História singela, simples mas que me deixou com um sorrisão no final. Porque? Uma coisa que falta à maioria das pessoas é isso: empatia. E quando vemos que isso ainda existe, é uma luz no fim do túnel da nossa humanidade. É a flor entre as páginas do caderno.
No cinema só ouvia expressões de susto, de êxtase. Eu só fiquei de boca aberta desde a primeira aparição da Sônia Braga, já sentia que o filme ia ser de uma tremenda intensidade. Uma característica que amo nos filmes do Kleber Mendonça são esses zoom in e zoom out a com frequência nas cenas, já é quase uma marca registrada dele.
Eu senti foi tanta coisa misturada que minha pressão caiu. Alguém traz um quilo de sal grosso pra eu chupar?
Ah, eu amei esse filme. Demais, sério. Tanto que eu ando pra cima e pra baixo com um HD externo passando esse filme até pras moças da limpeza lá no serviço. <3
Amo entrar em algum cinema e escolher o filme pelo título e pôster. A gente precisa mais de quê? Grata surpresa, já fui arrebatado pela imagem analógica p&b.
Senti alguns toques de Fellini nesse filme, e como amo ele, acabei por amar o filme. Esse negócio de várias pessoas falando ao mesmo tempo, acontecimentos cômicos, tudo rodeado de um clima nostálgico, é a cara do Fellini. Quase impossível o rádio ser desligado nesse filme, ele tá quase onipresente. E é ele quem traz vida ao cotidiano das famílias. É lindo, se achar o DVD perdido pro aí, dá uma chance, sério!
Tudo no filme traz um certo incômodo, é fácil perceber que cada um dos personagens está envolvido em seus próprios mistérios. Cada diálogo parece esconder algo de uma personalidade que tentam ocultar da sociedade. Vocês repararam que quando Alice está contando seu segredo, ela diz "you and i made love", mas seus lábios dizem "we made love"? Eu vi centenas de vezes essa cena, é quase imperceptível. Essas duas frases abrem o filme pra mais um grande mistério: ninguém realmente sabe se Alice está falando do oficial da Marinha ou de Bill. E a impressão que tive é que estamos observando como voyeurs a vida desse casal. Sempre esperando algum momento de intimidade entre eles, e quando parece que finalmente há alguma aproximação de desejos entre eles: O FILME ACABA. Esse é o motivo de eu amar tanto esse filme, não é sobre o sexo, é antes disso, é sobre desejo, repressão desse desejo, sobre como nossos desejos surgem nos sonhos, por mais que tentamos fugir.
Assisti outra vez no cinema pra ver se tenho uma experiência diferente da primeira. E de fato, tive. Dessa vez não senti a tensão da primeira vez. Eu só consegui ver pessoas se deixando serem levadas a extremos apenas pelo que se passava na cabeça delas. E cheguei a uma nova conclusão: Medo, angústia, tesão, alegria, pavor, (insira aqui coisas que você também viu no filme), é tudo basicamente uma química acontecendo no seu cérebro. Eles não tinham ameaça exterior nenhuma, era só um espaço e música. Mas sentiam tudo isso porque? Por causa de uma alteração química no cérebro delas. Só. E todos nós somos assim. É apenas o nosso próprio cérebro nos conduzindo. Basicamente, o nosso próprio cérebro é meio que uma ameaça pra nós mesmos, sabe?
É jazz, é preto e branco granulado, é 1986. É um filme extremamente elegante pra um começo de carreira. E tá sendo uma maravilha descobrir as obras do Spike Lee. O filme é intercalado com fotografias quadradas em alto-contraste. Sério, dá vontade de pegar minha Lomo Diana e sair por aí registrando a cidade. É visível o quanto ele estava inspirado. É um filme cheio de vida. Assiste que você vai me entender. hehe
Fiquei tão perturbado com esse quanto com o Mãe!, não que sejam parecidos, mas tem um clima que te envolve e sufoca, atordoa. Dá até falta de ar. Mas diferente do Mãe! esse eu gostei. É bem psicodélico, e não é feito pra ser filme-cabeça, inteligente, as imagens batem na sua cara e estômago o tempo todo. Ver no cinema o bagulho é bonito, sério. Vi várias pessoas indo embora no meio do filme, nem todo mundo aguenta...
Assisti no CineArte na Paulista, nunca tinha ido lá, me senti em 1980. Amei a experiência.
