Eu já havia assistido o trailer e sido cativado pela pequena amostra que ele dava. Demorei um pouco para ter acesso ao filme, mas consegui assisti-lo recentemente. O desenrolar dos dias de Tim, e de como ele aprende a usar o seu efeito borboleta vão se tornando gradualmente divertidos e reflexivos a cada tentativa de uso do “poder”. A conquista da Mary é apenas um dos pontos interessantes da história, o romântico, mais especificamente. A relação do Tim com as famílias, a meu ver, constitui os momentos mais marcantes e emocionantes, pois mostra como devemos nos esforçar para melhorar nossos dias, nossa vida e a nós mesmos sem usarmos artifícios. Esse está entre os meus filmes favoritos.
Não tinha simpatizado com o filme pelos pôsteres que circulavam na internet e enfatizavam o rosto do Joaquin Phoenix. Remetia-me a algo que dava um enfoque excessivo a ele. Porém, depois de ler a sinopse do filme, decidi dar uma chance. Dentre as sensações despertadas, uma, em especial, parece comum a várias pessoas que utilizam o computador e outros dispositivos tecnológicos: como seria o nosso relacionamento com tais aparelhos se eles pudessem interagir conosco como fazemos entre nossa própria espécie? Também gostei de ver como o Theodore age antes e depois de ter Samatha em sua vida. As reações dele são naturais, familiares e espontâneas a ponto de despertar em nos as mesmas sensações vividas pelo personagem. Outro elemento que gostei muito foi a atuação por voz da Scarlett Johansson, é algo surreal como ela consegue expressar tanto... Claro, o Phoenix merece menção, afinal, o Theodore consegue incorporar os dilemas vividos por grande parte da humanidade. Embora se trate de uma ficção científica, todos os acontecimentos e desfechos da história me parecem mais palpáveis e possíveis de se tornarem realidade do que os que já vi em qualquer outro longa do gênero, o que se torna um ponto positivo para quem não curte “coisas de robôs”. Recomendo muito que assistam. E “Ela” é um daqueles filmes que dá vontade de ver e rever várias e várias vezes vezes...
Quando assisti o primeiro filme do Capitão América fiquei meio receoso ao saber que haveria uma sequência, porque considerei a história modesta, um pouco sem graça, e sem grandes pretensões, além de que pode-se afirmar o mesmo em relação a participação do herói em os Vingadores se comparada aos demais. Mesmo assim, decidi assistir o “Capitão América – O Soldado Invernal” sem esperar encontrar boas surpresas – sentimento oposto daquele que tive ao assistir o “300 – A Ascensão do Império”. O lado bom de assistir um filme com esse posicionamento acontece quando nos deparamos com as ironias do destino, nas quais o inesperado nos causa um espanto positivo diante de situações que aparentemente seriam desfavoráveis. Foi bem o que aconteceu com esse segundo filme Capitão América. A história transpõe a temática de super-herói e explora questões políticas que nos causam inquietações – não mencionarei quais para não soltar spoilers. A mistura de política e ação rendeu resultado tão bom que, se compararmos a trama do filme com a do “Homem de Ferro 3”, este foi superado de longe. Espero que em “Os Vingadores 2” o personagem tenha uma participação mais incisiva e marcante, porque seria frustrante ver uma atuação discreta e apagada dele ao contracenar com os outros personagens, ainda mais pelo excelente resultado que o filme solo teve. Sem mencionar que ao assistir o grupo Vingadores todo mundo espera uma participação de igual valor de todos os heróis.
Já faz um bom tempo que assisti o "Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras", mas considerei válido trazer o meu relato. Essa sequência utiliza a mesma fórmula do primeiro filme, com uma história muito bem montada que instiga, por meio de mistérios bem encaixados, o telespectador a ficar atento a todos os acontecimentos para poder entender o que está acontecendo e acompanhar o do desfecho do filme. Um dos grandes diferenciais do segundo filme é o destaque dado ao Watson. O longa capricha ainda mais nos efeitos especiais, na fotografia e na presença da câmera em cena. Esse é uma boa opção de entretenimento e é diversão garantida.
Mesmo o "Animal" sendo um filme lá do longínquo ano de 2001, e de eu o ter assistido mais de mil vezes, não consigo deixar de rir com a interpretação do Rob Schneider e de muitas passagens do filme. Concordo que o ator pode não ter muito crédito por participar de um excesso de pastelões, mas considero essa comédia um dos melhores filmes da carreira dele. Pode parecer tosco para aqueles que tem o gosto mais requintado, mas se você der uma chance, garanto que também acabará rindo bastante.
Assistir a trilogia do "Tropas Estelares" tem seus poréns... Enquanto o primeiro é melhor deles, e te empolga pela novidade da história - composta tanto pelo enfrentamento de uma raça de insetos, quanto pela narrativa diferenciada, que mostra a diferença entre a realidade que a mídia vende para atrair soldados para defender a pátria daquela vivida no dia a dia pelos combatentes -, o segundo filme é o derradeiro apocalipse da sequência... E o terceiro então... É apenas um filmezinho que sequer merece descrição... Sem falar que é muito tosco por sinal... Se você quer conhecer a saga recomendo assistirem apenas o primeiro filme... Ou então recorrerem a série animada intitulada "Roughnecks", a qual lamento por não ter sido concluída.
Como o novo filme do Homem-Aranha está batendo à porta, é conveniente dar uma assistida no "primeiro filme"da nova fase do herói. Então vamos às observações: 1º - O filme explora muito bem a história do personagem e, sem exageros, é o filme que mais se aproxima de quem Peter Parker é de verdade e sobre o início da sua carreira como super-herói. 2º - O Tobey Maguire vai ter que desculpar, mas o Andrew Garfield caracterizou melhor a "faixa etária" do Peter Parker. 3º - Os filmes anteriores distorceram demais a cronologia dos fatos históricos spidermanianos... (não consegui não comparar as histórias). 4º - Outro ponto crucial, como vi em poucos filmes de super-heróis, a importância que personagens secundários ao eixo principal exercem sobre a trama... Lembra muito o que é feito nos Batmans novos. 5º - Trama bem apresentada, costurada e finalizada... Com direito a spoilers no final dos créditos principais.
