Achei que seria muito pior. É um entretenimento pelos diálogos ridículos e pela interpretação da Dakota Johnson, se não levar muito em conta as questões machistas da história.
Filme certinho, bonitinho e água com açúcar nas medidas do Oscar. Destaque pro Eddie Redmayne, cujo atuação não merece ser reduzida à transformação física com intenção de garantir uma indicação.
Com a impressão de ter sido gravado em plano-sequência, a montagem ambiciosa de Douglas Crise e Stephen Mirrione é na verdade um encaixe calculado de cenas dos parceiros do realizador Alejandro González Iñarritu, colaborando para a função metalinguística da tragédia do homem-pássaro. Essa metalinguagem, aliás, é o maior destaque de Birdman, que vai da escalação de atores conhecidos, por já terem dado vida a algum personagem de quadrinhos à escolhas de temas imperativos na indústria hollywoodiana. A cena em que o ex-Batman Michael Keaton (ótimo, embora minha escolha para melhor ator seja Jake Gyllenhaal, que sequer fora indicado) corre desesperado pela Times Square de cueca é a sequência mais memorável e simbólica de Rigan Thomson, mostrando um sujeito vulnerável e confuso numa situação que antes fora tão prazerosa. É um filme pretensioso, sem dúvidas, mas bom o suficiente para que essa pretensão não seja sua ruína.
Quando comecei a gostar de cinema, comecei a gostar de Reese Witherspoon. Suas interpretações sempre me agradaram, desde sua ascensão no fim da década de 90 à vitória de melhor atriz no Oscar de 2006, como June Carter em Johnny & June (apesar de achar que Felicty Huffman merecia mais). Entretanto, ao adentrar para o time de estrelas que sofrem da maldição de péssimos filmes após a estatueta, a crítica e o público pareceram ter se esquecido de que um dia ela fora responsável por viver grandes personagens, como Tracy Flick (no hilário Eleição), e aos poucos a moça foi caindo para o estigma de loira carismática que encabeça qualquer comédia romântica medíocre, devido a suas questionáveis escolhas. Logo, vê-la retornar no papel de uma personagem tão forte em busca de sua redenção, me deixa tão feliz por servir também como metáfora para sua carreira;
Desconstruindo também a relação aluno-professor, usualmente vista com laços de fraternidade e carinho, Whiplash é um filme que demanda fôlego de quem o assiste e, embora goste bastante de Boyhood, se a estatueta de melhor do ano no Oscar estivesse em minhas mãos, o vencedor seria este nomeado por não permitir que a baqueta derrape por um segundo sequer.
Assim como a juventude oitentista é delineada pelo escritor no livro de 85 de maneira vã e superficial, os adolescentes de Regras da Atração (2002) também não demonstram almejar muito além das satisfações momentâneas que rodeiam suas vidas, já que estão sempre preenchendo os vazios existenciais com atividades fugazes e relações estridentes. A visão distorcida de realidade, como disse anteriormente, não ajuda a visualizar personagens exatamente simpáticos, podendo então correr o risco da criação de empecilhos que poderiam interferir na qualidade do filme. Entretanto, essa característica que faz parte dos traços mais importantes da literatura de Ellis, torna-se um dos maiores trunfos da adaptação, graças ao estilo visual utilizado por seus realizadores.
Jason Bateman decidiu mostrar que não nasceu apenas para interpretar leves variações do sujeito bonzinho, carismático e racional – estereótipos que se tornaram quase um estigma em sua carreira após o papel do menos disfuncional membro da família Bluth em Arrested Development. Estreando também na direção, o ator incorpora em Palavras Duras um homem de 40 anos que, após descobrir uma brecha na regulamentação de um típico campeonato americano de soletrar palavras, decide se candidatar para o desespero dos competidores (bem) mais novos e de seus pais. O real motivo que o levou até ali não ajuda no tom politicamente incorreto e cômico do filme, mas funciona ao dar mais humanidade e até a tentar compreender melhor aquele ranzinza. O destaque fica por conta de seu maior concorrente, o jovem Chaitanya Chopra (a revelação Rohan Chand) e pelas leves críticas à cultura megalomaníaca da terra do Tio Sam.
