Me fez chorar às 4h da manhã porque eu supostamente matei um personagem. Tipo... quê?! Isso é o mais próximo que já cheguei de matar alguém. (?) Você realmente constrói uma relação com o personagem e sente empatia por ele.
Genial. Para alguém como eu que se interessa por questões como “o que é a realidade?” e “o que nos torna humanos?”, a experiência é incrível. Superou minhas expectativas.
Um filme sensível que não possui aquele ar de grandiosidade, mas mesmo assim um bom filme. Os temas retratados são, pessoalmente, muito importantes para mim.
É legal ver a jornada da Eilis. Como já estive na mesma situação (tanto na Irlanda quanto nos EUA, bela coincidência), sei que não é nada fácil. É doloroso estar longe da família e amigos, mas as novas experiências compensam essa saudade. Pessoalmente, eu me arrependeria muito mais de não ter vivido algo "novo", por mais assustador que seria, do que ter ficado na zona de conforto -- mesmo se eu quebrasse a cara. A gente deixa de fazer muita coisa na vida por medo do futuro, mas você está vivendo o presente. Toda experiência é valiosa, principalmente os fracassos. Acredito que não se deve deixar de fazer o que seu coração manda por medo de se machucar futuramente, nem por medo de machucar os demais ao seu redor.
A vida está aí pra ser vivida, e ninguém mais fará isso por você.
Saoirse está muito bem como Eilis. Eu torcia a todo momento pra ela voltar pro Tony! E que raiva da comunidade da hometown dela. Deixem a menina viver a vida dela e vão se preocupar com as suas! >:(
"I may have come close, but I have never had what you two had. Something always held me back or stood in the way. How you live your life is your business, just remember. Our hearts and our bodies are given to us only once, and before you know it, your heart's worn out, and, as for your body, there comes a point when no one looks at it. Much less wants to come near it. Right now there's sorrow, pain... don't kill it. I'm with it, the joy you felt."
O roteiro pode ser simples, mas os temas retratados não são. É um filme com o qual muita gente vai se identificar porque conta a estória de uma adolescente prestes a entrar na faculdade, com todas as suas inseguranças, medos e ansiedades.
A beleza do filme fica na simplicidade, leveza e no sentimentalismo, pelo menos para mim. Muito tocante. <3
É uma situação complicada. Star Wars é o universo que mais amo, e eu tenho um carinhoso o imenso pela trilogia original. Saí do cinema decepcionada, completamente diferente de como saí do Episódio VII.
Minha madrugada foi mal dormida porque simplesmente não conseguia parar de pensar no porquê de eu ter estranhado o filme. Vou assistir novamente no fim de semana, mas acho que (por agora) consegui chegar à conclusão do que incomodou no Episódio VIII.
Primeiramente, as piadas, pra mim, foram surreais. A última cena do Episódio 7 foi indescritível, eu queria desesperadamente ver o que acontecia a partir dali, e quando o grande momento chegou... o Luke pega o sabre de luz e joga para trás, como algo engraçado. O quê?! Nesse momento eu pensei "por favor, não levem o filme pra esse lado". E levaram. Vários personagens já servem de alívio cômico para a história, não tem porquê colocar essas piadas isoladas. Tinham várias cenas dramáticas, com peso sentimental, que pra mim perderam a magia depois de terem colocado uma piada no final. A parte que o Luke limpa a poeira do ombro depois de ser "atingido" pelos walkers foi surreal.
Segundamente, eu esperava muito mais do Snoke. Sim, o Rian Johnson já tinha comentado que, se esperávamos respostas da origem do Líder Supremo, não iríamos ter, mas no episódio anterior o personagem foi construído de um jeito que você (ou eu, pelo menos) o teme mais ainda que o Palpatine. Que ilusão. Palpatine, como personagem, dá de 10 a 0 no Snoke. Achei uma morte muito fraca.
Terceiramente, uma das coisas que mais amo em Star Wars é o lado filosófico. Sobre o mundo não ser dividido entre o bem e o mal, o preto e o branco. Tem muito cinza. (Btw, queria muito que tivessem tocado nos Gray Jedi.) O filme realmente apresenta isso, mas eu não consegui engolir direito, não sei exatamente por quê. Também senti falta de ter um Jedi (e até um Sith), mas entendo que isso é o meu apego aos filmes antigos.