Filme recomendadíssimo! Gostaria muito que alguns vilões fossem refeitos, porque aquele Homem-Areia, e principalmente o Venon, não merecem a existência medíocre que tiveram...
O jogo do Ender tinha me chamado a atenção desde a época que rolavam apenas trailers sobre a história. Recentemente tive acesso ao filme e o assisti. Algumas vezes, na grande maioria delas, essa “chamada de atenção” normalmente resulta em algo positivo. No caso do “Ender's Game - O Jogo do Exterminador” o resultado pendeu um pouco para o lado positivo. E por que isso? Primeiro os aspectos positivos: a história – que remete a trama da saga “Tropas Estelares”, com o diferencial de que aqui os insetos são inteligentes; e os cenários contêm equipamentos e uma ambientação espacial que despertam a vontade de serem experimentados – e os efeitos especiais – que dão um show a parte em termos de fotografia. Agora os negativos: a história – que em muitas passagens parece não ter nexo e nem justificativa para as decisões dos personagens, principalmente as tomadas pelos militares do alto escalão, e o final, que me pareceu similar a algum filme da saga Alien, além de ter sido abrupto e forçado. Ao mesmo tempo a trama é previsível, porque a ascensão do Ender ficou óbvia do início ao fim do filme, o que o torna cansativo e chato. Minha avaliação sobre o longa foi levemente positiva porque gosto da temática que envolve ficção científica.
“300 – A Ascensão do Império” foi um dos filmes que mais esperei para assistir no cinema... Proporcionalmente, foi um dos que mais me decepcionou. Como disse a minha namorada: tu criaste muitas expectativas por causa do primeiro. Dito e feito. Para quem estava acostumado a assistir o Leônidas e seu humor sarcástico e feroz diante dos inimigos, deixo um alerta: cuidado com o Temístocles, ele pode te matar de tédio. O personagem não empolga e não estimula. E não tem jeito, os espartanos são melhores. Pena que aparecem muito pouco. O filme se torna interessante devido ao encaixe de histórias, tornando os acontecimentos do primeiro “300” paralelos ao de seu sucessor. Os efeitos especiais – incluindo os cenários – e a fotografia são o ponto forte, muito embora o longa abuse demais dos efeitos de câmera lenta – que na minha percepção não combinaram com as cenas de Temístocles e companhia. Como li numa crítica: É 300, não se pode esperar mais do que sangue e ação... (Acreditem, bocejei umas três vezes ao longo da sessão!)
Opinar sobre o filme “Jobs” não é tão fácil quanto parece. A princípio, quem não conhece sua vida, ou não leu a sua biografia, vai considerar um filme legalzinho, e afirmar que ele dá uma boa ideia de quem foi esse personagem controverso. Por outro lado, levando em consideração as pessoas que sabem um pouco mais sobre o Steve, o longa vai parecer um tanto quanto sem pé nem cabeça. Com uma história e edição que deixam muitas lacunas, e abordam superficialmente diversas passagens importantes da vida do personagem. Não é de se surpreender que o filme não tenha feito muito sucesso quando estreou nos cinemas. Não sei é devida à minha implicância com o Ashton Kutcher, mas, mesmo nos momentos de ira e explosão de Jobs, o personagem me pareceu sem expressividade e, por muitas vezes, apático e sem graça. Essa imagem que o filme imprimiu passa longe daquela que li em sua biografia, o que considero uma pena. Gostei de ter assistido apenas para poder dar um rosto aos personagens com os quais me deparei quando li a biografia. De resto, não é um longa que valha o esforço de ficar quase duas horas assistindo-o.
Detestei esse "O Homem com Punhos de Ferro"... Além de não gostar, eis um filme que não consegue ser bom em nenhum sentido. Não faz sentido a mistura étnica, como os personagens se inserem na trama - e o que fazem dentro da história - e o desenrolar e encadeamento dos fatos. Parece um filme feito por fazer, sem pretensão nenhuma,só o de consumir alguns milhares, ou milhões, de dólares.
É um filme singelo sobre o dia a dia pós Guerra do Iraque. Vale a pena ser assistido como “registro de guerra” e para se ter uma noção do que aconteceu e o que se passava na cabeça dos soldados que viveram essa experiência. É um bom contraponto dos discursos onipotentes preferidos por George Bush. Entre os pontos positivos estão a sensação de realidade dado pelo movimento de câmera, que transporta o telespectador para dentro da cena, o clima de desconforto e intimidação causado pessoas olhando para “nós” de cima dos prédios. Por outro lado, o clima de tensão alterna entre alguns momentos convincentes e outros pouco prováveis, como os de heroísmo ensandecido. O filme também dá a impressão de passar muito rápido (fora a minha implicância com o Jeremy Renner). Como um conjunto o longa é bom e pode ser assistido tranquilamente.
Para quem pensava que o Chris Evans só sabia fazer super-heróis, recomendo que assista ao "Expresso do Amanhã". Fiquei sem palavras para expressar a experiência que esse filme proporciona. Com certeza está no hall dos filmes que tem tudo para se tornarem cult em um futuro próximo. A história é FODA. A maneira como a explicação sobre o trem e seus vagões é feita e relacionada com a continuidade e evolução da humanidade pós-"apocalipse glacial" é sensacional. O final nem se fala. É de deixar o telespectador perplexo e abismado. Isso tudo sem mencionar a aproximação quase que total com a filosofia de Matrix... É indispensável e merece ser assistido mil vezes!
