena da praia, o final realmente do filme, ele estava certo, se por premonição, ou qualquer outra razão como um aviso divino. Se a intenção do filme era dizer que ele era realmente esquizofrenico e que nada iria ocorrer,que o filme terminasse na abertura da porta do abrigo aonde ele viu e sentiu a verdadeira realidade. Inclusive os vizinhos recolhendo galhos que cairam das arvores. Acredito que o filme foi além qdo nos mostrou o reflexo de dois furacões ou tornados na janela ao fundo da esposa dele na praia. Naquele momento,ocorreu a deixa para que soubessemos que era real. Esse simples reflexo, combinado ao fato de que foi a filha dele quem viu a tempestade antes dele e que o avisou, as gotas de chuva com oleo na mão da esposa. Isso tudo me deixou a impressão de que apesar de ele estar esquizofrenico ele tinha razão sobre a vinda de uma tempestade como nunca tinham visto. Posso dizer que ele estava certo mas ainda acho que ele estava tbém doente. Negar que ele não estava doente seria o mesmo que negar toda a tragetória do personagem dentro dos 120 minutos de filme. Essa tempestade no final não veio para justificar seus delírios, pesadelos ou alucinações. Não existe na minha opinião um questionamento aceitável se ele estava doente ou não. Isso pouco importa na verdade. o que importa na verdade é o momento em que ele decide deixar o abrigo. Ele tomou a decisão de tentar superar seus medos, sua doença, e isso é realmente tudo o que importa. Apesar de tudo, ele foi capaz de tomar essa decisão. No entanto, isso não nega o fato de que ele ainda está profundamente doente e isso só vai piorar.
Qto a direção de Jeff Nichols ela foi inteiramente acertada e ele nos mostra todas as nuances do amor familiar sem ser piegas, as pressões vividas em uma sociedade americana fragilizada com modelo falido economicamente. Acredito que ele ainda fará grandes feitos na telinha. Abraços a todos do FilmoW
Predadores
2.8 8 Assista AgoraAos 7,2 que deram nota no IMDB sinto muito. Faço parte dos que não gostaram.
Meia estrela para fotografia e nada mais.
História que começa cheia de garra, narrando as mazelas da vida e a luta por terras mas no final toda a construção do personagem principal, sua luta e determinação vão pelo ralo abaixo
Passou a impressão que o roteirista passou mal e depois do ataque do touro e largou a cargo de quem soubesse apenas escrever terminar essa história tola.
Nada faz sentido. Enredo costurado pegando tudo que há de pior na criação de um filme.
Latifundiário esganado e implacável, filho mimado, rico, inútil e abusador, policiais corruptos, roubo de propriedade privada como em um faroeste, cidade vendida em todos os níveis para o latifundiário que ama mais seu touro que o filho, mulher do pseudo herói sendo uma tola manipulável, pai que sofreu maus tratos e foi severamente espancado, enfim cara escolheu a dedo e criou essa caixa de Pandora que abre assim que damos o play
Desculpa se ofendi algum pseudo intelectual mas essa é minha opinião.
Não recomendo a ninguém. Não vi nada de positivo nesse filme. É como comer pão com abacate amassado.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraFilme adaptado pelos diretores Tom Tykwer (Corra Lola, corra) e os Wachowski (Matrix) , do romance de David Mitchell (Cloud Atlas /2004), considerado por muitos um livro "unfilmable."
O projeto do filme foi desenvolvido por 04 anos, tendo dificuldade de encontrar apoio financeiro.
Com US $ 102 milhões conseguido de fontes independentes "A Viagem" se tornou um dos mais caros filmes independentes de todos os tempos.
O filme é particularmente pessoal para os Wachowski: Eles passaram anos tentando encontrar apoio de algum estúdio para o projeto de US $ 100 milhões, e, finalmente, o fizeram como um filme independente, recolhendo o dinheiro de uma lista de apoiadores internacionais, e colocando seu próprio dinheiro, quando algum financiamento caía no último momento.
Muitas vezes o filme quase foi abandonado por falta de recursos financeiros, mas todos estavam tão entusiasmados pelo trabalho e pelo filme, que no dia que os atores deveriam voar para Berlim para começar os figurinos, os agentes dos mesmos ligaram aconselhando-os a não voar, a não entrar no avião, chamando-os de volta dizendo: "Eles não têm o dinheiro, o dinheiro não está acertado".
Tom Hanks que definitivamente havia abraçado o projeto disse: "Eu estou entrando no avião." E então, uma vez que ele disse e foi entrar no avião, basicamente, todo mundo disse: "Bem, se Tom está no avião, nós estamos no avião”. E assim todos decidiram embarcar e fazê-lo, todo mundo voou [a Berlim para começar o filme]. Foi assim grande salto de fé.
Tom Hanks acertou em sua decisão. Ele está perfeito em todos os papéis que representa, demonstra nitidamente todas as diferenças entre eles. Perfeito!
Aliás, todos se saíram excepcionais. Hugh Grant
e seu canibal alucinado
Maquiagem excepcional e trilha sonora lindissíma.
Com determinação, entusiasmo e sacrifícios esse foi o início de “A Viagem".
O personagem principal do filme é a humanidade.
Seis histórias ligadas uma após a outra
por informação, seja essa repassada via: livro, partituras e cartas, manuscrito, filmes ou mensagens digitais.
Filme que fala sobre reencarnação, carma, consequências e mudanças de atitudes positivas ou negativas tomadas por seus personagens no decorrer de cada vida e em cada época.
Todos os personagens possuem o livre arbítrio em suas escolhas, tanto para o bem como para o mal, definindo o seu futuro. Nessas escolhas ocorre ou não um aprimoramento da alma tornando uma pessoa melhor por boas ações ou uma pessoa pior a cada reencarnação.
Basicamente o que podemos perceber é que as almas podem evoluir e mudar com o passar do tempo e das reencarnações ou não.
"E por cada crime e cada bondade renasce nosso futuro."
Além do que foi explanado, podemos notar no filme, pinceladas do conceito filosófico de Nietzsche com sua Teoria do Eterno Retorno, onde se propõe um universo, que não avança cronologicamente e sim apenas se repete, uma e outra vez. Mitchell em seu livro também se apoiou em outra teoria de Nietzsche que é a da Vontade de Poder. Utilizando muitas vezes um discurso aberto nietzschiano, Mitchell examina a natureza predatória dos seres humanos e o desejo de ambos; os indivíduos e as facções para consolidar e acumular poder, independentemente do custo.
Apesar disso, de conter nuances e ideias filosóficas, a ideia de ser um romance sobre reencarnação não deve ser descartada analisando as declarações do autor do romance.
David Mitchell disse em "Book Club" na BBC Radio:
"Literalmente todos os personagens principais, exceto um, são reencarnações da mesma alma em corpos diferentes ao longo do romance identificados por uma marca de nascença... Realmente, esta é apenas um símbolo da universalidade da natureza humana. O título por si só "Cloud Atlas", a nuvem refere-se às manifestações em constante mudança no Atlas, a qual é fixada a natureza humana, que é sempre assim e sempre será. Então, o tema do livro é predacity, os caminhos individuais e os custos dos indivíduos, os grupos sobre grupos, nações sobre nações, tribos em tribos. Então apenas peguei esse tema, e em um sentido de que reencarnam, esse tema fica em outro contexto... " -
Partindo dessa informação do autor,
acredito que o personagem que o autor do romance se refere como o único que não é a reencarnação da mesma alma é o Timothy Cavendish.
Então porque ele possui a marca? Em minha opinião, é pela razão de que sua nova ideia de liberdade e liberdade para os outros, acabou influenciando após muito tempo uma nova geração, mostrando o conceito de que a natureza da tirania vai contra o instinto básico humano de liberdade.
Todos que possuem a marca; tem uma força do bem que pode ver além das diferenças superficiais de raça, orientação sexual e da engenharia genética, que valorizam a liberdade e a vida, são representados por vários atores, os quais possuem a marca de nascença: nascimento abolicionista Adam Ewing, o Frobisher compositor, jornalista Louisa Rey, Sonmi e Zacharias.
Todos que tem a marca apresentam um amor independente de raça, cor, crença ou orientação sexual.
Aqueles que possuem a marca tem em sua natureza ou "alma", algo que vai contra as ideias convictas e convenções de uma sociedade ou moral da mesma, que seria correta para uma maioria dominante, mas que na verdade vai contra os princípios básicos de liberdade, amor ao próximo e a vida.
Um filme para ser assistido no mínimo duas vezes, e a cada revisão brotam novas ideias e concepções na mente.
Esse filme é um presente para a humanidade definitivamente.
Quanto a não ser indicado a nenhum Oscar, não é de hoje que a Academia comete injustiças. Essa é apenas uma delas.
Merecia concorrer pelo menos em 06 indicações: melhor trilha sonora, melhor roteiro adaptado, melhor maquiagem, melhor ator: Tom Hanks, melhor filme e melhor diretor.
Abraços a todos do Filmow
Obediência
3.4 309Nuances e detalhes de uma farsa bizarra e perturbadora baseada em fatos reais.
Revoltante, enervante e chocante. Total absurdo toda essa credulidade e obediência!
Em sua estreia no Festival de Cinema de Sundance dezenas de cinéfilos saíram dizendo que o filme foi explorador e misógino.
Em uma sabatina, alguém disse ao diretor Craig Zobel :
"Estupro não é entretenimento"
Apesar de ter sido vaiado e considerado de gosto pouco duvidoso por muitos, esse filme tem sido bem recebido pela crítica no geral.
Um filme difícil de assistir que não te deixa indiferente quando termina. Impossível não sentir indignação, raiva, inquietação e até desgosto. Uma brincadeira com consequências terríveis.
Vi alguns dizendo que o filme não é crível o bastante em seu roteiro, pois infelizmente, para desespero geral foi exatamente assim que os fatos ocorreram.
Outros dizem que tem um vídeo com 09 minutos do que foi a verdadeira história. Erro grande pois a vítima passou tudo isso por 03 horas e meia.
Uma lástima!
As consequências do caso real para quem tiver curiosidade:
O mais absurdo nisso tudo, foi que o responsável pelo trote David R. Stewart, casado e pai de cinco filhos, saiu ileso disso tudo. No julgamento depois de duas horas de deliberações foi constatado que não haviam provas suficientes para convencer o júri.
O caso ocorreu em 09 de abril de 2004 e David R. Stewart ainda é suspeito de ter feito mais de 130 ligações desse tipo.
A gerente Donna Summers cumpriu um ano em condicional por prisão ilegal além de ter sido demitida do Mc Donald´s e o ex-noivo dela Walter Nix cumpriu cinco anos por abuso sexual e cárcere privado.
A vítima fez tratamento para depressão pós-traumática com terapia e antidepressivos. Três anos após o crime, ela entrou com pedido de indenização contra o Mc Donald´s no valor de US $ 200 milhões alegando que a empresa não a protegeu em sua provação, pois a empresa sabia sobre os trotes, visto que se defendia de processos em outros 04 estados, dois anos antes desse caso.
O julgamento civil começou em 10 de setembro de 2007 e terminou 05 outubro de 2007, aonde na sentença a vítima recebeu US $ 5 milhões em danos punitivos e mais de US $ 1,1 milhões em danos compensatórios.
Donna Summers também processou Mc Donald´s por não avisá-la das brincadeiras anteriores, pedindo US $ 50 milhões. O júri que indenizou a vítima do caso, também concedeu US $ 1 milhão por danos punitivos e US $ 100.000 por danos compensatórios para Donna Summers.