Merecidamente vencedor do prêmio do Júri de Cannes em 2009 e enriquecido por performances arrebatadoras da estreante (e, infelizmente, nunca mais vista) Katie Jarvis e o nomeado por essa que vos escreve como o melhor ator de sua geração, Michael Fassbender, Aquário trata-se de uma obra intensamente sufocante e imersiva, dessas que mantêm as sensações exaltadas durante o filme após o decorrer dos créditos finais e, até quando flerta com a previsibilidade graças à inserção do personagem masculino crucial a narrativa, essa pequena pérola britânica não perde seu requebrado (trocadilho indispensável, desculpem).
Do poético As Virgens Suicidas ao retrato da geração consumo em The Bling Ring (me recuso a usar o subtítulo nacional pavoroso), Sofia Coppola busca recriar com mãos sutis o universo de suas heroínas femininas e expõe com delicadeza a sensação latente de solidão de seus personagens masculinos a cada material novo. Seguindo o mesmo caminho de sua tia diretora, Gia Coppola se aventura na sétima arte com a estreia da adaptação do conto de James Franco (quê que esse homem não faz?!) em Palo Alto, um drama sobre o cotidiano apático dos adolescentes norte-americanos de classe média. Embora peque (e muito) com o roteiro que perambula do inconstante ao superficial, há algo que se sobressai no dia-a-dia dos jovens habitantes do sul da Califórnia: seja pela atuação digna de irmã Lisbon de Emma Roberts ou pelo estilo de direção que Gia procura encontrar a cada enquadramento, o filme muito mais quer dizer com a ambientação e seus detalhes implícitos e metafóricos que com sua história de modo geral. E, pelo menos pra mim, há sempre um grande fascínio em poder acompanhar (e se identificar com) a fase que antecede a vida adulta por meio de questionamentos frequentes e pouco esclarecedores.
Poucos diretores seriam capazes de contar essa história duma maneira tão intimista e tão sincera como Richard Linklater. Com poucas (ou nenhuma) grande reviravolta, o 'clímax' de Boyhood trata-se da identificação que sentimos com o personagem principal e sua trajetória ao longo dos anos e não apenas por meio de uma aproximação sentimental: a trilha, os acontecimentos históricos e todos os outros recursos usados pelo diretor para recriar determinadas épocas evocam no espectador uma sensação de nostalgia, mesmo que em sua maioria nossa cultura e nossos últimos 12 anos tenham tido momentos políticos e culturais diferentes aos exibidos na projeção.
Assisti sem muitas expectativas e ainda assim me decepcionei. Diversos filmes já abordaram o tema de maneira menos previsível. A cinematografia, embora muito bonita isoladamente, é carnavalesca por não conseguir se fundir muito bem a história, o que acaba impedindo que o espectador sinta-se realmente intrigado. O Duplo é um casamento que deu errado entre O Homem Duplicado (por terem sido lançados em épocas semelhantes a comparação é inevitável) e Clube da Luta com um Jesse Eisenberg que se esforça, mas beira o caricato.
Tá longe de ser um dos melhores do Fincher, mas é mais uma prova que ele consegue transformar uma possível atração de Supercine em um filme intrigante que induz o espectador a se questionar sobre temas recorentes como misoginia e a manipulação da mídia. Rosamund Pike tá incrível e o Ben Affleck como protagonista não causa espanto como na maioria de seus outros filmes, até porque a escolha de um ator tão pouco carismático é compreensível para o papel que ele exerce aqui.
Apesar de não superar o anterior, "Anjos da Lei 2" tem seu maior trunfo ao reconhecer que se trata de um filme ‘bobo’, brincando com o próprio universo de sequência duma regravação através de piadas inteligentes (da recapitulação dos principais eventos do predecessor aos hilariantes créditos finais) e graças ao enorme carisma de Channing Tatum, ofuscando seu parceiro de tela com frases e atitudes que variam do inocente ao idiota.