Apesar dos pontos negativos, tiveram muitos positivos, obviamente. Não tem nem como descrever a cena da luta do Kylo contra a Rey logo após a morte do Snoke. E a cena do Luke com a Leia? Linda e triste demais. E o Yoda? Sem palavras. Foram muitas cenas icônicas que inegavelmente vão entrar para a história de Star Wars. O Kylo Ren, dessa vez, foi meu personagem preferido.
Enfim, cheguei à conclusão que estou com muito saudosismo. Não tem como evitar que a história dos Skywalker fique para trás. Parte da essência desse universo maravilhoso é isso, poder contar várias histórias totalmente diferentes entre si. Amei os novos personagens que foram introduzidos no filme anterior, mas parece que ainda não estou pronta para deixar os antigos irem embora. Foram muitas fan-fictions lidas, muitas séries assistidas (amém Rebels), muitas teorias criadas... Eu fico feliz que Star Wars já tenha futuro garantido, mas triste porque os filmes que fizeram eu me apaixonar ficaram para trás.
Não sabemos exatamente o que aconteceu com o Edward, mas o fato dele não ter ido ao encontro foi remarkable. Toda a vaidade da Susan (tanto esteticamente quanto socialmente) foi ferida. Se ele realmente se suicidou no final, assim como no livro, fica para interpretações.
Muitos confundem a Amy Adams com a Isla Fisher, e desta vez acho que foi proposital.
O Edward mata a esposa dele no livro, interpretada pela Isla, assim como a Susan praticamente morreu pra ele depois de tê-lo abandonado. Além disso, a cena em que os corpos da esposa e filha do Tony são encontrados está ligada com a cena seguinte, na qual a Susan liga para a filha dela. A filha da Susan está deitada na mesma posição da filha do Tony, de costas. Acredito eu que aqui entra mais interpretações, mas a filha da Susan é, na verdade, do Edward. A personagem da Amy Adams pode não ter conseguido abortar, e assim como no livro, a filha do Edward morreu para ele. Ele nunca pôde conhecê-la.
Acredito que o Edward não tenha deixado o livro como vingança, até porque ele sempre foi muito sensível. Por esse motivo ele fez o Tony matar os assassinos. Por mais que tenha sido a Susan que quis terminar, ele não teve a coragem enfrentar o relacionamento do jeito que ele queria. Talvez não tenha tido coragem de mudar a Susan e não deixar ela ter se tornado como a mãe dela. Ele deixou o livro para mostrar a Susan todo a dor que ela o causou, além de demonstrar que ele sabe, sim, escrever.
Vou precisar assistir mais vezes para mais interpretações, mas amei logo de primeira. Ah, e pra mim o Aaron roubou todas as cenas em que ele apareceu. :P
"I want to confess as best I can, but my heart is void. The void is a mirror. I see my face and feel loathing and horror. My indifference to men has shut me out. I live now in a world of ghosts, a prisoner in my dreams. [...] Is it so hard to conceive God with one's senses? Why must He hide in a midst of vague promises and invisible miracles? How are we to believe the believers when we don't believe ourselves? What will become of us who want to believe but cannot? And what of those who neither will nor can believe? Why can I not kill God within me? Why does He go on living in a painful, humiliating way? I want to tear Him out of my heart, but He remains a mocking reality which I cannot get rid of."
Esculpimos um ídolo do nosso medo e o chamamos de Deus. É mais difícil aceitar a realidade.
Já postaram essa mesma frase várias vezes aqui nos comentários, mas após meses desde a primeira vez que assisti ao filme, ainda não consegui tirá-la da cabeça.
Nunca li sobre a vida da Virginia Woolf, portanto não sei se ela sofria de depressão, bipolaridade ou outro transtorno mental. No entanto, sei do que *eu* venho sofrido nos últimos quatro anos. Quando alguém é psicologicamente instável, acaba afetando quem está ao redor além de si mesmo. É difícil para essas pessoas, mas só quem tem a doença sabe quão árdua é a tarefa de conviver consigo mesmo 24h/dia, 365 dias/ano. Só eu sei das minhas lutas internas, ninguém mais.
"If I were thinking clearly, Leonard, I would tell you that I wrestle alone in the dark, in the deep dark, and that only I can know. Only I can understand my condition. You live with the threat, you tell me you live with the threat of my extinction. Leonard, I live with it too."
Confesso que estava muito apreensiva, mas ao mesmo tempo com a expectativa muito alta por ser um filme do Villeneuve.
