Meus planos após sair do chuveiro as 22h desse ultimo domingo, eram de arrumar minha cama, tomar um copo de leite com chocolate, comer umas bolachas e talvez assistir a um filme curtinho na Netflix antes de dormir.
Liguei a TV que estava sintonizada na HBO (pois estava assistindo o fraco Annabelle, e em seguida alguns minutos de O Negócio). Reconheci na hora o garoto de O Abutre, Riz Ahmed, e esse foi o primeiro passo para The Night of mudar meus planos para aquela noite.
Comecei a assistir a série, no momento em que dois passageiros entram no Taxi de Nasir (Ahmed), e ele precisa expulsa-los. Não entendi o porque ele estava fazendo isso, pois não peguei o episódio do inicio, mas isso acabou se tornando mais um motivo para eu continuar assistindo. Ao conseguir tirar os "estranhos" do carro, com a ajuda de uma viatura a paisana, Nasir é surpreendido por mais um passageiro indesejado. Porem dessa vez, uma bela jovem, da qual o inocente Nasir, não tem coragem para recusar seu pedido de leva-la a "praia". E é a partir desse momento que o piloto começa a ganhar forma.
É possível se imaginar na pele de Nasir, e cometendo os mesmos erros que ele cometeu, simplesmente por não conseguir dizer uma não, para uma garota bonita. Riz Ahmed é ótimo em construir um personagem atrapalhado e inseguro, porém muito carismático, assim como seu Rick em O Abutre. E a atriz Sofia Black D'Elia, não se limita em ser apenas um rostinho bonito, mas é possível perceber claramente que a garota tem muito mais história por traz daqueles olhos. Além do dois o restante do elenco rende grandes atuações, desde personagens com papéis pequenos (como a policial que só quer fazer seu trabalho, e ir para casa no fim do plantão), até outros que com certeza serão destaques no decorrer da série (como os interessantes detetive Dennis Box (Bill Camp), e o advogado Jack Stone (John Torturro)).
Com uma fotografia que te faz sentir a noite de Nova York, a direção do piloto é competente por não tentar manipular o suspense da narrativa com trilhas sonoras. O que não estragaria, mas a ausência desta torna tudo mais angustiante.
The Night of realmente roubou minha atenção, gostaria falar sobre este piloto o dia todo, mas vou parar por aqui. Por enquanto, pois aquela noite (do piloto, claro) ainda guarda muitos mistérios.
Dois dias já se passaram e eu não paro de pensar naquele episódio. Se A Batalha dos Bastardos fosse aquele filme que estão cogitando lançar ao final da série, acredito que seria um sucesso de bilheteria, critica e inclusive abocanharia algumas indicações no Oscar. Sério, o nono episódio da sexta temporada de Game of Thrones foi cinematográfico.
Contando com uma produção grandiosa, fora do comum para uma série de televisão, o episódio ainda focou nos dois núcleos que se encontram os personagens mais queridos da série: Jon Snow, Daenerys Targaryen e Tyrion Lannister. Sem desviar a atenção para as dezenas de outros núcleos que apareceram no mapa nos últimos anos, e que foi para mim um dos pontos fracos dessa temporada.
Dany + Tyrion
Estava com um pouco de medo com o que aconteceria entre Daenerys e Tyrion, quando a Rainha dos Ândalos, Roinares e Primeiros Homens voltasse e encontrasse Mereen sobre ataque. Mas para que me preocupar? Tyrion sempre consegue contornar a situação. Aparentemente, a Daenerys estava puta com ele (até porque nunca sei o que se passa na cabeça dela, por culpa da atuação limitada da Emilia Clarke), mas foi sabia de escutar o pequeno homem novamente.
Os Dragões de Daenerys
Não é de hoje que os efeitos especiais usados na série, são um espetáculo a parte. Mas nesse domingo o espetáculo foi para um outro nível. Se a cena da Mãe dos Dragões sendo salva por Drogon na temporada anterior ja foi ótima, ela voando pelos seus de Mereen, na companhia de seus dois outros filhos foi sensacional. Após isso, Tyrion, segue tratando do "acordo" com os senhores de escravos, mostrando ter a labia muito superior a de sua rainha limitada. Também adoro como Peter Dinklage explora seu personagem até quando esta fora do foco da cena. No momento em que o Verme Cinzento corta a garganta dos homens a sua frente, ele vira o rosto. Enfatizando que mesmo depois de tudo que já passou, ele continua tendo horror a violência.
