Gerrard

Cheiro de algo bem genérico.

Aos que estão dizendo que o filme deveria ter o lançamento da Bomba Atômica, na minha visão Nolan acertou em cheio em omitir mesmo, por uma série de razões:
1) O filme é sobre o Oppenheimer, desde o seu começo na física até a entrada na política, não sobre Bomba Atômica. Não tem lógica mostrar um evento no qual ele não presenciou.

2) Não tem nada mais hollywoodiano que dramatizar e romantizar massacres e genocidios no cinema. Seria bem antiético e desnecessário. Além do que, todos já sabem do que aconteceu em hiroshima e nagasaki, ao contrário dos eventos que levaram a esse acontecimento.

3) Isso atrapalharia a narrativa e o roteiro, que embora seja de três horas, tem partes claras voltadas para o impacto político na bomba, e como o Opppenheimer foi trucidado após a sua contribuição.

4) O filme é sobre cientistas que vivem num mundo teórico brincando de Deuses longe da realidade, portanto, estava sendo coerente com tudo o que foi construído.

5) A cena da discussão sobre onde jogar a bomba e a conversa com o Truman já são suficientes pra apontar os "vilões", não tem a necessidade de reforçar o quanto os Estados Unidos foi o vilão naquele contexto.

Como afirmaram abaixo, é o filme menos Nolan do Nolan. Se mudassem o nome do diretor do filme para Coppola ou Lynch, talvez nem perceberiam. Uma obra prima.