Primeiramente: VILLENEUVE, EU TE VENERO. Como alguém consegue manter a qualidade fazendo um filme por ano? Virou com certeza meu diretor preferido ainda vivo. Um honra poder acompanhar a carreira de alguém tão brilhante como ele! Segundamente: DÊEM UM OSCAR PARA O DEAKINS LOGO! A cinematografia tá sem palavras. Terceiramente: Achei todos os personagens maravilhosos! Tá todo mundo muito bem, até o Jared Leto. No entanto, quem mais se destacou (para mim) foi a Sylvia Hoeks (Luv).
É maravilhoso o fato deles conseguirem transformar o filme numa sequência e, ao mesmo tempo, funcionar muito bem sozinho. Mas, sinceramente, só quem assistiu ao antigo vai sentir a mesma coisa que senti. A experiência é muito mais mágica se você conseguir captar as referências e ele ganha um peso a mais em algumas cenas.
Assisti por enquanto somente uma vez e posso dizer que esse não chegou aos pés de Blade Runner (1982), mas isso porque são filmes diferentes apesar de se passarem no mesmo universo. Blade Runner 2049 tem um tom muito mais frio que o anterior, mas é ao mesmo tempo sentimentalmente mais pesado. Teve um contraste, pelo menos para mim.
QUE FINAL! Não sei como não chorei quando toca "Tears in the Rain" enquanto o Joe morre -- assim como o Roy no primeiro filme --, mas fiquei com lágrimas nos olhos. A chuva foi substituída pela neve. </3
Faz a gente repensar como nós, humanos, tratamos a nossa casa, Terra, e a nós mesmos, assim como a idealização de falsos ídolos. Até que ponto você é capaz de amar alguém -- ou idolatrar uma entidade? Por que Deus nos permite existir se sabe que somos pecadores, se sabe que destruímos tudo que tocamos? Se sabemos que nossa relação com a Mãe Natureza não é simbiótica, por que não fazemos algo para mudar? Infelizmente somos uma doença incurável... ou será que não?
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KMaldita Netflix.
Me fez chorar às 4h da manhã porque eu supostamente matei um personagem. Tipo... quê?! Isso é o mais próximo que já cheguei de matar alguém. (?) Você realmente constrói uma relação com o personagem e sente empatia por ele.
Genial. Para alguém como eu que se interessa por questões como “o que é a realidade?” e “o que nos torna humanos?”, a experiência é incrível. Superou minhas expectativas.
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista Agora"Bury me in the ocean with my ancestors who jumped from ships, because they knew death was better than bondage."
Nunca pensei que poderia chorar tanto num filme de super herói!
Brooklin
3.8 1,1KUm filme sensível que não possui aquele ar de grandiosidade, mas mesmo assim um bom filme. Os temas retratados são, pessoalmente, muito importantes para mim.
É legal ver a jornada da Eilis. Como já estive na mesma situação (tanto na Irlanda quanto nos EUA, bela coincidência), sei que não é nada fácil. É doloroso estar longe da família e amigos, mas as novas experiências compensam essa saudade. Pessoalmente, eu me arrependeria muito mais de não ter vivido algo "novo", por mais assustador que seria, do que ter ficado na zona de conforto -- mesmo se eu quebrasse a cara. A gente deixa de fazer muita coisa na vida por medo do futuro, mas você está vivendo o presente. Toda experiência é valiosa, principalmente os fracassos. Acredito que não se deve deixar de fazer o que seu coração manda por medo de se machucar futuramente, nem por medo de machucar os demais ao seu redor.
A vida está aí pra ser vivida, e ninguém mais fará isso por você.
Saoirse está muito bem como Eilis. Eu torcia a todo momento pra ela voltar pro Tony! E que raiva da comunidade da hometown dela. Deixem a menina viver a vida dela e vão se preocupar com as suas! >:(
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista Agora"I may have come close, but I have never had what you two had. Something always held me back or stood in the way. How you live your life is your business, just remember. Our hearts and our bodies are given to us only once, and before you know it, your heart's worn out, and, as for your body, there comes a point when no one looks at it. Much less wants to come near it. Right now there's sorrow, pain... don't kill it. I'm with it, the joy you felt."
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraO roteiro pode ser simples, mas os temas retratados não são. É um filme com o qual muita gente vai se identificar porque conta a estória de uma adolescente prestes a entrar na faculdade, com todas as suas inseguranças, medos e ansiedades.
A beleza do filme fica na simplicidade, leveza e no sentimentalismo, pelo menos para mim. Muito tocante. <3
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraÉ uma situação complicada. Star Wars é o universo que mais amo, e eu tenho um carinhoso o imenso pela trilogia original. Saí do cinema decepcionada, completamente diferente de como saí do Episódio VII.
