Passei mais da metade do filme refletindo que caso o Chris fosse uma mulher ( negra ou branca) ou um homem negro, não iria ter conseguido fazer metade do que fez pois iria sofrer em algum momento assédio sexual, ser barrado de primeira pela polícia ou não conseguir conquistar a simpatia e a confiança das pessoas com quem cruzou durante a sua jornada. No mais, o filme não me trouxe emoções, encanto e nem mesmo simpatia pelo sonho do Chris. Acho que o conflito familiar como único motivo pra viver into the wild sem dar notícias me soou muito fraco e vazio e bem estilo rebelde sem causa.
Filme bem mediano em alguns aspectos:Personagens principais pouco aprofundadas, trilha sonora lamentável e incoerente, falta de maior contextualização da história com a década de 1920. Não li o livro mas se caso a história do filme esteja próxima a obra original, não sentirei vontade de ler. O personagem principal é descrito como great mas a meu ver não passava de um novo rico inseguro e frustrado por não conseguir ter a mulher que idolatrava. O sentimento do Gatsby pela Daisy passa longe de ser amor, em uma das cenas ele força ela a dizer que nunca amou o marido para que ele concretizasse a sua fantasia de que ela continuou amando ele durante os 5 anos que estiveram longe. Da mesma forma que ele conseguia comprar tudo, ele também queria comprar uma história que só existiu dentro da cabeça dele.
Sem dúvida uma das melhores obras que já vi tratando sobre o processo de construção da masculinidade, dos efeitos danosos que isso acarreta na formação de meninos e homens e como isso está diretamente ligado com as violências cometidas contra as mulheres. Deu vontade de colocar todos os meus amigos homens numa sala e fazê-los assistir rs.
Nossa, me encantei com a Philomena e com as suas escolhas diante de descobertas dolorosas e medos vividos e guardados por anos a fios. O filme é muito sensível e ainda consegue ser leve e divertido mesmo tratando de um tema tão pesado. A personagem do Martin contrastando com as opiniões da Philomena no que tange a religião foi essencial para que a culpa da Igreja não fosse atenuada, e fiquei pensando no quanto um discurso que culpa e pune as mulheres por terem prazer ainda é forte, não apenas dentro do campo da religião.
Que bom constatar que a maior parte da crítica aclamou o filme e que no geral o público tb gostou. Essa boa recepção provavelmente vai estimular que outros filmes protagonizados por heroínas sejam mais produzidos. Mas representatividade a parte, eu não gostei do filme, achei a história fraca e pouco convincente, romance demais, lutas e cenas de ação de menos ( a melhor luta é a das Amazonas na praia) e um vilão mais do mesmo.
Muito bom! Mas esperei ver um pouco mais de politização, sobretudo num contexto em que pessoas continuam sendo mortas por serem travestis. Mas mesmo sem isso vale muito a pena conferir filme.
2 horas e meia de um filme sofrível! O enredo diz uma coisa mas o desenvolvimento descamba pra uma completa falta de coesão. Uma estrela pelo Dane Dehaan.
O filme é muito bom! As críticas ao racismo são feitas tanto de forma crua e fácil de serem detectadas como de maneira mais sútil as vezes. Para a maior parte dos negros o racismo é um terror que faz parte de suas rotinas e um verdadeiro perigo para as suas vidas. Durante o filme várias questões referente a forma como os negros são discriminados e estereotipados vão surgindo: a ideia de superioridade física e aptidão para certas práticas esportivas, mito da potência sexual entre outros. Tudo isso numa atmosfera de crescente suspense.A única coisa que me incomoda é que o filme está sendo vendido como terror mas é muito mais um suspense.
Eu adorei o filme! Não achei que fosse gostar tanto. E tiro meu chapéu pra atuação do Casey Afleck, é uma interpretação muito sutil, comedida mas cheia de emoções e tudo isso sem verbalizar nos momentos de maior carga dramática. A história tinha tudo pra virar um drama nos moldes tradicionais mas foge ao lugar comum justamente porque as personagens se calam e desconversam durante os diálogos mais difíceis e espinhosos. Mesmo sem as palavras serem ditas, está tudo ali!
