Divertido filme B, um filme de aventura, magia e espada, com pitadas de comédia e erotismo! A música-tema é repetida à exaustão, os atores são um tanto canastrões e as cenas de luta de espada são vergonhosas; mas o verdadeiro festival de lindas mulheres seminuas e um clima de deboche intencional deixam o filme delicioso de assistir! Uma curiosidade: o ator John Telesky, que interpreta o Deathstalker nesse segundo filme da franquia (menos selvagem e mais piadista), tornou-se diretor de episódios de séries para TV, como Blacklist, Castle e Criminal Minds. (23/08/21, YIFY) ***
Vale pra conferir os chutes giratórios de Billy Blanks, e a sua parceria com Roddy Piper. Divertida fita de ação padrão, dos saudosos direto-pra-vídeo dos anos 90. (23/08/21, YouTube) **
Depois de estrelar as bombas "Jiu Jitsu" e "Ameaça no Espaço", Frank Grillo mostra, aos seus 56 anos, que o tempo é realmente relativo nesse ótimo filme de ação, com elementos de ficção científica! A ideia central é bem bacana, as cenas de ação são bem caprichadas, e o elenco de apoio é sensacional: Mel Gibson, Naomi Watts, Michelle Yeoh, Anabelle Wallis e Ken Jeong. Podem dizer que o roteiro poderia ter sido melhor trabalhado, mas o cineasta Joe Carnahan (Esquadrão Classe A) acerta em ir direto ao ponto, e não deixar o filme mais complicado do que o necessário. (22/08/21, YIFY) ***
A escolha de trazer James Gunn para fazer um filme para maiores na DC Comics foi uma das melhores decisões da Warner nos últimos tempos. O cineasta joga fora as fórmulas de "adaptações sérias" e decide usar e abusar da linguagem das histórias em quadrinhos, com muito bom humor, ultra-violência e muitos absurdos e exageros. O elenco está muito bem alinhado, ótimos efeitos especiais, as piadas funcionam e a loucura não tem limites. Um dos lançamentos mais divertidos do ano! (22/08/21) ****
Abel Ferrara manda tão bem em documentários quanto nos longas de ficção. Esse filme é sobre um imigrante do Chipre que se tornou dono de cinemas independentes em Nova York, que resiste em seu ofício, apesar de concorrer com grandes corporações Traz belos enquadramentos, cenas que captam o espírito nova-iorquino, o estilão despojado de Ferrara e uma montagem que tem a cara do cineasta. (22/08/21, YIFY) ***
Quando você acha que já viu todo tipo de filme, você se depara com um que fala sobre aviõezinhos de papel! Filme bobinho, sem noção e despretensioso, típico de Sessão da Tarde. (20/08/21, TV Globo) **
Filme de ação/ policial oitentista, onde Rutger Hauer interpreta um caçador de recompensas casca-grossa e não-convencional, que tem a missão de buscar um terrorista árabe (Gene Simmons, da banda Kiss), que, depois de explodir um cinema, quer explodir outras bombas por toda a cidade de Los Angeles. Apesar de previsível, o filme é bacana, e Hauer está bem convincente no papel do anti-herói vingativo. (21/08/21, NetMovies) ***
Uma comédia híbrida com ficção trash, vencedor do Saturn Awards de Melhor Lançamento Direto para Vídeo. A dupla de heróis atrapalhados funciona bem, e tem bons momentos cômicos. É claro que não é um filme para se levar a sério; diverte sem pretensões. Destaque para a participação especial de Lloyd Kaufman, um dos diretores mais loucos de todos os tempos. (20/08/21, NetMovies) *
Para um filme com o orçamento aproximado de 200 milhões de dólares, a Disney errou feio nessa fitinha genérica. Com incríveis SETE roteiristas, música de James Newton Howard, um elenco encabeçado pelo campeão de bilheteria Dwayne Johnson e pela musa de olhos azuis Emily Blunt, e direção do competente Jaume Coullet-Serra (A Orfã, Sem Escalas), o Jungle Cruise vai literalmente por água abaixo: personagens genéricos, diálogos manjados, clichês repetidos à exaustão, inúmeros furos de roteiro e erros de continuidade, uma aventura que não empolga, efeitos especiais bem abaixo do "padrão Disney", alívios cômicos que estão mais para vergonha alheia, uma Amazônia que não tem nada de Amazônia, um vilão alemão que já faz saudação nazista em 1917... Nem mesmo Paul Giamatti tem aproveitamento! Medíocre, preguiçoso e sem graça; de longe, um dos piores blockbusters dos últimos anos. (20/08/21) *