Assim como seus precursores, “Toy Story 3” conseguiu inovar mais uma vez em termos de qualidade de animação combinada com uma história divertida. Não esperava encontrar o desfecho que a trama teve, o que me surpreendeu ainda mais. Cheguei a torcer para que algumas situações não culminassem nos desfechos que iam se apresentando. Mas... Aconteceram. No fim das contas foi uma boa forma de encerrar um ciclo (o do Andy) e iniciar outro (para Woody e sua trupe). Espero que não tentem mais usar essa história, caso contrário seria forçar demais com possíveis continuidades. Vale dar um destaque para o Ken. Ele rouba várias cenas e se torna hilário.
Quando tentei assistir o “Zona Verde” pela primeira vez fui influenciado a não continuar, pois alguns conhecidos definiram o filme como sendo chato. Mesmo assim, continuei curioso e interessado na história do longa. Por esses dias decidi enfrentar o estigma e assisti-lo por completo. De uma forma geral ele é bom. Particularmente, gosto de tramas que envolvem conspirações e jogos políticos casados com ação, e é bem essa a formula desse thriller. Além de tudo, o filme insere todos esses elementos dentro do cenário da guerra do Iraque, o que faz o telespectador se interessar ainda mais pela história. Vale a pena.
Cuidado, esse filme contém uma mensagem de difícil descodificação e de assimilação. Por outro lado, sua capacidade de reflexão é primorosa, seja por mostrar como a "humanidade" é capaz de repetir suas ações e decisões independente do nível de inteligência possuído - esmiuçado nos diferentes"capítulos" -, ou por mostrar como dilemas sobre sociedade, tecnologia e a relação com o universo parecem não perder seu caráter de contemporaneidade. E olha que o filme é da década de 60. Por me considerar um admirador da ficção científica, me obriguei a conhecer o famoso Hal 9000 e como é viver uma odisséia no espaço, e não me arrependi, mesmo apesar de ficar sem entender muita coisa. Mas essa sensação é normal ao se deparar com um filme considerado clássico e um dos percursores da ficção científica. Uma característica sensacional é a fotografia do longa, com muitos detalhes e te dando a impressão de como é viver no espaço. É um filme que projeta a imaginação de homens que estão a frente de seu tempo. Os únicos pontos negativos são algumas passagens em que as cenas parecem se arrastar, nas quais há o predomínio de uma música que busca enfatizar o momento. Pelo menos eu não entendi o significado dessa combinação.
“Hannibal” pode ser considerada uma boa sequência para o feito de “O Silêncio dos Inocentes”, pois consegue manter o clima de suspense, característica primordial de seu antecessor. Hopkins, com todo seu talento, sustenta toda a sutileza, frieza e ferocidade de Lecter e consegue adicionar uma pitada de romance para com a agente Starling, mas isso sem entregar se de fato sente um affair ou se trata de mais uma obsessão do doutor. A narrativa desenrola em um ritmo agradável e tem vários desfechos que sustentam a atenção do telespectador e endossam a história.
Muito ouvi falar desse filme e o vi na locadora, mas nunca tive a oportunidade de assisti-lo. Até hoje. Acredito que não fui apenas eu que, a cada passo dado por Denzel Washington, mais o cenário e a história se aproximava um pouco da trama de “Mad Max”. A fotografia com tom sépia e poucas cores aproximou ainda mais os dois longas ao amplificar o clima de caos pós-guerra, e de desertificação e escassez vividos pelos personagens. A luta pela sobrevivência e de valorização do que restou da antiga civilização é outra sacada que lembra de Mad... É bom parar com as comparações... A história do andarilho Eli, e sua peregrinação por um continente devastado pela guerra, tornam-se interessantes por girar em torno da fé, e de como ela pode ser manipulada ou preservada segundo os diferentes preceitos dos homens. Para atiçar a curiosidade, a maior das sacadas está no final e a forma como termina a relação de Washington com Oldman. É uma boa opção para quem procura passatempo, e um pouco de reflexão.
Sinceramente? Não sei qual foi a intenção do Peter Jackson em dividir o Hobbit em três filmes. Se foi para tentar fazer uma trilogia a la “Senhor dos Anéis” alguém tem que dizer para ele que essa tentativa de imitação foi um fracasso total. Eu considero épica a saga de Frodo, mas a de seu tio está me deixando com cada vez mais raiva de tão chata e por me fazer perder tanto tempo e expectativas. Nem sei dizer qual das duas primeiras partes é a pior. Talvez a primeira. Talvez a segunda. Ou quem sabe será a terceira? Será que o final da terceira será como a das duas primeiras? Não me surpreenderia se o Jackson decidisse deixar tudo em aberto novamente. Mas pensando pelo lado positivo: pude ter a chance de ver outras comunidades élficas, anãs, uma cidade sobre a água e até mesmo um dragão fazendo uma revoada decente... Ah, não posso me esquecer que ver comandantes orcs se destacando também é instigante para qualquer rpgista, assim como se deparar com um affair entre um anão não-feio e uma elfa “rebaixada”. De resto o filme merece um aff.
Ao contrário do que esperava antes de assistir a “Valente”, cheguei a pensar que esses enrolados teriam uma boa história ou, no mínimo, engraçadinha. Ele não pode ser considerado ruim, mas é uma água com açúcar. Não te surpreende e não empolga. Para se ter uma ideia, os pontos altos de diversão são quando se destacam o cavalo Maximus e o camaleão Pascal. Esse sim é uma animação para crianças, a não ser que você tenha muita paciência ou não seja muito difícil de ser agradado.