Eu geralmente gosto muito de filmes cuja temática é centrada no cotidiano, em rotinas, nas coisas ordinárias do dia a dia, sem deixar de mostrar que o mais corriqueiro pode encantar e ser poético. Paterson tem a priori todos esses elementos, a história de um poeta motorista que vive uma vida pacata ao lado de ( ao meu ver, uma desinteressante e cansativa esposa, a personagem da Laura não foi bem construída e cai fácil no estereótipo da mulher que está ali só pra ser o par afetuoso do protagonista). Mesmo tendo elementos interessantes a poesia não encanta, os momentos de quebra da rotina são vividos sem emoção pelo protagonista e tudo fica muito insosso e frio.
Eu não gostei do filme. Achei a premissa boa, a ideia de explorar um contexto diferente como o da Oceania e de ter uma menina protagonista que não é princesa é muito positivo, mas achei a condução do filme meio cansativa, as músicas chatas e personagens que não me cativaram ( nem a própria Moana). Acredito que essa nova safra de animações da Disney ganha muito em diversidade e temáticas diferenciadas mas fica muito aquém quando comparamos com o encantamento, qualidade musical e carisma das personagens das animações da década de 90.
Muito bom! O filme nos permite observar o quanto a nossa forma de educar é contraditória, limitante e não nos prepara para sermos sujeitos que pensam livremente.
Acredito que essa foi a pior cinebiografia que já assisti, uma menção honrosa deve ser feita a Andreia Horta que tirou leite de pedra de um roteiro e texto tão ruim. O filme já começa na metade, não ficamos sabendo nada a respeito da infância, do restante da família da Elis e nem como ela começou a sua carreira de cantora. Mas talvez o pior tenha sido o fato de no filme as mudanças da vida da Elis girar em torno dos homens com quem ela se relacionou, existe uma ausência de outras mulheres no filme além da Elis e essa escolha de focar na relação dela com alguns homens muito me incomodou e ao meu ver empobreceu o filme.
Fora a atuação do James McAvoy infelizmente não deu pra salvar mais nada do filme. O que é um pena, já que a premissa e a história do protagonista são tão interessantes mas o desenvolvimento do filme não foi bem executado a meu ver.
Já tinha gostado de Fingersmith e essa nova versão é tão boa quanto se não melhor! O filme consegue fazer com que a gente reflita sobre várias questões, incluindo a noção compartilhada em várias culturas de que o corpo feminino deve ser encarado como mero objeto para o prazer masculino, ou que as mulheres devem permanecer submissas a um controle patriarcal. Mesmo que não existisse o romance entre as protagonistas ( que é um ponto muito bom e importante), a mensagem final não ficaria abalada, a de que quando unidas, as mulheres podem conquistar sua liberdade e dar uma rasteira no sistema machista que as aprisionam.
A Bela e a Fera de 1991 é um dos meus filmes preferidos, a história e as personagens sempre me encantaram desde criança. Como fã fiquei muito satisfeita com a versão live action que faz jus a animação de 1991 mesmo tendo pequenas mudanças o que é compreensível, achei importante as adequações e modificações que tornam esse filme mais dialogável com o nosso tempo presente. Mas ao mesmo tempo acho que um ponto fraco do filme reside aí. A relação da Bela com a Fera foi melhor construída, diálogos que falam sobre como amar é deixar o ser amado livre deixou explícito que a relação prisioneira no castelo X amor não são compatíveis, mas faltou o encanto e paixão da animação de 1991, onde as personagens se encantam. A inserção da personagem Agata também foi desnecessário a meu ver.Tb achei que o Dan Stevens como Fera não convenceu tanto e não por culpa dele, mas o elenco dos objetos animados roubaram a cena. Gostei da Emma como Bela, do Le Fou ser gay e de como o filme deixou isso às claras mostrando que uma releitura pode sim incrementar sem perder o clássico de vista.