Mc Donald´s recorreu e em 20 de novembro de 2009, o tribunal de apelações manteve as condenações e a indenização da vítima mas reduziu o prêmio punitivo dado a Summers para US $ 400.000.
Reportagem completa
Aos cinéfilos que tiverem nervos fracos fujam desse filme.
Eu depois de assistir ainda fiquei por muito tempo me perguntando como isso pode ter acontecido... Absurdo!
Abraços a todos do Filmow
YellowBrickRoad
2.1 70Uma cidade (fictícia) inteira de nome Frair com mais de 500 habitantes, desaparece em 1940 quando depois de abandonarem seus bens, resolvem seguir rumo ao norte por uma trilha desconhecida em busca de novas terras, após a Grande Depressão nos EUA.
Quando os moradores saem em busca do desconhecido nomeiam a trilha como Yellow Brick Road em homenagem ao seu filme favorito na época "O Mágico de OZ" de 1939.
Metade dos corpos foram encontrados congelados e mutilados, a outra metade continua desaparecida, somente um único sobrevivente foi encontrado, desorientado, falando sempre sobre um som que não deveria ser ouvido e nada mais. Nascendo então uma lenda, sobre o que de fato tinha acontecido com aquelas pessoas.
Nesse momento um time de pesquisadores; alguns com experiência de sobrevivência ao ar livre, preparados com tecnologia, câmeras e até apoio psicológico, vão tentar fazer a lenda virar história, tentando encontrar a trilha aonde tudo aconteceu, a procura de saber respostas e possíveis explicações de que aconteceu a todas aquelas pessoas.
Se você gosta e quer ver um filme, com muito sangue e tripas a vontade, monstros demoníacos, caipiras psicopatas, adolescentes estúpidos tomando decisões mais estúpidas ainda, sendo logo após punidos por "um ser anencéfalo mega master puppet from hell" esse não é um filme que irá te agradar.
Felizmente, apesar de dar uma primeira impressão que o filme vai ser uma cópia de Bruxa de Blair, isso não acontece. Graças por não ser filmado em primeira pessoa. Funcionou na Bruxa mas aqui seria UHODOBOROGODÓ!
Segue mais o estilo de "A Nona Sessão" e para quem curtiu, pode gostar talvez desse estilo também. De acordo com o diretor Andy eles se inspiraram em clássicos de terror de ritmo lento como "O iluminado", "O Bebê de Rosemary", "Carrie" e "Amargo Pesadelo". Para ele esse filme vai entrar nas prateleiras como um "Mindfuck".
Analisando apenas:
Filme com um ritmo propositalmente lento, valorizando o terror psicológico centrado nos personagens e construído dentro daquela atmosfera,
aonde os mesmos vão se deteriorando mentalmente quanto mais avançam na trilha.
Quais os limites que se pode chegar ou cruzar quando se vê em uma situação desesperadora,
perdidos, com recursos se esgotando, toda a tecnologia levada por eles começa a falhar e sem a mínima ideia de onde estão e como farão para voltar. Mentes enlouquecendo, pessoas normais ponderando entre suicídio e homicídios, a loucura se alojando em cada um deles, ao som de uma música anos 30 ecoando entre as árvores, que quanto mais avançam na trilha, mais alta e desagradável ela fica.
A música é importante no filme, pois é a primeira coisa que nos indica de que há algo errado ali e é a mesma que gradativamente vai levando os personagens além dos limites da sanidade.
Possui efeitos sonoros e estratégia visual super bacanas.
A ideia de fazer uso do som como arma sobrenatural foi muito interessante.
Mas apesar disso tudo... Somente isso não faz um bom filme.
Infelizmente tiro duas estrelas e meia,
uma pela dispensável cena de mutilação do irmão na irmã, teria sido mais interessante se tivessem mantido a proposta do filme, e outra pelo final que nos deixa com cara de WTF e meia pelo capeta travestido de luvas amarelas.
Li sobre várias opiniões sobre o final ser:
uma alusão às portas do inferno, ou a realização do pesadelo da mulher dele; algo do tipo como buscou o inferno você achou, e outras interpretações de que o final era para dizer que todo o filme não passou de um pesadelo do pesquisador principal que conseguiu as informações da época.
A ideia do filme foi bem interessante, mas pecou demais em renegar toda a história de 1 hora e quarenta minutos
se for pensar aquele final tosco pseudo "abstrato" de que tudo não passou de um pesadelo ¬¬.
Cabe inúmeras interpretações ali? Possivelmente alguns tenham tirado várias ou outros tenham pensado em roteirista mutilado pela ação daquela música torturante e desagradável. Disputando a tapas qual das duas seriam a opção mais adequada.
Em minha opinião, se os diretores queriam deixar um final com margens para a nossa imaginação ou interpretação, que pelo menos por consideração a quem vai assistir ao seu trabalho, nos dessem mais informações sobre a história em si.
Teria sido mais interessante, se deixassem o final igual ao que aconteceu com a população desaparecida, sem explicação, sem conhecimento, um vácuo mesmo. Bem como o doido sobrevivente relata, isso seria bem mais coerente do que aquele pseudo capeta com luvas amarelas ¬¬.
Na tentativa dos diretores de fazer de Yellow Brick Road um "Mindfuck" e mediante isso, como não temos qualquer informação relevante sobre o que de fato aconteceu aquelas pessoas, podemos tomar vários caminhos nesse filme com esse final. O que se encontra no final da trilha para quem assistiu ao filme?
1- Não entender patavinas e ser tomado por uma raiva crescente para trucidar o diretor, atores, elenco, roteiristas e afins com críticas negativas e palavras matando o filme, como o irmão matou a irmã.
2- Se consumir pela culpa de ter assistido ao filme sabendo que essa escolha foi unilateral ao ponto de jogar qualquer coisa aproveitável do mesmo em um penhasco, como a garota que comeu todo o doce.
3- Racionalizar o tempo todo e mesmo assim no final desistir, como o psicólogo que se matou.
4- Encher a cara e ficar doidão para entender o sentido do final do filme, como o casal das frutinhas alucinógenas.
5- Assistir todo o filme para entender o sentido, esperando que vá decolar, tentar encontrar e seguir as pistas inexistentes do roteiro, trilhar na web comentários sobre algum sentido naquele final e como o último cara... Não encontrar absolutamente sentido ou coerência alguma daquilo com o restante do filme.
Acredito que alguns diretores deveriam rever o conceito de "Mindfuck" - termo que também é utilizado para referir-se a filmes que usam a desorientação para levar a um final totalmente inesperado, mas coerente com o resto do filme por meio de pequenas pistas sutilmente apresentadas no decorrer do filme. Como exemplos: Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, The Jacket, The Machinist, etc.- Wikipédia"
Como tenho pavor de pessoas que quando se veem em uma posição de melhor análise dizem, esse filme é para quem tem sentimento, esse filme é para pessoas inteligentes... Blábláblá.
Vamos ao que interessa como entender esse filme?
Simples eles estão todos mortos desde o começo do filme!
Como nem todo mundo sabe, tem vontade ou quer saber, ele se baseou na Divina Comédia de Dante.
Todos estão no purgatório
Abraços a todos do Filmow
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraPara os que ainda não assistiram ao filme...
Aqui vão algumas dicas:
Esqueça-se de Brad Pitt e Sean Penn de filmes blockbuster.
Não assistam ao filme: irritados, cansados ou com sono.
Assim que decidir que vai assistir ao filme o faça de mente aberta sem qualquer sentimento predefinido.
Com a mente aberta e em um estado tranquilo você conseguirá ir até o final.
No final a única verdade é que: esse filme é algo que cada um vai interpretar e sentir de diversas maneiras, únicas e individualmente.
Qual o conceito utilizado? Apenas subjetividade. Cada ser humano é dotado da sua e isso é o que nos torna completamente diferentes uns dos outros.
A ideia central do filme é bastante simples...
Sean Penn é um homem de meia-idade, casado, que obteve sucesso em sua vida material, mas em seu emocional ainda perambulam dúvidas, conflitos e a não aceitação da morte do irmão, isso o faz refletir sobre o significado da vida, então ele inicia uma busca em suas lembranças de infância na década de 1950, que o fazem relembrar sua relação de amor e ódio com o pai (Brad Pitt), a relação edipiana encharcada de decepção e amor com a mãe (Jessica Chastain) e como a perda de seu irmão/companheiro de 19 anos afetou sua vida.
*recordando a todos que memórias são lembranças pinceladas sem ordem extrema e no filme você está vendo a memória de JOB
O inicio do filme já te define que para os homens ali são os dois lados de uma mesma moeda a forma de viver e encarar a vida, de um lado a Natureza (Brad Pitt) e de outro lado A Graça (Jessica Chastain).
E como ele conta a história de JOB? Ele não conta... Somente mostra com impressões.
O filme é uma obra impressionista do cinema. Dentro de uma demanda cada vez mais urgente de filmes de heróis mascarados, carrinhos que viram robôs, negativos pingando sangue, Terrence Malick vem com uma nova proposta que foge de todas as convenções. E essa maneira impressionista de ele tocar esses 138 minutos de filme gera tantos comentários da Natureza como vários comentários da Graça. Os dois extremos estão em sua maioria aqui nesses comentários. Quem é que tá certo? Nem quem é Natureza e nem quem é Graça. Não existe certos ou errados. Nem burros ou Inteligentes. Somente que cada um teve a sua impressão do trabalho nada convencional de um diretor como poucos.
Opiniões todas elas existem e sempre irão nos mostrar a subjetividade de cada ser humano.
Dizer que é um filme para se odiar ou amar? Por favor, sejamos originais.
Diria que esse filme deve ser visto em seu tempo. Qual é o tempo certo? Isso é definido por cada espectador. Você deve vê-lo quando achar que é a SUA melhor época.
Que o filme trouxe revolta para muitos espectadores? Isso é fato. Tanto que nos EUA alguns cinemas americanos colocaram sinais de advertência para futuros espectadores do filme alertando sobre a narrativa enigmática e não linear do filme, isso na sequência de alguns protestos e demandas de reembolso nas semanas iniciais de exibição do filme.
Dizer que o filme é o mega suprassumo orgástico do cinema atual por ter ganhado Palma de Ouro em Cannes não é um qualificativo válido, lembrando agradavelmente para as pessoas que usam essa afirmativa como a qualidade master do filme, que ele também foi duramente vaiado por metade das audiências de Cannes, logo após a sua exibição, algo que só é reservado para os mais detestados filmes do festival.
Então definitivamente esse não é um filme para agradar a todos em um primeiro momento.
Se você gostou tudo bem, se não gostou tudo bem também, entendo perfeitamente, só tente vê-lo em outra oportunidade, quem sabe nessa nova oportunidade, aconteça com você o que aconteceu comigo, um doce e terno regresso de sensações, sentimentos e lembranças de algo que todos nós já tivemos em nossa vida e que em algum momento passou, se apagou ou simplesmente se perdeu.
Malick consegue aqui capturar momentos de ligação familiar profundamente comoventes e no final como diz Sean Penn:
“É um filme que eu recomendo contanto que a pessoa vá sem preconceitos. Cada um tem que achar uma conexão emocional ou espiritual. Aqueles que conseguem geralmente saem do cinema muito tocados”.
Abraços a todos do Filmow
Armadilha
2.2 589Depois de ler muitos comentários detestando esse filme, fui conferir...e gostei realmente da idéia e demais do vilão. Perverso, sádico e muito inteligente.
Bem para quem não curte horror "slasher" esse não é seu filme. Não perca seu tempo. Isso não é um romance enorme com várias nuances e personagens radiantes, perfeitos e maravilhosos que merecem o céu.
