Como era de se esperar, nem esfriou o Oscar de Melhor Filme para Parasita (um dos mais corretos em MUITOS anos) e já tem uma pá de gente vindo só pra falar que tinha coisa melhor e que a Academia é louca rs
É incrível como esse filme consegue unir um olhar fabulesco de um grupo de crianças imerso em problemas de adultos tão desajustados quanto perdidos. A expressão "à margem da sociedade" faz todo sentido aqui, onde os personagens estão ao mesmo tempo tão perto (a história se passa num antigo motel no entorno de Orlando que se tornou uma espécie de cortiço com pagamento semanal) e tão longe da América dos sonhos. E o que diferencia The Florida Project de outras produções de temática parecida, é que ele não explora as facetas da pobreza de forma melodramática para nos comover. Pelo contrário, nos situa dentro do caos daquelas vidas, mas de forma a fazer com que o olhar das crianças - perpetuado pela fotografia tão saturada que parece um sonho - possa nos encher de esperança e leveza.
A beleza e a tensão sexual através da leveza de um quadro de verão. A história de uma paixão tão avassaladora quanto necessariamente datada. Pela perda, pela distância, pela vida. Call me by your name, através da sua fotografia naturalista, com pele e corpos expostos, nos desafia a desejar (uma frase dita pelo pai de Elio até pontua isso). Mas usa, mais do que sua produção e técnica e diálogos maravilhosos, uma compreensão da relação entre Elio e Oliver que trás a tona tudo o que deseja dizer ao se fixar nas expressões e atos dos seus personagens. A saudade fica, entre os que lá estão e nós que saímos da sala. O olhar final de Elio pra câmera fala bastante sobre o que sentimos.
A nota desse filme é uma prova de como a manipulação sentimental do roteiro cega a crítica das pessoas. Gente dizendo que Moonlight não mereceu e esse, que é um dos piores filmes dos indicados a Melhor Filme (o que não quer dizer que ele é ruim, ele é bom), deveria ganhar, mostra isso. O filme é bem fotografado, com uma atuação condizente do Dev Patel, uma boa atuação da Nicole Kidman e a fofisse do Sunny Pawar. De resto, o roteiro é bem mais ou menos, com um segundo ato bem fraco.
A Bruxa é tecnicamente incrível na sua fotografia escura e densa, quase como uma pintura, na sua trilha que casa perfeitamente com as imagens, na sua ambientação totalmente fiel dos tempos da colonização inglesa na Nova Inglaterra do século XVII, na direção e atuação dos envolvidos. Mas realmente não é aterrorizante e teve uma falha de se vender como tal para uma geração que está acostumada a levar sustos e ver sangue em quantidade. Aqui o que não aparece na tela é até mais forte do que o que de vê, o sentimento do mal puro e dominante é o que te faz se sentir incomodado. Na verdade é um filme que demonstra o âmago da obscuridade. Vai fazer mais sentido pra quem tem interesse em história, paganismo, tem preferência por uma carga dramática e se abre a sentir a escuridão.
Não quero parecer whore de trabalhos "sérios-sombrios-e-com-um-pé-na-realidade", já que o mundo Marvel nos cinemas tem sido bastante fantástico e voltado pra tiradas engraçadas (e isso não é ruim), mas pra mim essa série é a melhor coisa que a Marvel fez tanto em TV quanto em cinema.
A montagem e a direção desse filme são sublimes! Adorei as cores, as representações dos sentimentos que a trilha sonora transmite ao espectador (e que trilha sonora!), as técnicas de enquadramento cool do Jean-Marc Vallée e fiquei totalmente vendido com as interpretações, ainda mais sabendo que grande parte do elenco é de músicos que mal haviam atuado antes. A única coisa que me deixou com um pé atrás foi o roteiro, que vinha se construindo de forma intrigante até optar pela saída utilizada.... mesmo assim, conseguiu transmitir o poder do amor entre os personagens e deixar tudo angustiante quando preciso e, acima de tudo, leve e sensível.
Enquanto, durante a projeção, tudo parecia apenas um ótimo filme como visão das periferias e sua relação com a força policial, e eu pensava comigo mesmo, tal qual a citação, "até aqui, está tudo bem"... eis que veio a cena final e eu recebi um soco no estômago e um tapa na cara. Cru. E real.
O Thomas Vinterberg demonstra, mais uma vez, todo o seu pessimismo com a sociedade e seu fator humano. É trágico perceber que, tendo todos os dados que atestam a falsa acusação contra Lucas, nos colocamos numa posição privilegiada de julgamento, ao contrário do resto dos habitantes da cidade que realmente não sabe de nada e faz o que faz apenas pelo seu "senso de justiça", senso esse que os leva a extremos apenas pelas aparências do que é ou deveria ser. E o pior é ter a certeza de que nós, como um todo, agimos assim.