O filme ficou bem abaixo das minhas expectativas. A ideia de juntar um enredo de um livro como metáfora para a vida dos protagonistas foi interessante mas achei tao raso o fato do Edward ter guardado rancor por 19 anos por conta de um aborto e de ter tomado um fora. Achei que o que a Susan tinha feito era algo monstruoso, mas no fim ela só era uma jovem rica que optou por não ter ao seu lado alguém que considerava fraco e sem as mesmas ambições que ela.
O filme demora pra engrenar mas depois percebi que a forma lenta com que é mostrado o cotidiano do Troy e da Rose é uma estratégia para que a gente compreenda melhor as personalidades e angústias das personagens. O fato de eu ter odiado o Troy em 80% do filme, só mostra o quanto o Denzel atuou brilhantemente ao colocar em foco as ambiguidades, forças e fraquezas de um homem frustrado com o seu presente e assombrado pelo seu passado. Ele merecia e muito ter ganhado o oscar. E o que dizer da diva, musa e soberana Viola Davis? A cena do confronto entre ela e o Troy foi o ponto alto e emocionante do filme, a fala da Rose representou milhares de mulheres que ainda hoje abdicam suas vidas em prol da manutenção de uma família. Vi muita gente questionando o tom morno e pacífico com que a Rose lidou com a situação depois da descoberta, mas acredito que pra o tempo em que a história se passa isso era o esperado e tb achei o desfecho coerente apesar de sem surpresas.
Que filme maravilhoso, sensível e bem produzido. É impossível não se encantar com o Saroo criança numa atuação tão convincente do Sunny Pawar. A primeira parte do filme é a melhor, visto que na segunda parte perde um pouco do fôlego ao não aprofundar a relação familiar do Saroo com sua família adotiva. O diálogo final entre Saroo e sua mãe adotiva é emocionante e poderia ter sido mais explorado em outras cenas. Crítica negativa pra personagem da Rooney Mara que não acrescentou muita coisa e crítica super positiva pra cena final do filme, onde o ápice foi a explicação pra o nome do filme. Chorei mares e oceanos rs.
Um daqueles filmes que ao assistir vamos experimentando um turbilhão de sentimentos. Ao findar a película fiquei refletindo que uma das mensagens centrais de Moonlight é a consequência da falta de amor na vida de uma pessoa. Chiron viveu sem amor durante a maior parte da sua vida, sua mãe o amava, mas ela tb estava tao machucada pela vida que nao tinha condições de lhe oferecer maior suporte. A passagem do Juan pela vida do Chiron foi um dos poucos momentos que ele pode sentir o afeto genuíno de outra pessoa por ele,e por isso a cena deles dois no mar é tao linda e simbólica. Na cena final ao ser abraçado pelo Kevin ele se sentiu depois de tantos anos, novamente amado, foi genial mostrar nessa parte a imagem dele novamente criança, sob a luz do luar, onde todos os meninos negros ficam azuis.
Acredito que é um ganho muito significativo quando o cinema traz para as telas e para a sociedade uma narrativa protagonizada por hidden figures, que realizaram um trabalho tao importante ao mesmo tempo em que lutavam contra o racismo e o machismo. Me emocionei, me senti representada e comemorei com o fim apropriado. A única coisa que poderia ter sido mais explorada em minha opnião, seria um pouco mais de subversão por parte da Katherine. Mas até isso é compreensivel, pois elas nao queriam se rebelare sim ter o seu trabalho reconhecido e respeitado naquele espaço que lhes era tao hostil.
