As atuações, a maquiagem, a trilha sonora e a montagem só não conseguem brilhar mais porque o tiozão Spielberg nos tira da história a todo momento com esse patriotismo exagerado, chato, didático e a falta absoluta de personagens negros.
Se ignorar todas as informações e diálogos expositivos, os personagens sem personalidade, o vilão caricato e a pressa da montagem na primeira hora do filme, até que dá pra se divertir.
Personagens femininas com personalidade engessada, NENHUMA pessoa negra durante o filme todo, romance sem sal, protagonista estúpido e viagem no tempo sem regra nenhuma (com os personagens irritantemente falando NÃO PODE FAZER ISSO em uma cena e já fazendo na próxima, sem consequência nenhuma) AAA E A TRILHA SONORA MELODRAMÁTICA entrando nas cenas mais aleatórias, tentando nos forçar a chorar ou ter alguma empatia com personagens egoístas e caricatos.
Revi depois de dois anos e aumentei meia estrela. Embora perca força no final quando se torna mais expositivo, a construção do terror, a cinematografia, a composição dos planos, a edição e a genialidade da direção em algumas sequências transforma a maior parte do filme em uma viagem ao inferno. Sentir os acontecimentos junto com os personagens é perturbador, o que Ari Aster faz aqui é nos torturar lentamente com uma sucessão de tragédias que ele primeiro anuncia e depois concretiza, com um humor sádico. Tenho a forte sensação que vai se tornar um clássico, e se a internet não estragar o filme pras próximas gerações, esse twist vai continuar sendo poderoso, como foi a reviravolta em Psicose.
PS: A fatídica cena me impactou da mesma maneira, mesmo eu sabendo o que ia acontecer. Amo a construção da tensão naquela sequência inteira, o uso do som pra indicar o que a câmera não mostra. E os gritos da Toni Collete quando encontra o presente.
Merece repercussão pela importância da temática e a sensibilidade com que aborda esses temas, funciona mais como drama e no final o nó permanece na garganta.
Bergman me pegou pela mão e me levou pra dentro de um mundo mágico e sombrio, colorido e desbotado, engraçado e assustador. Como só a infância consegue ser.
São 188 minutos que eu já quis rever no momento que terminei.
Alguém devolve o tempo que eu perdi vendo aquela cara de pastel do Ryan Gosling durante o filme INTEIRO, sem nenhuma nuance ou emoção. Além disso ainda tem a personagem feminina sem personalidade que só serve pra trama se desenrolar. É clichê e sem sal demais.
Guiadas por essa frase, 3 possibilidades ficaram martelando na minha cabeça:
Kris decidiu ficar em uma das ilhas de Solaris e viver ao lado de seus fantasmas e projeções (espelho de sua própria consciência);
Ele tenta voltar pra terra, mas acaba ficando preso em uma das ilhas criadas por Solaris, que recria o pequeno mundo em que Kris viveu nos últimos dez anos (espelho das angústias, redundâncias e também insignificâncias da humanidade);
Ele realmente volta pra casa - por algum motivo, acho que sua mãe morreu e seu pai enlouqueceu - e acaba não reconhecendo seu lar. Mostrar sua casa dentro do oceano é o modo de Tarkóvski nos dizer que apesar de voltar pra Terra, Solaris nunca vai sair de Kris. (somos o espelho das nossas vivências, e vice-versa).
Ps: eu não li o livro, esses meus pensamentos são fundados somente no filme.
Durante o filme achei que o Ben era um serial killer (e ainda é minha teoria favorita, a presença do personagem começa a se tornar sufocante e ameaçadora de uma maneira absurda) mas depois que terminei de assistir repensei vários diálogos e tudo que foi informado sobre a personalidade de cada um e é igualmente válido concluir que a Hae-mi simplesmente fugiu e que o Jong-soo tirou conclusões precipitadas por estar apaixonado (temos o histórico antissocial e agressivo de seu pai e sua síndrome de abandono por causa da mãe). Enfim, são MUITAS informações que poderiam comprovar qualquer rumo da história, tô abismado com a profundidade desse roteiro - com a ambientação, as atuações, a fotografia e a direção também.