Apareceu direção: Yorgos Lanthimos no trailer, logo anotei o dia de estreia. Quase nem assisti o trailer direito, odeio trailers, fechei os olhos, nem sempre eles dão uma ideia certa dos filmes. E aguardei ansiosamente a estreia. O filme é tão bonito que eu quase não conseguia ler a legenda, de tão hipnotizado pelas imagens. Não chega a ser tão estranho quanto seus outros filmes, apesar de ser o que eu esperava. Só achei um pouco confuso a ideia exata que o diretor quis passar, já que saí do cinema com múltiplas ideias diferentes e divergentes. Ou talvez seja essa a intenção dele. hehe
O filme fala de um jeito até um pouco estranho, confesso, como a gente se apega à lembranças e memórias que depois de algum tempo deixam de fazer sentido. Podem até fazer sentido na nossa cabeça. Dentro de nós pode ainda ter resistido, mas para os outros não tem mais tanta importância. É passado. Pode estranhar essa súbita mudança de tempo e espaço no meio do filme, eu achei estranho, mas logo me rendi à maneira de apreciar o filme como uma obra onírica, desprender dessa ideia de tudo ter uma explicação lógica.
Esse é um filmão, ação com um estilo único e como nunca mais veremos igual. Tem um jogo incrível de sombras e luzes. Assistir o original em 35mm é maravilhoso. Obrigado IMS. <3
Legal a ideia de fazer um filme interativo. Genial. Tava empolgado pra caramba. Até a metade. Aí eu devo ter escolhido sem querer a opção despencar de um barranco e chegar lá embaixo sem entender nada.
Olha, eu já tinha visto 8½, e eu fiquei bem incomodado com coisas que pra mim pareciam sem noção. Depois de muito tempo fui entender as intenções do Fellini (hoje é meu diretor favorito seguido pelo Kubrick), dessa vez eu procurei não racionalizar o que via. Me entreguei apenas ao deleite de cada imagem, e porque não, cada mulher? E é exatamente o que eu recomendo a quem assistir, procure não ficar tentando fugir da cidade delas como o Snaporàz, aproveita cada momento, você vai terminar o filme com o coração aquecido. É sim uma grande obra onírica, pra contrabalancear seu filme anterior (na minha opinião, o mais agressivo de sua carreira) Ensaio de Orquestra. É um filme bem moderno pra ser de 1980: Fellini já falando em Feminismo em 1980, olha só! Eu não imaginava que o feminismo naquela época já era meio confuso em suas ideias, pensava que isso era algo de nossos tempos. Ah, e eu revi várias vezes a cena de uma das mulheres, que para pagar uma promessa, dava 300 voltas de patins no salão todos os dias. Acho lindaaaa essa cena. Uma pena que Nino Rota morreu antes desse filme, as trilhas sonoras deles são espetaculares, e eram um charme a mais na filmografia do Fellini. Pretendo sempre rever esse filme. <3
Esse é pra ser visto, revisto, e revisto... Pelo que eu percebi, ele recupera o estilo de humor dos filmes mudos, porque a graça do filme não é nos diálogos, mas nos acontecimentos inusitados do dia-a-dia. Eu ri demais numa cena lá pro final, de um velhinho ajudando o Sr. Gerald a estacionar o carro. E esse ar retro-futurístico da casa da Sra Arpel unidos à trilha sonora (que é a cara do Henry Mancini) é fantástico. Sou extremamente grato à Criterion, só ela pra restaurar e tornar atemporal esses clássicos.
Só existe um filme tão francês quanto este: O fabuloso destino de Amélie Poulain! Hehe
Possessão, antes de você assistir, vai parecer um filme sobre demônios. Mas o título refere-se sobre como as pessoas gostam de possuir umas as outras, como se fossem objeto. E é a partir daí que o filme sufoca e hipnotiza quem ousar assistir.
Sim, o filme parece esfriar no meio, mas depois eu te garanto que ele termina muito bem. Esteja preparado: é um filme de difícil digestão!
Campo do Medo
2.7 733 Assista AgoraNo começo parece que é ruim, mas no fim parece o começo.
Onde Fica a Casa do Meu Amigo?
4.2 145 Assista AgoraHistória singela, simples mas que me deixou com um sorrisão no final.
Porque? Uma coisa que falta à maioria das pessoas é isso: empatia.
E quando vemos que isso ainda existe, é uma luz no fim do túnel da nossa humanidade.
É a flor entre as páginas do caderno.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraEle foi visto como esquisito, problemático, palhaço, louco, assassino. Mas nunca foi visto como ser humano...
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraNo cinema só ouvia expressões de susto, de êxtase.
Eu só fiquei de boca aberta desde a primeira aparição da Sônia Braga, já sentia que o filme ia ser de uma tremenda intensidade.
Uma característica que amo nos filmes do Kleber Mendonça são esses zoom in e zoom out a com frequência nas cenas, já é quase uma marca registrada dele.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraEu senti foi tanta coisa misturada que minha pressão caiu. Alguém traz um quilo de sal grosso pra eu chupar?