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 970 Assista AgoraFaltou a guerra e tudo indica que a continuação vai ser numa pegada Mogli.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraPassei mais da metade do filme refletindo que caso o Chris fosse uma mulher ( negra ou branca) ou um homem negro, não iria ter conseguido fazer metade do que fez pois iria sofrer em algum momento assédio sexual, ser barrado de primeira pela polícia ou não conseguir conquistar a simpatia e a confiança das pessoas com quem cruzou durante a sua jornada. No mais, o filme não me trouxe emoções, encanto e nem mesmo simpatia pelo sonho do Chris. Acho que o conflito familiar como único motivo pra viver into the wild sem dar notícias me soou muito fraco e vazio e bem estilo rebelde sem causa.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraFilme bem mediano em alguns aspectos:Personagens principais pouco aprofundadas, trilha sonora lamentável e incoerente, falta de maior contextualização da história com a década de 1920. Não li o livro mas se caso a história do filme esteja próxima a obra original, não sentirei vontade de ler. O personagem principal é descrito como great mas a meu ver não passava de um novo rico inseguro e frustrado por não conseguir ter a mulher que idolatrava. O sentimento do Gatsby pela Daisy passa longe de ser amor, em uma das cenas ele força ela a dizer que nunca amou o marido para que ele concretizasse a sua fantasia de que ela continuou amando ele durante os 5 anos que estiveram longe. Da mesma forma que ele conseguia comprar tudo, ele também queria comprar uma história que só existiu dentro da cabeça dele.
Eu Não Sou Seu Negro
4.5 136 Assista AgoraJames Baldwin, que texto! Atemporal e aterrador.
A Máscara em que Você Vive
4.5 201Sem dúvida uma das melhores obras que já vi tratando sobre o processo de construção da masculinidade, dos efeitos danosos que isso acarreta na formação de meninos e homens e como isso está diretamente ligado com as violências cometidas contra as mulheres. Deu vontade de colocar todos os meus amigos homens numa sala e fazê-los assistir rs.
Philomena
4.0 920 Assista AgoraNossa, me encantei com a Philomena e com as suas escolhas diante de descobertas dolorosas e medos vividos e guardados por anos a fios. O filme é muito sensível e ainda consegue ser leve e divertido mesmo tratando de um tema tão pesado. A personagem do Martin contrastando com as opiniões da Philomena no que tange a religião foi essencial para que a culpa da Igreja não fosse atenuada, e fiquei pensando no quanto um discurso que culpa e pune as mulheres por terem prazer ainda é forte, não apenas dentro do campo da religião.
A Incrível Jessica James
3.5 102 Assista AgoraUm bom exemplo de que se bem usadas e readaptadas, as velhas fórmulas de comédias românticas ainda podem gerar bons filmes como Jessica James.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraQue bom constatar que a maior parte da crítica aclamou o filme e que no geral o público tb gostou. Essa boa recepção provavelmente vai estimular que outros filmes protagonizados por heroínas sejam mais produzidos. Mas representatividade a parte, eu não gostei do filme, achei a história fraca e pouco convincente, romance demais, lutas e cenas de ação de menos ( a melhor luta é a das Amazonas na praia) e um vilão mais do mesmo.
Divinas Divas
4.3 133 Assista AgoraMuito bom! Mas esperei ver um pouco mais de politização, sobretudo num contexto em que pessoas continuam sendo mortas por serem travestis. Mas mesmo sem isso vale muito a pena conferir filme.
A Cura
3.0 707 Assista Agora2 horas e meia de um filme sofrível! O enredo diz uma coisa mas o desenvolvimento descamba pra uma completa falta de coesão. Uma estrela pelo Dane Dehaan.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraO filme é muito bom! As críticas ao racismo são feitas tanto de forma crua e fácil de serem detectadas como de maneira mais sútil as vezes. Para a maior parte dos negros o racismo é um terror que faz parte de suas rotinas e um verdadeiro perigo para as suas vidas. Durante o filme várias questões referente a forma como os negros são discriminados e estereotipados vão surgindo: a ideia de superioridade física e aptidão para certas práticas esportivas, mito da potência sexual entre outros. Tudo isso numa atmosfera de crescente suspense.A única coisa que me incomoda é que o filme está sendo vendido como terror mas é muito mais um suspense.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraEu adorei o filme! Não achei que fosse gostar tanto. E tiro meu chapéu pra atuação do Casey Afleck, é uma interpretação muito sutil, comedida mas cheia de emoções e tudo isso sem verbalizar nos momentos de maior carga dramática. A história tinha tudo pra virar um drama nos moldes tradicionais mas foge ao lugar comum justamente porque as personagens se calam e desconversam durante os diálogos mais difíceis e espinhosos. Mesmo sem as palavras serem ditas, está tudo ali!