Independente de qualquer conclusão, acompanhamos o ponto de vista de um personagem e qualquer julgamento é feito com base nas percepções e experiências dele. O que é real e o que é paranoia?
Será que a cena do jantar na casa de campo do italiano em que a luz do teto se apaga seria referência a Guernica do Picasso (obra mencionada por Ana no filme) fazendo uma analogia as batalhas que travamos contra os outros e contra nossos próprios pensamentos (caos interno constante do indivíduo que não viveu a guerra mas internaliza os conflitos da cidade) ou é só uma coincidência?
Febre do Rato
4.0 657Terminei o filme querendo comprar um livro do Zizo.
ANARQUIA E SEXO
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraEsse filme é um estado de espírito.
Carandiru
3.7 750 Assista AgoraCarandiru é um marco histórico pro nosso cinema, grandioso no seu retrato da simplicidade da sordidez. impressiona, cativa e deprime na mesma medida.
E quanta atuação foda por metro quadrado hein.
Saneamento Básico, O Filme
3.7 708 Assista AgoraSem maturidade pra cena da Silene indo pra formatura e a dancinha do monstro depois de matar a galera.
[spoiler][/spoiler]
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraTão sensível, tão pessoal.
Que pedrada.
Edifício Master
4.3 372 Assista AgoraAbsurdo. Fico me perguntando se o Coutinho conseguiria extrair histórias tão fortes em qualquer condomínio suburbano brasileiro.
Cidade Baixa
3.4 356 Assista AgoraRinha de galos.
O Quatrilho
3.2 132Moral da história: capitalista é tudo corno.
O Que é Isso, Companheiro?
3.8 339 Assista AgoraAté os maneirismos das atuações são registro de uma época, muito bom.
Mandy: Sede de Vingança
3.3 537 Assista AgoraClássico instantâneo
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,7K Assista AgoraAs atuações, a maquiagem, a trilha sonora e a montagem só não conseguem brilhar mais porque o tiozão Spielberg nos tira da história a todo momento com esse patriotismo exagerado, chato, didático e a falta absoluta de personagens negros.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraSe ignorar todas as informações e diálogos expositivos, os personagens sem personalidade, o vilão caricato e a pressa da montagem na primeira hora do filme, até que dá pra se divertir.
Será que o personagem do Pattinson (único ator que consegue passar alguma empatia no meio desse embolado de gente sem sal) é o filho da mulher?
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraPersonagens femininas com personalidade engessada, NENHUMA pessoa negra durante o filme todo, romance sem sal, protagonista estúpido e viagem no tempo sem regra nenhuma (com os personagens irritantemente falando NÃO PODE FAZER ISSO em uma cena e já fazendo na próxima, sem consequência nenhuma) AAA E A TRILHA SONORA MELODRAMÁTICA entrando nas cenas mais aleatórias, tentando nos forçar a chorar ou ter alguma empatia com personagens egoístas e caricatos.
Passei raiva e não foi pouca.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraRevi depois de dois anos e aumentei meia estrela. Embora perca força no final quando se torna mais expositivo, a construção do terror, a cinematografia, a composição dos planos, a edição e a genialidade da direção em algumas sequências transforma a maior parte do filme em uma viagem ao inferno. Sentir os acontecimentos junto com os personagens é perturbador, o que Ari Aster faz aqui é nos torturar lentamente com uma sucessão de tragédias que ele primeiro anuncia e depois concretiza, com um humor sádico.
Tenho a forte sensação que vai se tornar um clássico, e se a internet não estragar o filme pras próximas gerações, esse twist vai continuar sendo poderoso, como foi a reviravolta em Psicose.
