Quanto a materialização de seus dramas, não há ninguém minimamente interessante para amar, odiar, questionar ou projetar qualquer relação com uma história que transforma essas figuras em receptores que existem somente para validar todas as tensões – e para isso não precisamos saber seus nomes, o que enfrentaram antes desse momento ou que vida deixaram esperando. Em certo ponto, os personagens se tornam reféns de uma narrativa que explicitamente não precisa deles para o impacto que constrói. Não há grito, desespero e sequer medo escancarado nas constantes reações, fazendo de ‘Dunkirk’ uma história que só existe no suspense. // Completo: goo.gl/P4zsch
Uma imersão muito mais psicológica. Talvez principalmente por ser uma adaptação do livro de Graciliano Ramos e, consequentemente, todo narrado em pensamentos. Aliás, o filme não esconde sua língua rebuscada e ora retomada por uma abordagem cômica do próprio roteiro. Se o filme incomoda (e muito) pelos exageros da dramaticidade de Paulo Honório, aos poucos, a posição de Leon vai se tornando mais clara quanto ao seu "falso" entorno. Inclusive, do primeiro take ao último, pensei em um afirmação complexa de se fazer, mas justa. 'São Bernardo' possui uma das melhores fotografias da história do cinema brasileiro - um olhar que ultrapassa a inspiração lírica e toma para si uma instigante relação entre sombras e devaneios, contrastando com a beleza de um interior "barrento". Honório está perdido em suas concepções do mundo, e o ambiente em volta força essa perda labiríntica e imersiva na própria consciência. No cinema, ainda mais, uma experiência arrepiante.
"Eles Não Usam Black Tie", foi lançado pouco antes da redemocratização do país. E essa energia está muito presente, sempre se preparando para algo que está por vir. Leon posiciona esses personagens em uma crise social de enfrentamento contra um sistema injusto. Compreende, desde o início, que a indústria é a antagonista, sem mais nem menos. Diante essa obviedade, o filme é inteligente ao "humanizar" os problemas, deslocando-os para um conflito interno; convencer as pessoas de que a greve é necessária se torna um desafio de (auto)consciência. Impossível não se recordar do receio que professores da UFC (Universidade Federal do Ceará) tiveram ano passado ao aderir à greve contra a PEC 55. É incrível como a questão é exatamente a mesma: o medo da retaliação ou a indiferença social. O filme sabe construir de modo precioso a transição entre essas reações do "mundo normal" à ameaça. Encaixar toda essas questões em uma trama essencialmente real (e atual) é um mérito verdadeiramente emocionante.
Em ano que tivemos 'Shaolin do Sertão' e 'Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois' representando o cinema cearense brasil afora (em salas comerciais/festivais), o longa do coletivo audiovisual Alumbramento vem encontrando seu espaço com muita dignidade. Essencialmente por ser anos-luz diferente dos título citado, com uma áurea investigativa única e de determinação muito intensa. E justamente por não obedecer (ou pelo menos não aparentar) muitos critérios sistemáticos para dividir seus núcleos, 'O Último Trago' é um filme muito livre. Passeando por entre um realismo penetrado em fantasia, aventura-se para além de uma narrativa clássica. Um devaneio físico de expressão forte e sincera demais para que fique em um limbo codificado. A nota acima é somente uma primeira impressão muito instável, já que o filme merece muitas revisitas para, quem sabe, crescer cada vez mais. Um filme a se pensar.
Assistir ao clássico de Werner Herzog no cinema é uma experiência bem construtiva. Principalmente por que toda a abordagem contemplativa para além da fantasia se torna mais físico. Seja pela trilha alta que insiste em remontar o clima em cena, ou pela fotografia que artificializa ainda mais o expressionismo do qual nasceu a obra. Para um espectador de 2017, fica a dúvida se o teor cômico é algo consciente de Herzog (talvez por compreender a proximidade da fantasia absurda com sua realidade histriônica), ou se é uma reação fruto do distanciamento. Mas nem estamos tão longe de 1979, se pensar bem. O filme de 1922 não causa isso, quem sabe a "modernidade" enfraqueceu seu impacto.
Tornando-se um dos recentes destaques nacionais, Aly Muritiba reacende o cinema paranaense com uma trama que oscila entre elementos de suspense e triller (com pontas do sub psicológico) e monta uma teia de intensas suposições. Com um plot bem interessante, a abordagem passiva de seu andamento assusta cada vez mais - parece se anteceder para uma grande catarse. Se ela nunca chega, porém, é ainda muito imersivo na racionalidade duvidosa de seu protagonista. E, mesmo que seja muito lento em suas nuances, o filme esconde um âmbito agressivo em suas constantes incitações/ menções de uma violência tímida. Assim como 'Silêncio do Céu', de Marcos Dutra, seguir essa jornada de aproximação é uma experiência brilhantemente angustiante.
