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30 years Porto Alegre - (BRA)
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Não sou exigente (em 47% das vezes), tampouco cult. Na verdade, sou bem genérico, clichê e bastante saudosista: adoro ver e rever as mesmas obras várias e várias vezes, especialmente as que fizeram parte da minha infância e adolescência.

Nos intervalos do estágio, adoro almoçar assistindo 'Scott Pilgrim contra o Mundo', e, no jantar, 'As Vantagens de Ser Invisível' é sempre bem-vindo. Nas madrugadas de insônia, 'InuYasha', 'CardCaptor Sakura', 'Dragon Ball GT', 'Sailor Moon' ou qualquer filme do Studio Ghibli são uma excelente companhia. Em meu aniversário, 'De Repente 30'. Em 3 de Outubro, 'Meninas Malvadas', e, no natal, não maratonar 'Anne com E' seria terrivelmente trágico. E, em absolutamente todas as fases da minha vida, 'Sete Dias com Marilyn'.

Eu posso amar 'Legalmente Loira' e odiar 'Donnie Darko' - o inverso também acontece.

Na minha lista de favoritos estão filmes e séries que, de alguma forma, me atravessam como sujeito. Seja por um drama que me faz relembrar um antigo amor, ou um terror que me faz reviver o meu pior pesadelo - ou realidade - até às obras que proporcionam uma grande reflexão sobre toda a minha existência como ser humano. E, obviamente, àquelas que me tiram boas gargalhadas. - Mas, afinal, quem não a faz pelo mesmo motivo?

As avaliações são flutuantes e imprevisíveis como o meu humor.

"Sempre jogue sal sobre seu ombro esquerdo, plante alfazema para dar sorte e apaixone-se sempre que puder."

Sally Owens em 'Da Magia à Sedução', de Griffin Dunne.

Últimas opiniões enviadas

  • William

    Depois de ler alguns comentários alegando que o filme "deixa muitas pontas soltas", "é non sense, raso e sem explicação alguma", resolvi deixar aqui algumas explicações e percepções, desde as mais óbvias até às mais "simbólicas" e interpretativas.

    Eu não preciso explicar sobre todo o histórico que os americanos possuem por serem racistas, xenofóbicos e responsáveis por grande parte das catástrofes que causam ao mundo. Na dúvida, 'Oppenheimer' está aí como uma boa sugestão de filme. Mas, acima de tudo, essa aqui é uma visão sobre o que o filme nos mostrou:

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Observação: não, não estou dizendo que somente os americanos são racistas, xenofóbicos, individualistas, etc. Mas o alvo de crítica do filme é bem óbvia: os americanos; ou, como os americanos interpretam catástrofes que podem estar acontecendo somente nos EUA (ou no mundo inteiro, quem sabe?).

    1. Racismo: assim que G. H. e a sua filha aparecem na porta é nítido o desconforto que causam, não somente por surgirem em um momento em que a mansão estava alugada e serem dois desconhecidos para a família, mas, principalmente, pela relutância no qual a Amanda sente em dar credibilidade à ambos, afinal, dois negros possuindo uma mansão e um carro de luxo? — além de todo o sentimento de incômodo que a Amanda sente especialmente pela Ruth, por trazer falas sarcásticas e questionamentos que enfatizam esse racismo "velado". — E o oposto também acontece, quando Ruth propõe ao pai que expulse àquela família da mansão — "Eu quero que você se lembre de que se o mundo desmoronar, a confiança não deve ser distribuída facilmente a ninguém. Ainda mais aos brancos".

    2. Xenofobia: uma mulher latina pedindo ajuda à um americano que, por sinal, não entende absolutamente nada de espanhol, e sendo completamente deixada para trás. Além de todo o levantamento que fazem sobre ser uma conspiração dos coreanos e o "resto de nós". E sim, você e eu estamos inclusos nesse resto, afinal, tudo abaixo dos EUA é resto.

    3. Os animais: instintivamente, cervos se agrupam em manadas em meio à catástrofe. Flamingos sempre estão em bandos. O surgimento desses animais é uma clara alusão em como animais, em luta pela sobrevivência, agem em coletivo, enquanto seres humanos agem de forma individualista. O fato deles surgirem ao redor da mansão é óbvia: a mansão fica em meio à uma floresta, logo, é uma motivação para que os animais surjam ali e, claro, enfatizar ainda mais uma reflexão sobre o comportamento individualista dos seres humanos em comparação aos animais.

    4. Tecnologia: é impressionante como um blackout é capaz de reduzir toda uma população a: nada. E é nesse momento que percebemos em como toda a nossa estrutura está interligada à tecnologia, e como isso pode ser desfeito facilmente, fazendo com que o ser humano retorne à sua própria natureza. Sem acesso à internet e sem eletricidade, carros inteligentes perdem o rumo, ocasionando colisões. Chamadas telefônicas não podem ser realizadas. Acesso as notícias através do Google é impossível. Em meio à esse vazio, o sujeito tende a lidar unicamente com a sua própria existência e inadequação — "Eu não tenho ideia do que fazer agora. Não consigo fazer quase nada sem meu celular e meu GPS. Eu sou um homem inútil".

    5. Rose e o paralelo com a série 'Friends': apesar de transparecer uma personagem dispersa aos acontecimentos, ela tem algo a nos dizer. Por ser a mais jovem, Rose representa uma geração que se molda facilmente aos acontecimentos. Em meio à catástrofe, ela é a única a querer buscar um refúgio seguro (e é a primeira a encontrar o bunker), enquanto os adultos relutam em permanecer na mansão, alimentados pela esperança de que o sistema resolveria tudo. Inclusive, esse impulso de Rose é citado através de um episódio de 'The West Wing'. E para Rose, a maior tragédia que poderia acontecer em meio à esse caos é não ter a oportunidade de assistir o último episódio de 'Friends' — e existe um entretenimento clássico americano maior do que dar risadas enquanto assiste 'Friends'? — finalizando assim, 'O Mundo Depois de Nós', e esse desfecho não nos traz um sentimento familiar? Para Rose, assistir o último episódio da série é o que traz esse sentimento de completude, em paralelo à isso, esse desfecho brusco nos traz esse sentimento de que gostaríamos de ver mais sobre tudo o que estava acontecendo, assim, proporcionando um sentimento de completude com 'O Mundo Depois de Nós'. Através da Rose, pudemos constatar que a angústia e irritação que a personagem sentia é similar ao que a maioria está sentindo por não ter mais um episódio de 'Friends', ou, 'O Mundo Depois de Nós'.

    É importante salientar que aqui não se trata do que está acontecendo de fato, nem antes e nem depois das possíveis causas e motivações, mas sim, proporcionar uma visão de como os seres humanos podem agir diante do que não se sabe, não se entende, não se tem "tato". O caos, o medo, a desinformação, as teorias de conspirações e as paranoias são o suficiente para nos mostrar como uma desordem pode ser facilmente instalada e como podemos nos voltar uns contra os outros para sobreviver. Sendo assim, 'O Mundo Depois de Nós' não apenas nos faz constatar sobre o que somos e o que poderíamos ser em meio à um eminente apocalipse, mas é cirúrgico em nos proporcionar reflexões e nos trazer para mais próximo dos sentimentos vivenciados pelos personagens, ainda que possamos negá-los ou não percebe-los: estão ali. No mas, não está na minha lista de filmes favoritos com essa temática, porém, não o torna menos interessante e incisivo.

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  • Nenhum recado para William.

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