Minha madrugada foi mal dormida porque simplesmente não conseguia parar de pensar no porquê de eu ter estranhado o filme. Vou assistir novamente no fim de semana, mas acho que (por agora) consegui chegar à conclusão do que incomodou no Episódio VIII.
Primeiramente, as piadas, pra mim, foram surreais. A última cena do Episódio 7 foi indescritível, eu queria desesperadamente ver o que acontecia a partir dali, e quando o grande momento chegou... o Luke pega o sabre de luz e joga para trás, como algo engraçado. O quê?! Nesse momento eu pensei "por favor, não levem o filme pra esse lado". E levaram.
Vários personagens já servem de alívio cômico para a história, não tem porquê colocar essas piadas isoladas. Tinham várias cenas dramáticas, com peso sentimental, que pra mim perderam a magia depois de terem colocado uma piada no final. A parte que o Luke limpa a poeira do ombro depois de ser "atingido" pelos walkers foi surreal.
Segundamente, eu esperava muito mais do Snoke. Sim, o Rian Johnson já tinha comentado que, se esperávamos respostas da origem do Líder Supremo, não iríamos ter, mas no episódio anterior o personagem foi construído de um jeito que você (ou eu, pelo menos) o teme mais ainda que o Palpatine. Que ilusão. Palpatine, como personagem, dá de 10 a 0 no Snoke. Achei uma morte muito fraca.
Terceiramente, uma das coisas que mais amo em Star Wars é o lado filosófico. Sobre o mundo não ser dividido entre o bem e o mal, o preto e o branco. Tem muito cinza. (Btw, queria muito que tivessem tocado nos Gray Jedi.) O filme realmente apresenta isso, mas eu não consegui engolir direito, não sei exatamente por quê. Também senti falta de ter um Jedi (e até um Sith), mas entendo que isso é o meu apego aos filmes antigos.
Apesar dos pontos negativos, tiveram muitos positivos, obviamente. Não tem nem como descrever a cena da luta do Kylo contra a Rey logo após a morte do Snoke. E a cena do Luke com a Leia? Linda e triste demais. E o Yoda? Sem palavras. Foram muitas cenas icônicas que inegavelmente vão entrar para a história de Star Wars. O Kylo Ren, dessa vez, foi meu personagem preferido.
Enfim, cheguei à conclusão que estou com muito saudosismo. Não tem como evitar que a história dos Skywalker fique para trás. Parte da essência desse universo maravilhoso é isso, poder contar várias histórias totalmente diferentes entre si. Amei os novos personagens que foram introduzidos no filme anterior, mas parece que ainda não estou pronta para deixar os antigos irem embora. Foram muitas fan-fictions lidas, muitas séries assistidas (amém Rebels), muitas teorias criadas... Eu fico feliz que Star Wars já tenha futuro garantido, mas triste porque os filmes que fizeram eu me apaixonar ficaram para trás.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraFilme excepcional, me arrependo de não ter assistido antes!
Não sabemos exatamente o que aconteceu com o Edward, mas o fato dele não ter ido ao encontro foi remarkable. Toda a vaidade da Susan (tanto esteticamente quanto socialmente) foi ferida. Se ele realmente se suicidou no final, assim como no livro, fica para interpretações.
Muitos confundem a Amy Adams com a Isla Fisher, e desta vez acho que foi proposital.
O Edward mata a esposa dele no livro, interpretada pela Isla, assim como a Susan praticamente morreu pra ele depois de tê-lo abandonado. Além disso, a cena em que os corpos da esposa e filha do Tony são encontrados está ligada com a cena seguinte, na qual a Susan liga para a filha dela. A filha da Susan está deitada na mesma posição da filha do Tony, de costas. Acredito eu que aqui entra mais interpretações, mas a filha da Susan é, na verdade, do Edward. A personagem da Amy Adams pode não ter conseguido abortar, e assim como no livro, a filha do Edward morreu para ele. Ele nunca pôde conhecê-la.
Acredito que o Edward não tenha deixado o livro como vingança, até porque ele sempre foi muito sensível. Por esse motivo ele fez o Tony matar os assassinos. Por mais que tenha sido a Susan que quis terminar, ele não teve a coragem enfrentar o relacionamento do jeito que ele queria. Talvez não tenha tido coragem de mudar a Susan e não deixar ela ter se tornado como a mãe dela. Ele deixou o livro para mostrar a Susan todo a dor que ela o causou, além de demonstrar que ele sabe, sim, escrever.