Para uma tentativa de mostrar a “origem” do célebre Hannibal Lecter, pode-se até dizer que o filme cumpriu o seu papel, mostrando como surgiram algumas das peculiaridades comportamentais do personagem. No mais, a história é fraca, com personagens apáticos. Alguns dos elementos que gostei foram a fotografia “suja” e a transição histórica da trama e pela qual o Lecter passou. Enfim, como mencionei antes, o filme merece ser assistido apenas como complemento de conhecimento sobre a vida do protagonista. E o título teve uma péssima tradução... Parece até que foram os mesmos que deram a denominação de "a química do mal" para "Breaking Bad".
Ouvi muitas pessoas tecerem comentários positivos a respeito desse filme, o que despertou aquela curiosidade rotineira. E lá fui eu assistir... Primeiro elemento de sucesso: o elenco. Sem desmerecer o restante do grupo, o Bradley Cooper, a Jennifer Lawrence e o Robert De Niro mataram a pau nas interpretações. O telespectador praticamente se sente parte da família, experimentando o que os personagens sentem e o porquê deles serem o que são. Segundo elemento de sucesso: a história. Considero que encadear os acontecimentos de uma trama é uma missão árdua e não é qualquer um que consegue fazer isso com naturalidade, mas esse filme do David O. Russell conseguiu isso com primor - lembrando que “O Vencedor” também usou essa fórmula e se deu bem com a crítica. A história é comovente, e consegue te fazer criar expectativas para que o casal protagonista se acerte de uma forma que passa longe daquela melação tradicional dos romances. “O Lado Bom da Vida” uma história possível de acontecer em qualquer família, em qualquer parte do mundo, mas que, mesmo assim, conseguiu ter uma sensibilidade ímpar que merece ser assistida. É contagiante.
Li as críticas de fãs do antigo Robocop sobre a nova versão e não concordo com o que escreveram. O primeiro dos pontos foi pela ausência de violência. Bom, penso que nenhum filme de ação, ou não, precisa se apoiar na exaltação dessa natureza para apresentar uma boa história e se tornar convincente, e me arrisco a ir além: porque é imprescindível que um androide policial, que é fabricado e treinado para “pacificar” e “proteger” a sociedade, possua uma arma de fogo e não uma espécie de teaser, como acontece no filme? Se a história do filme Robocop se desenrolasse em uma sociedade nas quais existissem as leis de Asimov ele não poderia matar um humano tão facilmente, o que reforçaria o armamento adotado por Padilha. O Robocop antigo é praticamente uma máquina de matar. Outra questão fundamental, embora se trate de um remake, o que vemos é uma história praticamente nova, readaptada, e que envolve um contexto histórico e fílmico totalmente diferentes dos que cercaram a produção de 1987. Comparar os dois filmes é tão insensato que a maioria das críticas reforçam isso. E acredito que nem o diretor se prestaria a apenas copiar e reproduzir a mesma fórmula. Isso seria no mínimo assumir que não se tem personalidade, capacidade e talento para se construir algo novo a partir de algo que já existe, ou seja, seria um atestado de incompetência para trabalhar em Hollywood . Gostei demais do papel que a família do Murphy tem no filme, que humaniza ainda mais o androide ao tentar reincorporar o androide em sua antiga família – embora lá pela metade esse plot vai sendo deixado de lado. Questão essa que sequer é levada em conta na primeira versão.
É fundamental se ter em mente que, embora se trate do mesmo personagem, são duas histórias distintas, onde apenas alguns mesmos elementos se fazem presentes nas duas narrativas. E, independente das semelhanças e diferenças, os dois filmes são bacanas quando se leva em consideração quando foram feitos e que estão totalmente ligados com o contexto e imaginário de suas épocas.
Embora se trate de um clássico da ficção científica, e um marco para as gerações dos anos 80, o Robocop de 1987 tem, sim, seus pontos fracos, como o desenrolar da história e os encadeamentos dos fatos – os quais dão a sensação de rapidez demasiada e chegam quase a serem abruptos –, a interpretação dos atores – que possuem trejeitos exagerados e não convencem quanto personagens –, o excesso de sanguinolência, que não considero combinar muito bem com o gênero de ficção científica, e a própria morte do Murphy, que chega ser surreal ainda ter sobrado algo vivo para ser aproveitado na estruturação do androide. Outro ponto questionável, para um homem-máquina que teve as memórias apagadas, o Robocop tem um “comportamento” que não é bem de um policial que combate a criminalidade, e que aplica a lei e age segundo suas diretrizes, pois, mesmo sendo um homem da lei, suas ações normalmente tem desfechos fatais para os criminosos, o que o transforma em um justiceiro em busca de vingança. Não entendi porque a blindagem do Robocop resistiu ao tiroteio durante a invasão a fabrica de cocaína e praticamente se desmanchou quando os policiais o encurralaram na saída da OCP. Por outro lado, o contexto social, a ambientação dos cenários e os figurinos de personagens protagonistas e coadjuvantes são fantásticos, quase atemporais. Outro ponto positivo é o clima cyberpunk que e apresentado, que parece ser o mesmo que povoa a imaginação de todos que gostam do tema, misturando roupas extravagantes, com a predominância do estilo punk e gótico, e a presença de máquinas automatizadas e computadores falantes servindo os homens. E depois de tudo isso, o final do filme me lembra o do King Kong, quando a aberração da natureza tem sua cabeça posta a prêmio e é caçada pelos homens.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraEu já havia assistido o trailer e sido cativado pela pequena amostra que ele dava. Demorei um pouco para ter acesso ao filme, mas consegui assisti-lo recentemente.
O desenrolar dos dias de Tim, e de como ele aprende a usar o seu efeito borboleta vão se tornando gradualmente divertidos e reflexivos a cada tentativa de uso do “poder”. A conquista da Mary é apenas um dos pontos interessantes da história, o romântico, mais especificamente. A relação do Tim com as famílias, a meu ver, constitui os momentos mais marcantes e emocionantes, pois mostra como devemos nos esforçar para melhorar nossos dias, nossa vida e a nós mesmos sem usarmos artifícios.
