Me pergunto o poder da convicção ideológica dessas pessoas, capaz de conduzi-los a permanecerem vivos, suportando tamanhas dores e traumas. Fico angustiada com as cenas de demonstração das torturas, imagine passar por isso em carne e osso!! Que período triste de deplorável superamos! Que ele nunca mais volte!!! DITADURA NUNCA MAIS!!!!!!!
Sob domínio britânico (branco, cristão, capitalista, tecnológico, preconceituoso, classista e que controla através do poder político e da violência militar), Jean Rouch nos apresenta Accra, Costa do Ouro africana, através de um violento ritual dos haouka. Esse ritual religioso funciona numa dinâmica de apropriação dos signos que os colonizados têm em relação aos seus colonizadores (não são, portanto, práticas originárias das tradições africanas, mas nascentes do contato da África subdesenvolvida e miserável, com as potências que a explora). Os praticantes reencenam comportamentos e formas de interação social praticados pelos colonizadores e a maestria do Jean Rouch está em inverter a lógica do dominado como um "alienado", mostrando através das práticas ritualísticas, a estupidez do colonizador. Nunca deixará de ser uma relação controversa, já que sempre será o olhar de um europeu branco para uma África negra, mas Rouch superou o olhar do cinema colonial daquele tempo. Afinal de contas, era a África pós-colonial que lhe interessava. Ironias do destino à parte, o mesmo assunto da 1ª geração de cineastas africanos que o acusava de "africanista".
Os cinemas produzidos no continente africano têm sido grandes descobertas em minha vida! Espero poder rever este filme com uma legenda do que a que tive acesso pelo youtube (inclusive, se alguém puder me indicar outra via, serei muito grata).
Tenho tentando me comprometer em conhecer mais sobre o cinema realizado em África, reconhecendo as particularidades de cada país do continente, com um olhar o mais descolonizado possível. Isto por que reduzir os filmes produzidos à nomenclatura "Cinema Africano" é como continuar "sugando" apenas o que nos parece conveniente. Me parece que não dá para olhar para este cinema de maneira tão simplista, assim como não dá para considerar as condições sociais e econômicas das quais ele surge. Este filme, por exemplo, idealizado por um grupo de africanos estudantes de cinema em Paris, inicialmente se passariam em Dakar, mas teve sua produção barrada pelo governo de Senegal (que só viria a se tornar uma república autônoma aprox. 4 anos depois). Então, apesar de se perder da metade para o fim, tornando-se mais um registro de instantâneos da cidade, é um filme importante sobre as memórias do passado (e do futuro) de artistas africanos sobre o seu povo, mesmo estando fora de seu país.
Muito além do chuveiro
3.1 12Perdi tudo com a Letruxxx hahaha, muito bom!!
Wichita
4.4 1Assisti no Filme Filme, achei sensacional!
Não é Hora de Chorar
4.5 2Me pergunto o poder da convicção ideológica dessas pessoas, capaz de conduzi-los a permanecerem vivos, suportando tamanhas dores e traumas. Fico angustiada com as cenas de demonstração das torturas, imagine passar por isso em carne e osso!! Que período triste de deplorável superamos! Que ele nunca mais volte!!! DITADURA NUNCA MAIS!!!!!!!
Nunca é Noite no Mapa
4.5 13Genial!
Ela que Veste a Chuva
3.5 1É sobre estar ali. Simplesmente estar...!
Agora como resolver o meu crush com a Amaryllis Tremblay que eu não sei...
Adelaide, aqui não há segunda vez para o erro
3.4 2Excelente alternativa narrativa, muito inventivo!
Leaf
4.0 2Lindo... essa jovem animadora vai longe!
Dossiê Rê Bordosa
4.1 74Genialíssimo!!!
Menarca
3.4 5Muito boa a metáfora! Somos todas piranhas: sexualmente livres e empoderadas!
Os Mestres Loucos
3.8 31Sob domínio britânico (branco, cristão, capitalista, tecnológico, preconceituoso, classista e que controla através do poder político e da violência militar), Jean Rouch nos apresenta Accra, Costa do Ouro africana, através de um violento ritual dos haouka.
Esse ritual religioso funciona numa dinâmica de apropriação dos signos que os colonizados têm em relação aos seus colonizadores (não são, portanto, práticas originárias das tradições africanas, mas nascentes do contato da África subdesenvolvida e miserável, com as potências que a explora). Os praticantes reencenam comportamentos e formas de interação social praticados pelos colonizadores e a maestria do Jean Rouch está em inverter a lógica do dominado como um "alienado", mostrando através das práticas ritualísticas, a estupidez do colonizador. Nunca deixará de ser uma relação controversa, já que sempre será o olhar de um europeu branco para uma África negra, mas Rouch superou o olhar do cinema colonial daquele tempo. Afinal de contas, era a África pós-colonial que lhe interessava. Ironias do destino à parte, o mesmo assunto da 1ª geração de cineastas africanos que o acusava de "africanista".
Ethereality
4.1 3Excelente metáfora!
Zombies
4.5 4Uau!!!
Este Foi para o Mercado
4.3 2Fantástica ironia sobre o esvaziamento de discursos!
Hello, Rain
4.0 2T-U-D-O-H
Torre
4.2 5Excelente! Me lembrou o estilo de desenho/montagem/construção sonora de "Chris, o Suíço"...
O Homem na Coisa
3.9 3A computação gráfica é fraquinha, mas a ideia de recortar um fotograma p/ penetrar nas reflexões críticas do cotidiano, achei foda!
O Carroceiro
4.2 11Os cinemas produzidos no continente africano têm sido grandes descobertas em minha vida! Espero poder rever este filme com uma legenda do que a que tive acesso pelo youtube (inclusive, se alguém puder me indicar outra via, serei muito grata).
África sobre o Sena
3.5 3Tenho tentando me comprometer em conhecer mais sobre o cinema realizado em África, reconhecendo as particularidades de cada país do continente, com um olhar o mais descolonizado possível. Isto por que reduzir os filmes produzidos à nomenclatura "Cinema Africano" é como continuar "sugando" apenas o que nos parece conveniente. Me parece que não dá para olhar para este cinema de maneira tão simplista, assim como não dá para considerar as condições sociais e econômicas das quais ele surge. Este filme, por exemplo, idealizado por um grupo de africanos estudantes de cinema em Paris, inicialmente se passariam em Dakar, mas teve sua produção barrada pelo governo de Senegal (que só viria a se tornar uma república autônoma aprox. 4 anos depois).
Então, apesar de se perder da metade para o fim, tornando-se mais um registro de instantâneos da cidade, é um filme importante sobre as memórias do passado (e do futuro) de artistas africanos sobre o seu povo, mesmo estando fora de seu país.
O Adivinhador
3.8 4Surreal! Bela homenagem ao Cinema Soviético...
Polícia e Ladrão
4.1 28 Assista AgoraDuro... necessário... tocante.
República
4.2 205 estrelas pra essa mulher que merece o mundo!!!
República
4.2 205 estrelas pra essa mulher que merece o mundo!!!
Ela Que Mora no Andar de Cima
2.9 4As minhas estrelas vão para a Marcelia Cartaxo e a Raquel Rizzo! Imagens bonitas, mas roteiro falho e que não evolui para situação nenhuma.
Umbrella
3.7 468 min de memórias sensíveis e uma enorme delicadeza que dispensa diálogos. Eu amei! Para quem não achou: https://www.youtube.com/watch?v=Bl1FOKpFY2Q