★★★★★ ANIMAIS NOTURNOS, Crítica. Direção e roteiro de Tom Ford, baseado no romance “Tony and Susan” de Austin Wright Elenco: Amy Adams, Jake Gyllenhaal, Michale Shannon, Aaron Taylor-Johnson e Michael Sheen O mundialmente famoso estilista Tom Ford entrega seu angustiante segundo longa-metragem rico em beleza e narrativa. “Animais Noturnos” é centrado na história de Susan (Amy Adams) uma curadora de arte bem sucedida vivendo o ápice de sua carreira e casada com um galã, mas não se engane, atrás de toda essa aparência vive uma mulher triste, solitária e cheia de arrependimento e é neste momento de sua vida que ela recebe um manuscrito de seu ex-marido (Gyllenhaal) dedicado especialmente a ela, surpresar com tal acontecimento ela começa a lê-lo, neste momento Ford começa entrelaçar realidade com ficção em três linhas narrativas, a vida de Susan no presente, o fim do relacionamento dela com Edward e a viagem obscura e traumatizante de Tony (Gyllenhaal) e sua família pelo oeste do Texas (esta é a história do livro dado a Susan). Com isso dá-se inicio a um hipnotizante e melodramático suspense noir aonde Susan começa a remoer seus arrependimento e repensar no rumo que sua tomou. Ford mostra que o mundo da moda não o deixou, confeccionando quadros e planos como Terrence Malick costuma fazer, costurando ficção e realidade de forma refinada e atraente, como só um estilista consegue fazer, tudo isso se tornar ainda mais cativante com o ritmo da dinâmica montagem de Joan Sobel que em nenhum momento perde o time da trama. Mas não há só estética neste filme. É impressionante como cada ator neste elenco consegue da vida e profundidade a seus personagens, Jake Gyllenhaal e Aaron Taylor-Johnson se destacam com performances inesquecíveis, Amy Adams e Michael Shannon também estão ótimos conduzindo seus personagens com uma suave naturalidade fora do comum. O roteiro é extraordinariamente bem escrito, com uma trama bem engrenada que não se perde em nenhum momento, diálogos refinados e personagens altamente bem construídos. O filme ainda ganha um tom filosófico e metafórico á medida em que as três tramas vão se desenrolando, aonde cada uma vai dando sentido a outra, fazendo-nos enxergar quais eram as intenções de Edward ao enviar o manuscrito para Susan e compreender os seus sentimentos ao fazer isso. Resumidamente, Animais Noturnos é uma obscura e amarga história de vingança e pesar contada a partir da visão fria, delicada e nada otimista de seu diretor. Por Henrique Euzébio Estreia dia 17 de Novembro nos cinemas. Visto na 40° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
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Animais Noturnos
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ANIMAIS NOTURNOS, Crítica.
Direção e roteiro de Tom Ford, baseado no romance “Tony and Susan” de Austin Wright
Elenco: Amy Adams, Jake Gyllenhaal, Michale Shannon, Aaron Taylor-Johnson e Michael Sheen
O mundialmente famoso estilista Tom Ford entrega seu angustiante segundo longa-metragem rico em beleza e narrativa. “Animais Noturnos” é centrado na história de Susan (Amy Adams) uma curadora de arte bem sucedida vivendo o ápice de sua carreira e casada com um galã, mas não se engane, atrás de toda essa aparência vive uma mulher triste, solitária e cheia de arrependimento e é neste momento de sua vida que ela recebe um manuscrito de seu ex-marido (Gyllenhaal) dedicado especialmente a ela, surpresar com tal acontecimento ela começa a lê-lo, neste momento Ford começa entrelaçar realidade com ficção em três linhas narrativas, a vida de Susan no presente, o fim do relacionamento dela com Edward e a viagem obscura e traumatizante de Tony (Gyllenhaal) e sua família pelo oeste do Texas (esta é a história do livro dado a Susan).
Com isso dá-se inicio a um hipnotizante e melodramático suspense noir aonde Susan começa a remoer seus arrependimento e repensar no rumo que sua tomou. Ford mostra que o mundo da moda não o deixou, confeccionando quadros e planos como Terrence Malick costuma fazer, costurando ficção e realidade de forma refinada e atraente, como só um estilista consegue fazer, tudo isso se tornar ainda mais cativante com o ritmo da dinâmica montagem de Joan Sobel que em nenhum momento perde o time da trama. Mas não há só estética neste filme.
É impressionante como cada ator neste elenco consegue da vida e profundidade a seus personagens, Jake Gyllenhaal e Aaron Taylor-Johnson se destacam com performances inesquecíveis, Amy Adams e Michael Shannon também estão ótimos conduzindo seus personagens com uma suave naturalidade fora do comum. O roteiro é extraordinariamente bem escrito, com uma trama bem engrenada que não se perde em nenhum momento, diálogos refinados e personagens altamente bem construídos. O filme ainda ganha um tom filosófico e metafórico á medida em que as três tramas vão se desenrolando, aonde cada uma vai dando sentido a outra, fazendo-nos enxergar quais eram as intenções de Edward ao enviar o manuscrito para Susan e compreender os seus sentimentos ao fazer isso.
Resumidamente, Animais Noturnos é uma obscura e amarga história de vingança e pesar contada a partir da visão fria, delicada e nada otimista de seu diretor.
Por Henrique Euzébio
Estreia dia 17 de Novembro nos cinemas. Visto na 40° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.