O Filme é cheio de detalhes e acompanha as reações e a evolução dos temperamentos dos dois homens cujo comportamento e atitude revelam o caráter e o perfil deles. Contendo poucos diálogos e possui um grande impacto visual no telespectador. O diretor guarda para o fim surpresas no comportamentos dos personagens, quando você menos espera descobrimos coisas no decorrer do longa metragem.
O longa é um pouco cansativo, é interessante, mas não empolga tanto (ao meu ver.) Mas apesar do tema aparentemente ser triste, no filme nos mostra que é possível recomeçar a partir de acontecimentos e perdas que não podemos evitar. Cada segundo das nossas ações fazem toda diferença.
Um suspense psicológico dos bons onde explora os limites humanos diante de ameaças que podem abalar a sanidade ou colocar em risco aqueles a quem amamos.
P.s.: Quando as pessoas que amamos correm perigo, não há psicólogo no mundo capaz de apontar ou prever como vamos reagir a isso. O instinto de proteção, de preservação, de autodefesa de cada um de nós reage de formas impensáveis.
O filme é grandioso, com uma fotografia incrível e uma abordagem da guerra muito característica de Spielberg. Mas o que impressiona de fato é como Bale carrega o filme com facilidade, mesmo ainda criança e lidando com uma temática pesada e difícil. Transmitindo a inocência da infância ao mesmo tempo em que demonstra uma determinação tocante e uma esperteza vital para sobreviver naquele ambiente, Jim torna-se um personagem plausível na pele do talentoso ator exatamente pela maneira natural com que ele encara o desafio, sem jamais se entregar a melodramas e exageros que poderiam ser comuns naquela fase da vida.
É interessante notar também como nesta fase da carreira Spielberg também evita se entregar em demasia ao melodrama, humanizando os personagens de maneira natural e nada apelativa, como quando um menino japonês reencontra Jim e se alegra por isso, sendo assassinado em seguida pelos norte-americanos, reforçando a idiotice da guerra. Observe também como o diretor utiliza o símbolo do carro da família como um recurso narrativo interessante para nos informar a proximidade do reencontro entre o garoto e seus pais, que ocorreria de maneira igualmente natural, sem a necessidade de pesar a mão já que aquele reencontro já era emocionante por si só.
Esta ausência paterna (e aqui materna também) reforça o tema mais forte na filmografia de Spielberg como fio condutor da narrativa, abordando também, ainda que de maneira quase fabulesca, outro tema que lhe seria caro, a Segunda Guerra Mundial. Demonstrando seu enorme talento, Spielberg conduz o filme de maneira sensorial, destacando-se tanto em cenas dramaticamente mais intensas, como a forte separação entre Jim e seus pais em meio multidão desesperada sob o ataque dos japoneses, que transmite com precisão a sensação de urgência e o horror da guerra através da câmera agitada, como em momentos carregados de tensão, como a perseguição do sargento Nagata (Masatô Ibu) ao menino que rasteja pela lama e, especialmente, nos inúmeros instantes em que Spielberg parece parar o tempo para nos deleitar com imagens lindíssimas. Aliás, somente um diretor do calibre de Spielberg poderia transformar um bombardeio numa cena tão bela visualmente, transformando os terríveis efeitos da guerra em algo quase poético, assim como é lindo o momento em que Jim canta do alto do campo e repentinamente é interrompido pelos aviões norte-americanos que atacam os japoneses, provocando os gritos empolgados do garoto ao identificar os modelos dos aviões que cruzam o local.
Outra cena linda dirigida com muita sensibilidade por Spielberg resume perfeitamente “Império do Sol”, quando ele utiliza um dos eventos mais trágicos da história da humanidade para simbolizar a morte de uma importante personagem. Trata-se de um momento poético, em que o horror da guerra é filtrado pelo olhar sonhador e inocente de uma criança. Talvez o próprio Spielberg ainda fosse como aquele menino e, com o amadurecimento e o inevitável ceticismo que vem ao longo dos anos, ele deixaria de lado a poesia para tratar o mesmo tema com mais crueza em breve.
Se passando no Rio de Janeiro da década de 50, muito do que assistimos é fácil de enxergar na sociedade moderna. Aliás, muito do que se enaltece no filme é sua capacidade de retratar uma realidade que parece se espalhar não só pelo Brasil, como em outros países. A de mulheres com vozes e vontades silenciadas.
A premissa entrega a história de duas irmãs extremamente próximas que se veem separadas pelos dramas da vida, e já prometia retratar essa vivência da mulher em uma sociedade declaradamente machista. Com a direção sensível e competente de Karim, combinada a todos os outros setores, como o próprio roteiro, a assistência de Nina Kopko e toda a pesquisa de Suzane Jardim - que fez uma grande busca histórica para que até os mínimos detalhes do filme fossem o mais verossímeis possível, tornou a história das personagens tocante e capaz de causar em quem assiste - e aqui falo sobretudo sobre as mulheres - uma identificação muito grande, mesmo que as situações sejam em menor intensidade.