Psicopata não precisa de motivos para matar ou jogar o jogo que lhe faça feliz ou que torne sua vida sem consciência mais emocionante...Por favor...Não existe WHY!!! Não tem porque...Ele simplesmente se diverte como a mente dele achar mais interessante, aquele era o seu jogo.
O vilão é tão insano que colecionava suvenires de suas vítimas.
Não teve motivo para ele pegar aqueles 03, o pato ou patos da vez seriam quem resolvesse usar o ATM na véspera de Natal.
Para o psicopata aquilo era uma ratoeira, independente se o rato fosse branco, negro ou marrom, o objetivo era qualquer rato. O queijo, a isca é o Dinheiro!
O personagem principal é o vilão. Não tem nome...não tem rosto. Acredito que isso se deva a um fator meio egoísta por parte dos produtores ou responsáveis. Se o cara cobrar muito para o segundo filme, coloca-se qualquer cidadão de casaco peludo que está valendo. Acreditem...Com certeza vão fazer um segundo ATM. Pistas a rodo nos créditos finais.
O vilão é inteligente, meticuloso
e programado para fazer sua ratoeira funcionar como ele quer ou como ele prevê que ela funcionará; por diagramas, cálculos e lógica. Todos os seus passos são meticulosos e ele antevê através (embora alguns digam que não) de inteligência como barrar qualquer tentativa de escapar dali. Estudou todos os ângulos das câmeras, sabia qual o fabricante e alcance de cada uma delas, tanto do ATM como do estacionamento e do Market. Procurou os pontos cegos delas. Sabia exatamente aonde deveria ficar e aonde não poderia ficar. Quais os lugares que ele deveria isolar com arames para evitar uma corrida em fuga. Sabia exatamente os horários que o carro de segurança iria passar.
Algumas questões que tento responder, baseada no meu entendimento dos personagens e do enredo:
Por que David parou o carro longe do ATM?
Simples...Ele quis castigar seu amigo por estar melando o encontro com a menina que ele paquerou meses e o amigo sabia disso...
Por que os 03 entraram no caixa?
Ele quis castigar seu amigo parando longe, e o amigo acenou para ele entrar no caixa desesperadamente pois como vimos na festa o cara é um duro ¬¬ E lá se foi o David que não sabe dizer não ao amigo chato para o ATM...A garota se viu sozinha naquele breu e foi ficar com eles.
Ela poderia ter trancado o carro? Ela tentou mas David resolveu deixar as travas do carro quebradas.
Aquela velha história de todo horror "slasher"; carros nunca funcionam ou dão partida, meninas estúpidas saem correndo pela mata descalças e por mais que elas corram como batedoras os vilões a passo de lesma sempre pegam elas, celulares que nunca tem sinal ou que a bateria está no final e por ai vai...
Por que o cartão que não funcionava abriu a porta do ATM. Por que ela poderia ser aberta por qualquer um. Por que o assassino não abriu a porta? Por que ele seria filmado e ai a brincadeira estraga, o jogo é dele, ele faz as regras. O assassino sabia que ele poderia entrar quando quisesse, mas precisava desligar as câmeras para pegar suas presas.
Podem reparar que quando David vai entregar o dinheiro ao vilão no envelope, ele não avança da sua demarcação do ponto cego para apanhar David. Quando David corre ao ATM na fuga do carro, a mesma coisa, o assassino para quando chega no ponto de visão da câmera.
Por esse motivo ele não quebrou os vidros com uma pedra e entrou. No ATM eles estavam seguros por causa das câmeras do caixa. Por esse motivo também o cara ficava tentando abrir a porta atrás do caixa, se forem até o final nos créditos verão que ali atrás, nos diagramas, estava o mecanismo do caixa, a única maneira de pegá-los sem ser filmado ou visto era destruindo atrás o sistema, já que quando ele cortou os fios, o caixa desligou mas voltou a funcionar.
Por esse mesmo motivo usou o carro do David na porta do ATM, precisava fechar a porta sem ser visto. Queria congelar os 03 e não afogá-los. David explica isso. Quando eles disparam o alarme de incêndio, ele tem o próximo passo quebrar o caixa com o carro do policial, usando o outro carro para não ser filmado. Por que ele não quebrou o caixa com o carro do policial direto? Por que pelo que eu entendi, quebrar o ATM era a última escolha do nosso vilão e ele poderia ser visto. Não adiantava quebrar pois a câmera ainda estaria lá. Depois que ele cortasse a câmera ele poderia entrar dentro do caixa e pegar todos...antes não. Tanto que ele esculhamba o ATM mas não entra para pegar nenhum deles. Espera do lado de fora. A câmera foi quebrada? Sim mas ninguém sabia disso, somente nós. Se o assassino soubesse teria com certeza entrado no caixa e the end.
Por que ele não matou o cara que entrou no ATM? Afinal ele estava matando qualquer um que se aproximasse de suas presas. Ele não matou o cara por que coincidentemente o cara estava com um casaco parecido com o dele. Ele queria ver a reação dos 03 quando o cara entrasse no ATM e do que eles eram capazes para salvar suas vidas. Tanto é que depois que eles mataram o zelador (clone de casado do assassino) e o vilão viu do que eles eram capazes, ai que ele ficou mais doido para quebrar a porta dos fundos do ATM, desligar o sistema e pegar todos.
Essa parte realmente estragou e muito o enredo desse momento para frente. Muita coincidência para se engolir...
Mesma roupa? Impossível o zelador estar indo trabalhar e não ter um celular. Poderiam pelo menos ter colocado um celular no zelador com bloqueio de teclado por senha,
Depois o isqueiro ser encontrado bem mais tarde no casaco tirado do defunto foi de lascar, fora o fogo comendo solto em um balde de metal e ninguém queima as mãos ou dedos.
Celulares havia dois; um do David sem bateria que o amigo mané dele jogou embaixo do banco do motorista e o outro era da Emily, o do David nem vou falar estava sem bateria e o da Emily o assassino tirou da mão do David facilmente. Podem falar que o cara era um contra o outro mas o terror já estava instalado em todos os 03. Essa é a grande arma do vilão, aterrorizar, minar a confiança, quebrar qualquer iniciativa. Fez isso, quando matou o cara que levou o cachorro para passear.
Alguém disse: O assassino se deu bem porque eles não tinham um celular disponível e ele ainda planeja continuar atacando?
Sim se deu bem! O vilão sabia que eles não tinham celular dentro do ATM. Como ele sabia? Revejam o momento em que eles vão sair do ATM; logo após o saque, o assassino está lá em uma posição suspeita, distante e estranhamente ameaçadora, mas sem fazer absolutamente nada de ilegal, o mané tenta sair e o assassino dá um passo a frente, o mané recua. SE eles tivessem um celular, aquele era o momento de sacar e ligar. O assassino esperou uma reação, um possível pedido de ajuda ou socorro. Como não teve, nesse momento ele teve a certeza que eles estavam incomunicáveis dentro do ATM. Lembrem-se o cara é muito inteligente.
Por que o vilão jogou celular, mais o dinheiro e a carteira do David no porta-malas? Por que ele não queria grana, nem celular...era apenas mais uma maneira de incriminar quem sobrasse e "se" restasse algum deles.
Sair do caixa e dar uma surra os 3 no vilão? Sério mesmo?
Em que momento ficou claro para alguém que o cara não estava armado? Que o cara não estava acompanhado de mais dois ou três?
Na verdade o filme trabalhou com o terror instalado, a violência a que estamos expostos todos os dias, aonde se mata por um tênis ou uma bicicleta.
Eles realmente não sabiam o que esperar daquele maluco e numa situação de terror e medo instalada, com certeza heroísmo não faz parte dos planos da grande maioria ali.
Com relação à aparição do segurança, pessoal horror "slasher" é assim mesmo. Wikipedia:
Nas palavras do escritor Carol J. Clover : "Os policiais, pais e xerife aparecem apenas o tempo suficiente para demonstrar incompreensão risível e incompetência ".
Pensei que a menina iria sobrar, mas como ela morreu bestamente ficou o insosso do David para levar a culpa daquilo tudo, seriamente ele não vai levar a culpa de tudo, mas vai ser impossível ele provar que havia alguém do lado de fora do ATM.
Não é um filme maravilhoso mas achei bem interessante a proposta.
Se não fosse o lance do cara ter entrado no ATM com a mesma roupa do assassino e sem celular talvez ficaria menos forçado aquilo.
Se os 03 que estão no ATM presos naquela situação são estúpidos? Essa é a questão que acredito que o filme quer colocar...Quais as reações das pessoas mediante uma situação absurda daquelas? Como você agiria nisso tudo? Olhar de fora e dizer é uma coisa, vivenciar a situação é outra bem diferente. No caso ali não houve resistência e nem o domínio do medo e com isso o destino dos 03 já estava traçado.
Se aconselho a assistir, se você gosta desse tipo de horror "slasher", sim. Agora ir ao cinema e pagar por isso definitivamente não.
Muitos detalhes ficam no final do filme e somente em uma versão em que possa pausar, conseguimos entender ou perceber muitos detalhes dos planos do assassino.
Tiro uma estrela e meia pelo
clone sem celular
pelo isqueiro etéreo.
Abraços a todos do Filmow.
Os Inocentes
4.1 396Minha maneira de entender e pela competência do todo favoritando essa obra perfeita.
Filme muito bem dirigido e com roteiro assinado por Capote em parceria com Henry James, John Mortimer e William Archibald.
Aborda um tema fantasmagórico, bizarro ou profundo?
Roteiro baseado em uma peça da Broadway dos anos 50; "The Innocents" de William Archibald , e com diálogos extraídos de um romance de Henry James " A volta do parafuso", este filme é um dos pioneiros do terror psicológico do cinema.
William Archibald e Truman Capote ganharam em 1962 um Prêmio Edgar dos Mystery Writers of America de Melhor Roteiro.
Diretor Martin Scorsese coloca The Innocents na sua lista dos 11 filmes mais assustadores de terror de todos os tempos.
Filme com uma estética gótica, esse é um filme bem ousado para sua época. Essa ousadia vem da contribuição de Truman Capote; o qual foi o responsável pelo sub texto freudiano, discreto, subentendido, mas que está presente nesse filme entre escuridão, passos, luz de velas e suspense de muitas cenas. De acordo com Christopher Frayling 90% desse roteiro é de Capote.
A confusão que muitos fazem a respeito de não entender bem o que se passou, se deve ao fato de que o diretor Clayton preferiu minimizar o aspecto freudiano do roteiro de Capote no filme acabado, isso para preservar a ambigüidade entre a história de fantasmas e o elemento freudiano.
Graças a essa ambigüidade, o filme permite várias interpretações de acordo com o gosto e entendimento de quem assiste. Fantasmas? Mulher Esquizofrênica? Delírios de uma mente atormentada por forte repressão sexual?
Apesar do diretor ter tentado minimizar o sub texto freudiano de Capote, e como li o livro " A Volta do Parafuso", não vi e nem entendi esse filme como uma história de fantasmas.
Não vi fantasmas, vi apenas a maneira; em delírios doentios, que uma mulher repreendida sexualmente (Deborah Kerr) em toda a sua vida; por uma família extremamente religiosa e criação severa, encontrou como explicação para atos abomináveis, mulher essa predisposta a acreditar em qualquer fantasia por não admitir a possibilidade de que um crime e suas conseqüências desfilam sobre seus olhos.
Deborah Kerr linda, perfeita e desconcertadamente convincente.
Para a época 1960 aonde se tinha uma grande repressão sexual esse filme deve ter deixado muitos de cabelo em pé.
Somente a partir de 1970, o tema abuso sexual infantil começou a ser encarado como um grave problema social.