Dramalhão barra-pesada, com um impressionante trabalho da atriz alemã Diane Kruger (Tróia, A Espiã), cuja interpretação vai da graciosidade de uma serena mãe de família, à uma mulher completamente transtornada pelo luto, e por último, à uma pessoa determinada a fazer justiça a todo custo. Esse trabalho rendeu à Kruger um merecido prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, além do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. O filme ainda conta com uma direção sensível e no tom certo de Fatih Akin (Soul Kitchen), além de um roteiro muito bem escrito, que leva o espectador a uma montanha russa de emoções, sem entregar o que acontecerá depois. Potente, pesado, melancólico e surpreendente, toca em assuntos sensíveis como o luto, neonazismo, uso de drogas, erros judiciais e depressão. É um daqueles filmes que, ao terminar, deixam um sabor amargo no público, que, certamente, não esquecerá dessa obra tão rapidamente. (19/08/2021, Sesc Digital) ****
Ao tomar conhecimento da morte do lendário ator japonês Sonny Chiba, resolvi conferir esse clássico absoluto dos filmes de artes marciais. É claro que é importante ter em vista que é um filme de 1974, e, por conta disso, vamos encontrar algumas características bem próprias dessa época - sangue artificial com cara de tinta guache, cortes bruscos, dublês golpeados com metros de distância, entre outras coisas. A habilidade de Sonny Chiba como carateca é realmente incrível; e o ator deixa a sua marca, com os seus golpes, caretas e sons esquisitos, em boas cenas de luta e grandes demonstrações da força exagerada de seu personagem - como na cena final, onde ele arranca a garganta de seu oponente apenas com os seus dedos. Mas essas características - que poderiam ser consideradas negativas - criam uma atmosfera extremamente divertida e única a esse filme, que em breve completa 50 anos de sua produção. Descanse em paz, Sonny Chiba. (19/08/21, YouTube) ***
Corajoso e indigesto retrato da cantora alemã Christa Päffgen, conhecida como Nico, que ficou conhecida por ter integrado nos anos 60 a banda de rock psicodélico The Velvet Underground, queridinha de Andy Warhol. O filme, no entanto, traça uma narrativa a respeito dos últimos anos de vida da artista, a decadência na carreira, a conturbada relação com seu filho e colegas de banda, os transtornos da dependência química e seus traumas mais profundos. A atriz dinamarquesa Trine Dyrholm entrega uma performance devastadora, e, junto da habilidosa direção da italiana Susanna Nicchiarelli, dão forma a um filme único, potente e memorável. (18/08/21, Sesc Digital) ***
Os dois primeiros episódios da série "True Justice", editado como um longa-metragem para TV e vídeo. Roteiro simples, ação mediana e todos os clichês básicos de Seagal.
Apesar do que indicam o poster e o trailer, "Na Mira do Perigo" está mais para um drama do que um filme de ação, com uma atmosfera meio Clint Eastwood - e isso é explicado, pois o diretor Robert Lorenz foi assistente de direção de Clint em nove filmes -, mas sem o brilhantismo do mestre. O cinema americano está jogando clichê em cima de clichê ultimamente, não é mesmo? Liam Neeson faz o que pode, e Katheryn Winnick (Vikings) continua linda em seus três minutos de tela. Não é horroroso, mas muito previsível e longe de ser recomendável. **
Mais um filme de ação do sub-gênero "exército de homem só", aqui estrelado por um ator fora do estereótipo desse tipo de produção, Bob Odenkirk (Breaking Bad, Better Call Saul). Apesar de dar um certo dejá vu, aquela sensação de "já vi isso antes" - o roteiro de Derek Kolstad recicla muitos conceitos de sua trilogia John Wick -, é uma fita competente, com boas cenas e grandes canções na trilha sonora. Outro destaque positivo é poder rever Christopher Lloyd (De Volta Para O Futuro, A Família Addams), aos seus mais de 80 anos de idade, aqui atuando como o pai badass do protagonista. Não espere demais, prepare a pipoca e curta a sessão pancadaria!