A relação patriarcal é trazida de forma clara por meio de diálogos e situações que mostram as mulheres como objeto de posse dos homens a quem devem responder ou agradar. Isso fica muito bem colocado em cenas com relações sexuais. Chega a ser doloroso assistir, já que toda a equipe de arte, fotografia, som e direção, trabalhou muito bem a atmosfera criada para cada uma das situações. É possível sentir a dor e desesperança das personagens.
Aliás, o que dizer da atuação das protagonistas? Carol Duarte (Eurídice Gusmão) e Julia Stockler (Guida Gusmão) apresentam performances notáveis e dignas de elogios. As atrizes tiveram uma preparação intensa e imergem na história, cada uma em sua personagem, entregando para o enredo duas mulheres fortes que atravessam anos em vidas que não imaginaram para si. É por meio delas que acompanhamos o tema central: invisibilidade. E não só por elas, mas também pela personagem da mãe, que é silenciada dentro da própria casa pela figura de um pai e marido autoritário. Algo que sabermos ser mais natural do que deveria. Outra presença a ser enaltecida é a de Fernanda Montenegro, que apesar de não muito tempo de tela em sua participação especial, mostra mais uma vez a atriz magnífica que é.
Em questões técnicas, como arte, fotografia e som, o filme também mostra muita qualidade. A cena inicial apresenta um desenho de som muito competente e já nos insere de maneira poderosa à produção. A ambientação do Rio de Janeiro dos anos 50, desde as roupas até ruas, carros e hospitais, também é destaque do longa.
Em resumo, A Vida Invisível é mais um dos sucessos de nosso cinema nacional.
P.s.: no final a Amália Rodrigues cantando - A estranha forma de vida -, me emocionei demais.
É comum termos a percepção de que todos nós estamos sendo monitorados, manipulados, frustrados, deprimidos e até mesmo isolados pelas mídias sociais. Para exemplificar, você pesquisa por um sapato em um site de compras e de repente todas as páginas que você visita tem anúncios de sapato. Você navega pelas suas redes sociais e a vida de todo mundo parece incrível, zero defeitos! E isso é frustrante, porque sua vida real não é perfeita e é normal não ser. Não entendemos como algumas pessoas não compreendem algo que nos parece óbvio. Eles não viram as notícias? E a resposta é não, mesmo! porque vivemos em bolhas e cada um recebe um conteúdo personalizado na sua timeline do Facebook, no feed do Instagram, Twitter e até mesmo no Youtube. Até aí nenhuma grande novidade, é normal algumas destas sensações ou mesmo todas elas no nosso dia-a-dia.
A grande novidade ou diferencial trazido pelo documentário da Netflix é que ele reúne alguns dos desenvolvedores dessas mídias, cientistas da computação, uma psicóloga, uma psiquiatra e um especialista em investimentos para discutir sobre o tema. Com esse material, o diretor Jeff Orlowski faz um trabalho incrível organizando essas ideias e costurando a discussão com uma ficção ilustrativa que conta a história de uma família comum e sua relação com as mídias sociais.
Se por um lado é cômodo e prático ter à sua disposição um conteúdo com assuntos do seu interesse e anúncios de coisas pelas quais você realmente está buscando, por outro lado, perder o controle e a chance de escolha do conteúdo que você vai ver tem suas consequências. Os algoritmos são uma sequência de tarefas, uma sequência de raciocínios, instruções ou operações para alcançar um objetivo. Neste contexto, eles são desenvolvidos para capturar e tratar um grande número de dados gerando modelos computacionais que predizem o seu comportamento por meio do aprendizado de máquina. O que chamamos de inteligência artificial, e nos assombrava com uma possível rebelião das máquinas em “O exterminador do futuro”, já começou! E não carrega armas de fogo ou bombas. Está presente no nosso cotidiano, acessa nossos smartphones, notebooks, tablets e computadores, sabe muito sobre nós, influencia nossas escolhas e até mesmo o nosso voto.
Quando acessamos essas mídias, não pagamos nada por elas (além do plano de internet, que já é uma facada!), quem paga para manter essas redes no ar são os anunciantes, é assim que o Mark Zuckerberg acumula seus bilhões de dólares. Então, como bem sabemos, não existe almoço grátis! O que é oferecido para os anunciantes é você! São os seus dados e informações que estão sendo negociados. Quanto mais tempo passamos nas redes sociais e mais engajados estamos com os conteúdos, mais anúncios consumimos e maior é o lucro dessas companhias. Não é à toa que somos chamados de usuários das redes sociais, ela é pensada e desenvolvida para nos escravizar emocionalmente, criando uma dependência com mecanismos de persuasão e aprendizado de máquina extremamente sofisticados.
Um outro problema, decorrente do uso das redes sociais, é que esse conteúdo cada vez mais especializado, está nos separando ainda mais em grupos que não dialogam, tornando a sociedade cada vez mais polarizada. Somado a isso as fake news, o obscurantismo, a era da pós-verdade e a autoverdade comprometeram o diálogo, criando um grande abismo social.