Não gerando uma conclusão congruente ao problema, ‘Campo Grande’ se determina como uma imersão de alma muito sensível nesses pequenos dramas. Para isso, retoma uma fantasia inocente que convive com a maturidade de seu protagonista. Trazendo a cidade como um espaço labiríntico que consegue ser afável e repressor, o filme encontra uma sociedade alheia aos traumas urbanos. Enxerga-los pode ser útil para uma resolução utópica?
Um filme estranhamente apático, embora encontre pano em sua fantasia mascarada de realidade. Os ambientes e a transição dos personagens se fazem enxergar como um fluxo de pensamento e devaneio – principalmente pela fotografia sempre opaca e seca. Em sua trama de profundidade duvidosa, um filme que lhe resta a estética e a vontade de ser místico.
Desde a abertura, não esconde sua despreocupação com o tempo, contando tudo de modo necessariamente esticado. Se ora tudo se intensifica como uma mensagem sincera, ora também irrita. Mas os personagens são interessantes demais para se perderem nesse emaranhado instável de ritmo. O registro do diretor Cristi Puiu é uma ponta extremamente engenhosa – sua câmera parada, roda sobre o eixo observando tudo como um personagem tímido. Ainda assim, os dramas são bruscos e nem todos interessantes. Passar quase 180 minutos acompanhando essa história é uma constante oscilação entre o impressionante realismo e o tedioso caminho que segue.
Revigorante. Uma experiência de desentendimento da vida, sobre angústias, medos e crescimentos. Uma jornada por cima de uma vida superficial, cheia de obstáculos e sem sentimento. A busca pelo que há de mais intenso em nossas vidas tomadas pela sociedade - deixamos de ser natureza e precisamos voltar a ser um dia. Precisamos nos encontrar. Os filmes do Terrence Malick são difíceis de consumir porque refletem algumas dúvidas por seu viés mais sinceros. A trama e o personagem se pergunta da mesma maneira que nós nos perguntamos sobre muitas coisas e divagamos atrás de respostas que, mesmo se achadas, nem sempre são verdadeiramente nítidas ou objetivas. Tem muito de nós mesmos em nossas respostas, assim como os sentimentos e conclusões dos personagens de Malick estão espalhados em uma colcha de retalhos por vezes incompreensíveis. Se mal nos entendemos, porque facilmente entenderíamos outra pessoa?
Sua ideia é interessante - até mesmo emocionante, seus personagens são precisos, mas uma reunião de seus momentos importantes poderia se tornar um belíssimo curta-metragem. Ao menos teria mais impacto.
Na primeira versão do roteiro, Jéssica não vinha estudar na faculdade, mas trabalhar como cabeleireira e depois se tornava babá. As condições mudaram e, de repente, era possível que uma filha de empregada pudesse se tornar arquiteta. Não está evidente que "Que Horas Ela Volta" seja um brilhante retrato de um novo Brasil?
Evidentemente montado ao molde do Episódio IV, este é certamente um grandioso na saga. Acredito que até mesmo se intrometendo na maestria da clássica. Por ora, minha ordem está 5 > 7 > 4 > 3 > 6 > 2 > 1
Seu principal mérito é falar a língua dos brasileiros. Qualquer que seja o brasileiro. O filme tem uma mensagem muito clara que incita um debate social onde todos nós somos testemunhas! Nunca o Brasil foi tão bem representado por um filme...
"Um dos grandes méritos da produção é reinventar a própria hierarquia de personagens. O aviador, por exemplo, tem muito mais apelo emocional que o próprio Príncipe, assim como a inserção de uma nova personagem, que não somente assiste, como protagoniza, em seu clímax, a própria história." Completa em: www.quartoato.com
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraQuanto a materialização de seus dramas, não há ninguém minimamente interessante para amar, odiar, questionar ou projetar qualquer relação com uma história que transforma essas figuras em receptores que existem somente para validar todas as tensões – e para isso não precisamos saber seus nomes, o que enfrentaram antes desse momento ou que vida deixaram esperando. Em certo ponto, os personagens se tornam reféns de uma narrativa que explicitamente não precisa deles para o impacto que constrói. Não há grito, desespero e sequer medo escancarado nas constantes reações, fazendo de ‘Dunkirk’ uma história que só existe no suspense. // Completo: goo.gl/P4zsch
São Bernardo
4.1 66Uma imersão muito mais psicológica. Talvez principalmente por ser uma adaptação do livro de Graciliano Ramos e, consequentemente, todo narrado em pensamentos. Aliás, o filme não esconde sua língua rebuscada e ora retomada por uma abordagem cômica do próprio roteiro. Se o filme incomoda (e muito) pelos exageros da dramaticidade de Paulo Honório, aos poucos, a posição de Leon vai se tornando mais clara quanto ao seu "falso" entorno. Inclusive, do primeiro take ao último, pensei em um afirmação complexa de se fazer, mas justa. 'São Bernardo' possui uma das melhores fotografias da história do cinema brasileiro - um olhar que ultrapassa a inspiração lírica e toma para si uma instigante relação entre sombras e devaneios, contrastando com a beleza de um interior "barrento". Honório está perdido em suas concepções do mundo, e o ambiente em volta força essa perda labiríntica e imersiva na própria consciência. No cinema, ainda mais, uma experiência arrepiante.