Reunião dos Greyjoy
Paz restabelecida em Mereen, ao retornar para Essos, somos direcionados, a uma cena muito aguardada essa temporada: O encontro dos irmãos Greyjoy com a Rainha Targaryen. Mesmo com a expressões limitadas da Emília Clarke, a cena foi ótima, pois foi muito bem escrita. Começando pelo Tyrion, expondo toda sua antipatia por Theon, baseado na pessoa que ele conheceu em Winterfell e na pessoa que ele ouviu falar que traiu a própria "família". Foi bom, pois as vezes esquecemos quem Theon ja foi um dia. Por mais que tenha pagado por seus erros, e esteja disposto a se redimir, e sempre bom lembrar. O Norte Se Lembra.
Então Daenerys "educadamente" corta o dialogo de Tyrion, e pergunta o que eles estavam fazendo ali. E foi ótimo como tudo fez muito sentido. Ela poderia sim esperar os barcos de Euron, que são mais do que eles estavam oferecendo, mas seria obrigada a casar com um usurpador, que futuramente poderia ser uma ameça pra ela. Mas com a Yara, ela só precisaria apoia-la no Guerra pelo Trono de Sal, e declarar a independência das Ilhas de Ferro, que como ela mesma disse, foi pedida educadamente. Sem contar na identificação que as duas tiveram, por serem lideres mulheres, em lugares onde sempre tiveram lideres do sexo masculino. E também nesta cena, confirmou ainda mais o laço de confiança entre Dany e Tyrion. Ele foi seu único conselheiro naquele momento. Nada de Daario, Verme Cinza ou Missandei. E foi Tyrion quem deu o último consentimento antes do acordo ser firmado. Foda.
Rickon
Achei a cena do Rickon correndo genial. Pois a Sansa mesmo comentou algo que todos já sabiam: Rickon ja estava morto. Ramsay nunca o devolveria de bandeja, como também se certificaria de elimina-lo, mesmo se perdesse. Então como tornar a situação interessante? Joguinhos do Ramsay. Deram um pingo de esperança ao Rickon, ao Jon e aos espectadores simpatizantes pelos Stark. No fundo eu sabia que ele acertaria a flecha a qualquer momento, mas mesmo assim me sentia angustiado a cada flecha que acertava o chão. Vale comentar duas ótimas escolhas do diretor durante essa cena: A primeira foi o cessar da trilha-sonora na penúltima flecha atirada por Ramsey, que casou com o momento em que o Jon estende o braço. Esse simples efeito, causou sensação de segurança, como se ele tivesse conseguido. A segunda escolha foi a câmera fechada na frente do Rickon, que vem logo depois do braço estendido do Jon Snow, ao inves de vir de uma tentativa do Ramsey, como as anteriores. Eu senti o momento em que a flecha atravessa o corpo do pequeno Stark. Foi uma montagem de cena espetacular.
A Batalha
A Batalha foi um show de direção. Em alguns momentos, a única coisa que me lembrava que eu ainda estava assistindo Game of Thrones, era a presença de Jon Snow. Por que por mais que a série já tenha provado que é épica, não me lembro de ter visto uma cena tão grandiosa antes na série. O plano sequência, a coreografia realista, a fotografia cinzenta, a brutalidade da guerra. Foi épico. Coisa de cinema. Tenho apenas uma pequena observação, que me deixou intrigado. Como a montanha de corpos ficou tão alta, sendo que eles estavam lutando em campo aberto? Não encontrei resposta pra isso. Acho que é o tipo de coisa que acontece para o roteiro funcionar. Mas nada que manche a obra de arte que foi esta cena.
Snow x Snow
Jon aceitar o "x1" com Ramsay, foi uma sacada simples e ótima. Todos tinham Ramsay na mira, mas respeitam a decisão do Lobo bastardo de encarar Ramsay frente a frente. Até porque, como Sir Davos disse anteriormente no mesmo episódio, Jon não é rei. Sendo assim, seus soldados não lutam por ele, lutam com ele. Ninguém deve proteção a ele. Então ele poderia sim ser atingido por uma das flechas, e morrer. Mas não importaria para seus companheiros, pois ele morreu lutando. E a decisão foi ótima porque tinha que ter esse combate direto, mas corria o risco de soar clichê. Porém a forma como ocorreu não pareceu forçado.
Morte do Ramsay Bolton
E o episódio encerra fechando um ciclo. Winterfell livre de Ramsay Bolton. E ninguem melhor que a Sansa para representar todos os que o odiaram/amaram no decorrer das últimas temporadas. Me atrevo a dizer que a morte do Ramsay foi melhor que a do Joffrey. Porque o Joffrey foi assassinado por interesse de terceiros, e não por alguém que realmente sofreu em suas mãos. O Ramsay não, além de ter que olhar nos olhos da Sansa logo antes de morrer, ainda foi morto por seus próprios cachorros. Os Boltons traíram os Stark, e acabaram morrendo sendo traídos por eles mesmo.
Rick and Morty (7ª Temporada)
4.0 59 Assista AgoraNinguém vai falar sobre esse ep. 04 não?