O documentário destaca também que no Twitter as fake news (notícias falsas) tem uma taxa de divulgação seis vezes mais rápida que as notícias comuns. Provavelmente porque tem apelo emocional, são alarmantes, e algumas vezes geram identificação em quem as lê. E mesmo que não tenham muito sentido, são passadas adiante pelos mais desavisados. Daí a prática fundamental de verificar a veracidade antes de passar uma informação adiante. Existem sites especializados nesta checagem, mas de maneira geral uma busca no Google trará mais informações sobre o assunto e você pode avaliar se realmente é real ou não. Na dúvida não compartilhe.
As redes sociais não possuem ferramentas próprias de regulamentação para separar notícias verdadeiras das mentirosas e assim a farsa rola solta e cresce livremente nessas mídias. Recentemente o Facebook teve uma iniciativa neste sentido, mas ainda é pouco eficiente para conter a disseminação de fake news.
O filme afirma que, no futuro, provavelmente no século 31, quando as calotas polares derreterem por completo, cobrindo a superfície terrestre totalmente de água, os poucos seres humanos que sobreviverem, terão de se adaptar a um novo mundo, onde existem mutantes - seres humanos geneticamente modificados, que nascem adaptados ao convívio com a água, com guelras e membranas envolvendo os dedos dos pés -, num planeta sem leis ou fronteiras, assolado pelos violentos ataques dos Smokers, temido clã de piratas.
O filme A Eternidade e um Dia, de Theo Angelopoulos, trata do tempo, de transições, memória e ausências; personagens atravessando fronteiras pessoais, sociais e políticas, em ritos de passagem contemporâneos e eternos. Nascimentos, mortes, casamentos, prisão, exílio, viagens para o exterior ou de volta ao país de origem. Grande parte das cenas se passa à beira-mar, limiar entre a terra e a água, marco na memória evolutiva humana, de peixe a réptil e quadrúpede, até a bipedia. Ao lado de seu cachorro, o protagonista Alexander (Bruno Ganz) caminha entre o asfalto e o mar, dividindo seus pensamentos conosco. Ele tem apenas um dia antes de internar-se e morrer (implícito através de metáforas de viagem e despedida). Nestas horas que lhe restam, ele reconstrói cenas passadas de sua vida, a partir da voz de sua falecida esposa (Isabelle Renault), lendo-lhe cartas de amor. As cartas são apelos poéticos à atenção do esposo, sempre tão distante de todos, escrevendo poemas de fama internacional. Em suas reconstruções, experiências passadas misturam-se a fatos atuais, num tempo organizado pela memória sensorial não- linear. Eternidade ocorre num tempo tridimensional, transgredindo conceitos tradicionais de tempo. Eternidade critica duas noções de tempo: o progressivo ou disciplinar, que estabelece um passado rejeitado rumo a um futuro ideal, e o circular, regressivo ou mítico, em cujo presente se vivencia uma unidade passada perdida e ideal. O tempo proposto por Eternidade não busca um ideal futuro nem passado, mas reconhece a inerente contradição do presente como ausência, numa experiência humana, simultânea e continuamente desaparecendo e acontecendo. Alexander não somente lembra-se ou repete seu passado, mas o transforma ao reconstruí-lo retroativamente através da linguagem poética.
Todo aspecto visual e sonoro da obra ajudam a adentrar na atmosfera de O Profissional. O filme traz aquela carga que só alguns filmes dos anos 90 tinham. O cenário suburbano é quase uma personagem, com sua fotografia poluída, pessoas por todos os lados e coadjuvantes sujos e criminosos. O figurino também reflete bem a sociedade da década, com aquele estilo noventista de Nova York, especialmente das pessoas mais humildes e jovens. Este padrão visual se casa com a narrativa da obra, como as piadas que funcionam mais como uma cutucada na sociedade da época do que fazer rir. E a bela trilha sonora ajuda a embalar esta melancólica obra, às vezes remetendo ao cinema francês, às vezes ao noir e às vezes ao punk moderno. Destaque para a belíssima canção Shape Of My Heart do Sting, que abraça a trama de maneira redonda.
P.s.: O Profissional é um grande filme. O final traz sequências eletrizantes. É triste, inflamado e divertido, tem um elenco de ótimo timing e boa direção do francês Luc Besson, que mais tarde traria O Quinto elemento e Lucy (provando trazer um cinema um tanto autoral e questionador, mesmo que sem deixar de divertir as massas).
Apesar da rusticidade de seu mundo Mario é um homem em busca de si mesmo. As conversas com Pablo Neruda despertam nele questões que ele tentava, sem sucesso formular. O carteiro aprende a falar sobre seu amor e, além da poesia, tal qual seu mestre, começa a prestar atenção nas desigualdades sociais e envolve-se com a política. A amizade é dramaticamente encerrada pela história política mundial. O filme é marcado pelo drama daqueles que foram reprimidos por lutarem por um mundo mais justo.
O Carteiro e o Poeta é essencialmente nostálgico. Ele romantiza uma profissão que, embora essencial, muitas vezes passa despercebida. A estrela do filme não é o grande poeta. Em sua humildade o carteiro é quem brilha. Ele representa a beleza de uma simplicidade que muitos que a tem, nem sequer imaginam.