Eles Não Usam Black-Tie
4.3 286"Eles Não Usam Black Tie", foi lançado pouco antes da redemocratização do país. E essa energia está muito presente, sempre se preparando para algo que está por vir. Leon posiciona esses personagens em uma crise social de enfrentamento contra um sistema injusto. Compreende, desde o início, que a indústria é a antagonista, sem mais nem menos. Diante essa obviedade, o filme é inteligente ao "humanizar" os problemas, deslocando-os para um conflito interno; convencer as pessoas de que a greve é necessária se torna um desafio de (auto)consciência. Impossível não se recordar do receio que professores da UFC (Universidade Federal do Ceará) tiveram ano passado ao aderir à greve contra a PEC 55. É incrível como a questão é exatamente a mesma: o medo da retaliação ou a indiferença social. O filme sabe construir de modo precioso a transição entre essas reações do "mundo normal" à ameaça. Encaixar toda essas questões em uma trama essencialmente real (e atual) é um mérito verdadeiramente emocionante.
O Último Trago
2.7 5Em ano que tivemos 'Shaolin do Sertão' e 'Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois' representando o cinema cearense brasil afora (em salas comerciais/festivais), o longa do coletivo audiovisual Alumbramento vem encontrando seu espaço com muita dignidade. Essencialmente por ser anos-luz diferente dos título citado, com uma áurea investigativa única e de determinação muito intensa. E justamente por não obedecer (ou pelo menos não aparentar) muitos critérios sistemáticos para dividir seus núcleos, 'O Último Trago' é um filme muito livre. Passeando por entre um realismo penetrado em fantasia, aventura-se para além de uma narrativa clássica. Um devaneio físico de expressão forte e sincera demais para que fique em um limbo codificado. A nota acima é somente uma primeira impressão muito instável, já que o filme merece muitas revisitas para, quem sabe, crescer cada vez mais. Um filme a se pensar.
Nosferatu: O Vampiro da Noite
4.0 248Assistir ao clássico de Werner Herzog no cinema é uma experiência bem construtiva. Principalmente por que toda a abordagem contemplativa para além da fantasia se torna mais físico. Seja pela trilha alta que insiste em remontar o clima em cena, ou pela fotografia que artificializa ainda mais o expressionismo do qual nasceu a obra. Para um espectador de 2017, fica a dúvida se o teor cômico é algo consciente de Herzog (talvez por compreender a proximidade da fantasia absurda com sua realidade histriônica), ou se é uma reação fruto do distanciamento. Mas nem estamos tão longe de 1979, se pensar bem. O filme de 1922 não causa isso, quem sabe a "modernidade" enfraqueceu seu impacto.
Para Minha Amada Morta
3.5 96 Assista AgoraTornando-se um dos recentes destaques nacionais, Aly Muritiba reacende o cinema paranaense com uma trama que oscila entre elementos de suspense e triller (com pontas do sub psicológico) e monta uma teia de intensas suposições. Com um plot bem interessante, a abordagem passiva de seu andamento assusta cada vez mais - parece se anteceder para uma grande catarse. Se ela nunca chega, porém, é ainda muito imersivo na racionalidade duvidosa de seu protagonista. E, mesmo que seja muito lento em suas nuances, o filme esconde um âmbito agressivo em suas constantes incitações/ menções de uma violência tímida. Assim como 'Silêncio do Céu', de Marcos Dutra, seguir essa jornada de aproximação é uma experiência brilhantemente angustiante.
Campo Grande
3.4 45Não gerando uma conclusão congruente ao problema, ‘Campo Grande’ se determina como uma imersão de alma muito sensível nesses pequenos dramas. Para isso, retoma uma fantasia inocente que convive com a maturidade de seu protagonista. Trazendo a cidade como um espaço labiríntico que consegue ser afável e repressor, o filme encontra uma sociedade alheia aos traumas urbanos. Enxerga-los pode ser útil para uma resolução utópica?