Gostei das relações pessoais e das atuações dos "Normans" (O Freddie e a Vera), como afirmou o Dylan hehe. Achei que o roteiro poderia ter criado situações mais interessantes pra manter um clima de suspense, porém.
Talvez seja superestimado sim, não consigo julgar agora. Qualitativamente, resumiria o filme em "sensualmente repugnante". O que não da pra negar é a boa atuação do De Niro e a direção estilizada do Scorsese.
Esse filme chega a ser uma afronta de tão bom. A construção do roteiro, a trilha sonora envolvente, a direção, tudo é perfeito... mas os momentos em que Hannibal é encarnado em Anthony Hopkins, ah meu caro, é ai que não há como segurar o calafrio que percorre o corpo. É incrível como, com apenas pouco mais de 16 minutos em cena, somos hipnotizados por ele, apenas com seu olhar e sua fala mansa, mas incisiva. E palmas pra Jodie Foster por conseguir manter os embates com um Dr. Lecter insano.
"Aceitamos a realidade do mundo no qual estamos presentes"
Uma avaliação assombrosa da nossa existência, expondo totalmente a cultura de massa e a padronização da realidade. Jim Carrey assombroso! O filme é redondinho, clássicasso!
A primeira parte do filme é lenta, ok, mas é necessária para construir o clima de mistério. Hitchcock cria uma aura mística tão sólida que nos permite supor até mesmo algum tipo de influência realmente sobrenatural. Contudo, vem o grande tapa na cara... o roteiro é imprevisível até o fim. A fotografia é magnífica, a trilha sonora e a parte técnica são perfeitas, as atuações são decentes. Fiquei louco pra conhecer São Francisco depois de ver as locações haha!
Chocante, magnífico! Os temas do dogma servem muito bem a esse filme, que se beneficia das tomadas de câmera e da estética. O foco num roteiro sensacional como esse vale por tudo... a desconstrução das aparências é perfeita.
David Fincher nasceu pra dirigir filmes como esse. É sensacional como ele impõe seu toque grotesco nos thrillers e o modo pelo qual ele expõe a repugnância humana de tantas formas (o que ecoa desde a fotografia escura até a "sujeira" crua dos cenários) é incrível. Embora, como já disseram, a virada final seja previsível, a premissa é tão boa e o ritmo é tão envolvente que as falhas são cobertas.
Filme onde tudo é perfeito, roteiro, fotografia, direção, a fodenda trilha sonora... até onde vai a ganância do homem? Sobre quais bases é construído o ímpeto do capital? E onde se encaixa a hipocrisia nossa do dia-a-dia? Belo estudo sobre os principais caminhos que constituíram o Império Americano: o dinheiro e a religiosidade. E o Daniel Day-Lewis? CARA, melhor atuação em anos, insano!
Direção: segura e firme Roteiro: redondo Fotografia: perfeita Direção de arte: cuidadosa Trilha sonora: clássica Atuações: todas em altíssimo nível. Mas se duas palavras definem, são Marlon Brando.
Lars Von Trier. Alguns dizem que ele é superestimado... eu penso o contrário. Na verdade ele é um alguém que consegue destrinchar como poucos a nossa sociedade e o ser humano que a compõe. E o faz atingindo diretamente a nós, os expectadores, que remoemos as nossas próprias amarguras refletidas. Em Dogville mais uma vez Lars destrói nossas esperanças, jogando na nossa cara o fracasso do humanismo, do iluminismo, da religião, de toda uma experiência humana. As avaliações quanto a organização social burguesa, a obediência ao sistema, a exploração, a relação entre o forte e sua sobreposição ao fraco, e até mesmo até onde vão a misericórdia e o altruísmo, são feitas em camadas tão profundas que jogam na mesa diversas interpretações filosóficas.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraComo era de se esperar, nem esfriou o Oscar de Melhor Filme para Parasita (um dos mais corretos em MUITOS anos) e já tem uma pá de gente vindo só pra falar que tinha coisa melhor e que a Academia é louca rs
Projeto Flórida
4.1 1,0KÉ incrível como esse filme consegue unir um olhar fabulesco de um grupo de crianças imerso em problemas de adultos tão desajustados quanto perdidos. A expressão "à margem da sociedade" faz todo sentido aqui, onde os personagens estão ao mesmo tempo tão perto (a história se passa num antigo motel no entorno de Orlando que se tornou uma espécie de cortiço com pagamento semanal) e tão longe da América dos sonhos. E o que diferencia The Florida Project de outras produções de temática parecida, é que ele não explora as facetas da pobreza de forma melodramática para nos comover. Pelo contrário, nos situa dentro do caos daquelas vidas, mas de forma a fazer com que o olhar das crianças - perpetuado pela fotografia tão saturada que parece um sonho - possa nos encher de esperança e leveza.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraA beleza e a tensão sexual através da leveza de um quadro de verão. A história de uma paixão tão avassaladora quanto necessariamente datada. Pela perda, pela distância, pela vida.