Interessante documentário, mas que não vai muito além do que seu subtítulo, "um documentário sobre filmes direto pra vídeo dos anos 90". Eu tive a sensação de que os realizadores não são tão legais quanto os seus filmes; e os convidados mais ilustres, como Fred Olen Ray e Lloyd Kaufman, quase não tem espaço. Bacana o esforço de se registrar esse "movimento cinematográfico", mas faltou dinamismo, bom humor e um roteiro melhor elaborado; afinal, não devem faltar boas histórias nesse meio - e é uma pena que poucas vieram parar aqui. Mas vale pela curiosidade, já que não existem tantos filmes sobre o tema.
Red Scorpion é o quarto filme da carreira de Dolph Lundgren, logo após interpretar os icônicos Ivan Drago em Rocky IV e o He-Man de Mestres do Universo. A direção competente de Joseph Zito (Braddock, Invasão U.S.A.) ajuda o astro em ascensão a apresentar uma performance bem mais segura. A bela fotografia do brasileiro João Fernandes (Colheita Maldita) dá a perspectiva de uma época em que os filmes eram rodados em locações e as explosões eram feitas com toneladas de dinamite, e não na artificialidade de um fundo verde, como nas últimas décadas. Destaque também para as perigosas cenas de ação protagonizadas pelo próprio Lundgren, que não usou dublês. Para os amantes dos filmes de ação, é um verdadeiro clássico, com muito tiro, porrada e bomba à moda antiga!
Nicolas Cage empresta o seu talento a essa produção insana de baixo orçamento, que provavelmente não teria a menor graça se fosse com outro ator. Uma trama absurda, cheia de violência e bobagens, é acertadamente um filme curto, diverte quem curte uma trashera e busca um filme sem pretensões.
Os filmes da franquia "Snake Eater" tem muito pouco em comum entre si: no primeiro, Lamas é uma espécie de Braddock genérico caçando uma família de dementes, à la O Massacre da Serra Elétrica; no segundo, o "Soldado" está mais para Um Tira da Pesada misturado com Um Estranho no Ninho; e nesse terceiro, vira um detetive particular com jeitão de Dirty Harry, caçando uma gangue de motociclistas. Só vai curtir quem gosta de filmes de ação direto pra vídeo dos anos 80 e 90, e acha que é sempre legal ver o Renegado Lamas distribuir tiros e pancadas na bandidagem!
Filme de ação bagaceira, quase beirando a comédia, estrelado pelo astro B Lorenzo Lamas. Apesar de pouca ação, tem momentos divertidos, como a cena do duto de ventilação, a "batalha medieval" de cadeira de rodas no terraço do manicômio (que não tem segurança alguma!), e os vilões, que achavam até o último momento que os ataques se tratavam de uma máfia rival. O que surpreende é que é um filme bem diferente do primeiro Snake Eater, que era uma espécie de Braddock genérico, em grande parte devido ao alívio cômico.
Intrigante suspense noventista, com jeitão de Super Cine, classudo e com um elenco excepcional! Andy Garcia entrega uma boa performance, e não podemos julgar o detetive por se aproximar da testemunha - como não se apaixonar por Uma Thurman? Lance Henriksen aqui é um cara bacana, diferente do típico canalha canastrão que viria a repetir em dúzias de filmes B nos anos seguintes; e John Malkovich faz um investigador da corregedoria que nos faz passar raiva na segunda metade do filme. A ótima trilha sonora de Christopher Young dá o tom de mistério a esse filme de Bruce Robinson (Diário de um Jornalista Bêbado). Talvez eu já esteja ficando velho, mas quando termino de assistir aos filmes dessa época, tenho a sensação de que não se faz mais filmes como antigamente.