A Vida Após a Vida
3.5 11Um filme estranhamente apático, embora encontre pano em sua fantasia mascarada de realidade. Os ambientes e a transição dos personagens se fazem enxergar como um fluxo de pensamento e devaneio – principalmente pela fotografia sempre opaca e seca. Em sua trama de profundidade duvidosa, um filme que lhe resta a estética e a vontade de ser místico.
Sieranevada
3.8 22 Assista AgoraDesde a abertura, não esconde sua despreocupação com o tempo, contando tudo de modo necessariamente esticado. Se ora tudo se intensifica como uma mensagem sincera, ora também irrita. Mas os personagens são interessantes demais para se perderem nesse emaranhado instável de ritmo. O registro do diretor Cristi Puiu é uma ponta extremamente engenhosa – sua câmera parada, roda sobre o eixo observando tudo como um personagem tímido. Ainda assim, os dramas são bruscos e nem todos interessantes. Passar quase 180 minutos acompanhando essa história é uma constante oscilação entre o impressionante realismo e o tedioso caminho que segue.
Voyage of Time: Life's Journey
3.6 45Selecionado para o Festival de Veneza 2016! :D
Porta dos Fundos - Contrato Vitalício
2.0 352 Assista AgoraÉ uma pena que um gênero rico em audiência e falido em consistência tenha perdido essa grande chance de alavancar.
Cavaleiro de Copas
3.2 412 Assista AgoraRevigorante. Uma experiência de desentendimento da vida, sobre angústias, medos e crescimentos. Uma jornada por cima de uma vida superficial, cheia de obstáculos e sem sentimento. A busca pelo que há de mais intenso em nossas vidas tomadas pela sociedade - deixamos de ser natureza e precisamos voltar a ser um dia. Precisamos nos encontrar. Os filmes do Terrence Malick são difíceis de consumir porque refletem algumas dúvidas por seu viés mais sinceros. A trama e o personagem se pergunta da mesma maneira que nós nos perguntamos sobre muitas coisas e divagamos atrás de respostas que, mesmo se achadas, nem sempre são verdadeiramente nítidas ou objetivas. Tem muito de nós mesmos em nossas respostas, assim como os sentimentos e conclusões dos personagens de Malick estão espalhados em uma colcha de retalhos por vezes incompreensíveis. Se mal nos entendemos, porque facilmente entenderíamos outra pessoa?
Sand Castles
1.9 5Surpreende um ponto de partida tão emocionalmente forte ser desacreditada pela atuação desmotivada, o roteiro agressivo.
"Mãe bêbada", O relacionamento (?) do irmão com a assistente social, a busca do tio, a reação à Lauren.
Regressão
2.8 535 Assista AgoraO filme vale por Emma Watson e Ethan Hawke em tela
A História da Eternidade
4.3 448Irandhir Santos protagoniza uma das grandes cenas da história do Cinema Nacional
O Bom Dinossauro
3.7 1,0K Assista AgoraSe me dissessem que esse filme era da Dreamworks eu acreditaria. Que filme mais "sem pixar"... :(
Ausência
3.4 71Sua ideia é interessante - até mesmo emocionante, seus personagens são precisos, mas uma reunião de seus momentos importantes poderia se tornar um belíssimo curta-metragem. Ao menos teria mais impacto.
Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca
4.4 1,0K Assista AgoraQuando me vejo pensando se o IV é melhor, lembro que este tem o Yoda
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraNa primeira versão do roteiro, Jéssica não vinha estudar na faculdade, mas trabalhar como cabeleireira e depois se tornava babá. As condições mudaram e, de repente, era possível que uma filha de empregada pudesse se tornar arquiteta. Não está evidente que "Que Horas Ela Volta" seja um brilhante retrato de um novo Brasil?
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraEvidentemente montado ao molde do Episódio IV, este é certamente um grandioso na saga. Acredito que até mesmo se intrometendo na maestria da clássica. Por ora, minha ordem está 5 > 7 > 4 > 3 > 6 > 2 > 1
Nocaute
3.8 688 Assista AgoraEmbora os clichês, uma atuação desconcertante do Jake Gyllenhall!
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraSeu principal mérito é falar a língua dos brasileiros. Qualquer que seja o brasileiro. O filme tem uma mensagem muito clara que incita um debate social onde todos nós somos testemunhas! Nunca o Brasil foi tão bem representado por um filme...
À Beira do Caminho
3.8 310Quase um "Central do Brasil" adaptado
O Pequeno Príncipe
4.2 1,1K Assista Agora"Um dos grandes méritos da produção é reinventar a própria hierarquia de personagens. O aviador, por exemplo, tem muito mais apelo emocional que o próprio Príncipe, assim como a inserção de uma nova personagem, que não somente assiste, como protagoniza, em seu clímax, a própria história." Completa em: www.quartoato.com