O filme, a princípio, não me pegou muito. Tenho um certo receio com filmes cuja temática se referem unicamente à temática. E isso, ao longo do filme, não foi passando despercebido por mim. Depois alguns detalhes começaram a me prender muito. A fotografia e até as imagens meio borradas (que não sei se agradeço o filme ou a má qualidade do meu download haha), além da absoluta ambientação e figurino, aquelas cenas passaram, para mim, a ter um quê de memória. E a memória não é o que a gente viveu, é como a gente consegue se lembrar. Elio, ao que me parece, se lembraria daquele verão exatamente como o que foi retratado. Depois, o amor perpassa as distâncias e até os destinos, ele se aloja nessas memórias pra continuar vivo.
Achei que o filme explorou um mote bem raso. As animações destinadas ao público mais infantil da Dreamworks pecam por isso... o roteiro tem uma resolução chavão e o filme é despreocupado com a densidade que até as crianças entenderiam - a Disney faz isso bem melhor, nestes casos -. Pro público norte americano, o filme ganha peso com o elenco estelar (eu mesmo só assisti pra ouvir a Anna Kendrick, Zooey Dechannel e tanta participação incrível). Fora isso, como um colega ali embaixo comentou, a cabeça tá doendo de tanta cor
A Elis foi uma das maiores cantoras do Brasil. Mas, dentro de sua grandeza, há várias nuances. Diversas cantoras, por exemplo, relatavam os problemas com Elis Regina dentro e fora dos palcos. Nana Caymmi e Alaíde Costa disseram sobre a perseguição que sofriam de Elis. Acho que o filme foi hagiobiográfico - como chamam as biografias que beatificam a personagem em destaque -. Acho que faltou, no filme, um pouco de real, o filme pecou em detalhes e passou tempo demais tentando explicar o porquê de diversas ações que, assistindo, a gente compreenderia.
Dá um gosto imenso quando a atriz consegue despir da beleza pra encarnar um personagem tão difícil. E isso a Emily Blunt faz com sobriedade (com o perdão da palavra)!
Entre os filmes da Marvel, a franquia dos Guardiões da Galáxia tem sido a que mais me encanta. Tanto pelo carisma dos personagens quanto pela história que, além de menos abordada nas mídias tradicionais, tem muita originalidade e responsabilidade crítica. O filme desenrola de maneira muito interessante e cumpre a promessa do blockbuster de divertimento. A trilha sonora também nunca deixa a desejar! O medo é seguir a forma do primeiro e continuar a replicar o "sucesso" em variadas sequências.
O filme é fraco e mal desenvolvido. Faltou bastante personalidade na construção dos personagens e fiquei em dúvida se o Ranger preto foi injustiçado pelo roteiro ou se o ator foi quem pecou realmente (nada tá bom, mas isso grita). O filme é enrolado e pegou uma onda de heróis que não conseguiu suportar. Acho que nem uma sequência salvaria as pontas soltas.
A cada cena, um sufoco e em cada clausura mora um arrepio. O filme deu conta de narrar o que há de mais desesperador na guerra: o maior medo daqueles soldados de Dunkirk não foi necessariamente de sangue ou até mesmo do nazismo (palavra que inclusive não foi citada durante todo o filme). O desespero era pra sair do inferno, tentar dar cabo de toda aquela intensidade e temor. E nisso tudo o filme colabora: os personagens são humanos, a trilha sonora e a sonografia em geral te fazem imergir dentro da agonia e a história é contada sob a perspectiva dos esquecidos ou não vitoriosos: pra mostrar que a vitória real é sobreviver.
Ainda é difícil pra mim parar aqui e comentar, com exatidão, o que senti diante disso tudo. Como fã, me senti muito respeitado. É singelo, forte, lindo. De certo é um filme honroso, com alguns pontos que poderiam ser trabalhados (montagem e continuidade, talvez) mas preciso digerir a emoção de ver a reconstrução tão grandiosa do que marcou minha vida. É lindo, sensível.