P.s.: O cinema italiano tem esse dom de tocar o sentimento mais profundo através das mais 'simples situações'.
'Se um homem te toca com palavras, é porque, as mãos estão perto de tocá-la.'
E apesar das claras evidencias de que Beth era mesmo a assassina, Nick ainda tem desconfianças, que serão confirmadas (ou não) pelo brilhante plano final de “Instinto Selvagem”. E é justamente nesta constante dúvida gerada pela ambigüidade do roteiro que reside um dos aspectos mais interessantes de um thriller repleto de erotismo e suspense, que não tem medo de ousar e por isso consegue criar uma atmosfera realmente envolvente.
P.s.: apresentando um interessante jogo psicológico, o thriller “Instinto Selvagem” surpreende positivamente ao explorar mais do que a sensualidade de sua atriz principal. Verhoeven soube utilizar cenas realmente eróticas numa narrativa inteligente, fugindo do lugar comum das grandes produções de Hollywood que normalmente suavizam o sexo, e de quebra, entregando uma das cenas mais emblemáticas da década de 90.
Em primeiro lugar, é preciso compreender que Cidade dos Sonhos não é, como alguns incautos dizem, apenas um desafio vazio e pedante ao espectador, que se vê impelido a decifrar uma infinidade de códigos e signos que se tornam ainda mais numerosos a cada vez que revemos o filme. É claro que uma obra tão enigmática e tão simbólica tem sim esse efeito sobre o público, mas as razões e os métodos pelos quais o diretor propõe esse jogo a seu interlocutor são o que tornam essa obra verdadeiramente genial. O que Lynch deseja é comungar com seu público uma experiência semelhante à de um psicanalista escutando o emaranhado narrativo contido no sonho de seu paciente.
Um filme sem muitas surpresas mas que traz uma linda reflexão sobre a vida. Os pontos fortes do filme são apresentados nos momentos em que Joe a morte conhece algumas emoções humanas, quando ele derrama a primeira lágrima, quando ele entende que em alguns casos a morte é o único consolo na vida de alguém e quando ele descobre o amor, o desejo e a paixão.
P.s: "Sei que parece pieguice, mas amor é paixão, obsessão por alguém que você não pode viver sem, cair de quatro, amar loucamente alguém que corresponda esse amor. Como vai encontrá-lo? Esqueça a razão e siga o coração. Eu não ouço seu coração! A verdade é que sem isso a vida não tem sentido. Terminar a longa jornada sem ter amado seria como não ter vivido. Você deve tentar, porque se não tentar, não terá vivido."
Que a humanidade pode ser muito egoísta, nós já sabemos. Que a divisão de classes existe e afeta negativamente milhões de pessoas, sabemos também. Mas o que acontece quando um filme se propõe a escancarar isso na tela? De forma sangrenta, cruel e surpreendente?
Ao analisar o filme como obra cinematográfica, O Poço é um longa metragem que entretém ao nos deixar curiosos e fascinados com aquela realidade. É um daqueles filmes que nos dá tapas na cara ao mostrar, mesmo que numa situação absurda, como a nossa humanidade está se esvaindo. É pesado, é sangrento e mostra o pior (e até o melhor) que pode ser extraído de nós numa situação extrema.
Curiosamente, enquanto novelas caracterizam-se pela inclusão de personagens com nomes incomuns, numa tentativa de individualizar hábitos e personalidades. Em Dogville, os nomes são ora simbólicos, ora universais; representam toda a humanidade e sua condição sofrível. Dogville é o mundo e Grace sua antítese. Afinal, da cena desoladora que é a morte de todos e a destruição da vila, resta apenas o cão, Moisés, guardião daquele inferno - o cérbero de Lars Von Trier.
P.s.: “Não devemos nada à moça, só ela a nós. Deixemos que pague com trabalho, mesmo que de nada precisemos com urgência. Tomemos seu tempo com mesquinharias, afinal, nada nesse mundo é de graça.”
Sem dúvidas uma animação espetacular em todos os sentidos. Extremamente fabulosa (sem erros). A trilha sonora foi um grande detalhe à parte, nos dando aquele toque de sensibilidade épica, poética e de muita intensidade. Maravilhosa
Não Por Acaso
3.5 155O Filme é cheio de detalhes e acompanha as reações e a evolução dos temperamentos dos dois homens cujo comportamento e atitude revelam o caráter e o perfil deles. Contendo poucos diálogos e possui um grande impacto visual no telespectador. O diretor guarda para o fim surpresas no comportamentos dos personagens, quando você menos espera descobrimos coisas no decorrer do longa metragem.
O longa é um pouco cansativo, é interessante, mas não empolga tanto (ao meu ver.) Mas apesar do tema aparentemente ser triste, no filme nos mostra que é possível recomeçar a partir de acontecimentos e perdas que não podemos evitar. Cada segundo das nossas ações fazem toda diferença.
Assistível!