Call me by your name, através da sua fotografia naturalista, com pele e corpos expostos, nos desafia a desejar (uma frase dita pelo pai de Elio até pontua isso). Mas usa, mais do que sua produção e técnica e diálogos maravilhosos, uma compreensão da relação entre Elio e Oliver que trás a tona tudo o que deseja dizer ao se fixar nas expressões e atos dos seus personagens. A saudade fica, entre os que lá estão e nós que saímos da sala. O olhar final de Elio pra câmera fala bastante sobre o que sentimos.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraA nota desse filme é uma prova de como a manipulação sentimental do roteiro cega a crítica das pessoas. Gente dizendo que Moonlight não mereceu e esse, que é um dos piores filmes dos indicados a Melhor Filme (o que não quer dizer que ele é ruim, ele é bom), deveria ganhar, mostra isso. O filme é bem fotografado, com uma atuação condizente do Dev Patel, uma boa atuação da Nicole Kidman e a fofisse do Sunny Pawar. De resto, o roteiro é bem mais ou menos, com um segundo ato bem fraco.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraA Bruxa é tecnicamente incrível na sua fotografia escura e densa, quase como uma pintura, na sua trilha que casa perfeitamente com as imagens, na sua ambientação totalmente fiel dos tempos da colonização inglesa na Nova Inglaterra do século XVII, na direção e atuação dos envolvidos. Mas realmente não é aterrorizante e teve uma falha de se vender como tal para uma geração que está acostumada a levar sustos e ver sangue em quantidade.
Aqui o que não aparece na tela é até mais forte do que o que de vê, o sentimento do mal puro e dominante é o que te faz se sentir incomodado. Na verdade é um filme que demonstra o âmago da obscuridade. Vai fazer mais sentido pra quem tem interesse em história, paganismo, tem preferência por uma carga dramática e se abre a sentir a escuridão.
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraNão quero parecer whore de trabalhos "sérios-sombrios-e-com-um-pé-na-realidade", já que o mundo Marvel nos cinemas tem sido bastante fantástico e voltado pra tiradas engraçadas (e isso não é ruim), mas pra mim essa série é a melhor coisa que a Marvel fez tanto em TV quanto em cinema.
Café de Flore
4.2 127A montagem e a direção desse filme são sublimes! Adorei as cores, as representações dos sentimentos que a trilha sonora transmite ao espectador (e que trilha sonora!), as técnicas de enquadramento cool do Jean-Marc Vallée e fiquei totalmente vendido com as interpretações, ainda mais sabendo que grande parte do elenco é de músicos que mal haviam atuado antes. A única coisa que me deixou com um pé atrás foi o roteiro, que vinha se construindo de forma intrigante até optar pela saída utilizada.... mesmo assim, conseguiu transmitir o poder do amor entre os personagens e deixar tudo angustiante quando preciso e, acima de tudo, leve e sensível.
O Ódio
4.2 318 Assista AgoraEnquanto, durante a projeção, tudo parecia apenas um ótimo filme como visão das periferias e sua relação com a força policial, e eu pensava comigo mesmo, tal qual a citação, "até aqui, está tudo bem"... eis que veio a cena final e eu recebi um soco no estômago e um tapa na cara. Cru. E real.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraO Thomas Vinterberg demonstra, mais uma vez, todo o seu pessimismo com a sociedade e seu fator humano. É trágico perceber que, tendo todos os dados que atestam a falsa acusação contra Lucas, nos colocamos numa posição privilegiada de julgamento, ao contrário do resto dos habitantes da cidade que realmente não sabe de nada e faz o que faz apenas pelo seu "senso de justiça", senso esse que os leva a extremos apenas pelas aparências do que é ou deveria ser. E o pior é ter a certeza de que nós, como um todo, agimos assim.
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraVer o "Rust Cohle" agradecendo a Deus na cerimônia de entrega do Oscar de melhor ator foi paia haha
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraEsse foi meu primeiro "Woody Allen". Os diálogos são tão sensacionais que, mesmo dias depois de assistir, me pego pensando na sua qualidade.