Comédia deliciosa esta aqui. As referências cinematográficas são hilárias enriquecendo ainda mais a história que não apela excessivamente para os clichês de filmes sobre a dualidade entre ser adolescente/se tornar um adulto responsável, e a química entre todos os atores é inegável. Poderia apenas ter terminado alguns minutos antes, mas
É fácil compreender porque a trilogia do “Antes” de Linklater possui fãs tão fiéis: a visão do diretor para a paixão foge das narrativas prosaicas e estigmatizadas das produções Hollywoodianas. Se sua primeira parte é uma obra para os idealistas românticos, a sequência é um presente aos conformados. A química entre Julie Delpy e Ethan Hawke permanece palpável e embora seja satisfatório acompanhar o desenrolar da história nove anos após o primeiro encontro, o destino de seus protagonistas é amargo e realista. Um romance irretocável que sobreviverá ao tempo.
Tenso, intrigante e atmosférico, O Homem Duplicado é um filme esteticamente impecável e memorável, sustentando-se também pela excelente atuação do Jake Gyllenhaal. Um dos melhores do ano e uma das experiências mais perturbadoras que já assisti.
Você é o Próximo funciona não apenas como um exemplar acima da média do gênero, mas também como uma homenagem aos filmes slasher, utilizando seus elementos típicos e reutilizando alguns clichês (de maneira apreciável) com um pouco de humor.
Uma agradável comédia que embora possua um tema interessante acaba caindo nos convencionais clichês do gênero que empobrecem a narrativa. Destaque pra Winona Ryder, mais uma vez em uma performance apaixonante e carismática.
Não consegui enxergar defeito aqui. Funciona em tudo: direção, metáforas, atuações, narrativa. Enfim, uma obra sublime que não pode ser reduzida a apenas 'um filme de lésbicas'. E acredito que as cenas de sexo, mesmo longas, acabem se justificando porque ajudam a construir o romance de suas protagonistas.
Eu esperava que Ela fosse uma versão 2.0 de Lars and the Real Girl com uma ironia embutida sobre a valorização das relações virtuais, mas é muito, muito mais que isso. Começa como um humor que sutilmente expõe tal crítica e vai se tornando um drama extremamente eficaz ao trabalhar os personagens e o universo em que estão inseridos. Joaquin Phoenix está excepcional, como sempre, conseguindo capturar todas as nuances de seu personagem. O filme mais sincero, bonito e sensível do ano.
O Scorsese de O Lobo de Wall Street é uma lembrança ácida daquele do ponto alto de sua filmografia com uma atuação espetacular do DiCaprio (provavelmente seu melhor desempenho até o momento), completamente enérgico, dominando a tela em cada momento que aparece. Apesar das 3 horas de duração, a sensação final é de que o filme ainda podia continuar de tão divertido que é.
Devastador, denso e bastante claustrofóbico. Méritos da direção e fotografia que entendem que pra tornar um suspense tenso é necessário criar uma atmosfera sufocante. E acredito que aqui o Jake Gyllenhaal entrega provavelmente a melhor atuação de sua carreira. Alguns pequenos furos, mas que não desmerecem o filme num geral. Certamente um dos melhores do ano passado.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraAchei que seria muito pior. É um entretenimento pelos diálogos ridículos e pela interpretação da Dakota Johnson, se não levar muito em conta as questões machistas da história.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraFilme certinho, bonitinho e água com açúcar nas medidas do Oscar. Destaque pro Eddie Redmayne, cujo atuação não merece ser reduzida à transformação física com intenção de garantir uma indicação.