Cabo do Medo
3.8 907 Assista AgoraUm suspense psicológico dos bons onde explora os limites humanos diante de ameaças que podem abalar a sanidade ou colocar em risco aqueles a quem amamos.
P.s.: Quando as pessoas que amamos correm perigo, não há psicólogo no mundo capaz de apontar ou prever como vamos reagir a isso. O instinto de proteção, de preservação, de autodefesa de cada um de nós reage de formas impensáveis.
Filmaço!
Império do Sol
4.2 455 Assista AgoraO filme é grandioso, com uma fotografia incrível e uma abordagem da guerra muito característica de Spielberg. Mas o que impressiona de fato é como Bale carrega o filme com facilidade, mesmo ainda criança e lidando com uma temática pesada e difícil. Transmitindo a inocência da infância ao mesmo tempo em que demonstra uma determinação tocante e uma esperteza vital para sobreviver naquele ambiente, Jim torna-se um personagem plausível na pele do talentoso ator exatamente pela maneira natural com que ele encara o desafio, sem jamais se entregar a melodramas e exageros que poderiam ser comuns naquela fase da vida.
É interessante notar também como nesta fase da carreira Spielberg também evita se entregar em demasia ao melodrama, humanizando os personagens de maneira natural e nada apelativa, como quando um menino japonês reencontra Jim e se alegra por isso, sendo assassinado em seguida pelos norte-americanos, reforçando a idiotice da guerra. Observe também como o diretor utiliza o símbolo do carro da família como um recurso narrativo interessante para nos informar a proximidade do reencontro entre o garoto e seus pais, que ocorreria de maneira igualmente natural, sem a necessidade de pesar a mão já que aquele reencontro já era emocionante por si só.
Esta ausência paterna (e aqui materna também) reforça o tema mais forte na filmografia de Spielberg como fio condutor da narrativa, abordando também, ainda que de maneira quase fabulesca, outro tema que lhe seria caro, a Segunda Guerra Mundial. Demonstrando seu enorme talento, Spielberg conduz o filme de maneira sensorial, destacando-se tanto em cenas dramaticamente mais intensas, como a forte separação entre Jim e seus pais em meio multidão desesperada sob o ataque dos japoneses, que transmite com precisão a sensação de urgência e o horror da guerra através da câmera agitada, como em momentos carregados de tensão, como a perseguição do sargento Nagata (Masatô Ibu) ao menino que rasteja pela lama e, especialmente, nos inúmeros instantes em que Spielberg parece parar o tempo para nos deleitar com imagens lindíssimas. Aliás, somente um diretor do calibre de Spielberg poderia transformar um bombardeio numa cena tão bela visualmente, transformando os terríveis efeitos da guerra em algo quase poético, assim como é lindo o momento em que Jim canta do alto do campo e repentinamente é interrompido pelos aviões norte-americanos que atacam os japoneses, provocando os gritos empolgados do garoto ao identificar os modelos dos aviões que cruzam o local.
Outra cena linda dirigida com muita sensibilidade por Spielberg resume perfeitamente “Império do Sol”, quando ele utiliza um dos eventos mais trágicos da história da humanidade para simbolizar a morte de uma importante personagem. Trata-se de um momento poético, em que o horror da guerra é filtrado pelo olhar sonhador e inocente de uma criança. Talvez o próprio Spielberg ainda fosse como aquele menino e, com o amadurecimento e o inevitável ceticismo que vem ao longo dos anos, ele deixaria de lado a poesia para tratar o mesmo tema com mais crueza em breve.
A Vida Invisível
4.3 642Se passando no Rio de Janeiro da década de 50, muito do que assistimos é fácil de enxergar na sociedade moderna. Aliás, muito do que se enaltece no filme é sua capacidade de retratar uma realidade que parece se espalhar não só pelo Brasil, como em outros países. A de mulheres com vozes e vontades silenciadas.
A premissa entrega a história de duas irmãs extremamente próximas que se veem separadas pelos dramas da vida, e já prometia retratar essa vivência da mulher em uma sociedade declaradamente machista. Com a direção sensível e competente de Karim, combinada a todos os outros setores, como o próprio roteiro, a assistência de Nina Kopko e toda a pesquisa de Suzane Jardim - que fez uma grande busca histórica para que até os mínimos detalhes do filme fossem o mais verossímeis possível, tornou a história das personagens tocante e capaz de causar em quem assiste - e aqui falo sobretudo sobre as mulheres - uma identificação muito grande, mesmo que as situações sejam em menor intensidade.
A relação patriarcal é trazida de forma clara por meio de diálogos e situações que mostram as mulheres como objeto de posse dos homens a quem devem responder ou agradar. Isso fica muito bem colocado em cenas com relações sexuais. Chega a ser doloroso assistir, já que toda a equipe de arte, fotografia, som e direção, trabalhou muito bem a atmosfera criada para cada uma das situações. É possível sentir a dor e desesperança das personagens.