Ah, eu amei esse filme. Demais, sério. Tanto que eu ando pra cima e pra baixo com um HD externo passando esse filme até pras moças da limpeza lá no serviço. <3
O Homem Elefante
4.4 1,0K Assista AgoraEu tinha um pouco de receio (medo) de ver esse filme, e olha só! Eu chorei, o que é raro quando vejo algum filme triste.
Castelo Rá-Tim-Bum, O Filme
2.9 305Ai, foi tão foda ver esse filme em 35mm na Cinemateca. <3
O Ano de 1985
4.0 45Amo entrar em algum cinema e escolher o filme pelo título e pôster. A gente precisa mais de quê?
Grata surpresa, já fui arrebatado pela imagem analógica p&b.
E quando se completa a última peça e você entende o que tá acontecendo? É de chorar, sério! Haja Kleenex.
A Era do Rádio
4.0 234 Assista AgoraSenti alguns toques de Fellini nesse filme, e como amo ele, acabei por amar o filme. Esse negócio de várias pessoas falando ao mesmo tempo, acontecimentos cômicos, tudo rodeado de um clima nostálgico, é a cara do Fellini.
Quase impossível o rádio ser desligado nesse filme, ele tá quase onipresente. E é ele quem traz vida ao cotidiano das famílias. É lindo, se achar o DVD perdido pro aí, dá uma chance, sério!
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraTudo no filme traz um certo incômodo, é fácil perceber que cada um dos personagens está envolvido em seus próprios mistérios. Cada diálogo parece esconder algo de uma personalidade que tentam ocultar da sociedade. Vocês repararam que quando Alice está contando seu segredo, ela diz "you and i made love", mas seus lábios dizem "we made love"? Eu vi centenas de vezes essa cena, é quase imperceptível. Essas duas frases abrem o filme pra mais um grande mistério: ninguém realmente sabe se Alice está falando do oficial da Marinha ou de Bill.
E a impressão que tive é que estamos observando como voyeurs a vida desse casal. Sempre esperando algum momento de intimidade entre eles, e quando parece que finalmente há alguma aproximação de desejos entre eles: O FILME ACABA.
Esse é o motivo de eu amar tanto esse filme, não é sobre o sexo, é antes disso, é sobre desejo, repressão desse desejo, sobre como nossos desejos surgem nos sonhos, por mais que tentamos fugir.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraAssisti outra vez no cinema pra ver se tenho uma experiência diferente da primeira. E de fato, tive. Dessa vez não senti a tensão da primeira vez. Eu só consegui ver pessoas se deixando serem levadas a extremos apenas pelo que se passava na cabeça delas.
E cheguei a uma nova conclusão: Medo, angústia, tesão, alegria, pavor, (insira aqui coisas que você também viu no filme), é tudo basicamente uma química acontecendo no seu cérebro. Eles não tinham ameaça exterior nenhuma, era só um espaço e música. Mas sentiam tudo isso porque? Por causa de uma alteração química no cérebro delas. Só. E todos nós somos assim. É apenas o nosso próprio cérebro nos conduzindo.
Basicamente, o nosso próprio cérebro é meio que uma ameaça pra nós mesmos, sabe?
Ela Quer Tudo
3.7 97 Assista AgoraÉ jazz, é preto e branco granulado, é 1986. É um filme extremamente elegante pra um começo de carreira. E tá sendo uma maravilha descobrir as obras do Spike Lee.
O filme é intercalado com fotografias quadradas em alto-contraste. Sério, dá vontade de pegar minha Lomo Diana e sair por aí registrando a cidade. É visível o quanto ele estava inspirado. É um filme cheio de vida. Assiste que você vai me entender. hehe
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraFiquei tão perturbado com esse quanto com o Mãe!, não que sejam parecidos, mas tem um clima que te envolve e sufoca, atordoa. Dá até falta de ar. Mas diferente do Mãe! esse eu gostei. É bem psicodélico, e não é feito pra ser filme-cabeça, inteligente, as imagens batem na sua cara e estômago o tempo todo. Ver no cinema o bagulho é bonito, sério.
Vi várias pessoas indo embora no meio do filme, nem todo mundo aguenta...
Assisti no CineArte na Paulista, nunca tinha ido lá, me senti em 1980. Amei a experiência.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraApareceu direção: Yorgos Lanthimos no trailer, logo anotei o dia de estreia. Quase nem assisti o trailer direito, odeio trailers, fechei os olhos, nem sempre eles dão uma ideia certa dos filmes. E aguardei ansiosamente a estreia.