Ameaça Subterrânea faz parte da era de ouro da carreira de Steven Seagal, quando o astro de ação era contratado pela Warner, seus filmes eram sempre bons, e rendiam boas bilheterias. No ótimo elenco de apoio, Marg Helgenberger (que viria a se tornar uma das estrelas de CSI - Investigação Criminal), Kris Kristofferson (Blade) e Harry Dean Stanton (Paris, Texas) conseguem balancear a falta de expressões do astro Seagal, que também produziu e escreveu várias canções presentes na trilha sonora, recheada de muita música country e até mesmo Jimi Hendrix. O roteiro, apesar de nada inovador, é bem amarrado, e a trama ambiental é perfeita como pano de fundo para muitas explosões e ossos quebrados. O filme continua bacana após 24 anos; a única ressalva é de que os crimes ambientais que são praticados atualmente fazem os do filme parecerem irrelevantes.
Por meio de uma repetição dos clichês do universo de Batman, mas dessa vez, inserindo os personagens no contexto de uma Gotham City do século 19, contra o serial killer Jack, O Estripador. Eu não li a graphic novel do Mike Mignola (Hellboy), mas esses longas animados da DC costumam ser fiéis ao material original, além de um resultado final satisfatório. Tem pontos mornos e alguns diálogos arrastados que chegam dar sono - mesmo sendo um filme relativamente curto -, mas a segunda metade garante o interesse e a reviravolta final é, no mínimo, inusitada. O envolvimento entre Bruce Wayne e Selina Kyle é bem desenvolvido, além de entregar um desfecho otimista, pra variar. Vale pela curiosidade de ver uma adaptação que não é "mais do mesmo" do homem-morcego!
Deathstalker 2: Duelo de Titãs
2.7 9Divertido filme B, um filme de aventura, magia e espada, com pitadas de comédia e erotismo! A música-tema é repetida à exaustão, os atores são um tanto canastrões e as cenas de luta de espada são vergonhosas; mas o verdadeiro festival de lindas mulheres seminuas e um clima de deboche intencional deixam o filme delicioso de assistir! Uma curiosidade: o ator John Telesky, que interpreta o Deathstalker nesse segundo filme da franquia (menos selvagem e mais piadista), tornou-se diretor de episódios de séries para TV, como Blacklist, Castle e Criminal Minds. (23/08/21, YIFY) ***
Duplo Desafio
2.4 4Vale pra conferir os chutes giratórios de Billy Blanks, e a sua parceria com Roddy Piper. Divertida fita de ação padrão, dos saudosos direto-pra-vídeo dos anos 90. (23/08/21, YouTube) **
Mate ou Morra
3.2 146 Assista AgoraDepois de estrelar as bombas "Jiu Jitsu" e "Ameaça no Espaço", Frank Grillo mostra, aos seus 56 anos, que o tempo é realmente relativo nesse ótimo filme de ação, com elementos de ficção científica! A ideia central é bem bacana, as cenas de ação são bem caprichadas, e o elenco de apoio é sensacional: Mel Gibson, Naomi Watts, Michelle Yeoh, Anabelle Wallis e Ken Jeong. Podem dizer que o roteiro poderia ter sido melhor trabalhado, mas o cineasta Joe Carnahan (Esquadrão Classe A) acerta em ir direto ao ponto, e não deixar o filme mais complicado do que o necessário. (22/08/21, YIFY) ***
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraA escolha de trazer James Gunn para fazer um filme para maiores na DC Comics foi uma das melhores decisões da Warner nos últimos tempos. O cineasta joga fora as fórmulas de "adaptações sérias" e decide usar e abusar da linguagem das histórias em quadrinhos, com muito bom humor, ultra-violência e muitos absurdos e exageros. O elenco está muito bem alinhado, ótimos efeitos especiais, as piadas funcionam e a loucura não tem limites. Um dos lançamentos mais divertidos do ano! (22/08/21) ****
O projecionista
2.9 2Abel Ferrara manda tão bem em documentários quanto nos longas de ficção. Esse filme é sobre um imigrante do Chipre que se tornou dono de cinemas independentes em Nova York, que resiste em seu ofício, apesar de concorrer com grandes corporações Traz belos enquadramentos, cenas que captam o espírito nova-iorquino, o estilão despojado de Ferrara e uma montagem que tem a cara do cineasta. (22/08/21, YIFY) ***
O Cão dos Baskervilles
3.6 53 Assista AgoraUm bom filme de Sherlock Holmes, com toda a ambientação clássica da Hammer. (21/08/21) ***
Aviãozinho de Papel
3.1 18Quando você acha que já viu todo tipo de filme, você se depara com um que fala sobre aviõezinhos de papel! Filme bobinho, sem noção e despretensioso, típico de Sessão da Tarde. (20/08/21, TV Globo) **
Procurado Vivo ou Morto
3.0 31 Assista AgoraFilme de ação/ policial oitentista, onde Rutger Hauer interpreta um caçador de recompensas casca-grossa e não-convencional, que tem a missão de buscar um terrorista árabe (Gene Simmons, da banda Kiss), que, depois de explodir um cinema, quer explodir outras bombas por toda a cidade de Los Angeles. Apesar de previsível, o filme é bacana, e Hauer está bem convincente no papel do anti-herói vingativo. (21/08/21, NetMovies) ***
Maldita Aranha Gigante!