Esse filme trata de uma maneira velada sobre violência sexual infantil, repressão Sexual e criação rígida aonde desejos são reprimidos e entendidos como uma maneira de corrupção de uma suposta virtude. Uma mulher não poderia ter desejos e se acaso isso acontecesse os mesmos deveriam ser massacrados em nome de uma pureza absurda, tais sentimentos ou desejos seriam considerados maus pensamentos. Corruptores!
O casal de crianças, órfãs, entregues ao tio que deveria protegê-los.
O que presenciamos não chega nem perto disso, o tio que deveria cuidar, proteger, orientar e educar as crianças delega sua responsabilidade a outros, não quer ser incomodado em nenhuma circunstância. Observamos nesse cenário; omissão, falta de cuidado, carinho, orientação. Crianças que foram deixadas sobre a responsabilidade de outros, se tornando vítimas de quem deveria protegê-los. É fortemente implícito que as duas crianças presenciaram a antiga professora e o capataz da mansão em constantes atos sexuais violentos ou não, sendo vitimadas nesse contexto.
“Quartos usados à luz do dia como se fossem florestas escuras”
Fazer uma criança ou permitir que uma criança veja tais atos constitui um abuso sexual infantil e os efeitos a longo prazo podem ser terríveis causando traumas e variações em sua visão sobre sexualidade e sua personalidade.
Se analisarmos o filme por um ângulo psicológico, os estragos nas mentes e personalidades das duas crianças já haviam-se instalado antes mesmo da chegada da nova professora.
Juntou-se o ruim com o péssimo.
Crianças com suas personalidades danificadas pelo abuso que presenciaram mais a repressão sexual sofrida por uma mulher ativa, bonita e cheia de vida por uma família extremamente religiosa. Resultado: Delírios dela e vários comportamentos doentios que vemos ao longo do filme. As crianças quando são confrontadas com as lembranças dos agressores têm um comportamento histérico e agressivo. Em nenhum momento temos a visão do abuso mas sim dos efeitos que isso causou na vida desse casal de órfãs. Não vemos a causa mas visualizamos os efeitos.
As crianças não possuem nada de demoníacas, compartilham um segredo bizarro e inconfessável. O segredo que modificou suas vidas para sempre e que as une de uma maneira mórbida e particular. O trauma causado a essas duas crianças fica evidente em cada desenrolar do filme. Matar ou mutilar animais é um comportamento clássico de sociopatia que crianças que sofreram abuso tendem a ter. A cena da pomba no travesseiro é tensa. Milles além desse comportamento possui já enraizada em sua mente a idéia de que não quer crescer.
E esses atores mirins, Martin Stephens e Pamela Franklin? Maravilhosos!
Para ter uma noção do que digo sobre a história ter aspectos adultos, muito diferente do livro. O Diretor para garantir que seus atores-mirins tivessem uma boa performance, os deixou sem saber muito, retendo os pormenores da história de Martin Stephens e Pamela Franklin, que só receberam as partes do roteiro que não tinha os elementos adultos surpreendentes e misteriosos do filme. Por tais meios Clayton foi capaz de criar um filme de terror que deixou os estranhos acontecimentos descritos para o espectador interpretar.
O espectador decide o que entendeu com o filme,
se a casa e as crianças estão sendo perturbadas pelas almas penadas de seus antigos cuidadores, ou então, não tem fantasmas, apenas uma mulher com delírios doentes que encontrou uma maneira para justificar todos os acontecimentos na vida das crianças, como ela diz no filme, crianças são inocentes. Seria inimaginável na época que ela analisasse os comportamentos das crianças como sendo propriamente delas, mesmo esse comportamento tendo como estopim o abuso sexual que tiveram.
"Consta que na época da primeira triagem, os executivos da Twentieth Century Fox ficaram perturbados com a cena (que não ocorre no livro), dos beijos da professora com o menino Miles. O filme recebeu a classificação de 12 pelo BBFC . Sua classificação inicial pelo BBFC era "X", o que significava que nenhuma pessoa com idade inferior a 16 anos, foi autorizado a entrar no cinema para vê-lo."
Acredito que a professora exteriorizou seus desejos secretos pelo tio encantador das crianças e pela figura de Quintt (capataz) em Milles, permitindo o beijo dele e depois no final aplicando um ela mesma. Rompe-se a barreira da normalidade em uma mansão aonde se tem a omissão, negligência e descaso como pano de fundo.
Uma história tensa, bizarra, chocante.
Para quem quiser ler a obra de Henry James:
Quanto ao final do filme, Milles fisicamente morreu quando confrontou a realidade de tudo que acontecera a ele, pois na verdade sua alma já havia morrido antes mesmo da nova professora chegar.
Abraços a todos do Filmow.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraNa vida não tem só histórias de amor fofas e perfeitas. Muitas outras existem...
Todos os roteiristas, diretor/roteirista e os dois atores principais deram sua contribuição para esse roteiro baseados em seus sentimentos de filhos do divórcio.
Sabendo-se então sobre o fato de que o roteiro original demorou 12 anos para ser finalizado, teve 66 rascunhos de scripts nesse tempo e que foi finalizado com 1200 tiros de storyboard. Espantei em saber que no dia do início das filmagens, Derek Cianfrance resolveu jogar tudo fora e disse aos atores que o surpreendessem ou que surpreendessem uns aos outros. E assim foi... De acordo com o diretor ele queria trazer vida ao filme, um script poderia trancá-los.
Excelentes atuações de Ryan Gosling e Michelle Williams não há como não reconhecer isso, o papel dos dois não foi fácil e a construção desses personagens deve ter sido uma maratona de sentimentos positivos e negativos. Atuações marcantes!
Li muito sobre esse filme e sua magnitude. Li algumas pessoas afirmando que isso é o verdadeiro amor ou então que essa é a realidade de todos os relacionamentos amorosos. Devo discordar que isso seja o verdadeiro amor ou aceitar a idéia insana de que todos os relacionamentos são assim.
Não existe culpados e nem inocentes.
Quando um relacionamento vai a deriva 50% do crédito pelo fracasso é de um e 50% do outro.
Esse relacionamento retratado no filme de maneira interessante; aonde não temos um meio, e sim um fim e um início dessa história,
é o suficiente para sabermos nas pistas deixadas no decorrer do filme que esse relacionamento estava condenado desde o início.
O casal do filme traz em sua vida sinais de deterioração em seu seio familiar, tornando sua visão sobre amor, verdade, liberdade e casamento totalmente turvas.
Aqui, todos são seres humanos dotados de suas imperfeições. Muitas vezes o que é um defeito terrível a um é uma qualidade para outro. O oportunismo em determinadas situações faz com que aquele defeito possa ser vantajoso em um determinado momento.
Ambos se uniram por vários motivos menos
AMOR MÚTUO.
Uma criança não pode ser o motivo de duas pessoas se unirem, ainda acredito que quem o faz deve ser por amor. Infelizmente nessa situação a criança foi o catalisador dessa união.
Cindy não amava Dean. Nunca amou realmente, como nunca amou ou teve algo mais substancial com nenhum dos 20 e tantos parceiros que ela possuiu em sua vida desde os 13 anos. Vinda de um lar tumultuado, descentralizado, com uma mãe submissa e um pai insensível/grosseiro/estúpido, sem diálogos ou carinho pelos seus. Ela resolveu buscar o carinho/amor; que não teve em casa, se relacionando com vários homens, e a atenção e a orientação que necessitava; em uma avó que viveu uma vida miserável dormindo com um homem que ela não amava e que não a tratava com respeito, condenada a viver sua velhice em uma casa para idosos. Pobre Cindy... Não suportou esconder sua verdadeira face por mais tempo, cansou do papel que teve que assumir para poder ter sua filha. Oportunista e manipuladora, viu na época do desespero e gravidez não planejada e descuidada, como qualidade; a falta de ambição e o amor doentio de Dean por ela. Tanto que agarrou essa qualidade/oportunidade sem pestanejar. Em nenhum momento ela pensa ou diz o quanto é injusto por ele não ser o pai da garota, ela se aproveita da bondade, falta de ambição e desprendimento dele. Manipuladora; não sei se intencionalmente, pois omitiu várias coisas importantes de Dean e não somente no futuro; como a proposta para um novo emprego ou sobre como o encontro com o ex-namorado o qual a tratava como uma vadia a balançou. Tentou no passado manipular a verdade também, relutando em contar que estava grávida e quando ele pergunta se o filho é dele, ela fala que provavelmente não era. Provavelmente não! Não era mesmo e ela sabia. Todos os caminhos que a levaram aquela sensação de insatisfação e desamor pelo marido foram escolhidos por ela. Depois que Dean serviu ao seu propósito o que era a qualidade passou a ser defeito em sua visão de uma vida melhor?
Dean amava até demais Cindy. Vindo de um lar desfeito, carente família e de uma figura materna por abandono, avesso a escola e estudos, procura justificativas de não ter uma família em estruturadas visões ilusórias sobre o amor. Todo seu sofrimento foi causado pela falta de amor, então sua vida seria dar amor e talvez receber amor. Ele sente uma enorme necessidade de ser amado. E o Dean faz questão de nos mostrar o quanto ele é um bom rapaz. Pela tatuagem em seu braço, uma imagem do livro The Giving Tree de Shel Silverstein, já podemos prever até aonde seu amor pode ir e ceder. Tatuagem real de Ryan que cai como uma luva no seu personagem desse filme.
http://www.youtube.com/watch?v=P-KuqsURNwQ
Dean admira a beleza da mulher e pensa não ser digno de tamanha "graça", quando surge a oportunidade ele oferece a tábua de salvação a Cindy, assumindo um filho que não é dele, assumindo uma responsabilidade da qual mais tarde a cobrança viria. Mas ele não é perfeito, não cresce e nem amadurece, não busca uma melhora pessoal ou profissional, causando assim uma fenda no respeito que algum dia sua esposa chegou a ter por ele, falta atitude, sua grande ambição e objetivo conquistado na vida é poder beber as 08 da manhã e trabalhar quando quiser, ser um pai presente e marido que ama a esposa sufocadamente... Visivelmente o que foi qualidade passou a ser defeito grave e insuportável para Cindy. Além disso, o cara virou um beberrão e um largado.
Então, sem apontar culpados, embora o diretor tenha dito em várias entrevistas que não teve predileção por qualquer um dos personagens protagonistas, a meu ver, fomos mais bombardeados com informações negativas sobre Cindy do que sobre Dean. Por esse motivo vejo tantas pessoas iradas com a personagem Cindy.
Dean era um fofo, carente, bêbado mas a amava loucamente. Pobre Dean...
Esse é o ponto desse filme, se você pensar que depois de assisti-lo você vai pensar que todo amor é uma droga, todo amor termina assim, que essa é a realidade da vida. Putz que pena...
Assistir e ficar enraivecido porque o filme não tem o final feliz que você gostaria que tivesse...Putz outra pena.
Nada é totalmente regra e verdade absoluta quando se trata de sentimentos, relações humanas, vidas que se cruzam e que por motivos bons ou ruins deixam de caminhar lado a lado.
Aqui para mim, vi a visão de UM relacionamento em particular; existem tantos pois nenhum é igual ao outro, aonde a vida desse casal em seu passado possuiu marcas, traumas e feridas sempre sendo abertas e reviradas, e nem mesmo um grande amor poderia promover um esquecimento, vejo uma complexidade humana de sentimentos, motivos e razões.
Quando amamos, crescemos juntos, busca-se ser uma pessoa melhor, um ajuda o outro a ser uma pessoa melhor.
Esse meio da história que faltou só nos deixou uma realidade. Dean era um cara terno, generoso, trabalhador, fofo e virou um bebado, desleixado, ciumento, agressivo e vagaba.