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraPropaganda ufanista americana disfarçada por uma atuação carismática e aceitável de seu protagonista.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraCom a impressão de ter sido gravado em plano-sequência, a montagem ambiciosa de Douglas Crise e Stephen Mirrione é na verdade um encaixe calculado de cenas dos parceiros do realizador Alejandro González Iñarritu, colaborando para a função metalinguística da tragédia do homem-pássaro. Essa metalinguagem, aliás, é o maior destaque de Birdman, que vai da escalação de atores conhecidos, por já terem dado vida a algum personagem de quadrinhos à escolhas de temas imperativos na indústria hollywoodiana. A cena em que o ex-Batman Michael Keaton (ótimo, embora minha escolha para melhor ator seja Jake Gyllenhaal, que sequer fora indicado) corre desesperado pela Times Square de cueca é a sequência mais memorável e simbólica de Rigan Thomson, mostrando um sujeito vulnerável e confuso numa situação que antes fora tão prazerosa. É um filme pretensioso, sem dúvidas, mas bom o suficiente para que essa pretensão não seja sua ruína.
https://titlenregistration.wordpress.com/2015/02/04/tres-dos-indicados-ao-oscar-de-2015/
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraQuando comecei a gostar de cinema, comecei a gostar de Reese Witherspoon. Suas interpretações sempre me agradaram, desde sua ascensão no fim da década de 90 à vitória de melhor atriz no Oscar de 2006, como June Carter em Johnny & June (apesar de achar que Felicty Huffman merecia mais). Entretanto, ao adentrar para o time de estrelas que sofrem da maldição de péssimos filmes após a estatueta, a crítica e o público pareceram ter se esquecido de que um dia ela fora responsável por viver grandes personagens, como Tracy Flick (no hilário Eleição), e aos poucos a moça foi caindo para o estigma de loira carismática que encabeça qualquer comédia romântica medíocre, devido a suas questionáveis escolhas. Logo, vê-la retornar no papel de uma personagem tão forte em busca de sua redenção, me deixa tão feliz por servir também como metáfora para sua carreira;
https://titlenregistration.wordpress.com/2015/02/04/tres-dos-indicados-ao-oscar-de-2015/
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraDesconstruindo também a relação aluno-professor, usualmente vista com laços de fraternidade e carinho, Whiplash é um filme que demanda fôlego de quem o assiste e, embora goste bastante de Boyhood, se a estatueta de melhor do ano no Oscar estivesse em minhas mãos, o vencedor seria este nomeado por não permitir que a baqueta derrape por um segundo sequer.
https://titlenregistration.wordpress.com/2015/02/04/tres-dos-indicados-ao-oscar-de-2015/
Regras da Atração
3.1 180 Assista AgoraAssim como a juventude oitentista é delineada pelo escritor no livro de 85 de maneira vã e superficial, os adolescentes de Regras da Atração (2002) também não demonstram almejar muito além das satisfações momentâneas que rodeiam suas vidas, já que estão sempre preenchendo os vazios existenciais com atividades fugazes e relações estridentes. A visão distorcida de realidade, como disse anteriormente, não ajuda a visualizar personagens exatamente simpáticos, podendo então correr o risco da criação de empecilhos que poderiam interferir na qualidade do filme. Entretanto, essa característica que faz parte dos traços mais importantes da literatura de Ellis, torna-se um dos maiores trunfos da adaptação, graças ao estilo visual utilizado por seus realizadores.
https://titlenregistration.wordpress.com/2015/01/14/nobody-ever-knows-anybody-else-everrrrr/
Palavrões
3.2 88 Assista AgoraJason Bateman decidiu mostrar que não nasceu apenas para interpretar leves variações do sujeito bonzinho, carismático e racional – estereótipos que se tornaram quase um estigma em sua carreira após o papel do menos disfuncional membro da família Bluth em Arrested Development. Estreando também na direção, o ator incorpora em Palavras Duras um homem de 40 anos que, após descobrir uma brecha na regulamentação de um típico campeonato americano de soletrar palavras, decide se candidatar para o desespero dos competidores (bem) mais novos e de seus pais. O real motivo que o levou até ali não ajuda no tom politicamente incorreto e cômico do filme, mas funciona ao dar mais humanidade e até a tentar compreender melhor aquele ranzinza. O destaque fica por conta de seu maior concorrente, o jovem Chaitanya Chopra (a revelação Rohan Chand) e pelas leves críticas à cultura megalomaníaca da terra do Tio Sam.