Vou precisar assistir mais vezes para mais interpretações, mas amei logo de primeira. Ah, e pra mim o Aaron roubou todas as cenas em que ele apareceu. :P
O Sétimo Selo
4.4 1,0KSempre volto ao bom e velho Bergman.
"I want to confess as best I can, but my heart is void. The void is a mirror. I see my face and feel loathing and horror. My indifference to men has shut me out. I live now in a world of ghosts, a prisoner in my dreams.
[...]
Is it so hard to conceive God with one's senses? Why must He hide in a midst of vague promises and invisible miracles? How are we to believe the believers when we don't believe ourselves? What will become of us who want to believe but cannot? And what of those who neither will nor can believe? Why can I not kill God within me? Why does He go on living in a painful, humiliating way? I want to tear Him out of my heart, but He remains a mocking reality which I cannot get rid of."
Esculpimos um ídolo do nosso medo e o chamamos de Deus. É mais difícil aceitar a realidade.
As Horas
4.2 1,4KJá postaram essa mesma frase várias vezes aqui nos comentários, mas após meses desde a primeira vez que assisti ao filme, ainda não consegui tirá-la da cabeça.
Nunca li sobre a vida da Virginia Woolf, portanto não sei se ela sofria de depressão, bipolaridade ou outro transtorno mental. No entanto, sei do que *eu* venho sofrido nos últimos quatro anos. Quando alguém é psicologicamente instável, acaba afetando quem está ao redor além de si mesmo. É difícil para essas pessoas, mas só quem tem a doença sabe quão árdua é a tarefa de conviver consigo mesmo 24h/dia, 365 dias/ano. Só eu sei das minhas lutas internas, ninguém mais.
"If I were thinking clearly, Leonard, I would tell you that I wrestle alone in the dark, in the deep dark, and that only I can know. Only I can understand my condition. You live with the threat, you tell me you live with the threat of my extinction. Leonard, I live with it too."
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraConfesso que estava muito apreensiva, mas ao mesmo tempo com a expectativa muito alta por ser um filme do Villeneuve.
Primeiramente: VILLENEUVE, EU TE VENERO. Como alguém consegue manter a qualidade fazendo um filme por ano? Virou com certeza meu diretor preferido ainda vivo. Um honra poder acompanhar a carreira de alguém tão brilhante como ele!
Segundamente: DÊEM UM OSCAR PARA O DEAKINS LOGO! A cinematografia tá sem palavras.
Terceiramente: Achei todos os personagens maravilhosos! Tá todo mundo muito bem, até o Jared Leto. No entanto, quem mais se destacou (para mim) foi a Sylvia Hoeks (Luv).
É maravilhoso o fato deles conseguirem transformar o filme numa sequência e, ao mesmo tempo, funcionar muito bem sozinho. Mas, sinceramente, só quem assistiu ao antigo vai sentir a mesma coisa que senti. A experiência é muito mais mágica se você conseguir captar as referências e ele ganha um peso a mais em algumas cenas.
Assisti por enquanto somente uma vez e posso dizer que esse não chegou aos pés de Blade Runner (1982), mas isso porque são filmes diferentes apesar de se passarem no mesmo universo. Blade Runner 2049 tem um tom muito mais frio que o anterior, mas é ao mesmo tempo sentimentalmente mais pesado. Teve um contraste, pelo menos para mim.
Enfim, simplesmente MARAVILHOSO!
QUE FINAL! Não sei como não chorei quando toca "Tears in the Rain" enquanto o Joe morre -- assim como o Roy no primeiro filme --, mas fiquei com lágrimas nos olhos. A chuva foi substituída pela neve. </3
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraSaí do cinema sem palavras! É intenso, singular, estranho e lindo ao mesmo tempo.
Feito de muitas alegorias e metáforas, mas com várias interpretações. Maravilhoso!
Faz a gente repensar como nós, humanos, tratamos a nossa casa, Terra, e a nós mesmos, assim como a idealização de falsos ídolos. Até que ponto você é capaz de amar alguém -- ou idolatrar uma entidade? Por que Deus nos permite existir se sabe que somos pecadores, se sabe que destruímos tudo que tocamos? Se sabemos que nossa relação com a Mãe Natureza não é simbiótica, por que não fazemos algo para mudar? Infelizmente somos uma doença incurável... ou será que não?