Ela depois desse meio de história se tornou uma mulher frustada, relaxada, que não gosta de sexo, fria, calculista e cínica. Ou seja, esse relacionamento fez surgir o pior dos dois lados. Então graças que terminou...
Final real e perfeito!
Abraços a todos do Filmow
Far North
3.4 4Filme de produção independente em ritmo lento baseado em um conto " Far North & Other Dark Tales, 2008 " de Sara Maitland.
Se espera um romance floreado
com final feliz,
Michelle Yeoh tem um desempenho excelente aqui.
Apoiada por Sean Bean extremamente competente faz com que esse filme de diálogos mínimos seja interessante. Expressão artística dos atores é o ponto chave do desempenho deles. Pouca ação e muito talento de interpretação na atuação sincera de seus personagens.
Seres Humanos...Animais por natureza ou civilizados? Quanto podemos ser civilizados estando afastados de tudo e de todos? O que prevalece no isolamento? A que ponto um ser humano pode ir e vai em situações limites? Inveja caminha junto da raiva? Deixamos de exteriorizar nossa raiva gerada com a inveja pelo fato de vivermos em sociedade, abafamos sentimentos moralmentes condenáveis por sermos civilizados?
A eminência de uma solidão total pode nos levar a perder a noção do certo e errado...Qual o certo e errado em uma mente corrompida pela inveja, cobiça e necessidade de ter o que não é seu?
Até que ponto situações vividas e sofridas podem abalar um ser humano tornando-o insensível, agressivo e desconfiado...
Intrigante, perturbador, chocante. Um conto triste sobre solidão,sobrevivência, isolamento, amor e necessidade de ser amado, egoísmo, inveja e cobiça.
Filme com fotografia deslumbrante (Tundra) e uma direção forte mas sensível de Asif Kapadia , por ter diálogos mínimos muito é passado visualmente para nós. A intimidade dos três atores é passada atravês de pequenos gestos e atitudes muito bem marcadas e focadas.
Tragédia Inuíte aonde o destino não foi mudado apenas foi adiado.
Abraços a todos do filmow.
Cópia Fiel
3.9 452 Assista Agora"Todos nós nascemos originais e morreremos cópias." Carl Jung
Essa frase de Carl Jung ajuda a entender esse filme.
Esse não é um filme de entretenimento ou cinema pipoca. Drama baseado em um relacionamento disfuncional entre duas pessoas. Várias questões ficam em nossas mentes, ou seja, não é a formula de começo, meio e fim, com todos os pontos e arestas aparados.
James e Elle um casal, suas opiniões e divagações sobre relacionamentos, verdadeiro ou falso, original ou cópia.
Um filme com fotografias lindas e cenários da Toscana e de sua vila Lucignano.
Abbas Kiarostami diretor/roteirista iraniano utiliza de técnicas do Cinéma vérité,
aonde a idéia principal defendida pelo seu personagem masculino é a de que o que realmente importa na arte é a experiência. Se o que importa na arte é a experiência, e não podemos definir em algum momento qual é o original e qual é a cópia, fiquemos com a cópia pois ela é mais barata que o original. James Miller defende essa tese em seu livro que é apresentado como um lançamento no mercado italiano. Ele defende a idéia de dar valor as cópias tanto qto ao original. Se existe uma arte original em algum momento ela é cópia de algo real.
Juliette Binoche perfeita no papel proposto transparecendo emoções de uma personalidade instável naturalmente, oscilando em estados de espírito sem ser apelativa ou forçada. Perfeita! Mereceu com certeza o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Cannes de 2010.
William Shimell, barítono lírico, em seu primeiro filme traz um personagem calmo, rude, egocêntrico e insensível, não posso afirmar que ele é bom mas se tornou convincente. Robert DeNiro havia sido cotado para esse papel mas William ficou com o mesmo.
Existem tres interpretações para esse filme que pude notar a cerca do relacionamento desse casal, todas elas tendo como catalisador " a garçonete", porque até aquele momento o filme se mostra como mais uma história comum.
Felizmente, nada é como se parece e em uma brilhante sacada do diretor/roteirista, ele nos presenteia com uma história nada comum, deixando que cada um interprete o relacionamento da maneira em que quer ser ou foi atingido por ele.
Primeira interpretação
é a de que eles estão interpretando um relacionamento, que não são casados mas aproveitam a "deixa " da garçonete/dona para por em prática suas teorias de valores a cerca do que é original e do que é cópia, qual seria o válido e o importante. Se a cópia ou o original e como saber no final o que se o tem pela frente é o original ou apenas mais uma cópia. Existe originalidade no mundo ou tudo é apenas uma cópia de algo que um dia já foi original. Existe originalidade em cópias? Existe relevância entre original e cópia? Qual experiência na vida é válida; a original ou a cópia autentica?
Segunda interpretação
é a de que eles já foram casados e em um salto de 15 anos vemos que James optou por ter sua própria vida, falar seu próprio idioma e esporadicamente volta para rever a esposa, uma relação pós convivência de uma vida a dois marcada pela distância ao extremo; tanto da esposa como do filho, que brinca e zomba do interesse da mãe pelo pai como se o mesmo fosse um estranho (ele pergunta porque não pediu para colocar seu sobrenome na dedicatória do livro que era para ele). Penso nessa interpretação pelo fato de Elle sentar no lugar reservado a família e seu filho permanecer de pé e não optar por ocupar o lugar reservado a família ou qualquer outro lugar. Vejo tbém um certo conflito na discussão do casal a cerca da maneira que ela educa o filho. Podemos tbém entender a relação assim como possível qdo vemos que James e ela possuem intimidades e algum conhecimento de ambos. Tem se a impressão para essa interpretação de que foram casados há 15 anos, e logo no início desse relacionamento se separaram e cada um seguiu sua vida. Ele despreocupadamente seguiu a sua e ela seguiu amando seu marido ausente.
Terceira interpretação
Eles foram amantes 15 anos atrás. Tiveram um caso que terminou, desse caso nasceu o filho que ele desconhece, por ser filho sem pai o garoto leva o sobrenome dela, por esse motivo na dedicatória não colocou o sobrenome do garoto. A idéia básica, que sustenta essa interpretação é no momento em que Elle se emociona qdo pergunta a James como surgiu a idéia do livro. Ela percebe que a fonte da inspiração dele foi ela e seu filho. No início do filme, o diretor retrata exatamente a cena que o escritor diz ter visto cinco anos antes qdo teve a inspiração. Tem-se a impressão de que ele a viu, e não a reconheceu. Como eles tinham um caso eles seriam a cópia e o casamento de James é o original. Então ele defende a idéia de que um caso vale tanto qto um casamento original e ela defende a idéia de que apenas o original tem seu devido valor. Cópias não valem. Passados 15 anos ela espera reascender a chama da paixão com James, obviamente isso não irá acontecer, o caso antigo é página virada para ele, que se apronta ao som das 08 badaladas dos sinos, a hora de ir embora se aproxima.
Para qualquer escolha dessas acima, todas sendo perfeitamente posssíveis, bastando saber qual ângulo de visão vc vai seguir, temos um filme que embora se passe em tempo real, possui um vislumbre das possíveis relações a dois em um casamento, no decorrer do filme como uma lente do tempo.
O casal recém casados na igreja e na festa; só alegrias, sonhos e esperanças, o casal de meia idade pelas ruas em suas discussões e pensamentos sobre o que de fato deve se esperar ou prever de um casamento; dúvidas, incertezas, rancores e saudosismo de utopias imaginadas e não vividas, a realidade daquela vida a dois batendo na porta e o vislumbre final do casal de idosos, casamento e relacionamento antigo, aonde com o passar dos anos sabem exatemente a receita de como conviver suportavelmente a dois. Todos inevitavelmente são cópias de uma idéia de casamento.
O que importa efetivamente não é o tipo de relação que os dois tiveram ou têm,
casados, amantes ou estranhos que brincam um jogo sem regras
Nós decidimos o que é real e o que é cópia ali de acordo com nosso entendimento.
Frase linda de Kiarostami "Nós somos os escravos de uma máscara escondendo o nosso verdadeiro rosto. Se nós nos livramos disso, a beleza da verdade será nossa."
Abraços a todos do Filmow
O Padrasto
3.4 84 Assista AgoraUm filme cheio de tensão, profundidade psicológica, conotações políticas e contradições sociais para a época, aonde valores familiares irreais (que dominaram a década de 1980) e a imagem fantasiosa de uma família perfeita como os americanos pintavam, estavam indo ralo abaixo por uma série de motivos; taxas de divórcios subindo, mudança de quem era o responsável pelo núcleo familiar, o estouro da epidemia de AIDS.
Uma exposição crua sobre a perversidade do patriarcado vendido na época como sonho americano e uma cusparada em sua ilusão perfeita.
Na época em que o filme foi lançado,vivia-se nos EUA a era do Reaganismo, aonde a idéia principal eram valores familiares piedosos e obsessivamente tradicionais do então presidente Regan. Temos uma condenação sútil desse modelo e um questionamento da visão de "vida segura" dos subúrbios e família perfeita do patriarcado amplamente divulgada nos EUA, atravês da alienação imposta pela televisão e meios de comunicação (jornais e revistas). Aqui essa visão é fulminada nesse thriller com um toque de humor negro.
Considerado atualmente como cult " O Padrasto" foi bem recebido pela crítica na época de seu lançamento.
O filme foi baseado vagamente na história verídica
de John List um serial killer.
Terry O'Quinn como Jerry Blake / Henry Morrison / Hoskins Bill foi nomeado por sua atuação para um Saturn Award e um Independent Spirit Award .
Curiosidades a parte. Terry O´Quinn é
tenebroso, ameaçador e
assustador
Em uma nuance de Jekyll e Hyde, O´Quinn consegue oscilar magistralmente entre a presença fofa e sorridente de um excelente "pai" de família para um psicopata assassino em segundos. A visão do "sonho americano" de uma família patriarcal o encanta, motiva e o enfurece qdo as coisas saem fora de ordem.
O diretor consegue criar uma verdadeira linha de suspense e terror sem se aprofundar na infância do personagem, deixando a nós a tarefa de imaginar
o terrível
monstruoso de crimes
cruel
O diretor Joseph Ruben originalmente queria Jerry Blake assobiasse a canção a "The Way We Were" - Barbra Streisand, mas os direitos à canção ficavam caros demais e então optaram por "Camptown Races".
Para quem viu o filme essa canção é de enervar visto que ela vem sempre após as matanças de Jerry.
O roteiro não chega a ser perfeito mas é inteligente, tirando alguns furos na história, temos como recompensa que apesar de todos esses anos, a história ainda é assustadora pela gama de possibilidades reais de que quanto seguro vc está...
Será que seu vizinho amável não pode ser um psicopata?
e sabemos do que ela é capaz?
Vale a pena ver ou rever. Apesar de ser considerado um clássico, cult e etc, suas duas continuações são extremamente dispensáveis e seu remake desnecessário.
Abraços a todos do Filmow
Imortais
2.9 1,9K Assista AgoraA comparação com 300 que muitos fazem é compreensível, visto que em 2007 esse filme alavancou a maneira de trazer a público e com sucesso histórias "épicas gregas".
E quem estava por trás da produção de 300? Mark Canton e Gianni Nunnari! Após 04 anos a dupla retorna com seu novo investimento nesse seguimento : Imortais.
Mas alguns pontos foram esquecidos, 300 foi baseado em uma HQ de sucesso homónima de Frank Miller, que participou da produção e roteiro de 300, e tbém tinha Zack Snyder, além de dirigir tbém participou do roteiro de 300.