Aliás, o que dizer da atuação das protagonistas? Carol Duarte (Eurídice Gusmão) e Julia Stockler (Guida Gusmão) apresentam performances notáveis e dignas de elogios. As atrizes tiveram uma preparação intensa e imergem na história, cada uma em sua personagem, entregando para o enredo duas mulheres fortes que atravessam anos em vidas que não imaginaram para si. É por meio delas que acompanhamos o tema central: invisibilidade. E não só por elas, mas também pela personagem da mãe, que é silenciada dentro da própria casa pela figura de um pai e marido autoritário. Algo que sabermos ser mais natural do que deveria. Outra presença a ser enaltecida é a de Fernanda Montenegro, que apesar de não muito tempo de tela em sua participação especial, mostra mais uma vez a atriz magnífica que é.
Em questões técnicas, como arte, fotografia e som, o filme também mostra muita qualidade. A cena inicial apresenta um desenho de som muito competente e já nos insere de maneira poderosa à produção. A ambientação do Rio de Janeiro dos anos 50, desde as roupas até ruas, carros e hospitais, também é destaque do longa.
Em resumo, A Vida Invisível é mais um dos sucessos de nosso cinema nacional.
P.s.: no final a Amália Rodrigues cantando - A estranha forma de vida -, me emocionei demais.
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista AgoraÉ comum termos a percepção de que todos nós estamos sendo monitorados, manipulados, frustrados, deprimidos e até mesmo isolados pelas mídias sociais. Para exemplificar, você pesquisa por um sapato em um site de compras e de repente todas as páginas que você visita tem anúncios de sapato. Você navega pelas suas redes sociais e a vida de todo mundo parece incrível, zero defeitos! E isso é frustrante, porque sua vida real não é perfeita e é normal não ser. Não entendemos como algumas pessoas não compreendem algo que nos parece óbvio. Eles não viram as notícias? E a resposta é não, mesmo! porque vivemos em bolhas e cada um recebe um conteúdo personalizado na sua timeline do Facebook, no feed do Instagram, Twitter e até mesmo no Youtube. Até aí nenhuma grande novidade, é normal algumas destas sensações ou mesmo todas elas no nosso dia-a-dia.
A grande novidade ou diferencial trazido pelo documentário da Netflix é que ele reúne alguns dos desenvolvedores dessas mídias, cientistas da computação, uma psicóloga, uma psiquiatra e um especialista em investimentos para discutir sobre o tema. Com esse material, o diretor Jeff Orlowski faz um trabalho incrível organizando essas ideias e costurando a discussão com uma ficção ilustrativa que conta a história de uma família comum e sua relação com as mídias sociais.
Se por um lado é cômodo e prático ter à sua disposição um conteúdo com assuntos do seu interesse e anúncios de coisas pelas quais você realmente está buscando, por outro lado, perder o controle e a chance de escolha do conteúdo que você vai ver tem suas consequências. Os algoritmos são uma sequência de tarefas, uma sequência de raciocínios, instruções ou operações para alcançar um objetivo. Neste contexto, eles são desenvolvidos para capturar e tratar um grande número de dados gerando modelos computacionais que predizem o seu comportamento por meio do aprendizado de máquina. O que chamamos de inteligência artificial, e nos assombrava com uma possível rebelião das máquinas em “O exterminador do futuro”, já começou! E não carrega armas de fogo ou bombas. Está presente no nosso cotidiano, acessa nossos smartphones, notebooks, tablets e computadores, sabe muito sobre nós, influencia nossas escolhas e até mesmo o nosso voto.
Quando acessamos essas mídias, não pagamos nada por elas (além do plano de internet, que já é uma facada!), quem paga para manter essas redes no ar são os anunciantes, é assim que o Mark Zuckerberg acumula seus bilhões de dólares. Então, como bem sabemos, não existe almoço grátis! O que é oferecido para os anunciantes é você! São os seus dados e informações que estão sendo negociados. Quanto mais tempo passamos nas redes sociais e mais engajados estamos com os conteúdos, mais anúncios consumimos e maior é o lucro dessas companhias. Não é à toa que somos chamados de usuários das redes sociais, ela é pensada e desenvolvida para nos escravizar emocionalmente, criando uma dependência com mecanismos de persuasão e aprendizado de máquina extremamente sofisticados.
Um outro problema, decorrente do uso das redes sociais, é que esse conteúdo cada vez mais especializado, está nos separando ainda mais em grupos que não dialogam, tornando a sociedade cada vez mais polarizada. Somado a isso as fake news, o obscurantismo, a era da pós-verdade e a autoverdade comprometeram o diálogo, criando um grande abismo social.
O documentário destaca também que no Twitter as fake news (notícias falsas) tem uma taxa de divulgação seis vezes mais rápida que as notícias comuns. Provavelmente porque tem apelo emocional, são alarmantes, e algumas vezes geram identificação em quem as lê. E mesmo que não tenham muito sentido, são passadas adiante pelos mais desavisados. Daí a prática fundamental de verificar a veracidade antes de passar uma informação adiante. Existem sites especializados nesta checagem, mas de maneira geral uma busca no Google trará mais informações sobre o assunto e você pode avaliar se realmente é real ou não. Na dúvida não compartilhe.