Pesado
The Night Of
4.3 314 Assista AgoraMeus planos após sair do chuveiro as 22h desse ultimo domingo, eram de arrumar minha cama, tomar um copo de leite com chocolate, comer umas bolachas e talvez assistir a um filme curtinho na Netflix antes de dormir.
Liguei a TV que estava sintonizada na HBO (pois estava assistindo o fraco Annabelle, e em seguida alguns minutos de O Negócio). Reconheci na hora o garoto de O Abutre, Riz Ahmed, e esse foi o primeiro passo para The Night of mudar meus planos para aquela noite.
Comecei a assistir a série, no momento em que dois passageiros entram no Taxi de Nasir (Ahmed), e ele precisa expulsa-los. Não entendi o porque ele estava fazendo isso, pois não peguei o episódio do inicio, mas isso acabou se tornando mais um motivo para eu continuar assistindo. Ao conseguir tirar os "estranhos" do carro, com a ajuda de uma viatura a paisana, Nasir é surpreendido por mais um passageiro indesejado. Porem dessa vez, uma bela jovem, da qual o inocente Nasir, não tem coragem para recusar seu pedido de leva-la a "praia". E é a partir desse momento que o piloto começa a ganhar forma.
É possível se imaginar na pele de Nasir, e cometendo os mesmos erros que ele cometeu, simplesmente por não conseguir dizer uma não, para uma garota bonita. Riz Ahmed é ótimo em construir um personagem atrapalhado e inseguro, porém muito carismático, assim como seu Rick em O Abutre. E a atriz Sofia Black D'Elia, não se limita em ser apenas um rostinho bonito, mas é possível perceber claramente que a garota tem muito mais história por traz daqueles olhos. Além do dois o restante do elenco rende grandes atuações, desde personagens com papéis pequenos (como a policial que só quer fazer seu trabalho, e ir para casa no fim do plantão), até outros que com certeza serão destaques no decorrer da série (como os interessantes detetive Dennis Box (Bill Camp), e o advogado Jack Stone (John Torturro)).
Com uma fotografia que te faz sentir a noite de Nova York, a direção do piloto é competente por não tentar manipular o suspense da narrativa com trilhas sonoras. O que não estragaria, mas a ausência desta torna tudo mais angustiante.
The Night of realmente roubou minha atenção, gostaria falar sobre este piloto o dia todo, mas vou parar por aqui. Por enquanto, pois aquela noite (do piloto, claro) ainda guarda muitos mistérios.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KDois dias já se passaram e eu não paro de pensar naquele episódio. Se A Batalha dos Bastardos fosse aquele filme que estão cogitando lançar ao final da série, acredito que seria um sucesso de bilheteria, critica e inclusive abocanharia algumas indicações no Oscar. Sério, o nono episódio da sexta temporada de Game of Thrones foi cinematográfico.
Contando com uma produção grandiosa, fora do comum para uma série de televisão, o episódio ainda focou nos dois núcleos que se encontram os personagens mais queridos da série: Jon Snow, Daenerys Targaryen e Tyrion Lannister. Sem desviar a atenção para as dezenas de outros núcleos que apareceram no mapa nos últimos anos, e que foi para mim um dos pontos fracos dessa temporada.
Dany + Tyrion
Estava com um pouco de medo com o que aconteceria entre Daenerys e Tyrion, quando a Rainha dos Ândalos, Roinares e Primeiros Homens voltasse e encontrasse Mereen sobre ataque. Mas para que me preocupar? Tyrion sempre consegue contornar a situação. Aparentemente, a Daenerys estava puta com ele (até porque nunca sei o que se passa na cabeça dela, por culpa da atuação limitada da Emilia Clarke), mas foi sabia de escutar o pequeno homem novamente.
Os Dragões de Daenerys
Não é de hoje que os efeitos especiais usados na série, são um espetáculo a parte. Mas nesse domingo o espetáculo foi para um outro nível. Se a cena da Mãe dos Dragões sendo salva por Drogon na temporada anterior ja foi ótima, ela voando pelos seus de Mereen, na companhia de seus dois outros filhos foi sensacional. Após isso, Tyrion, segue tratando do "acordo" com os senhores de escravos, mostrando ter a labia muito superior a de sua rainha limitada. Também adoro como Peter Dinklage explora seu personagem até quando esta fora do foco da cena. No momento em que o Verme Cinzento corta a garganta dos homens a sua frente, ele vira o rosto. Enfatizando que mesmo depois de tudo que já passou, ele continua tendo horror a violência.
