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  • Gabriel Bandeira

    O unico merito desse filme, ao meu ver, foi "prever" uma pandemia que nos atingiria de maneira bem parecida alguns anos depois. Coloco bem assim, entre aspas, porque dado o modo de vida em que o ser humano vive nas grandes metrópoles, o avanço desmedido de áreas urbanas sobre áreas de preservação ambiental e a consequente exploração desenfreada do meio ambiente, não era tão difícil assim de calcular as consequências. Aliás, vários trabalhos científicos sérios não só relatam esses riscos há algum tempo, como já alertam sobre outras possíveis pandemias no futuro.

    E aí também mora a minha avaliação desse filme como um verdadeiro desserviço a quem assiste. Não há, de fato, qualquer tentativa de apresentar a nossa forma de existir sobre a natureza como principal vetor de pandemias no presente ou no futuro. Não há uma linha de roteiro se quer (mesmo com tantos cientistas no filme), que apele ao mínimo de senso crítico sobre esse modo de vida em que seres humanos são obrigados a viver aglomerados em metrópoles capitalistas. Pelo contrário, mais uma vez se apela ao velho clichê americano de apresentar o problema de fora para dentro, de maneira individualizada, representado bem por aquele terrível corte final. Se antes a culpa era do modo de vida russo, hoje é do modo de vida chinês (isso sim uma puta verossimilhança com a realidade da pandemia de COVID, já que até no Brasil chamavam de virus chinês). Os americanos, mais uma vez, são apresentados como a solução, e não como parte do problema. É como se para sustentar o modo de vida americano, não houvesse um modo de produção exploratório e irresponsável inversamente proporcional em vários outros lugares do mundo.

    E se não bastasse todo esse suco de mais do mesmo, outros clichês foram acrescentados. A população é colocada como selvagem, como se em tempos difíceis, não houvesse outra forma de existir a não ser matando uns aos outros. Mais uma vez aquela baboseira de "o homem como lobo do homem". Trazendo para vida real, obviamente houve quem tentasse se dar bem no contexto pandêmico. Mas, na grande maioria dos casos, houve MUITA gente se ajudando em mutirões para arrecadar comida, sem falar de verdadeiros heróis sem rosto, que estiveram na linha de frente no atendimento das pessoas com COVID. Sobre pessoas assim, o filme fala pouquíssimo. Os verdadeiros heróis do filme estão no personagem terrivelmente contraditório do Laurence Fishburne e da cientista que aplica em si a amostra de vacina e resolve todo o problema pandêmico (os antivax agradecem por essa demonstração absurda de anticiência apresentada como solução).

    Enfim, respeito quem consegue ver verossimilhança como a grande qualidade desse filme. Mas pra mim, além de um roteiro fraquíssimo e recheado desses clichês de construção de realidade paralela americana, é um filme que condiz muito pouco com a realidade. Talvez o mais próximo do real, por mais trágico que seja, é o personagem do Jude Law. Desses nós vimos de montão, inclusive presidentes...

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