As redes sociais não possuem ferramentas próprias de regulamentação para separar notícias verdadeiras das mentirosas e assim a farsa rola solta e cresce livremente nessas mídias. Recentemente o Facebook teve uma iniciativa neste sentido, mas ainda é pouco eficiente para conter a disseminação de fake news.
Waterworld: O Segredo das Águas
3.0 399 Assista AgoraO filme afirma que, no futuro, provavelmente no século 31, quando as calotas polares derreterem por completo, cobrindo a superfície terrestre totalmente de água, os poucos seres humanos que sobreviverem, terão de se adaptar a um novo mundo, onde existem mutantes - seres humanos geneticamente modificados, que nascem adaptados ao convívio com a água, com guelras e membranas envolvendo os dedos dos pés -, num planeta sem leis ou fronteiras, assolado pelos violentos ataques dos Smokers, temido clã de piratas.
Assistível!
A Eternidade e Um Dia
4.2 66O filme A Eternidade e um Dia, de Theo Angelopoulos, trata do tempo, de transições, memória e ausências; personagens atravessando fronteiras pessoais, sociais e políticas, em ritos de passagem contemporâneos e eternos. Nascimentos, mortes, casamentos, prisão, exílio, viagens para o exterior ou de volta ao país de origem. Grande parte das cenas se passa à beira-mar, limiar entre a terra e a água, marco na memória evolutiva humana, de peixe a réptil e quadrúpede, até a bipedia. Ao lado de seu cachorro, o protagonista Alexander (Bruno Ganz) caminha entre o asfalto e o mar, dividindo seus pensamentos conosco. Ele tem apenas um dia antes de internar-se e morrer (implícito através de metáforas de viagem e despedida). Nestas horas que lhe restam, ele reconstrói cenas passadas de sua vida, a partir da voz de sua falecida esposa (Isabelle Renault), lendo-lhe cartas de amor. As cartas são apelos poéticos à atenção do esposo, sempre tão distante de todos, escrevendo poemas de fama internacional. Em suas reconstruções, experiências passadas misturam-se a fatos atuais, num tempo organizado pela memória sensorial não- linear. Eternidade ocorre num tempo tridimensional, transgredindo conceitos tradicionais de tempo. Eternidade critica duas noções de tempo: o progressivo ou disciplinar, que estabelece um passado rejeitado rumo a um futuro ideal, e o circular, regressivo ou mítico, em cujo presente se vivencia uma unidade passada perdida e ideal. O tempo proposto por Eternidade não busca um ideal futuro nem passado, mas reconhece a inerente contradição do presente como ausência, numa experiência humana, simultânea e continuamente desaparecendo e acontecendo. Alexander não somente lembra-se ou repete seu passado, mas o transforma ao reconstruí-lo retroativamente através da linguagem poética.
O Profissional
4.3 2,2K Assista AgoraTodo aspecto visual e sonoro da obra ajudam a adentrar na atmosfera de O Profissional. O filme traz aquela carga que só alguns filmes dos anos 90 tinham. O cenário suburbano é quase uma personagem, com sua fotografia poluída, pessoas por todos os lados e coadjuvantes sujos e criminosos. O figurino também reflete bem a sociedade da década, com aquele estilo noventista de Nova York, especialmente das pessoas mais humildes e jovens. Este padrão visual se casa com a narrativa da obra, como as piadas que funcionam mais como uma cutucada na sociedade da época do que fazer rir. E a bela trilha sonora ajuda a embalar esta melancólica obra, às vezes remetendo ao cinema francês, às vezes ao noir e às vezes ao punk moderno. Destaque para a belíssima canção Shape Of My Heart do Sting, que abraça a trama de maneira redonda.
P.s.: O Profissional é um grande filme. O final traz sequências eletrizantes. É triste, inflamado e divertido, tem um elenco de ótimo timing e boa direção do francês Luc Besson, que mais tarde traria O Quinto elemento e Lucy (provando trazer um cinema um tanto autoral e questionador, mesmo que sem deixar de divertir as massas).
O Carteiro e o Poeta
4.2 300Apesar da rusticidade de seu mundo Mario é um homem em busca de si mesmo. As conversas com Pablo Neruda despertam nele questões que ele tentava, sem sucesso formular. O carteiro aprende a falar sobre seu amor e, além da poesia, tal qual seu mestre, começa a prestar atenção nas desigualdades sociais e envolve-se com a política. A amizade é dramaticamente encerrada pela história política mundial. O filme é marcado pelo drama daqueles que foram reprimidos por lutarem por um mundo mais justo.
O Carteiro e o Poeta é essencialmente nostálgico. Ele romantiza uma profissão que, embora essencial, muitas vezes passa despercebida. A estrela do filme não é o grande poeta. Em sua humildade o carteiro é quem brilha. Ele representa a beleza de uma simplicidade que muitos que a tem, nem sequer imaginam.
P.s.: O cinema italiano tem esse dom de tocar o sentimento mais profundo através das mais 'simples situações'.
'Se um homem te toca com palavras, é porque, as mãos estão perto de tocá-la.'