Reunião dos Greyjoy
Paz restabelecida em Mereen, ao retornar para Essos, somos direcionados, a uma cena muito aguardada essa temporada: O encontro dos irmãos Greyjoy com a Rainha Targaryen. Mesmo com a expressões limitadas da Emília Clarke, a cena foi ótima, pois foi muito bem escrita. Começando pelo Tyrion, expondo toda sua antipatia por Theon, baseado na pessoa que ele conheceu em Winterfell e na pessoa que ele ouviu falar que traiu a própria "família". Foi bom, pois as vezes esquecemos quem Theon ja foi um dia. Por mais que tenha pagado por seus erros, e esteja disposto a se redimir, e sempre bom lembrar. O Norte Se Lembra.
Então Daenerys "educadamente" corta o dialogo de Tyrion, e pergunta o que eles estavam fazendo ali. E foi ótimo como tudo fez muito sentido. Ela poderia sim esperar os barcos de Euron, que são mais do que eles estavam oferecendo, mas seria obrigada a casar com um usurpador, que futuramente poderia ser uma ameça pra ela. Mas com a Yara, ela só precisaria apoia-la no Guerra pelo Trono de Sal, e declarar a independência das Ilhas de Ferro, que como ela mesma disse, foi pedida educadamente. Sem contar na identificação que as duas tiveram, por serem lideres mulheres, em lugares onde sempre tiveram lideres do sexo masculino. E também nesta cena, confirmou ainda mais o laço de confiança entre Dany e Tyrion. Ele foi seu único conselheiro naquele momento. Nada de Daario, Verme Cinza ou Missandei. E foi Tyrion quem deu o último consentimento antes do acordo ser firmado. Foda.
Rickon
Achei a cena do Rickon correndo genial. Pois a Sansa mesmo comentou algo que todos já sabiam: Rickon ja estava morto. Ramsay nunca o devolveria de bandeja, como também se certificaria de elimina-lo, mesmo se perdesse.
Então como tornar a situação interessante? Joguinhos do Ramsay. Deram um pingo de esperança ao Rickon, ao Jon e aos espectadores simpatizantes pelos Stark. No fundo eu sabia que ele acertaria a flecha a qualquer momento, mas mesmo assim me sentia angustiado a cada flecha que acertava o chão. Vale comentar duas ótimas escolhas do diretor durante essa cena: A primeira foi o cessar da trilha-sonora na penúltima flecha atirada por Ramsey, que casou com o momento em que o Jon estende o braço. Esse simples efeito, causou sensação de segurança, como se ele tivesse conseguido. A segunda escolha foi a câmera fechada na frente do Rickon, que vem logo depois do braço estendido do Jon Snow, ao inves de vir de uma tentativa do Ramsey, como as anteriores. Eu senti o momento em que a flecha atravessa o corpo do pequeno Stark. Foi uma montagem de cena espetacular.
A Batalha
A Batalha foi um show de direção. Em alguns momentos, a única coisa que me lembrava que eu ainda estava assistindo Game of Thrones, era a presença de Jon Snow. Por que por mais que a série já tenha provado que é épica, não me lembro de ter visto uma cena tão grandiosa antes na série. O plano sequência, a coreografia realista, a fotografia cinzenta, a brutalidade da guerra. Foi épico. Coisa de cinema. Tenho apenas uma pequena observação, que me deixou intrigado. Como a montanha de corpos ficou tão alta, sendo que eles estavam lutando em campo aberto? Não encontrei resposta pra isso. Acho que é o tipo de coisa que acontece para o roteiro funcionar. Mas nada que manche a obra de arte que foi esta cena.
Snow x Snow
Jon aceitar o "x1" com Ramsay, foi uma sacada simples e ótima. Todos tinham Ramsay na mira, mas respeitam a decisão do Lobo bastardo de encarar Ramsay frente a frente. Até porque, como Sir Davos disse anteriormente no mesmo episódio, Jon não é rei. Sendo assim, seus soldados não lutam por ele, lutam com ele. Ninguém deve proteção a ele. Então ele poderia sim ser atingido por uma das flechas, e morrer. Mas não importaria para seus companheiros, pois ele morreu lutando. E a decisão foi ótima porque tinha que ter esse combate direto, mas corria o risco de soar clichê. Porém a forma como ocorreu não pareceu forçado.
Morte do Ramsay Bolton
E o episódio encerra fechando um ciclo. Winterfell livre de Ramsay Bolton. E ninguem melhor que a Sansa para representar todos os que o odiaram/amaram no decorrer das últimas temporadas. Me atrevo a dizer que a morte do Ramsay foi melhor que a do Joffrey. Porque o Joffrey foi assassinado por interesse de terceiros, e não por alguém que realmente sofreu em suas mãos. O Ramsay não, além de ter que olhar nos olhos da Sansa logo antes de morrer, ainda foi morto por seus próprios cachorros. Os Boltons traíram os Stark, e acabaram morrendo sendo traídos por eles mesmo.