2.4 61 Assista AgoraUma comédia híbrida com ficção trash, vencedor do Saturn Awards de Melhor Lançamento Direto para Vídeo. A dupla de heróis atrapalhados funciona bem, e tem bons momentos cômicos. É claro que não é um filme para se levar a sério; diverte sem pretensões. Destaque para a participação especial de Lloyd Kaufman, um dos diretores mais loucos de todos os tempos. (20/08/21, NetMovies) *
Jungle Cruise
3.1 352 Assista AgoraPara um filme com o orçamento aproximado de 200 milhões de dólares, a Disney errou feio nessa fitinha genérica. Com incríveis SETE roteiristas, música de James Newton Howard, um elenco encabeçado pelo campeão de bilheteria Dwayne Johnson e pela musa de olhos azuis Emily Blunt, e direção do competente Jaume Coullet-Serra (A Orfã, Sem Escalas), o Jungle Cruise vai literalmente por água abaixo: personagens genéricos, diálogos manjados, clichês repetidos à exaustão, inúmeros furos de roteiro e erros de continuidade, uma aventura que não empolga, efeitos especiais bem abaixo do "padrão Disney", alívios cômicos que estão mais para vergonha alheia, uma Amazônia que não tem nada de Amazônia, um vilão alemão que já faz saudação nazista em 1917... Nem mesmo Paul Giamatti tem aproveitamento! Medíocre, preguiçoso e sem graça; de longe, um dos piores blockbusters dos últimos anos. (20/08/21) *
Em Pedaços
3.9 236 Assista AgoraDramalhão barra-pesada, com um impressionante trabalho da atriz alemã Diane Kruger (Tróia, A Espiã), cuja interpretação vai da graciosidade de uma serena mãe de família, à uma mulher completamente transtornada pelo luto, e por último, à uma pessoa determinada a fazer justiça a todo custo. Esse trabalho rendeu à Kruger um merecido prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, além do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. O filme ainda conta com uma direção sensível e no tom certo de Fatih Akin (Soul Kitchen), além de um roteiro muito bem escrito, que leva o espectador a uma montanha russa de emoções, sem entregar o que acontecerá depois. Potente, pesado, melancólico e surpreendente, toca em assuntos sensíveis como o luto, neonazismo, uso de drogas, erros judiciais e depressão. É um daqueles filmes que, ao terminar, deixam um sabor amargo no público, que, certamente, não esquecerá dessa obra tão rapidamente. (19/08/2021, Sesc Digital) ****
Street Fighter - O Original
3.9 29 Assista AgoraAo tomar conhecimento da morte do lendário ator japonês Sonny Chiba, resolvi conferir esse clássico absoluto dos filmes de artes marciais. É claro que é importante ter em vista que é um filme de 1974, e, por conta disso, vamos encontrar algumas características bem próprias dessa época - sangue artificial com cara de tinta guache, cortes bruscos, dublês golpeados com metros de distância, entre outras coisas. A habilidade de Sonny Chiba como carateca é realmente incrível; e o ator deixa a sua marca, com os seus golpes, caretas e sons esquisitos, em boas cenas de luta e grandes demonstrações da força exagerada de seu personagem - como na cena final, onde ele arranca a garganta de seu oponente apenas com os seus dedos. Mas essas características - que poderiam ser consideradas negativas - criam uma atmosfera extremamente divertida e única a esse filme, que em breve completa 50 anos de sua produção. Descanse em paz, Sonny Chiba. (19/08/21, YouTube) ***
Nico, 1988
3.4 23Corajoso e indigesto retrato da cantora alemã Christa Päffgen, conhecida como Nico, que ficou conhecida por ter integrado nos anos 60 a banda de rock psicodélico The Velvet Underground, queridinha de Andy Warhol. O filme, no entanto, traça uma narrativa a respeito dos últimos anos de vida da artista, a decadência na carreira, a conturbada relação com seu filho e colegas de banda, os transtornos da dependência química e seus traumas mais profundos. A atriz dinamarquesa Trine Dyrholm entrega uma performance devastadora, e, junto da habilidosa direção da italiana Susanna Nicchiarelli, dão forma a um filme único, potente e memorável. (18/08/21, Sesc Digital) ***
Traição Mortal
2.6 16Os dois primeiros episódios da série "True Justice", editado como um longa-metragem para TV e vídeo. Roteiro simples, ação mediana e todos os clichês básicos de Seagal.