Esse está entre os meus filmes favoritos.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraNão tinha simpatizado com o filme pelos pôsteres que circulavam na internet e enfatizavam o rosto do Joaquin Phoenix. Remetia-me a algo que dava um enfoque excessivo a ele.
Porém, depois de ler a sinopse do filme, decidi dar uma chance. Dentre as sensações despertadas, uma, em especial, parece comum a várias pessoas que utilizam o computador e outros dispositivos tecnológicos: como seria o nosso relacionamento com tais aparelhos se eles pudessem interagir conosco como fazemos entre nossa própria espécie?
Também gostei de ver como o Theodore age antes e depois de ter Samatha em sua vida. As reações dele são naturais, familiares e espontâneas a ponto de despertar em nos as mesmas sensações vividas pelo personagem. Outro elemento que gostei muito foi a atuação por voz da Scarlett Johansson, é algo surreal como ela consegue expressar tanto... Claro, o Phoenix merece menção, afinal, o Theodore consegue incorporar os dilemas vividos por grande parte da humanidade.
Embora se trate de uma ficção científica, todos os acontecimentos e desfechos da história me parecem mais palpáveis e possíveis de se tornarem realidade do que os que já vi em qualquer outro longa do gênero, o que se torna um ponto positivo para quem não curte “coisas de robôs”.
Recomendo muito que assistam. E “Ela” é um daqueles filmes que dá vontade de ver e rever várias e várias vezes vezes...
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraQuando assisti o primeiro filme do Capitão América fiquei meio receoso ao saber que haveria uma sequência, porque considerei a história modesta, um pouco sem graça, e sem grandes pretensões, além de que pode-se afirmar o mesmo em relação a participação do herói em os Vingadores se comparada aos demais.
Mesmo assim, decidi assistir o “Capitão América – O Soldado Invernal” sem esperar encontrar boas surpresas – sentimento oposto daquele que tive ao assistir o “300 – A Ascensão do Império”. O lado bom de assistir um filme com esse posicionamento acontece quando nos deparamos com as ironias do destino, nas quais o inesperado nos causa um espanto positivo diante de situações que aparentemente seriam desfavoráveis.
Foi bem o que aconteceu com esse segundo filme Capitão América. A história transpõe a temática de super-herói e explora questões políticas que nos causam inquietações – não mencionarei quais para não soltar spoilers. A mistura de política e ação rendeu resultado tão bom que, se compararmos a trama do filme com a do “Homem de Ferro 3”, este foi superado de longe.
Espero que em “Os Vingadores 2” o personagem tenha uma participação mais incisiva e marcante, porque seria frustrante ver uma atuação discreta e apagada dele ao contracenar com os outros personagens, ainda mais pelo excelente resultado que o filme solo teve. Sem mencionar que ao assistir o grupo Vingadores todo mundo espera uma participação de igual valor de todos os heróis.
Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras
3.8 2,2K Assista AgoraJá faz um bom tempo que assisti o "Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras", mas considerei válido trazer o meu relato. Essa sequência utiliza a mesma fórmula do primeiro filme, com uma história muito bem montada que instiga, por meio de mistérios bem encaixados, o telespectador a ficar atento a todos os acontecimentos para poder entender o que está acontecendo e acompanhar o do desfecho do filme. Um dos grandes diferenciais do segundo filme é o destaque dado ao Watson. O longa capricha ainda mais nos efeitos especiais, na fotografia e na presença da câmera em cena. Esse é uma boa opção de entretenimento e é diversão garantida.
Animal
2.5 392Mesmo o "Animal" sendo um filme lá do longínquo ano de 2001, e de eu o ter assistido mais de mil vezes, não consigo deixar de rir com a interpretação do Rob Schneider e de muitas passagens do filme. Concordo que o ator pode não ter muito crédito por participar de um excesso de pastelões, mas considero essa comédia um dos melhores filmes da carreira dele. Pode parecer tosco para aqueles que tem o gosto mais requintado, mas se você der uma chance, garanto que também acabará rindo bastante.
Tropas Estelares
3.5 464 Assista AgoraAssistir a trilogia do "Tropas Estelares" tem seus poréns... Enquanto o primeiro é melhor deles, e te empolga pela novidade da história - composta tanto pelo enfrentamento de uma raça de insetos, quanto pela narrativa diferenciada, que mostra a diferença entre a realidade que a mídia vende para atrair soldados para defender a pátria daquela vivida no dia a dia pelos combatentes -, o segundo filme é o derradeiro apocalipse da sequência... E o terceiro então... É apenas um filmezinho que sequer merece descrição... Sem falar que é muito tosco por sinal... Se você quer conhecer a saga recomendo assistirem apenas o primeiro filme... Ou então recorrerem a série animada intitulada "Roughnecks", a qual lamento por não ter sido concluída.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraComo o novo filme do Homem-Aranha está batendo à porta, é conveniente dar uma assistida no "primeiro filme"da nova fase do herói.
Então vamos às observações:
1º - O filme explora muito bem a história do personagem e, sem exageros, é o filme que mais se aproxima de quem Peter Parker é de verdade e sobre o início da sua carreira como super-herói.
2º - O Tobey Maguire vai ter que desculpar, mas o Andrew Garfield caracterizou melhor a "faixa etária" do Peter Parker.
3º - Os filmes anteriores distorceram demais a cronologia dos fatos históricos spidermanianos... (não consegui não comparar as histórias).
4º - Outro ponto crucial, como vi em poucos filmes de super-heróis, a importância que personagens secundários ao eixo principal exercem sobre a trama... Lembra muito o que é feito nos Batmans novos.