Bates Motel (1ª Temporada)
4.3 1,4KGostei das relações pessoais e das atuações dos "Normans" (O Freddie e a Vera), como afirmou o Dylan hehe. Achei que o roteiro poderia ter criado situações mais interessantes pra manter um clima de suspense, porém.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraO roteiro é bem invencionista, me lembrou o de Memento, do Christopher Nolan, pela leitura reversa. De resto adorei as atuações e a direção.
Breaking Bad (4ª Temporada)
4.7 1,2K Assista AgoraVou repetir os comentários daqui, mas essa season finale foi uma das, senão A melhor coisa que já vi na televisão, em toda a minha vida.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraTalvez seja superestimado sim, não consigo julgar agora. Qualitativamente, resumiria o filme em "sensualmente repugnante". O que não da pra negar é a boa atuação do De Niro e a direção estilizada do Scorsese.
A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista AgoraVai pra lista dos filmes no qual eu queria morar. Da vontade de reassistir eternamente!
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraEsse filme chega a ser uma afronta de tão bom. A construção do roteiro, a trilha sonora envolvente, a direção, tudo é perfeito... mas os momentos em que Hannibal é encarnado em Anthony Hopkins, ah meu caro, é ai que não há como segurar o calafrio que percorre o corpo. É incrível como, com apenas pouco mais de 16 minutos em cena, somos hipnotizados por ele, apenas com seu olhar e sua fala mansa, mas incisiva. E palmas pra Jodie Foster por conseguir manter os embates com um Dr. Lecter insano.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista Agora"Aceitamos a realidade do mundo no qual estamos presentes"
Uma avaliação assombrosa da nossa existência, expondo totalmente a cultura de massa e a padronização da realidade. Jim Carrey assombroso! O filme é redondinho, clássicasso!
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraA primeira parte do filme é lenta, ok, mas é necessária para construir o clima de mistério. Hitchcock cria uma aura mística tão sólida que nos permite supor até mesmo algum tipo de influência realmente sobrenatural. Contudo, vem o grande tapa na cara... o roteiro é imprevisível até o fim. A fotografia é magnífica, a trilha sonora e a parte técnica são perfeitas, as atuações são decentes. Fiquei louco pra conhecer São Francisco depois de ver as locações haha!
Festa de Família
4.2 397 Assista AgoraChocante, magnífico! Os temas do dogma servem muito bem a esse filme, que se beneficia das tomadas de câmera e da estética. O foco num roteiro sensacional como esse vale por tudo... a desconstrução das aparências é perfeita.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraDavid Fincher nasceu pra dirigir filmes como esse. É sensacional como ele impõe seu toque grotesco nos thrillers e o modo pelo qual ele expõe a repugnância humana de tantas formas (o que ecoa desde a fotografia escura até a "sujeira" crua dos cenários) é incrível. Embora, como já disseram, a virada final seja previsível, a premissa é tão boa e o ritmo é tão envolvente que as falhas são cobertas.
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraFilme onde tudo é perfeito, roteiro, fotografia, direção, a fodenda trilha sonora... até onde vai a ganância do homem? Sobre quais bases é construído o ímpeto do capital? E onde se encaixa a hipocrisia nossa do dia-a-dia? Belo estudo sobre os principais caminhos que constituíram o Império Americano: o dinheiro e a religiosidade. E o Daniel Day-Lewis? CARA, melhor atuação em anos, insano!
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraDireção: segura e firme
Roteiro: redondo
Fotografia: perfeita
Direção de arte: cuidadosa
Trilha sonora: clássica
Atuações: todas em altíssimo nível. Mas se duas palavras definem, são Marlon Brando.
Dogville
4.3 2,0K Assista AgoraLars Von Trier. Alguns dizem que ele é superestimado... eu penso o contrário. Na verdade ele é um alguém que consegue destrinchar como poucos a nossa sociedade e o ser humano que a compõe. E o faz atingindo diretamente a nós, os expectadores, que remoemos as nossas próprias amarguras refletidas. Em Dogville mais uma vez Lars destrói nossas esperanças, jogando na nossa cara o fracasso do humanismo, do iluminismo, da religião, de toda uma experiência humana. As avaliações quanto a organização social burguesa, a obediência ao sistema, a exploração, a relação entre o forte e sua sobreposição ao fraco, e até mesmo até onde vão a misericórdia e o altruísmo, são feitas em camadas tão profundas que jogam na mesa diversas interpretações filosóficas.