Instinto Selvagem
3.6 552 Assista AgoraE apesar das claras evidencias de que Beth era mesmo a assassina, Nick ainda tem desconfianças, que serão confirmadas (ou não) pelo brilhante plano final de “Instinto Selvagem”. E é justamente nesta constante dúvida gerada pela ambigüidade do roteiro que reside um dos aspectos mais interessantes de um thriller repleto de erotismo e suspense, que não tem medo de ousar e por isso consegue criar uma atmosfera realmente envolvente.
P.s.: apresentando um interessante jogo psicológico, o thriller “Instinto Selvagem” surpreende positivamente ao explorar mais do que a sensualidade de sua atriz principal. Verhoeven soube utilizar cenas realmente eróticas numa narrativa inteligente, fugindo do lugar comum das grandes produções de Hollywood que normalmente suavizam o sexo, e de quebra, entregando uma das cenas mais emblemáticas da década de 90.
Os Garotos Perdidos
3.8 708 Assista AgoraGosto MUITO! :^)
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraEm primeiro lugar, é preciso compreender que Cidade dos Sonhos não é, como alguns incautos dizem, apenas um desafio vazio e pedante ao espectador, que se vê impelido a decifrar uma infinidade de códigos e signos que se tornam ainda mais numerosos a cada vez que revemos o filme. É claro que uma obra tão enigmática e tão simbólica tem sim esse efeito sobre o público, mas as razões e os métodos pelos quais o diretor propõe esse jogo a seu interlocutor são o que tornam essa obra verdadeiramente genial. O que Lynch deseja é comungar com seu público uma experiência semelhante à de um psicanalista escutando o emaranhado narrativo contido no sonho de seu paciente.
Encontro Marcado
3.8 811 Assista AgoraUm filme sem muitas surpresas mas que traz uma linda reflexão sobre a vida. Os pontos fortes do filme são apresentados nos momentos em que Joe a morte conhece algumas emoções humanas, quando ele derrama a primeira lágrima, quando ele entende que em alguns casos a morte é o único consolo na vida de alguém e quando ele descobre o amor, o desejo e a paixão.
P.s: "Sei que parece pieguice, mas amor é paixão, obsessão por alguém que você não pode viver sem, cair de quatro, amar loucamente alguém que corresponda esse amor. Como vai encontrá-lo? Esqueça a razão e siga o coração. Eu não ouço seu coração! A verdade é que sem isso a vida não tem sentido. Terminar a longa jornada sem ter amado seria como não ter vivido. Você deve tentar, porque se não tentar, não terá vivido."
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraQue a humanidade pode ser muito egoísta, nós já sabemos. Que a divisão de classes existe e afeta negativamente milhões de pessoas, sabemos também. Mas o que acontece quando um filme se propõe a escancarar isso na tela? De forma sangrenta, cruel e surpreendente?
Ao analisar o filme como obra cinematográfica, O Poço é um longa metragem que entretém ao nos deixar curiosos e fascinados com aquela realidade. É um daqueles filmes que nos dá tapas na cara ao mostrar, mesmo que numa situação absurda, como a nossa humanidade está se esvaindo. É pesado, é sangrento e mostra o pior (e até o melhor) que pode ser extraído de nós numa situação extrema.
Ótimo filme!
Dogville
4.3 2,0K Assista AgoraCuriosamente, enquanto novelas caracterizam-se pela inclusão de personagens com nomes incomuns, numa tentativa de individualizar hábitos e personalidades. Em Dogville, os nomes são ora simbólicos, ora universais; representam toda a humanidade e sua condição sofrível. Dogville é o mundo e Grace sua antítese. Afinal, da cena desoladora que é a morte de todos e a destruição da vila, resta apenas o cão, Moisés, guardião daquele inferno - o cérbero de Lars Von Trier.
P.s.: “Não devemos nada à moça, só ela a nós. Deixemos que pague com trabalho, mesmo que de nada precisemos com urgência. Tomemos seu tempo com mesquinharias, afinal, nada nesse mundo é de graça.”
Notas Sobre um Escândalo
4.0 539 Assista AgoraJudi Dench e Cate Blanchett foram de uma perfeição extrema. Aliás, todos estavam numa maestria imensa. Valeu cada minuto! Filmaço!
O Operário
4.0 1,3K Assista AgoraBaita filme! Cada momento tem suas características. Bale, dando um show como sempre. Vale muito a pena!!!
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraUm filme grandioso repleto de simbologia e significado. Magnífico! :^)
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraSem dúvidas uma animação espetacular em todos os sentidos. Extremamente fabulosa (sem erros). A trilha sonora foi um grande detalhe à parte, nos dando aquele toque de sensibilidade épica, poética e de muita intensidade. Maravilhosa
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraTotalmente visceral!
Caça aos Gângsteres
3.5 889 Assista AgoraBom filme! Vale a pena conferir.
Terror na Água 3D
2.1 528Fui guerreiro! (Fui até o final) hahaha...
Upgrade: Atualização
3.7 686 Assista AgoraMassa demais!
Operação Supletivo - Agora Vai!
2.8 59 Assista AgoraAssistivel