5º - Trama bem apresentada, costurada e finalizada... Com direito a spoilers no final dos créditos principais.
Filme recomendadíssimo! Gostaria muito que alguns vilões fossem refeitos, porque aquele Homem-Areia, e principalmente o Venon, não merecem a existência medíocre que tiveram...
Ender's Game: O Jogo do Exterminador
3.4 891 Assista AgoraO jogo do Ender tinha me chamado a atenção desde a época que rolavam apenas trailers sobre a história. Recentemente tive acesso ao filme e o assisti. Algumas vezes, na grande maioria delas, essa “chamada de atenção” normalmente resulta em algo positivo. No caso do “Ender's Game - O Jogo do Exterminador” o resultado pendeu um pouco para o lado positivo.
E por que isso?
Primeiro os aspectos positivos: a história – que remete a trama da saga “Tropas Estelares”, com o diferencial de que aqui os insetos são inteligentes; e os cenários contêm equipamentos e uma ambientação espacial que despertam a vontade de serem experimentados – e os efeitos especiais – que dão um show a parte em termos de fotografia.
Agora os negativos: a história – que em muitas passagens parece não ter nexo e nem justificativa para as decisões dos personagens, principalmente as tomadas pelos militares do alto escalão, e o final, que me pareceu similar a algum filme da saga Alien, além de ter sido abrupto e forçado. Ao mesmo tempo a trama é previsível, porque a ascensão do Ender ficou óbvia do início ao fim do filme, o que o torna cansativo e chato.
Minha avaliação sobre o longa foi levemente positiva porque gosto da temática que envolve ficção científica.
300: A Ascensão do Império
3.2 1,6K Assista Agora“300 – A Ascensão do Império” foi um dos filmes que mais esperei para assistir no cinema... Proporcionalmente, foi um dos que mais me decepcionou. Como disse a minha namorada: tu criaste muitas expectativas por causa do primeiro. Dito e feito. Para quem estava acostumado a assistir o Leônidas e seu humor sarcástico e feroz diante dos inimigos, deixo um alerta: cuidado com o Temístocles, ele pode te matar de tédio.
O personagem não empolga e não estimula. E não tem jeito, os espartanos são melhores. Pena que aparecem muito pouco.
O filme se torna interessante devido ao encaixe de histórias, tornando os acontecimentos do primeiro “300” paralelos ao de seu sucessor. Os efeitos especiais – incluindo os cenários – e a fotografia são o ponto forte, muito embora o longa abuse demais dos efeitos de câmera lenta – que na minha percepção não combinaram com as cenas de Temístocles e companhia.
Como li numa crítica: É 300, não se pode esperar mais do que sangue e ação... (Acreditem, bocejei umas três vezes ao longo da sessão!)
Jobs
3.1 750 Assista AgoraOpinar sobre o filme “Jobs” não é tão fácil quanto parece. A princípio, quem não conhece sua vida, ou não leu a sua biografia, vai considerar um filme legalzinho, e afirmar que ele dá uma boa ideia de quem foi esse personagem controverso.
Por outro lado, levando em consideração as pessoas que sabem um pouco mais sobre o Steve, o longa vai parecer um tanto quanto sem pé nem cabeça. Com uma história e edição que deixam muitas lacunas, e abordam superficialmente diversas passagens importantes da vida do personagem. Não é de se surpreender que o filme não tenha feito muito sucesso quando estreou nos cinemas.
Não sei é devida à minha implicância com o Ashton Kutcher, mas, mesmo nos momentos de ira e explosão de Jobs, o personagem me pareceu sem expressividade e, por muitas vezes, apático e sem graça. Essa imagem que o filme imprimiu passa longe daquela que li em sua biografia, o que considero uma pena.
Gostei de ter assistido apenas para poder dar um rosto aos personagens com os quais me deparei quando li a biografia. De resto, não é um longa que valha o esforço de ficar quase duas horas assistindo-o.
O Homem com Punhos de Ferro
2.7 314 Assista AgoraDetestei esse "O Homem com Punhos de Ferro"... Além de não gostar, eis um filme que não consegue ser bom em nenhum sentido. Não faz sentido a mistura étnica, como os personagens se inserem na trama - e o que fazem dentro da história - e o desenrolar e encadeamento dos fatos. Parece um filme feito por fazer, sem pretensão nenhuma,só o de consumir alguns milhares, ou milhões, de dólares.
Guerra ao Terror
3.5 1,4K Assista AgoraÉ um filme singelo sobre o dia a dia pós Guerra do Iraque. Vale a pena ser assistido como “registro de guerra” e para se ter uma noção do que aconteceu e o que se passava na cabeça dos soldados que viveram essa experiência. É um bom contraponto dos discursos onipotentes preferidos por George Bush.
Entre os pontos positivos estão a sensação de realidade dado pelo movimento de câmera, que transporta o telespectador para dentro da cena, o clima de desconforto e intimidação causado pessoas olhando para “nós” de cima dos prédios.
Por outro lado, o clima de tensão alterna entre alguns momentos convincentes e outros pouco prováveis, como os de heroísmo ensandecido. O filme também dá a impressão de passar muito rápido (fora a minha implicância com o Jeremy Renner).
Como um conjunto o longa é bom e pode ser assistido tranquilamente.
Expresso do Amanhã
3.5 1,3K Assista grátisPara quem pensava que o Chris Evans só sabia fazer super-heróis, recomendo que assista ao "Expresso do Amanhã". Fiquei sem palavras para expressar a experiência que esse filme proporciona. Com certeza está no hall dos filmes que tem tudo para se tornarem cult em um futuro próximo. A história é FODA. A maneira como a explicação sobre o trem e seus vagões é feita e relacionada com a continuidade e evolução da humanidade pós-"apocalipse glacial" é sensacional. O final nem se fala. É de deixar o telespectador perplexo e abismado. Isso tudo sem mencionar a aproximação quase que total com a filosofia de Matrix... É indispensável e merece ser assistido mil vezes!