O filme é tão bonito que eu quase não conseguia ler a legenda, de tão hipnotizado pelas imagens. Não chega a ser tão estranho quanto seus outros filmes, apesar de ser o que eu esperava. Só achei um pouco confuso a ideia exata que o diretor quis passar, já que saí do cinema com múltiplas ideias diferentes e divergentes. Ou talvez seja essa a intenção dele. hehe
Lazzaro Felice
4.1 217 Assista AgoraO filme fala de um jeito até um pouco estranho, confesso, como a gente se apega à lembranças e memórias que depois de algum tempo deixam de fazer sentido. Podem até fazer sentido na nossa cabeça. Dentro de nós pode ainda ter resistido, mas para os outros não tem mais tanta importância. É passado.
Pode estranhar essa súbita mudança de tempo e espaço no meio do filme, eu achei estranho, mas logo me rendi à maneira de apreciar o filme como uma obra onírica, desprender dessa ideia de tudo ter uma explicação lógica.
Mandacaru Vermelho
3.3 15Esse é um filmão, ação com um estilo único e como nunca mais veremos igual. Tem um jogo incrível de sombras e luzes.
Assistir o original em 35mm é maravilhoso. Obrigado IMS. <3
Corpo Fechado
3.7 1,3K Assista AgoraBoa parte da trilha sonora desse filme não combina com o que tá acontecendo. Isso me incomodou bastante.
Assunto de Família
4.2 399 Assista AgoraTodo filme que a gente assiste constrói um quebra-cabeças imaginário. Esse aqui termina com o quebra-cabeças desmontado.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KLegal a ideia de fazer um filme interativo. Genial. Tava empolgado pra caramba. Até a metade. Aí eu devo ter escolhido sem querer a opção despencar de um barranco e chegar lá embaixo sem entender nada.
Cidade das Mulheres
3.9 41Olha, eu já tinha visto 8½, e eu fiquei bem incomodado com coisas que pra mim pareciam sem noção. Depois de muito tempo fui entender as intenções do Fellini (hoje é meu diretor favorito seguido pelo Kubrick), dessa vez eu procurei não racionalizar o que via. Me entreguei apenas ao deleite de cada imagem, e porque não, cada mulher? E é exatamente o que eu recomendo a quem assistir, procure não ficar tentando fugir da cidade delas como o Snaporàz, aproveita cada momento, você vai terminar o filme com o coração aquecido.
É sim uma grande obra onírica, pra contrabalancear seu filme anterior (na minha opinião, o mais agressivo de sua carreira) Ensaio de Orquestra. É um filme bem moderno pra ser de 1980: Fellini já falando em Feminismo em 1980, olha só! Eu não imaginava que o feminismo naquela época já era meio confuso em suas ideias, pensava que isso era algo de nossos tempos.
Ah, e eu revi várias vezes a cena de uma das mulheres, que para pagar uma promessa, dava 300 voltas de patins no salão todos os dias. Acho lindaaaa essa cena. Uma pena que Nino Rota morreu antes desse filme, as trilhas sonoras deles são espetaculares, e eram um charme a mais na filmografia do Fellini. Pretendo sempre rever esse filme. <3
Meu Tio
4.1 115Esse é pra ser visto, revisto, e revisto...
Pelo que eu percebi, ele recupera o estilo de humor dos filmes mudos, porque a graça do filme não é nos diálogos, mas nos acontecimentos inusitados do dia-a-dia. Eu ri demais numa cena lá pro final, de um velhinho ajudando o Sr. Gerald a estacionar o carro.
E esse ar retro-futurístico da casa da Sra Arpel unidos à trilha sonora (que é a cara do Henry Mancini) é fantástico.
Sou extremamente grato à Criterion, só ela pra restaurar e tornar atemporal esses clássicos.
Só existe um filme tão francês quanto este: O fabuloso destino de Amélie Poulain! Hehe
Possessão
3.9 592A forma que esse filme foi filmado é maravilhosa, eu pelo menos fiquei de boca aberta, quase babando, assim como quando vi 'O Iluminado' e 'Misery'.
Possessão, antes de você assistir, vai parecer um filme sobre demônios. Mas o título refere-se sobre como as pessoas gostam de possuir umas as outras, como se fossem objeto. E é a partir daí que o filme sufoca e hipnotiza quem ousar assistir.
Sim, o filme parece esfriar no meio, mas depois eu te garanto que ele termina muito bem. Esteja preparado: é um filme de difícil digestão!
A Idade da Terra
3.6 52 Assista AgoraEu queria muito terminar esse filme, desde 2012 tô assistindo.
Sempre tem uma hora que eu me perco, me irrito e paro.
A Freira
2.5 1,5K Assista Agora"- Pára Tainá!" (cinépolis largo 13, é pra poucos)
Ri vendo esse filme mais que As Branquelas.