Não achei que foi um filme ruim, me encantou do princípio ao fim. É maduro, denso, crítico. Adorei o modo como a existência dos quadrinhos foi adaptada ao universo cinematográfico. Hugh Jackman está muito seguro e o desenvolvimento do Wolverine com Xavier é lindo... nostálgico, sensível e claro. Mas faltou uma mão rígida do diretor. Quando assisti a cena da família me peguei pensando no cinema e me atentei à uma relação bem interessante:
o antagonista, ali, não era x 24. Era Logan mesmo. x 24 é uma versão moderna, mais jovem e forte, que dá ao Wolverine a grande chance da redenção e do mártir... acho que morrer por ele era o propósito de morrer, já que não haveria vilão à altura. Falando em vilão, o filme realmente peca na construção dos antagonistas. Não dá pra por credibilidade nas relações e isso me fez perder um pouquinho o sentimento e chororô que tava prestes a lançar e deixei de lado. ps: a cena das crianças utilizando os poderes mutantes ao mesmo tempo foi muito sessão da tarde hahahah
O filme é um compêndio de amenidades e metáforas. É a leveza e a precisão do amarrar de cabelo da Clara, os anos de resistência, a água de boa viagem e o Brasil que se confunde no discurso do progresso. Filme necessário!
Quando Jean, Scott, Noturno e Jubilee vão ao cinema assistir Star Wars, comentam que o segundo era ótimo e o primeiro também era muito bom. No fim a Jean solta uma pérola falando que o terceiro sempre é horrível. Como não pensar na própria trilogia de Xmen cujo terceiro é triste? Ainda mais considerando o fator Bryan Singer
'Há dez mil modos de ocupar-se da vida e de pertencer a sua época'.
Ainda com lágrimas nos olhos escrevo sobre o filme que conta a história de uma mulher que mostrou que a cura pela dor é um substrato da desumanização. Depois da prisão, da exclusão e da ditadura, enfrentou um sistema que tornava muito pior a situação do paciente psiquiátrico no Brasil. É preciso enxergar a arte, o afeto e o amor na terapia ocupacional. Eles são mais eficazes que o eletrochoque e a lobotomia. Que hoje possamos pensar mais, sermos mais empáticos significa compreender que há dor e luta no doente e que loucos são os que, por desamor, provocam tanto a quem já tem tão pouco.
É um filme bonito, engraçado e divertido. Mas não é brilhante. Acho que reproduziu alguns clichês da animação de maneira que não agradou tanto e a direção peca um pouquinho. Vale pelo entretenimento e pelo agenciamento da trilha sonora e, em certa forma, a fotografia. A personalidade dos personagens ficou bem clara na voz dos atores que fizeram um trabalho ótimo. Kristin é sensacional sempre! haha
Foi um filme denso, difícil. E mexeu comigo. Mexeu pela atuação majestosa da Julianne Moore, pelo bom casamento de sequências manuais dos tempos antigos, simbolizando memórias, com a história recorrente e mexeu também pelo roteiro, que é lindo. Mas isso não é tudo. O filme mexe não só pela técnica ou estética, mexe pelo espelho. Me vi na Alice, vi como as memórias podem se esvair e que o conhecimento pode ser fugitivo, esvaindo até mesmo dos grandes doutores. Quando uma situação ou calamidade acontece, ela é maior que nossa pequenez e a única saída é buscar uma forma de amenizar o futuro, incurável. Quando partimos, nos deixamos para trás; emprestamos os nossos corpos para outras futuras composições. É duro, no entanto, não partir quando já se está longe: perder a lucidez, a sua concepção de vida, de mundo e suas memórias é mais que triste: é uma auto-clausura. O filme mostra mais que a luta e a inspiração, mostra a dor de quem passa pelo véu do esquecimento. E eu também tenho medo de passar. Tenho medo de não lembrar de o ter assistido.
E mais uma vez, no brilhantismo da animação japonesa, é possível encontrar respostas para a inquietude de um coração. "When Marnie Was There" desenvolve, com a mesma simplicidade de "Meu Vizinho Totoro" o quê eles parecem saber muito mais que a gente: que o amor deve ser mais sentido que rotulado.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraO texto pode conter alguns spoilers
O filme, a princípio, não me pegou muito. Tenho um certo receio com filmes cuja temática se referem unicamente à temática. E isso, ao longo do filme, não foi passando despercebido por mim. Depois alguns detalhes começaram a me prender muito. A fotografia e até as imagens meio borradas (que não sei se agradeço o filme ou a má qualidade do meu download haha), além da absoluta ambientação e figurino, aquelas cenas passaram, para mim, a ter um quê de memória. E a memória não é o que a gente viveu, é como a gente consegue se lembrar. Elio, ao que me parece, se lembraria daquele verão exatamente como o que foi retratado. Depois, o amor perpassa as distâncias e até os destinos, ele se aloja nessas memórias pra continuar vivo.
ps: que pai <3
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista Agora"Coco" é mais que um filme, é um ode à família latina musicado da forma mais linda!