Toy Story 3
4.4 3,6K Assista AgoraAssim como seus precursores, “Toy Story 3” conseguiu inovar mais uma vez em termos de qualidade de animação combinada com uma história divertida. Não esperava encontrar o desfecho que a trama teve, o que me surpreendeu ainda mais. Cheguei a torcer para que algumas situações não culminassem nos desfechos que iam se apresentando. Mas... Aconteceram. No fim das contas foi uma boa forma de encerrar um ciclo (o do Andy) e iniciar outro (para Woody e sua trupe). Espero que não tentem mais usar essa história, caso contrário seria forçar demais com possíveis continuidades. Vale dar um destaque para o Ken. Ele rouba várias cenas e se torna hilário.
Zona Verde
3.5 393 Assista AgoraQuando tentei assistir o “Zona Verde” pela primeira vez fui influenciado a não continuar, pois alguns conhecidos definiram o filme como sendo chato. Mesmo assim, continuei curioso e interessado na história do longa. Por esses dias decidi enfrentar o estigma e assisti-lo por completo. De uma forma geral ele é bom. Particularmente, gosto de tramas que envolvem conspirações e jogos políticos casados com ação, e é bem essa a formula desse thriller. Além de tudo, o filme insere todos esses elementos dentro do cenário da guerra do Iraque, o que faz o telespectador se interessar ainda mais pela história. Vale a pena.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraCuidado, esse filme contém uma mensagem de difícil descodificação e de assimilação. Por outro lado, sua capacidade de reflexão é primorosa, seja por mostrar como a "humanidade" é capaz de repetir suas ações e decisões independente do nível de inteligência possuído - esmiuçado nos diferentes"capítulos" -, ou por mostrar como dilemas sobre sociedade, tecnologia e a relação com o universo parecem não perder seu caráter de contemporaneidade. E olha que o filme é da década de 60.
Por me considerar um admirador da ficção científica, me obriguei a conhecer o famoso Hal 9000 e como é viver uma odisséia no espaço, e não me arrependi, mesmo apesar de ficar sem entender muita coisa. Mas essa sensação é normal ao se deparar com um filme considerado clássico e um dos percursores da ficção científica.
Uma característica sensacional é a fotografia do longa, com muitos detalhes e te dando a impressão de como é viver no espaço. É um filme que projeta a imaginação de homens que estão a frente de seu tempo.
Os únicos pontos negativos são algumas passagens em que as cenas parecem se arrastar, nas quais há o predomínio de uma música que busca enfatizar o momento. Pelo menos eu não entendi o significado dessa combinação.
Hannibal
4.0 1,1K Assista Agora“Hannibal” pode ser considerada uma boa sequência para o feito de “O Silêncio dos Inocentes”, pois consegue manter o clima de suspense, característica primordial de seu antecessor. Hopkins, com todo seu talento, sustenta toda a sutileza, frieza e ferocidade de Lecter e consegue adicionar uma pitada de romance para com a agente Starling, mas isso sem entregar se de fato sente um affair ou se trata de mais uma obsessão do doutor. A narrativa desenrola em um ritmo agradável e tem vários desfechos que sustentam a atenção do telespectador e endossam a história.
O Livro de Eli
3.6 2,0K Assista AgoraMuito ouvi falar desse filme e o vi na locadora, mas nunca tive a oportunidade de assisti-lo. Até hoje. Acredito que não fui apenas eu que, a cada passo dado por Denzel Washington, mais o cenário e a história se aproximava um pouco da trama de “Mad Max”. A fotografia com tom sépia e poucas cores aproximou ainda mais os dois longas ao amplificar o clima de caos pós-guerra, e de desertificação e escassez vividos pelos personagens.
A luta pela sobrevivência e de valorização do que restou da antiga civilização é outra sacada que lembra de Mad... É bom parar com as comparações...
A história do andarilho Eli, e sua peregrinação por um continente devastado pela guerra, tornam-se interessantes por girar em torno da fé, e de como ela pode ser manipulada ou preservada segundo os diferentes preceitos dos homens.
Para atiçar a curiosidade, a maior das sacadas está no final e a forma como termina a relação de Washington com Oldman.
É uma boa opção para quem procura passatempo, e um pouco de reflexão.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraSinceramente? Não sei qual foi a intenção do Peter Jackson em dividir o Hobbit em três filmes. Se foi para tentar fazer uma trilogia a la “Senhor dos Anéis” alguém tem que dizer para ele que essa tentativa de imitação foi um fracasso total. Eu considero épica a saga de Frodo, mas a de seu tio está me deixando com cada vez mais raiva de tão chata e por me fazer perder tanto tempo e expectativas. Nem sei dizer qual das duas primeiras partes é a pior. Talvez a primeira. Talvez a segunda. Ou quem sabe será a terceira? Será que o final da terceira será como a das duas primeiras? Não me surpreenderia se o Jackson decidisse deixar tudo em aberto novamente.
Mas pensando pelo lado positivo: pude ter a chance de ver outras comunidades élficas, anãs, uma cidade sobre a água e até mesmo um dragão fazendo uma revoada decente... Ah, não posso me esquecer que ver comandantes orcs se destacando também é instigante para qualquer rpgista, assim como se deparar com um affair entre um anão não-feio e uma elfa “rebaixada”. De resto o filme merece um aff.
Enrolados
3.8 2,8K Assista AgoraAo contrário do que esperava antes de assistir a “Valente”, cheguei a pensar que esses enrolados teriam uma boa história ou, no mínimo, engraçadinha. Ele não pode ser considerado ruim, mas é uma água com açúcar. Não te surpreende e não empolga. Para se ter uma ideia, os pontos altos de diversão são quando se destacam o cavalo Maximus e o camaleão Pascal. Esse sim é uma animação para crianças, a não ser que você tenha muita paciência ou não seja muito difícil de ser agradado.