Paterson
3.9 353 Assista AgoraEu geralmente gosto muito de filmes cuja temática é centrada no cotidiano, em rotinas, nas coisas ordinárias do dia a dia, sem deixar de mostrar que o mais corriqueiro pode encantar e ser poético. Paterson tem a priori todos esses elementos, a história de um poeta motorista que vive uma vida pacata ao lado de ( ao meu ver, uma desinteressante e cansativa esposa, a personagem da Laura não foi bem construída e cai fácil no estereótipo da mulher que está ali só pra ser o par afetuoso do protagonista). Mesmo tendo elementos interessantes a poesia não encanta, os momentos de quebra da rotina são vividos sem emoção pelo protagonista e tudo fica muito insosso e frio.
Moana: Um Mar de Aventuras
4.1 1,5KEu não gostei do filme. Achei a premissa boa, a ideia de explorar um contexto diferente como o da Oceania e de ter uma menina protagonista que não é princesa é muito positivo, mas achei a condução do filme meio cansativa, as músicas chatas e personagens que não me cativaram ( nem a própria Moana). Acredito que essa nova safra de animações da Disney ganha muito em diversidade e temáticas diferenciadas mas fica muito aquém quando comparamos com o encantamento, qualidade musical e carisma das personagens das animações da década de 90.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraMuito bom! O filme nos permite observar o quanto a nossa forma de educar é contraditória, limitante e não nos prepara para sermos sujeitos que pensam livremente.
Elis
3.5 522 Assista AgoraAcredito que essa foi a pior cinebiografia que já assisti, uma menção honrosa deve ser feita a Andreia Horta que tirou leite de pedra de um roteiro e texto tão ruim. O filme já começa na metade, não ficamos sabendo nada a respeito da infância, do restante da família da Elis e nem como ela começou a sua carreira de cantora. Mas talvez o pior tenha sido o fato de no filme as mudanças da vida da Elis girar em torno dos homens com quem ela se relacionou, existe uma ausência de outras mulheres no filme além da Elis e essa escolha de focar na relação dela com alguns homens muito me incomodou e ao meu ver empobreceu o filme.
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraFora a atuação do James McAvoy infelizmente não deu pra salvar mais nada do filme. O que é um pena, já que a premissa e a história do protagonista são tão interessantes mas o desenvolvimento do filme não foi bem executado a meu ver.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraJá tinha gostado de Fingersmith e essa nova versão é tão boa quanto se não melhor! O filme consegue fazer com que a gente reflita sobre várias questões, incluindo a noção compartilhada em várias culturas de que o corpo feminino deve ser encarado como mero objeto para o prazer masculino, ou que as mulheres devem permanecer submissas a um controle patriarcal. Mesmo que não existisse o romance entre as protagonistas ( que é um ponto muito bom e importante), a mensagem final não ficaria abalada, a de que quando unidas, as mulheres podem conquistar sua liberdade e dar uma rasteira no sistema machista que as aprisionam.