Na Mira do Perigo
2.8 88 Assista AgoraApesar do que indicam o poster e o trailer, "Na Mira do Perigo" está mais para um drama do que um filme de ação, com uma atmosfera meio Clint Eastwood - e isso é explicado, pois o diretor Robert Lorenz foi assistente de direção de Clint em nove filmes -, mas sem o brilhantismo do mestre. O cinema americano está jogando clichê em cima de clichê ultimamente, não é mesmo? Liam Neeson faz o que pode, e Katheryn Winnick (Vikings) continua linda em seus três minutos de tela. Não é horroroso, mas muito previsível e longe de ser recomendável. **
Anônimo
3.7 746Mais um filme de ação do sub-gênero "exército de homem só", aqui estrelado por um ator fora do estereótipo desse tipo de produção, Bob Odenkirk (Breaking Bad, Better Call Saul). Apesar de dar um certo dejá vu, aquela sensação de "já vi isso antes" - o roteiro de Derek Kolstad recicla muitos conceitos de sua trilogia John Wick -, é uma fita competente, com boas cenas e grandes canções na trilha sonora. Outro destaque positivo é poder rever Christopher Lloyd (De Volta Para O Futuro, A Família Addams), aos seus mais de 80 anos de idade, aqui atuando como o pai badass do protagonista. Não espere demais, prepare a pipoca e curta a sessão pancadaria!
Direct to Video: Straight to Video Horror of the 90s
2.6 3Interessante documentário, mas que não vai muito além do que seu subtítulo, "um documentário sobre filmes direto pra vídeo dos anos 90". Eu tive a sensação de que os realizadores não são tão legais quanto os seus filmes; e os convidados mais ilustres, como Fred Olen Ray e Lloyd Kaufman, quase não tem espaço. Bacana o esforço de se registrar esse "movimento cinematográfico", mas faltou dinamismo, bom humor e um roteiro melhor elaborado; afinal, não devem faltar boas histórias nesse meio - e é uma pena que poucas vieram parar aqui. Mas vale pela curiosidade, já que não existem tantos filmes sobre o tema.
Escorpião Vermelho
3.0 43Red Scorpion é o quarto filme da carreira de Dolph Lundgren, logo após interpretar os icônicos Ivan Drago em Rocky IV e o He-Man de Mestres do Universo. A direção competente de Joseph Zito (Braddock, Invasão U.S.A.) ajuda o astro em ascensão a apresentar uma performance bem mais segura. A bela fotografia do brasileiro João Fernandes (Colheita Maldita) dá a perspectiva de uma época em que os filmes eram rodados em locações e as explosões eram feitas com toneladas de dinamite, e não na artificialidade de um fundo verde, como nas últimas décadas. Destaque também para as perigosas cenas de ação protagonizadas pelo próprio Lundgren, que não usou dublês. Para os amantes dos filmes de ação, é um verdadeiro clássico, com muito tiro, porrada e bomba à moda antiga!