PS: A fatídica cena me impactou da mesma maneira, mesmo eu sabendo o que ia acontecer. Amo a construção da tensão naquela sequência inteira, o uso do som pra indicar o que a câmera não mostra. E os gritos da Toni Collete quando encontra o presente.
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraMerece repercussão pela importância da temática e a sensibilidade com que aborda esses temas, funciona mais como drama e no final o nó permanece na garganta.
Gremlins
3.5 861 Assista AgoraE esse subtexto sobre xenofobia e sociedade capitalista, com seus vícios, corrompendo a natureza?
As cenas do bar e do cinema são absurdas, no melhor sentido da palavra.
Fanny e Alexander
4.3 215Bergman me pegou pela mão e me levou pra dentro de um mundo mágico e sombrio, colorido e desbotado, engraçado e assustador. Como só a infância consegue ser.
São 188 minutos que eu já quis rever no momento que terminei.
A Vida Invisível
4.3 642Que soco no estômago. A realidade é sempre pior que a ficção.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraDas melhores experiências que eu já tive com um filme. Perturbadoramente sublime.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraOs monólogos da abertura são lindos demais, chorei com 6 minutos de filme
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraAlguém devolve o tempo que eu perdi vendo aquela cara de pastel do Ryan Gosling durante o filme INTEIRO, sem nenhuma nuance ou emoção. Além disso ainda tem a personagem feminina sem personalidade que só serve pra trama se desenrolar.
É clichê e sem sal demais.
Solaris
4.2 369 Assista Agora"Nós não precisamos de outros mundos. Nós precisamos de espelhos":
Guiadas por essa frase, 3 possibilidades ficaram martelando na minha cabeça:
Kris decidiu ficar em uma das ilhas de Solaris e viver ao lado de seus fantasmas e projeções (espelho de sua própria consciência);
Ele tenta voltar pra terra, mas acaba ficando preso em uma das ilhas criadas por Solaris, que recria o pequeno mundo em que Kris viveu nos últimos dez anos (espelho das angústias, redundâncias e também insignificâncias da humanidade);
Ele realmente volta pra casa - por algum motivo, acho que sua mãe morreu e seu pai enlouqueceu - e acaba não reconhecendo seu lar. Mostrar sua casa dentro do oceano é o modo de Tarkóvski nos dizer que apesar de voltar pra Terra, Solaris nunca vai sair de Kris. (somos o espelho das nossas vivências, e vice-versa).
Ps: eu não li o livro, esses meus pensamentos são fundados somente no filme.
E com certeza vou reassistir.
Em Chamas
3.9 378 Assista AgoraDurante o filme achei que o Ben era um serial killer (e ainda é minha teoria favorita, a presença do personagem começa a se tornar sufocante e ameaçadora de uma maneira absurda) mas depois que terminei de assistir repensei vários diálogos e tudo que foi informado sobre a personalidade de cada um e é igualmente válido concluir que a Hae-mi simplesmente fugiu e que o Jong-soo tirou conclusões precipitadas por estar apaixonado (temos o histórico antissocial e agressivo de seu pai e sua síndrome de abandono por causa da mãe). Enfim, são MUITAS informações que poderiam comprovar qualquer rumo da história, tô abismado com a profundidade desse roteiro - com a ambientação, as atuações, a fotografia e a direção também.
Independente de qualquer conclusão, acompanhamos o ponto de vista de um personagem e qualquer julgamento é feito com base nas percepções e experiências dele. O que é real e o que é paranoia?
São Paulo Sociedade Anônima
4.2 172Será que a cena do jantar na casa de campo do italiano em que a luz do teto se apaga seria referência a Guernica do Picasso (obra mencionada por Ana no filme) fazendo uma analogia as batalhas que travamos contra os outros e contra nossos próprios pensamentos (caos interno constante do indivíduo que não viveu a guerra mas internaliza os conflitos da cidade) ou é só uma coincidência?