http://titlenregistration.wordpress.com/2015/01/09/so-pra-dizer-que-nao-assisti-ou-escrevi-nada/
Aquário
3.6 163Merecidamente vencedor do prêmio do Júri de Cannes em 2009 e enriquecido por performances arrebatadoras da estreante (e, infelizmente, nunca mais vista) Katie Jarvis e o nomeado por essa que vos escreve como o melhor ator de sua geração, Michael Fassbender, Aquário trata-se de uma obra intensamente sufocante e imersiva, dessas que mantêm as sensações exaltadas durante o filme após o decorrer dos créditos finais e, até quando flerta com a previsibilidade graças à inserção do personagem masculino crucial a narrativa, essa pequena pérola britânica não perde seu requebrado (trocadilho indispensável, desculpem).
http://titlenregistration.wordpress.com/2014/12/16/o-aquario-sufocante-de-andrea-arnold/
Mapas para as Estrelas
3.3 477 Assista AgoraO melhor Cronenberg desde Eastern Promises.
Palo Alto
3.2 429Do poético As Virgens Suicidas ao retrato da geração consumo em The Bling Ring (me recuso a usar o subtítulo nacional pavoroso), Sofia Coppola busca recriar com mãos sutis o universo de suas heroínas femininas e expõe com delicadeza a sensação latente de solidão de seus personagens masculinos a cada material novo. Seguindo o mesmo caminho de sua tia diretora, Gia Coppola se aventura na sétima arte com a estreia da adaptação do conto de James Franco (quê que esse homem não faz?!) em Palo Alto, um drama sobre o cotidiano apático dos adolescentes norte-americanos de classe média. Embora peque (e muito) com o roteiro que perambula do inconstante ao superficial, há algo que se sobressai no dia-a-dia dos jovens habitantes do sul da Califórnia: seja pela atuação digna de irmã Lisbon de Emma Roberts ou pelo estilo de direção que Gia procura encontrar a cada enquadramento, o filme muito mais quer dizer com a ambientação e seus detalhes implícitos e metafóricos que com sua história de modo geral. E, pelo menos pra mim, há sempre um grande fascínio em poder acompanhar (e se identificar com) a fase que antecede a vida adulta por meio de questionamentos frequentes e pouco esclarecedores.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraPoucos diretores seriam capazes de contar essa história duma maneira tão intimista e tão sincera como Richard Linklater. Com poucas (ou nenhuma) grande reviravolta, o 'clímax' de Boyhood trata-se da identificação que sentimos com o personagem principal e sua trajetória ao longo dos anos e não apenas por meio de uma aproximação sentimental: a trilha, os acontecimentos históricos e todos os outros recursos usados pelo diretor para recriar determinadas épocas evocam no espectador uma sensação de nostalgia, mesmo que em sua maioria nossa cultura e nossos últimos 12 anos tenham tido momentos políticos e culturais diferentes aos exibidos na projeção.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraAssisti sem muitas expectativas e ainda assim me decepcionei. Diversos filmes já abordaram o tema de maneira menos previsível. A cinematografia, embora muito bonita isoladamente, é carnavalesca por não conseguir se fundir muito bem a história, o que acaba impedindo que o espectador sinta-se realmente intrigado. O Duplo é um casamento que deu errado entre O Homem Duplicado (por terem sido lançados em épocas semelhantes a comparação é inevitável) e Clube da Luta com um Jesse Eisenberg que se esforça, mas beira o caricato.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraTá longe de ser um dos melhores do Fincher, mas é mais uma prova que ele consegue transformar uma possível atração de Supercine em um filme intrigante que induz o espectador a se questionar sobre temas recorentes como misoginia e a manipulação da mídia. Rosamund Pike tá incrível e o Ben Affleck como protagonista não causa espanto como na maioria de seus outros filmes, até porque a escolha de um ator tão pouco carismático é compreensível para o papel que ele exerce aqui.