Hannibal: A Origem do Mal
3.6 753Para uma tentativa de mostrar a “origem” do célebre Hannibal Lecter, pode-se até dizer que o filme cumpriu o seu papel, mostrando como surgiram algumas das peculiaridades comportamentais do personagem. No mais, a história é fraca, com personagens apáticos. Alguns dos elementos que gostei foram a fotografia “suja” e a transição histórica da trama e pela qual o Lecter passou. Enfim, como mencionei antes, o filme merece ser assistido apenas como complemento de conhecimento sobre a vida do protagonista. E o título teve uma péssima tradução... Parece até que foram os mesmos que deram a denominação de "a química do mal" para "Breaking Bad".
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraOuvi muitas pessoas tecerem comentários positivos a respeito desse filme, o que despertou aquela curiosidade rotineira. E lá fui eu assistir... Primeiro elemento de sucesso: o elenco. Sem desmerecer o restante do grupo, o Bradley Cooper, a Jennifer Lawrence e o Robert De Niro mataram a pau nas interpretações. O telespectador praticamente se sente parte da família, experimentando o que os personagens sentem e o porquê deles serem o que são. Segundo elemento de sucesso: a história. Considero que encadear os acontecimentos de uma trama é uma missão árdua e não é qualquer um que consegue fazer isso com naturalidade, mas esse filme do David O. Russell conseguiu isso com primor - lembrando que “O Vencedor” também usou essa fórmula e se deu bem com a crítica. A história é comovente, e consegue te fazer criar expectativas para que o casal protagonista se acerte de uma forma que passa longe daquela melação tradicional dos romances. “O Lado Bom da Vida” uma história possível de acontecer em qualquer família, em qualquer parte do mundo, mas que, mesmo assim, conseguiu ter uma sensibilidade ímpar que merece ser assistida. É contagiante.
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraLi as críticas de fãs do antigo Robocop sobre a nova versão e não concordo com o que escreveram. O primeiro dos pontos foi pela ausência de violência. Bom, penso que nenhum filme de ação, ou não, precisa se apoiar na exaltação dessa natureza para apresentar uma boa história e se tornar convincente, e me arrisco a ir além: porque é imprescindível que um androide policial, que é fabricado e treinado para “pacificar” e “proteger” a sociedade, possua uma arma de fogo e não uma espécie de teaser, como acontece no filme? Se a história do filme Robocop se desenrolasse em uma sociedade nas quais existissem as leis de Asimov ele não poderia matar um humano tão facilmente, o que reforçaria o armamento adotado por Padilha. O Robocop antigo é praticamente uma máquina de matar.
Outra questão fundamental, embora se trate de um remake, o que vemos é uma história praticamente nova, readaptada, e que envolve um contexto histórico e fílmico totalmente diferentes dos que cercaram a produção de 1987. Comparar os dois filmes é tão insensato que a maioria das críticas reforçam isso. E acredito que nem o diretor se prestaria a apenas copiar e reproduzir a mesma fórmula. Isso seria no mínimo assumir que não se tem personalidade, capacidade e talento para se construir algo novo a partir de algo que já existe, ou seja, seria um atestado de incompetência para trabalhar em Hollywood .
Gostei demais do papel que a família do Murphy tem no filme, que humaniza ainda mais o androide ao tentar reincorporar o androide em sua antiga família – embora lá pela metade esse plot vai sendo deixado de lado. Questão essa que sequer é levada em conta na primeira versão.
É fundamental se ter em mente que, embora se trate do mesmo personagem, são duas histórias distintas, onde apenas alguns mesmos elementos se fazem presentes nas duas narrativas. E, independente das semelhanças e diferenças, os dois filmes são bacanas quando se leva em consideração quando foram feitos e que estão totalmente ligados com o contexto e imaginário de suas épocas.
RoboCop: O Policial do Futuro
3.6 681 Assista AgoraEmbora se trate de um clássico da ficção científica, e um marco para as gerações dos anos 80, o Robocop de 1987 tem, sim, seus pontos fracos, como o desenrolar da história e os encadeamentos dos fatos – os quais dão a sensação de rapidez demasiada e chegam quase a serem abruptos –, a interpretação dos atores – que possuem trejeitos exagerados e não convencem quanto personagens –, o excesso de sanguinolência, que não considero combinar muito bem com o gênero de ficção científica, e a própria morte do Murphy, que chega ser surreal ainda ter sobrado algo vivo para ser aproveitado na estruturação do androide.
Outro ponto questionável, para um homem-máquina que teve as memórias apagadas, o Robocop tem um “comportamento” que não é bem de um policial que combate a criminalidade, e que aplica a lei e age segundo suas diretrizes, pois, mesmo sendo um homem da lei, suas ações normalmente tem desfechos fatais para os criminosos, o que o transforma em um justiceiro em busca de vingança.
Não entendi porque a blindagem do Robocop resistiu ao tiroteio durante a invasão a fabrica de cocaína e praticamente se desmanchou quando os policiais o encurralaram na saída da OCP.
Por outro lado, o contexto social, a ambientação dos cenários e os figurinos de personagens protagonistas e coadjuvantes são fantásticos, quase atemporais.
Outro ponto positivo é o clima cyberpunk que e apresentado, que parece ser o mesmo que povoa a imaginação de todos que gostam do tema, misturando roupas extravagantes, com a predominância do estilo punk e gótico, e a presença de máquinas automatizadas e computadores falantes servindo os homens.
E depois de tudo isso, o final do filme me lembra o do King Kong, quando a aberração da natureza tem sua cabeça posta a prêmio e é caçada pelos homens.