Então deram a formula mágica aos dois roteiristas Vlas Parlapanides e Charley Parlapanides:
Vingança + assistam 300, precisamos de outro épico grego que nos traga muito retorno. Exigimos uma cena ou outra ; em câmera lenta, pulo do herói com espada ou lança tanto faz, contando que ele pule magnificamente sobre algum malvado mode on.
Não esqueçam de colocar poucos homens em um corredor estreito para brigarem contra um exercito gigantesco. Leiam a Mitologia Grega e peguem as bases por lá.
Nasceu Imortais... com um roteiro raso e fraco.
Antes de mais nada esse filme não é sobre mitologia grega.Se vc quer saber um pouco mais sobre Mitologia Grega fuja desse filme.
Partindo disso e da idéia que apenas os roteiristas tomaram emprestado os nomes da Mitologia, deturpando toda a história e mencionando apenas alguns fatos como são, deve-se olhar para essa pelicula apenas como um filme de ação para massas baseado em total ficção e criação livre.
Aos amantes da Mitologia Grega meus sentimentos se pensaram encontrar um filme coerente e gerador de conhecimento a geração atuante ou vindoura.O mesmo se trata de uma ofensa aos mitos.
Não acredito que algumas pessoas possam dizer que esse seja o melhor filme de Mitologia Grega que já viram pois esse filme não trata de Mitologia Grega.
A Mitologia Grega aqui não é seguida a risca e muito menos seguida em ponto algum.Não é um Épico Grego está mais para um Épico Indiano saído do forno ¬¬
Seu diretor Tarsem Singh, indiano, trouxe figurinos estranhos,
apetrechos de tortura
Detalhista ao extremo fez
do cantinho infernal do Rei Hyperion um festival de torturas, humilhações em seu poço de maldades com direito ao Minotauro como servo leal, tipo um cãozinho obediente.
Dividiu o mundo dos mortais em escuro,sujo e encardido e o dos Deuses como se fosse um desfile da Escola de Samba Acadêmicos Ovo Brilhante, com direito a mais alegorias em suas cabeças imortais, ou seriam mortais??!!.
Mas Singh traz esse detalhismo extremo em outra obra sua "A Cela", aonde temos um visual magnífico aonde o roteiro (pobre) não é como aqui, a sua maior preocupação.
Roteiros bons deixados de lado e a parte, entendendo tudo isso, posso dizer que o filme possui um espetáculo visual deslumbrante com várias cenas de ação empolgantes e as cenas de batalha espantosas, efeitos CGI inúmeros.
Algumas cenas eles foram perfeitos em outras a iluminação foi falha deixando o espectador perdido.
Tudo bem que o mundo dos humanos é encardido mas chegou a ser escuro demais em alguns momentos.
Quanto as atuações Mickey Rourke atuando com sangue nos olhos
e uma aura BDSM, parece adorar o papel misôgeno,
Henry Cavill tentou tentou e tentou mas particularmente não me convenceu em ser um herói,
líder de massas a beira do extermínio, bastardo, pobre, infeliz, pupilo de um Deus Soberano.
Ele pode ter agradado as fetichistas e admiradores (as) de plantão por seu tipo físico mas isso não basta para segurar um papel de protagonista.
Stephen Dorff convence demais
como ladrão, mudando suas idéias e princípios.
Atuações boas, grandes efeitos visuais, algumas fotografia e mostras de CGI de tirar o fôlego.
Se sua intenção é se divertir e comer pipoca vá em frente, não vai perder nada.
Uma estrela para CGI, uma pela boa intenção do elenco, uma para Mickey Rourke, uma para Stephen Dorff, tiro uma pelo roteiro fuleiro/pobre não permitindo aos atores desenvolverem mais seus personagens e tiro meia pela conversa das tochas.
Abraços a todos do Filmow
Cão Vermelho
4.0 150 Assista AgoraSe vc não gosta de animais ou não ama. Não assista esse filme.
Acho um absurdo ler qualquer coisa sobre a história de Red Dog não merecer um filme ¬¬
Se até prostituta, ladrão e serial killer merecem filmes, qual o problema de fazer um filme sobre um cão que é considerado uma lenda em seu país?
Assista quem quiser, todo filme possui seu público e evidentemente esse é um filme para quem gosta e ama amigos de 04 patas. Recomendo demais para o público que gosta.
Adaptado do best-seller de mesmo nome de Louis de Bernières (autora de Capitão Corelli) - Red Dog é um filme absolutamente família.
Filme/livro baseado em um história real
que fala sobre a lealdade de um cão (da raça Kelpie) para seu dono, sua peregrinação em busca de seu dono e a união em uma comunidade mineira australiana na década 1970.
O filme foi patrocinado por uma grande empresa de mineiração, inclusive a maior parte das cenas foram filmadas na propriedade dessa empresa.
Linda fotografia de Geoffrey Hall fazendo forte uso das paisagens que impressionam de Pilbara/Austrália.
O roteiro funciona muito bem pois na sua estrutura narrativa,
vai introduzindo os personagens um a um e passamos a conhecer todos, na medida em que eles aparecem nas histórias uns dos outros.
Todos tem suas experiências com Red Dog mas em nenhum momento o foco do filme é retirado de RD para exaltar qualquer relação humana com maior profundidade a ponto de ser colocada em holofotes.
A grande estrela do filme e digo isso não por ele mas por todo o roteiro é Koko (Red Dog).
O diretor Stenders Kriv faz um bom trabalho em capturar a natureza de RD, bravo, atrevido e amável. Além de nos passar e conseguir transmitir a história de lealdade de RD de uma maneira doce sem ser apelativa. Possui várias sequências engraçadas no decorrer do filme.
Usando pouca CGI
a cena de Red Dog e Red Cat como que iniciando um duelo é hilária.
Gostei demais da trilha sonora do filme com canções de rock australiano da época.
Arthur Angel como um italiano saudosista é perfeito no que deve ser.
Josh Lucas (John Grant) possui uma atuação envolvente na dupla com RD.
John Batchelor com grandes momentos divertidos.
Mais uma vez admiro o desempenho de Koko, adorável demais.
Enfim o filme não é perfeito, possui falhas mas nada para destruir o propósito do filme que é ser agradável, tocante, divertido e emocionante. Preparem os lenços.
Eu e minha família passamos 92 minutos de pura distração em uma diversão sadia.
Abraços a todos do Filmow
2012: A Era do Gelo
2.4 59Definitivamente esse é o pior filme feito em 2011.
Assisti até o final com uma curiosidade mórbida pensando como aquilo poderia ficar pior...Acreditem ficou.
Nada presta! Nem direção, roteiro, atores, atrizes, até os figurantes são péssimos O.o
A cidade de Nova York está com alerta de evacuação e os figurantes (que nem devem ser pessoas ligadas ao filme) passeiam tranquilamente pelas ruas como se estivesse um dia ensolarado.
E aquela família? A família OK...
90% das frases terminam em OK. Tudo é OK.
Quando o carro deles capotou...Confesso que estava torcendo para que a Família OK morresse todinha e alguns novos atores "de verdade" viessem salvar o restante do filme. Depressão...não morreram ¬¬
Nutri a esperança até o final dessa porcaria de que todos morressem. Aonde está Lars Von Trier para matar todos no final??? Senti saudade do Melancolia
Se bem que nem o Jean Dujardin com a Tilda Swinton salvavam esse filme do desastre.
Quem o fez deve pensar que todo o público do mundo é retardado.
São tantos erros de continuidade e absurdos que no final acabei rindo de tanta idiotice
Quando a mãe pergunta o que estava cheirando mal...Pensei...é o filme kkkkkkkkkkkkkk
Infelizmente não tem como dar estrelas negativas aqui.
Merece uma chuva de ovos(podres).
Sugiro ao pessoal do Filmow a criação de um botão de Ovo Podre aqui para que possamos apertar quando um desastre desse acontece.
Abraços a todos do Filmow
Apenas uma Noite
3.5 787 Assista AgoraCom relação as atuações : Guillaume Canet e Keira Knightley possuem uma inteiração e química envolvente.
Ambos estão fantásticos o que torna a história dos dois um pouco mais atraente que a do outro casal.
Sam Worthington não conseguiu me impressionar com a atuação dele. Me dá a impressão de ser uma alegoria muitas vezes no decorrer do filme, inexpressivo totalmente.
Eva Mendes morna tentando parecer quente. Realmente esse casal para mim não funcionou na tela.
Massy Tadjedin roteirista/diretora passa as nuances além da traição de uma maneira lenta, mostra como as pessoas agem dentro e fora de seus relacionamentos, deixando bem a mostra dos dois lados, as diferenças entre: tudo que eles pensam, tudo que eles dizem e tudo que eles fazem.
Gostei muito da visão da diretora sem ser tomada por feminismos delirantes ou machismos extremos.
Quando terminei de assistir o filme lembrei de uma citação de Johnny Depp "Se você acha que ama duas pessoas ao mesmo tempo, escolha a segunda. Porque se você realmente amasse a primeira, não teria uma segunda opção."
Um relacionamento a dois está prestes a ser testado. Uma visão realista do tema que nos faz pensar. Qual é a maior infidelidade: A física ou a emocional? Existe uma escala de valores para infidelidade? Não seria tudo traição?
Vai haver resistência física e não emocional? Haverá nenhum emocional em um envolvimento apenas físico? Como encarar essas resistências?
Ela : Não transei com o cara mas não consigo dizer te amo a vc depois disso...
Ele : Transei com a gostosona do trabalho, mas assim que terminou vi que só era uma atração física e descobri que te amo?
Qual a consequência que isso pode acarretar nessa relação?
Danos irreversíveis ou conformismo imediato com descobertas recheadas de culpa?
Como e até que ponto a desconfiança, insegurança e o ciúmes pode desencadear estragos ou até um rompimento em um relacionamento.
O fato é que aqui não se trata de dizer quem é o certo ou o errado, quem vai ficar com quem
e sim apenas vislumbrar alguns caminhos que foram percorridos pelo casal principal e suas consequências, em uma relação que aparentemente se mostrava perfeita.
Joanna definitivamente é uma pessoa quando está com seu marido Michael e outra qdo está com Alex. Podemos perceber isso na cena do carro, aonde ela se arruma no caminho para a festa ao lado do marido e o ritual de preparação para a noite com Alex. A escolha da melhor lingerie para o encontro, no fundo na mente dela havia uma possibilidade de uma traição.
Ela esconde seu relacionamento (passado) profundamente marcante do marido, com direito a esconder as fotos de seu amor patológico em um livro.
Michael assim como a esposa, esconde segredos íntimos; ambos usando da premissa de omissão, ele estava interessado em Laura sim, antes da viagem e nega qualquer interesse na colega de trabalho qdo questionado pela esposa.
Ele se sente a vontade para trair, pois por mais que ele falasse não sua cabeça acenava com um sim.
Apesar de algumas opiniões diversas, não entendi que Michael tenha broxado
com Laura. Naquele dialógo qdo ele diz: - Eu não imaginei que isso fosse acontecer (a transa deles) então ela (senti uma ironia da parte de Laura) diz: - Nem da segunda vez? ( ou seja, transaram não apenas uma vez mas duas, cometer o mesmo erro ou deslize duas vezes na mesma noite, não parecia tão inimaginável).
No final...Descobertas? Decisões? O filme termina sem respostas mastigadas para o público,
apenas um fato, ninguém terminou feliz ali.
Cabe a cada o espectador decidir de acordo com a sua resposta a todo filme como ele termina.
Para mim, ela não ficou nem com o marido e nem com Alex. Essa foi a minha visão do final. Ela estava chorando na janela de seu apto de tristeza e dor pela partida de Alex. Ela amava mais um que o outro? Possivelmente não.