Minha Vida de Abobrinha
4.2 288 Assista AgoraMesmo que seja punk!
Trolls
3.5 392 Assista AgoraAchei que o filme explorou um mote bem raso. As animações destinadas ao público mais infantil da Dreamworks pecam por isso... o roteiro tem uma resolução chavão e o filme é despreocupado com a densidade que até as crianças entenderiam - a Disney faz isso bem melhor, nestes casos -. Pro público norte americano, o filme ganha peso com o elenco estelar (eu mesmo só assisti pra ouvir a Anna Kendrick, Zooey Dechannel e tanta participação incrível). Fora isso, como um colega ali embaixo comentou, a cabeça tá doendo de tanta cor
Elis
3.5 520 Assista AgoraA Elis foi uma das maiores cantoras do Brasil. Mas, dentro de sua grandeza, há várias nuances. Diversas cantoras, por exemplo, relatavam os problemas com Elis Regina dentro e fora dos palcos. Nana Caymmi e Alaíde Costa disseram sobre a perseguição que sofriam de Elis. Acho que o filme foi hagiobiográfico - como chamam as biografias que beatificam a personagem em destaque -. Acho que faltou, no filme, um pouco de real, o filme pecou em detalhes e passou tempo demais tentando explicar o porquê de diversas ações que, assistindo, a gente compreenderia.
O problema com as drogas, que aparece tardiamente, ainda é apresentado de maneira muito branda.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraStop trying to make superman happen
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraDá um gosto imenso quando a atriz consegue despir da beleza pra encarnar um personagem tão difícil. E isso a Emily Blunt faz com sobriedade (com o perdão da palavra)!
Guardiões da Galáxia Vol. 2
4.0 1,7K Assista AgoraEntre os filmes da Marvel, a franquia dos Guardiões da Galáxia tem sido a que mais me encanta. Tanto pelo carisma dos personagens quanto pela história que, além de menos abordada nas mídias tradicionais, tem muita originalidade e responsabilidade crítica. O filme desenrola de maneira muito interessante e cumpre a promessa do blockbuster de divertimento. A trilha sonora também nunca deixa a desejar! O medo é seguir a forma do primeiro e continuar a replicar o "sucesso" em variadas sequências.
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraO filme é fraco e mal desenvolvido. Faltou bastante personalidade na construção dos personagens e fiquei em dúvida se o Ranger preto foi injustiçado pelo roteiro ou se o ator foi quem pecou realmente (nada tá bom, mas isso grita). O filme é enrolado e pegou uma onda de heróis que não conseguiu suportar. Acho que nem uma sequência salvaria as pontas soltas.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraFilme excelente (que poderia ter finalizado uns 20 minutos antes)
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraA cada cena, um sufoco e em cada clausura mora um arrepio. O filme deu conta de narrar o que há de mais desesperador na guerra: o maior medo daqueles soldados de Dunkirk não foi necessariamente de sangue ou até mesmo do nazismo (palavra que inclusive não foi citada durante todo o filme). O desespero era pra sair do inferno, tentar dar cabo de toda aquela intensidade e temor. E nisso tudo o filme colabora: os personagens são humanos, a trilha sonora e a sonografia em geral te fazem imergir dentro da agonia e a história é contada sob a perspectiva dos esquecidos ou não vitoriosos: pra mostrar que a vitória real é sobreviver.
Mommy
4.3 1,2K Assista Agora"- Nós ainda nos amamos?
- É o que fazemos de melhor"
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraAinda é difícil pra mim parar aqui e comentar, com exatidão, o que senti diante disso tudo. Como fã, me senti muito respeitado. É singelo, forte, lindo. De certo é um filme honroso, com alguns pontos que poderiam ser trabalhados (montagem e continuidade, talvez) mas preciso digerir a emoção de ver a reconstrução tão grandiosa do que marcou minha vida. É lindo, sensível.