Anjos da Lei 2
3.5 748 Assista AgoraApesar de não superar o anterior, "Anjos da Lei 2" tem seu maior trunfo ao reconhecer que se trata de um filme ‘bobo’, brincando com o próprio universo de sequência duma regravação através de piadas inteligentes (da recapitulação dos principais eventos do predecessor aos hilariantes créditos finais) e graças ao enorme carisma de Channing Tatum, ofuscando seu parceiro de tela com frases e atitudes que variam do inocente ao idiota.
Vizinhos
3.1 886 Assista AgoraComédia deliciosa esta aqui. As referências cinematográficas são hilárias enriquecendo ainda mais a história que não apela excessivamente para os clichês de filmes sobre a dualidade entre ser adolescente/se tornar um adulto responsável, e a química entre todos os atores é inegável.
Poderia apenas ter terminado alguns minutos antes, mas
a sequência final do bebê 'homenageando' Breaking Bad serve bem para os fãs da série haha
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraÉ fácil compreender porque a trilogia do “Antes” de Linklater possui fãs tão fiéis: a visão do diretor para a paixão foge das narrativas prosaicas e estigmatizadas das produções Hollywoodianas. Se sua primeira parte é uma obra para os idealistas românticos, a sequência é um presente aos conformados. A química entre Julie Delpy e Ethan Hawke permanece palpável e embora seja satisfatório acompanhar o desenrolar da história nove anos após o primeiro encontro, o destino de seus protagonistas é amargo e realista. Um romance irretocável que sobreviverá ao tempo.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista AgoraTenso, intrigante e atmosférico, O Homem Duplicado é um filme esteticamente impecável e memorável, sustentando-se também pela excelente atuação do Jake Gyllenhaal. Um dos melhores do ano e uma das experiências mais perturbadoras que já assisti.
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraVocê é o Próximo funciona não apenas como um exemplar acima da média do gênero, mas também como uma homenagem aos filmes slasher, utilizando seus elementos típicos e reutilizando alguns clichês (de maneira apreciável) com um pouco de humor.
Caindo na Real
3.6 224 Assista AgoraUma agradável comédia que embora possua um tema interessante acaba caindo nos convencionais clichês do gênero que empobrecem a narrativa. Destaque pra Winona Ryder, mais uma vez em uma performance apaixonante e carismática.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraNão consegui enxergar defeito aqui. Funciona em tudo: direção, metáforas, atuações, narrativa. Enfim, uma obra sublime que não pode ser reduzida a apenas 'um filme de lésbicas'. E acredito que as cenas de sexo, mesmo longas, acabem se justificando porque ajudam a construir o romance de suas protagonistas.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraEu esperava que Ela fosse uma versão 2.0 de Lars and the Real Girl com uma ironia embutida sobre a valorização das relações virtuais, mas é muito, muito mais que isso. Começa como um humor que sutilmente expõe tal crítica e vai se tornando um drama extremamente eficaz ao trabalhar os personagens e o universo em que estão inseridos. Joaquin Phoenix está excepcional, como sempre, conseguindo capturar todas as nuances de seu personagem. O filme mais sincero, bonito e sensível do ano.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraO Scorsese de O Lobo de Wall Street é uma lembrança ácida daquele do ponto alto de sua filmografia com uma atuação espetacular do DiCaprio (provavelmente seu melhor desempenho até o momento), completamente enérgico, dominando a tela em cada momento que aparece. Apesar das 3 horas de duração, a sensação final é de que o filme ainda podia continuar de tão divertido que é.
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista AgoraDevastador, denso e bastante claustrofóbico. Méritos da direção e fotografia que entendem que pra tornar um suspense tenso é necessário criar uma atmosfera sufocante. E acredito que aqui o Jake Gyllenhaal entrega provavelmente a melhor atuação de sua carreira. Alguns pequenos furos, mas que não desmerecem o filme num geral. Certamente um dos melhores do ano passado.