Casou com Michael porque para ela era assim que deveria ser. Deixou Alex porque ele era e continuou sendo um homem que não se decidia sobre o que realmente queria. Continuou sendo um homem sem posição por ir ao encontro dela ainda estando com alguem. Amava a estabilidade/segurança de Michael e a paixão que teve com Alex.
Com quem ela termina? Nenhum dos dois. Aquele "eu te amo" de Michael, seguido do silencio dela com a passadinha de mão na lapela do casaco dele e a visão dos sapatos dela largados pós noitada no chão, prenunciou o começo do fim.
Abraços a todos do filmow
Gigantes de Aço
3.7 2,5KFilme adaptado do conto de Richard Matheson, "Steel" (1956). Richard Matheson é um dos escritores mais produtivos e influentes da nossa época, com mais de 100 obras publicadas, entre seus romances temos Bid Time Return(1975), cuja a versão cinematográfica recebeu o nome aqui de "Em algum lugar do passado", o romance sci-fi I Am Legend (1954), adaptado para o cinema e o mesmo filmado três vezes, em 1964, 1971 e e em 2007 com o título de " Eu sou a
Lenda". Entre vários outros.
Roteiro de Dan Gilroy, Jeremy Leven, John Gatins o conto foi reformulado mas a idéia principal foi mantida.
Ex pugilista azarado tentando a sorte no boxe contra robôs. No filme, robôs lutam contra robôs e tons família foram adicionados na adaptação fugindo um pouco do tom original.
De início os produtores Murphy e Montfrod queriam algo mais tenebroso para o filme, na linha de "Requiem para um lutador", enquanto Spielberg guiava a equipe de criação para que o conto fosse mais semelhante ao tom de "O Campeão", dessa mistura de vontades saiu um Rocky Falcão Metalizado.
Fôrmula batida e muito criticada por várias pessoas como fora de moda, previsível, brega ou clichê demais. Infelizmente para alguns e felizmente para muitos, nada disso vai mudar a vontade da massa
, que o herói vença no final. Relações humanas nunca são fora de moda e é disso que o filme trata. Relação pai e filho. Descoberta de um amor que nem sequer Charlie podia imaginar que existia, o amor fraternal entre ele e Max. O importância que um filho tem em nossa vida ao ponto de virar a mesma de cabeça para baixo e ainda assim melhorá-la.
Uma história que gera emoção, agrado e contentamento poderia ser banal para muitos, mas nesse caso, muitos não a consideram banal.
Adorei a direção de Shawn Levy, a química entre Hugh Jackman (Charlie Kenton) e Dakota Goyo (Max), como pai/filho se torna contagiante no desenvolvimento, convivência e amadurecimento dos personagens.
Dakota Goyo depois de Thor, traz uma determinação inteligente e de personalidade a Max,
sem ser pedante e/ou mal-educado. Conquistando não só ao pai mas a todos.
Força e uma dose certa de humildade do personagem Max: "Campeão do povo?...Parece bom para mim. * seguido de um lindo sorriso*
No final qdo Max derrama sua lágrima, ele orgulhosamente não olha para Atom e sim para o seu pai, pois tudo que ele queria era que ele lutasse por ele.
Indicado ao Oscar de melhor efeitos visuais, não levou, mas os mesmos são impressionantes e conseguem fazer uma grande jogada,
os robôs se movimentam com dolo e nada de rodopios e piruetas... Eles socam, se esquivam, pulam, moem, trituram e amassam seus adversários, e tudo isso para nossos olhos atentos observarem. Nada fica escondido, podemos observar a coreografia e habilidade dos mesmos,
Shawn Levy explicou: "As lutas foram feitas com captura de movimento ao vivo com lutadores de MMA e boxe. Eram dois humanos com roupa de captura de movimento. Aí o sistema converte a captura de movimento deles para o robô"
Sugar Ray baseou qualquer um dos estilos de luta dos robôs, nas pessoas que tinham enfrentado ele no ringue.
Para compor o estilo de Zeus ele baseou o tipo com um pouco de Hagler, um pouco de Hearns e um pouco de Benitez.
O estilo de luta de Atom foi baseado de acordo com Sugar Ray, nele mesmo.
Filme dotado de um sentimentalismo inofensivo mas contagiante. Podem dizer o "bicho" sobre todo o filme mas terminei de assisti-lo com um grande sorriso no rosto e uma sensação de ter me divertido e torcido demais por Atom, Charles e Max.
Amei =D
Aos apaixonados em games - Real Steel para PS3 e X360.
Abraços a todos do Filmow =D
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraFilhos da Esperança foi baseado no livro best-seller (romance profético) The Children of Men/1992 de P.D. James, escritora geralmente conhecida por escrever livros de mistérios sobre um detetive, P.D.James fugiu nesse livro, do gênero ao qual está acostumada a escrever.
Indicado a três estatuetas, infelizmente esse filme não levou nenhum oscar pra casa. Foi indicado nas categorias, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor montagem.
Além de dirigir Filhos da Esperança, Alfonso Cuarón também participou do roteiro e além dele vários roteiristas fizeram parte da adaptação desse romance: Timothy J. Sexton, David Arata, Mark Fergus e Ostby Hawk. Nesse roteiro aconteceram várias mudanças feitas por essa equipe para que a história ficasse melhor nas telas.
Nessa adaptação usou-se a premissa, nomes dos personagens, alguns pontos da trama original, mas de resto o roteiro transcorre totalmente diferente do livro. Em minha opinião o filme foi inspirado na obra de P.D.James e não baseado, isso pela quantidade de mudanças feitas na história.
O talentoso Alfonso Cuarón diretor de filmes como Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban/2004 , Grandes Esperanças/1997, nos presenteia aqui em Filhos da Esperança com uma emoção vigorosamente sombria.
Temos a visão de uma Inglaterra lugar deprimente, em um futuro próximo governada por um ditador facista, onde as normas da lei e da ordem entraram em colapso. Temos a visão da toda a raça humana infértil e a beira da extinção. Um governo que anuncia e vende Quietus, uma droga para que a pessoas cometam suicídio. Detalhes nas propagandas mostradas ao longo do filme "Está se sentindo velho? Seja jovem para sempre...Quietus...porque a vida é sua!"
O filme trata de uma realidade perfeitamente pertinente mesmo depois de 20 anos do lançamento do livro,
uma visão analítica e mordaz sobre o poder e a política, visão essa bem cinzenta, que nos fala com urgência do modelo social que vivemos. Hoje em dia vivemos um sentimento anti-imigrante em sociedades modernas como Reino Unido e EUA.
Quanto tempo mais teremos, antes de que o conceito de governo não terá qualquer significado? Quanto tempo mais teremos, antes que os serviços básicos como eletricidade e água, não serão mais possíveis? São questões que ficam e perduram mesmo depois de muito tempo após o término do filme.
Filhos da Esperança nos fornece um vislumbre triste e desesperador do possível início do colapso.
É uma vista única sobre o fim do mundo - que não vem através de guerras, fome ou doença, mas da incapacidade da raça humana para se reproduzir.
Temos a visão de um mundo aonde por 18 anos não nasce mais criança alguma, por conta da infertilidade das mulheres (no livro a infertilidade é atribuida aos homens) e as pessoas na falta delas, tentam se compensar cuidando de cães e gatos no filme (no livro cães, gatos e bonecas). As causas para isso são um grande mistério, supostas causas aparecem pinceladas no decorrer do filme mas nenhuma causa conclusiva foi dita ou constatada. Supostas causas : castigo divino, poluição, raios gama, experiências genéticas...
Londres possui suas fronteiras fechadas e todos os imigrantes; chamados de Fugees; são caçados, deportados, mortos ou levados ao campo de refugiados Bexhill. Surgem os rebeldes para lutar pelo direito dos imigrantes.
O diretor nos mostra com muita habilidade que rebeldes tão vorazes e cruéis como o governo que eles abominam. Apesar de os rebeldes estarem lutando contra um regime totalitário não são caracterizados como os bonzinhos dessa história.
Esse é o grande lance e o verdadeiro interesse desse filme, que reside em examinar como diferentes pessoas reagem ao iminente fim de tudo, e como um raio de esperança torna-se uma ferramenta usada para o abuso do poder.
Fotografia maravilhosa e apesar de muitos o considerarem sci-fi, o diretor nos aproxima desse futuro sem utilizar abundantemente de CGI ou roupas e complementos futuristas. Os efeitos especiais não são uma distração para o público, são feitos em segundo plano o que nos mantêm totalmente ligados na história em si.
Ao melhor estilo de Cuarón, que conta histórias a todo vapor, esse filme possui cenas de ação fantásticas e de tirar o fôlego, vale lembrar tbém que usou-se muito pouca edição no filme.
Palmas e muito mais para as três cenas de plano sequência (estilo favorito do diretor) e para o pessoal dos efeitos visuais.
São elas: A emboscada na estrada com a morte de Julien (4 min e 11 segundos) totalmente filmada de dentro do veículo , a cena em que Theo é capturado pelos rebeldes, foge, corre por uma rua e atravessa uma construção no meio de uma batalha feroz (7 min e 56 segundos) e a última quando Kee dá à luz (3 min e 31 segundos) filmado com uma camera portátil, mesmo o público pensando que as sequencias foram em sequencia continua e sem CGI, isso não é verdade, nessas três cenas, o efeito de continuidade foi auxiliado por CGI pela Framestore CFC (empresa essa responsável por CGI em X-Men: O Confronto Final, Superman O Retorno, V de Vingança e HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO). Auxiliaram tbém na cena do explosão do café. "A cena café foi composta por dois takes diferentes filmados durante dois dias consecutivos, o carro foi baleado em uma emboscada em seis seções e em quatro locações diferentes foi preciso mais de uma semana e exigiu cinco transições digitais e sem costura; e a cena de batalha foi filmada em cinco takes separados em duas locações - Supervisor de efeitos visuais Frazer Churchill."
Quem quiser saber mais como foi feita a cena do parto de Kee e seus efeitos CGI.
Alfonso Cuarón detesta filme expositivo, aonde tudo tem de ser explicado e exposto. Ele é adepto a fazer uma narrativa refêm do cinema e não o inverso. Então temos dentro do filme várias situações que levam o público a pensar nos motivos, razões e sentimentos que devem se aflorar.
Um exemplo dessa maneira de Alfonso Cuarón está no final do filme aonde ele deixa para o público a missão de como deve se sentir vendo aquele fim. Como bate para cada pessoa em particular aquela visão de esperança fica no critério delas e não dele.
Frase de Alfonso Cuarón sobre o final do filme: "Nós queríamos que o fim fosse um vislumbre de uma possibilidade de esperança, para o público só investir o seu próprio sentimento de esperança nesse final. Então, se você é uma pessoa esperançosa você, vai ver um monte de esperanças, e se você é uma pessoa triste você irá ver um desespero completo no final."
Em minha opinião Filhos da Esperança tem algumas coisas a dizer sobre a condição humana. Vale a pena assistir e analisar, se essa viagem nos leva ao desespero ou um horizonte de esperanças.
Abraços a todos do Filmow
Tão Forte e Tão Perto
4.0 2,0K Assista AgoraFilme adaptado do livro do escritor Jonathan Safran Foer de 2005. Essa adaptação foi feita para as telonas pelo premiado roteirista Eric Roth (Forrest Gump) a qual o fez com grande habilidade.
Levou meia estrela a menos pela falta de abordagem para o público sobre a verdadeira condição de Oskar, foi citada a condição muito timidamente e rapidamente, muitos que assistiram o filme
e acharam o personagem chato, irritante e mal educado, não teriam como saber em um primeiro momento o que é ter Sindrome de Asperger (SA).