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista Agora"You is kind, you is smart, you is important"
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraNão achei que foi um filme ruim, me encantou do princípio ao fim. É maduro, denso, crítico. Adorei o modo como a existência dos quadrinhos foi adaptada ao universo cinematográfico. Hugh Jackman está muito seguro e o desenvolvimento do Wolverine com Xavier é lindo... nostálgico, sensível e claro. Mas faltou uma mão rígida do diretor. Quando assisti a cena da família me peguei pensando no cinema e me atentei à uma relação bem interessante:
o antagonista, ali, não era x 24. Era Logan mesmo. x 24 é uma versão moderna, mais jovem e forte, que dá ao Wolverine a grande chance da redenção e do mártir... acho que morrer por ele era o propósito de morrer, já que não haveria vilão à altura. Falando em vilão, o filme realmente peca na construção dos antagonistas. Não dá pra por credibilidade nas relações e isso me fez perder um pouquinho o sentimento e chororô que tava prestes a lançar e deixei de lado.
ps: a cena das crianças utilizando os poderes mutantes ao mesmo tempo foi muito sessão da tarde hahahah
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraO filme é um compêndio de amenidades e metáforas. É a leveza e a precisão do amarrar de cabelo da Clara, os anos de resistência, a água de boa viagem e o Brasil que se confunde no discurso do progresso. Filme necessário!
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraQuando Jean, Scott, Noturno e Jubilee vão ao cinema assistir Star Wars, comentam que o segundo era ótimo e o primeiro também era muito bom. No fim a Jean solta uma pérola falando que o terceiro sempre é horrível. Como não pensar na própria trilogia de Xmen cujo terceiro é triste? Ainda mais considerando o fator Bryan Singer
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656 Assista Agora'Há dez mil modos de ocupar-se da vida e de pertencer a sua época'.
Ainda com lágrimas nos olhos escrevo sobre o filme que conta a história de uma mulher que mostrou que a cura pela dor é um substrato da desumanização. Depois da prisão, da exclusão e da ditadura, enfrentou um sistema que tornava muito pior a situação do paciente psiquiátrico no Brasil. É preciso enxergar a arte, o afeto e o amor na terapia ocupacional. Eles são mais eficazes que o eletrochoque e a lobotomia.
Que hoje possamos pensar mais, sermos mais empáticos significa compreender que há dor e luta no doente e que loucos são os que, por desamor, provocam tanto a quem já tem tão pouco.
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656 Assista AgoraGlória Pires sobre Nise: não sei, ainda não vi esse
As Pontes de Madison
4.2 841 Assista AgoraSou Robert.
Magia Estranha
3.4 44É um filme bonito, engraçado e divertido. Mas não é brilhante. Acho que reproduziu alguns clichês da animação de maneira que não agradou tanto e a direção peca um pouquinho. Vale pelo entretenimento e pelo agenciamento da trilha sonora e, em certa forma, a fotografia. A personalidade dos personagens ficou bem clara na voz dos atores que fizeram um trabalho ótimo. Kristin é sensacional sempre! haha
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraIrandhir Santos fazendo nome e berço na história do cinema nacional.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraFoi um filme denso, difícil. E mexeu comigo.
Mexeu pela atuação majestosa da Julianne Moore, pelo bom casamento de sequências manuais dos tempos antigos, simbolizando memórias, com a história recorrente e mexeu também pelo roteiro, que é lindo. Mas isso não é tudo. O filme mexe não só pela técnica ou estética, mexe pelo espelho.
Me vi na Alice, vi como as memórias podem se esvair e que o conhecimento pode ser fugitivo, esvaindo até mesmo dos grandes doutores. Quando uma situação ou calamidade acontece, ela é maior que nossa pequenez e a única saída é buscar uma forma de amenizar o futuro, incurável.
Quando partimos, nos deixamos para trás; emprestamos os nossos corpos para outras futuras composições. É duro, no entanto, não partir quando já se está longe: perder a lucidez, a sua concepção de vida, de mundo e suas memórias é mais que triste: é uma auto-clausura.
O filme mostra mais que a luta e a inspiração, mostra a dor de quem passa pelo véu do esquecimento. E eu também tenho medo de passar. Tenho medo de não lembrar de o ter assistido.
As Memórias de Marnie
4.3 667 Assista AgoraE mais uma vez, no brilhantismo da animação japonesa, é possível encontrar respostas para a inquietude de um coração. "When Marnie Was There" desenvolve, com a mesma simplicidade de "Meu Vizinho Totoro" o quê eles parecem saber muito mais que a gente: que o amor deve ser mais sentido que rotulado.