Willy's Wonderland: Parque Maldito
2.8 209 Assista AgoraNicolas Cage empresta o seu talento a essa produção insana de baixo orçamento, que provavelmente não teria a menor graça se fosse com outro ator. Uma trama absurda, cheia de violência e bobagens, é acertadamente um filme curto, diverte quem curte uma trashera e busca um filme sem pretensões.
Esquadrão Cobra 3
2.6 4Os filmes da franquia "Snake Eater" tem muito pouco em comum entre si: no primeiro, Lamas é uma espécie de Braddock genérico caçando uma família de dementes, à la O Massacre da Serra Elétrica; no segundo, o "Soldado" está mais para Um Tira da Pesada misturado com Um Estranho no Ninho; e nesse terceiro, vira um detetive particular com jeitão de Dirty Harry, caçando uma gangue de motociclistas. Só vai curtir quem gosta de filmes de ação direto pra vídeo dos anos 80 e 90, e acha que é sempre legal ver o Renegado Lamas distribuir tiros e pancadas na bandidagem!
Esquadrão Cobra 2
2.0 3Filme de ação bagaceira, quase beirando a comédia, estrelado pelo astro B Lorenzo Lamas. Apesar de pouca ação, tem momentos divertidos, como a cena do duto de ventilação, a "batalha medieval" de cadeira de rodas no terraço do manicômio (que não tem segurança alguma!), e os vilões, que achavam até o último momento que os ataques se tratavam de uma máfia rival. O que surpreende é que é um filme bem diferente do primeiro Snake Eater, que era uma espécie de Braddock genérico, em grande parte devido ao alívio cômico.
Jennifer 8: A Próxima Vítima
3.2 84 Assista AgoraIntrigante suspense noventista, com jeitão de Super Cine, classudo e com um elenco excepcional! Andy Garcia entrega uma boa performance, e não podemos julgar o detetive por se aproximar da testemunha - como não se apaixonar por Uma Thurman? Lance Henriksen aqui é um cara bacana, diferente do típico canalha canastrão que viria a repetir em dúzias de filmes B nos anos seguintes; e John Malkovich faz um investigador da corregedoria que nos faz passar raiva na segunda metade do filme. A ótima trilha sonora de Christopher Young dá o tom de mistério a esse filme de Bruce Robinson (Diário de um Jornalista Bêbado). Talvez eu já esteja ficando velho, mas quando termino de assistir aos filmes dessa época, tenho a sensação de que não se faz mais filmes como antigamente.
Ameaça Subterrânea
2.8 41 Assista AgoraAmeaça Subterrânea faz parte da era de ouro da carreira de Steven Seagal, quando o astro de ação era contratado pela Warner, seus filmes eram sempre bons, e rendiam boas bilheterias. No ótimo elenco de apoio, Marg Helgenberger (que viria a se tornar uma das estrelas de CSI - Investigação Criminal), Kris Kristofferson (Blade) e Harry Dean Stanton (Paris, Texas) conseguem balancear a falta de expressões do astro Seagal, que também produziu e escreveu várias canções presentes na trilha sonora, recheada de muita música country e até mesmo Jimi Hendrix. O roteiro, apesar de nada inovador, é bem amarrado, e a trama ambiental é perfeita como pano de fundo para muitas explosões e ossos quebrados. O filme continua bacana após 24 anos; a única ressalva é de que os crimes ambientais que são praticados atualmente fazem os do filme parecerem irrelevantes.
Um Conto de Batman: Gotham City 1889
3.6 104Por meio de uma repetição dos clichês do universo de Batman, mas dessa vez, inserindo os personagens no contexto de uma Gotham City do século 19, contra o serial killer Jack, O Estripador. Eu não li a graphic novel do Mike Mignola (Hellboy), mas esses longas animados da DC costumam ser fiéis ao material original, além de um resultado final satisfatório. Tem pontos mornos e alguns diálogos arrastados que chegam dar sono - mesmo sendo um filme relativamente curto -, mas a segunda metade garante o interesse e a reviravolta final é, no mínimo, inusitada. O envolvimento entre Bruce Wayne e Selina Kyle é bem desenvolvido, além de entregar um desfecho otimista, pra variar. Vale pela curiosidade de ver uma adaptação que não é "mais do mesmo" do homem-morcego!