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraA Bela e a Fera de 1991 é um dos meus filmes preferidos, a história e as personagens sempre me encantaram desde criança. Como fã fiquei muito satisfeita com a versão live action que faz jus a animação de 1991 mesmo tendo pequenas mudanças o que é compreensível, achei importante as adequações e modificações que tornam esse filme mais dialogável com o nosso tempo presente. Mas ao mesmo tempo acho que um ponto fraco do filme reside aí. A relação da Bela com a Fera foi melhor construída, diálogos que falam sobre como amar é deixar o ser amado livre deixou explícito que a relação prisioneira no castelo X amor não são compatíveis, mas faltou o encanto e paixão da animação de 1991, onde as personagens se encantam. A inserção da personagem Agata também foi desnecessário a meu ver.Tb achei que o Dan Stevens como Fera não convenceu tanto e não por culpa dele, mas o elenco dos objetos animados roubaram a cena. Gostei da Emma como Bela, do Le Fou ser gay e de como o filme deixou isso às claras mostrando que uma releitura pode sim incrementar sem perder o clássico de vista.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraO filme ficou bem abaixo das minhas expectativas. A ideia de juntar um enredo de um livro como metáfora para a vida dos protagonistas foi interessante mas achei tao raso o fato do Edward ter guardado rancor por 19 anos por conta de um aborto e de ter tomado um fora. Achei que o que a Susan tinha feito era algo monstruoso, mas no fim ela só era uma jovem rica que optou por não ter ao seu lado alguém que considerava fraco e sem as mesmas ambições que ela.
[spoiler][/spoiler]
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraO filme demora pra engrenar mas depois percebi que a forma lenta com que é mostrado o cotidiano do Troy e da Rose é uma estratégia para que a gente compreenda melhor as personalidades e angústias das personagens. O fato de eu ter odiado o Troy em 80% do filme, só mostra o quanto o Denzel atuou brilhantemente ao colocar em foco as ambiguidades, forças e fraquezas de um homem frustrado com o seu presente e assombrado pelo seu passado. Ele merecia e muito ter ganhado o oscar. E o que dizer da diva, musa e soberana Viola Davis? A cena do confronto entre ela e o Troy foi o ponto alto e emocionante do filme, a fala da Rose representou milhares de mulheres que ainda hoje abdicam suas vidas em prol da manutenção de uma família. Vi muita gente questionando o tom morno e pacífico com que a Rose lidou com a situação depois da descoberta, mas acredito que pra o tempo em que a história se passa isso era o esperado e tb achei o desfecho coerente apesar de sem surpresas.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraQue filme maravilhoso, sensível e bem produzido. É impossível não se encantar com o Saroo criança numa atuação tão convincente do Sunny Pawar. A primeira parte do filme é a melhor, visto que na segunda parte perde um pouco do fôlego ao não aprofundar a relação familiar do Saroo com sua família adotiva. O diálogo final entre Saroo e sua mãe adotiva é emocionante e poderia ter sido mais explorado em outras cenas. Crítica negativa pra personagem da Rooney Mara que não acrescentou muita coisa e crítica super positiva pra cena final do filme, onde o ápice foi a explicação pra o nome do filme. Chorei mares e oceanos rs.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraUm daqueles filmes que ao assistir vamos experimentando um turbilhão de sentimentos. Ao findar a película fiquei refletindo que uma das mensagens centrais de Moonlight é a consequência da falta de amor na vida de uma pessoa. Chiron viveu sem amor durante a maior parte da sua vida, sua mãe o amava, mas ela tb estava tao machucada pela vida que nao tinha condições de lhe oferecer maior suporte. A passagem do Juan pela vida do Chiron foi um dos poucos momentos que ele pode sentir o afeto genuíno de outra pessoa por ele,e por isso a cena deles dois no mar é tao linda e simbólica. Na cena final ao ser abraçado pelo Kevin ele se sentiu depois de tantos anos, novamente amado, foi genial mostrar nessa parte a imagem dele novamente criança, sob a luz do luar, onde todos os meninos negros ficam azuis.
[spoiler][/spoiler]
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraAcredito que é um ganho muito significativo quando o cinema traz para as telas e para a sociedade uma narrativa protagonizada por hidden figures, que realizaram um trabalho tao importante ao mesmo tempo em que lutavam contra o racismo e o machismo. Me emocionei, me senti representada e comemorei com o fim apropriado. A única coisa que poderia ter sido mais explorada em minha opnião, seria um pouco mais de subversão por parte da Katherine. Mas até isso é compreensivel, pois elas nao queriam se rebelare sim ter o seu trabalho reconhecido e respeitado naquele espaço que lhes era tao hostil.