Esse filme em minha opinião não fala tão somente da tragédia de 11/09 e nem vejo essa tragédia como o foco principal do filme.
Ele transmite sim, como é difícil e as consequências que cada família deve passar, para colocar novamente suas vidas em sintonia depois de perder alguem que se ama e seguir em frente, mesmo com a falta machucando por dentro. Quem já perdeu alguem que se ama, sabe como é a saudade e o pânico, que se segue depois disso, na tentativa de encontrar maneiras de segurar o máximo de lembranças e memórias que o conecta a pessoa querida que perdemos.
Oskar explica isso na teoria dos 08 minutos de luz. Para ele, era uma corrida contra o tempo pois fazia um ano que o pai havia falecido e para ele a lembrança do pai não podia desaparecer. Ele estava sofrendo demais com a ausência do pai e a chave que ele encontrou foi uma maneira de estar próximo do pai.
Fato importante tanto no livro como no filme é que o garoto pode ter Sindrome de Asperger, inclusive ele (o garoto) cita que foi inconclusivo seu diagnóstico. Então, essa adequação e modificação na vida de um garoto de 11 anos com Sindrome de Asperger é bem mais complicada.
O diretor Stephen Daldry de "O Leitor", "Billy Elliot" e "As Horas" como ele fez em Billy Eliot, fez o mesmo nesse filme, o personagem principal foi desempenhado por um estreante; Thomas Horn, e Horn carregou a maior parte da narrativa do filme com ele.
Somente quem conhece, trabalha ou tem alguem com Asperger, pode entender a falta de empatia ou emoção do personagem de Horn.
E o garoto não fez feio e admiro sua atuação e profissionalismo.
Sua dualidade em expressar carinho e logo em seguida irritação. Todas as suas fobias, manias e falta de sociabilidade.
Ele levava o pandeiro com ele para aplacar sua ansiedade e muitas vezes para diminuir o medo que tomava conta dele. Sua auto mutilação para aplacar a sua culpa interior, por não ter atendido o pai no último telefonema dele antes de morrer. Seu egoísmo em guardar só para si as mensagens do pai na secretária eletrônica como forma de aplacar a saudade, visto que no entendimento dele, só ele sentia dor.
Quem quiser entender um pouco mais sobre SA
Tom Hanks fez o papel de um pai mais que especial
, que sabendo da possível doença do filho, proprõe jogos e desafios para que o garoto possa interagir e ter relações sociáveis (impressão dos cartões para o garoto abordar as pessoas em suas investigações). Toda a relação de Hanks com o filho é focada em diminuir ou abrandar sintomas da possível Sindrome de Asperger.Pistas deixadas em locais que ele sabia serem parte da fobia do garoto, o balanço, enfim tudo em uma busca constante para que o menino vencesse cada fobia e com esperança de talvez a doença.
Sandra Bullock que até a morte do marido, deixava a interação social e os cuidados do garoto com o pai e teve de aprender a fazer parte do mundo do menino, lidar com sua SA e passar a enxergar as coisas como ele.
Max von Sydow o avô, pai ausente, marido relapso, que foi obrigado devido as circunstancias e viver algo que ele fugiu, ser pai. O apelo denunciado em seus olhos de Pare!Chega! por não querer mais ter que escutar as últimas palavras de um filho que ele abandonou ainda recêm-nascido. Como o garoto diz ao avô qdo ele está indo embora: Suas Botas são mais pesadas que as minhas...( No livro qdo Oskar está deprimido ele diz que está vestindo "botas".
Todo o filme mostra um amadurecimento dos personagens no seu decorrer. Tudo isso com a brilhante e sensível direção de Stephen Daldry.
Quanto a chave? Ela abre o cofre de outro pai que tbém se foi e Oskar entendeu perfeitamente isso. Se ele não pode ter a mensagem de seu pai, que o outro filho pudesse receber a mensagem do pai dele.
O final nos brinda com a esperança, que mesmo com a morte ou perda de alguem querido, todos podemos continuar a viver, inteiros ou remendados, recolhendo cacos e reestruturando as vidas que ficaram por aqui.
Meu conselho a todos que ainda não virão o filme. Vejam. A história de Oskar merece ser contada.
Assistam de mente aberta e entendam que: Oskar é um garoto diferente.
Abraços a todos do Filmow
Footloose: Ritmo Contagiante
3.2 776 Assista AgoraCraig Brewer, diretor de Ritmo de um Sonho/2005, pegou o barco quase partindo e assumiu o lugar de Kenny Ortega, diretor de "This Is It" e três "High School Musical" que desistiu de dirigir esse remake. Ainda bem, pois se mesmo com Kenny fora, o remake ficou com cara de High School Musical, imagina se ele tivesse aceitado fazer parte desse remake. ¬¬
Para substituir Kevin Bacon da versão cult do original de 1984, surgiram nomes como: Chace Crawford que pulou fora por conflitos na sua agenda com as gravações
de Gossip Girl; e Zac Efron que alegou que queria dissociar sua imagem dos musicais.
Então surgiu o não tão desconhecido (interpretando dançarinos em pontas) nas telonas Kenny Wormald para assumir o difícil papel de substituir Kevin Bacon.
Infelizmente ele não foi feliz, não basta dançar bem, tem que atuar tbém e demonstrar algum tipo de emoção.
Quando ele conta sobre o motivo de ele querer ganhar a petição perante o conselho da cidade para a tia, tinha-se a impressão que ele estava a ponto de rir em todo seu discurso dramático, se retiramos a música de fundo e colocarmos um mudo, vc tem a impressão que ele está prestes a contar algo divertido.
Kenny Wormald dançando sozinho defende bem ser " dançarino", mesmo maculando a melhor cena de dança do primeiro filme original
, aonde nesse, ele aparece oferecendo sua coreografia em um galpão, batendo no vácuo em coisas inócuas e sem sentido algum.
Vale lembrar que no primeiro filme Kevin Bacon faz a mesma cena
por ter discutido em casa pela repressão de seu tio por causa do episódio das drogas na escola, ser criticado na escola era suportável mas tbém em casa, isso o deixa enfurecido.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=nc8crnqKEns
Julianne Hough é realmente uma linda mulher e lembra outra atriz muito famosa em suas feições mas apenas isso!
Dançarina e cantora de música country acredito que deveria apenas continuar cantando e dançando.
Sua interpretação da personagem esqueceu de nos passar seu envolvimento com seu par romântico Kenny Wormald e seu envolvimento com sua mãe é o mesmo que um freezer caindo de porta aberta.
Palmas para Miles Teller que ofuscou o personagem de Kenny por sua atuação e talento. Um novo nome a ser lembrado.
Tudo bem que nos USA esteja em moda uma onda de remakes e que os produtores ávidos por dinheiro,querem a todo custo alcançar o sucesso de filmes originais do passado, claro que o tentador "Footlose" original seria a próxima vítima.
Footlose 1984 não é um exemplo de roteiro maravilhosamente construido nem de enredo, mas possuia um charme original, que infelizmente esse remake não tem como recriar. A vitalidade sensual de Kevin Bacon, combinada com sua perfeita atuação e empatia do mesmo com o personagem. A coreografia frenética mesclada com uma trilha sonora que ficou na memória por muito tempo.
Cenas interessantes em 84 dos tratores e disputa dos carros
susbtituidas por onibus e voltinha em carros balançando bandeira.
Esse remake de certa maneira tinha que se modernizar mas o vejo tímido e sem inovações marcantes. Todos sabem que o primeiro envelheceu, mas para marcar isso devemos meter
hip hop e piriguetes rebolando até o chão como se fosse a única coisa que a nova juventude soubesse dançar?
Um espectador apaixonado de Sociologia vai adorar analisar o desenvolvimento das adolescentes entre os dois filmes
, com a personagem feminina principal que em menos de 30 anos, passou de revoltada mas doce garota, para a garota bomba de sexo, vaca e vulgar da nova versão...
Se isso foi a inovação dos USA em 27 anos, vejo uma américa hoje apegada ainda a década de 80, onde não se evolui e sim regride, aonde o poder local está sempre governado pelo medo e a necessidade de atribuir a culpa e incapacidade de pensar de forma diferente pela lei.
A única coisa que esse remake me trouxe de bom, foi a imensa vontade de colocar em
meu DVD, o original de 1984 e dar play com muito vigor, para banir esse remake da minha mente. E assim o fiz...
Abraços a todos do filmow e essa é apenas a minha opinião.
O Abrigo
3.6 720 Assista AgoraInteressante filme em todos os aspectos. Gostei demais.
Apesar de ser demasiadamente longo a história acaba se sustentando no decorrer do mesmo.
Atores brilhantes em seus papéis. Jessica Chastain depois de uma atuação excelente em A Arvore da Vida, volta nesse papel de uma maneira marcante.
Michael Shannon sem palavras para descrever como ele absorve o papel que ele está como uma simbiose.
Ele consegue nos passar a dualidade de sofrimento de : poder ter herdado da mãe a doença que a tirou dele qdo pequeno ou a com a dor de que suas visões e pesadelos não são loucura mas sim de uma realidade potencial que infelizmente vai acontecer.
Com relação ao final do filme, li em alguns comentários de fora (do Brasil) que o filme deveria ter terminado no suposto primeiro final que é qdo ele abre a porta do abrigo e vê que está tudo bem. Para muitos o filme deveria ter terminado ali naquela cena, onde ele tem que tomar a decisão de vencer sua doença (percebida). Então seria como se ele tivesse vencido aquela barreira e finalizado em busca de um possivel controle da doença.
Em minha opinião, esse cena da saída do abrigo, só veio para confirmar a cena da praia, o final realmente do filme, ele estava certo, se por premonição, ou qualquer outra razão como um aviso divino. Se a intenção do filme era dizer que ele era realmente esquizofrenico e que nada iria ocorrer,que o filme terminasse na abertura da porta do abrigo aonde ele viu e sentiu a verdadeira realidade. Inclusive os vizinhos recolhendo galhos que cairam das arvores.
Acredito que o filme foi além qdo nos mostrou o reflexo de dois furacões ou tornados na janela ao fundo da esposa dele na praia. Naquele momento,ocorreu a deixa para que soubessemos que era real. Esse simples reflexo, combinado ao fato de que foi a filha dele quem viu a tempestade antes dele e que o avisou, as gotas de chuva com oleo na mão da esposa. Isso tudo me deixou a impressão de que apesar de ele estar esquizofrenico ele tinha razão sobre a vinda de uma tempestade como nunca tinham visto.
Posso dizer que ele estava certo mas ainda acho que ele estava tbém doente. Negar que ele não estava doente seria o mesmo que negar toda a tragetória do personagem dentro dos 120 minutos de filme. Essa tempestade no final não veio para justificar seus delírios, pesadelos ou alucinações.
Não existe na minha opinião um questionamento aceitável se ele estava doente ou não. Isso pouco importa na verdade. o que importa na verdade é o momento em que ele decide deixar o abrigo. Ele tomou a decisão de tentar superar seus medos, sua doença, e isso é realmente tudo o que importa. Apesar de tudo, ele foi capaz de tomar essa decisão. No entanto, isso não nega o fato de que ele ainda está profundamente doente e isso só vai piorar.
Qto a direção de Jeff Nichols ela foi inteiramente acertada e ele nos mostra todas as nuances do amor familiar sem ser piegas, as pressões vividas em uma sociedade americana fragilizada com modelo falido economicamente. Acredito que ele ainda fará grandes feitos na telinha.
Abraços a todos do FilmoW