Vietnam como território e a guerra como deturpação desse espaço. Nesse mundo nada importa: os sentimentos são vãos, a vingança é amarga e o heroísmo é brutal.
Um anti-filme! Quando uma nação renega sua própria imagem, quando a única ideia de cinema válida é a da imagem deturpada, a única coisa que que ela merece é o caos!
Lubitsch trabalha aqui com os limites da ficção e da representação. As situações aqui são levadas pelos personagens (e por Lubitsch) menos como uma trama de espionagem do que uma oportunidade dos atores representarem e se superarem em sua arte. Uma verdadeira ode à arte da atuação e o que ela pode alcançar, sendo, ao mesmo tempo, uma das melhores comédias debochadas sobre o nazismo. Obra-prima!
Obra-prima absoluta de Saraceni que expõe a ferida e toda a hipocrisia da sociedade brasileira. Todo o jogo de poderes e amores é filmado de forma divina, com uma atmosfera que consegue ser sagrada e profana, visceral e poética. Confronto de personagens em lugares mutáveis e fantásticos (seria a chácara dos Menezes o próprio inferno?) não poderia ser executado de forma mais perfeita. Filme para se venerar!
Lubitsch faz nessa comédia hilária uma reflexão sobre a ficção cinematográfica. Para ele, criar uma história fictícia no cinema é como se fosse brincar de bonecas, como ele mostra na cena inicial do filme em que um homem (o criador da história) monta todo um mundo a partir de peças que remetem às brincadeiras infantis (inclusive os personagens, que são bonecos) e, a partir daí, nós acompanharemos a narrativa dessa brincadeira/ficção de bonecas (com cavalos que falam e personagens que se desmontam, como quando cai o coração de pano do protagonista). Ao mesmo tempo que Lubitsch consegue pensar o próprio fazer cinematográfico nesse filme, ele aponta sua câmera sempre ácida e hilária para as instituições que dominam essa realidade (como a aristocracia e a religião) e faz uma genial crítica aos seus costumes, que por vezes são hipócritas e desumanos.
Jerzy conseguiu atingir com plenitude algo que é extremamente difícil de atingir no cinema: uma análise abrangente do funcionamento do nosso sistema mundial por meios físicos extremamente intimistas. O diretor possui uma visão muito ampla e internacionalista sobre as relações patrão-empregado do sistema capitalista e, a medida que o arco interno do protagonista vai se desenvolvendo, consegue realizar uma análise quase mundial de como funciona esse sistema e como ele é utilizado para moldar o comportamento da sociedade e, acima de tudo, explorar a classe proletária.
A busca frustrada por alguma resposta através das imagens da memória. O diretor busca as respostas de seus personagens a cada imagem que nos é apresentada. Obra-prima!
É, de certa forma, o "Sunrise" do Ford. Aqui temos, assim como na obra-prima de Murnau, uma relação em crise e um personagem camponês que parte em uma jornada na cidade e, a partir desse choque cultural entre o campo e a cidade (com cenas cômicas extremamente geniais), acaba se reconciliando com ele mesmo. É claro que, apesar das semelhanças/homenagens à estrutura do filme de Murnau, há suas diferenças que fazem com que tudo mude no filme de Ford. Talvez a maior dessas mudanças seja a morte do filho, que faz com que a tentativa de arrependimento da mãe seja praticamente impossível (e faz com que o filme de Ford se distancie do de Murnau e mude completamente o sentido da jornada). Fato é que essa bela homenagem de Ford está no mesmo nível do clássico de Murnau, tão bom quanto, tão arrebatador quanto. Uma bela dupla de filmes que proporcionam ao espectador o melhor que o cinema já ofereceu.
Uma obra-prima incrível de Oshima estruturada em flashbacks que revelam toda a podridão de uma família influente do Japão pós-guerra. Filme de beleza rara que culmina em uma última sequência extremamente acachapante e cruel. Belíssimo!
É um filme que é, acima de tudo, sobre a arte cinematográfica e que consegue fazer duras críticas à indústria das estrelas. Porém, acima de qualquer crítica que o filme realize, ele é, sobretudo, um pensamento e uma desconstrução sobre a ficção cinematográfica (no melhor sentido "a vida imita a arte"). Afinal, o que é "Fedora" senão um filme dentro do filme? O que são esses personagens senão atores que representam personagens? O que é essa trama senão uma ficção rocambolesca cinematográfica? O que é a personagem Fedora senão uma persona que se tornou mitológica como Anna Karenina e que está sendo representada por atrizes? É tudo ficção nesse filme. Ficção que vai se tornando mais absurda quando a realidade vai sendo exposta. Ficção no melhor estilo do Lang de "Os Mil Olhos de Dr. Mabuse".
A crueldade do cinema de Wilder disfarçada de uma comédia romântica aparentemente leve, mas que revela toda a paranoia, hipocrisia e até uma certa esquizofrenia inerente ao marido de meia idade comum. Filme extremamente engraçado que aproveita para falar do próprio cinema enquanto trata de relacionamentos amorosos.
Filme deslumbrante! Garrel apontando sua câmera para a juventude francesa revolucionária pós-Maio de 68 de uma forma tão terna e interessada que transforma os momentos mais banais do cotidiano deles em uma verdadeira poesia cinematográfica. É como se o diretor revivesse todos os sonhos, angústias, amores e esperanças de uma geração. Colossal!
Mais um filme perfeito de Ford! Faroeste sobre o mito do nascimento de uma nação civilizada que possui personagens extremamente ambíguos e uma delicadeza e poesia na filmagem das relações interpessoais que é raro de se ver no cinema. Destaque maior para os personagens Doc e Chihuahua que vão se mostrando extremamente complexos no decorrer do filme. A cena do tiroteio em O.K. Corral é uma das cenas mais impressionantes de tiroteio, com uma manipulação do tempo dos planos e da posição dos atores no espaço que só mostram o motivo de John Ford ser considerado um dos maiores em sua arte (senão o melhor). Mais algumas cenas do filme que só mestres conseguem dirigir: o monólogo de Shakespeare assistidos por Doc e Earp, a cena do baile com o flerte crescente entre Wyatt e Clementine, a confissão de Chihuahua sobre o pingente que foi entregue a ela, entre muitos outros...
Melodrama familiar no melhor sentido possível! Essa obra-prima de Matarazzo é um dos filmes mais tristes que já vi. A decadência de uma família causada por fantasmas do passado...
A jornada dos amantes nesse filme é uma das coisas mais poéticas, tristes e revoltantes da história do cinema. Um filme que te pega desprevenido e e corroí sua alma até você não aguentar mais. Além da sublime história principal, há também um interessantíssimo retrato sobre o poder na realidade onde o capitalismo impera e mostra como pessoas que possuem um imenso poder podem acabar se tornando vítimas nessa sociedade de aparências. O inevitável, porém acachapante, final reforça que a única saída é realmente uma revolução radical da sociedade atual. Essa é a grande mensagem que o filme passa através de seu pessimismo que acaba se transformando em inspiração para que continuemos sempre com a constante mudança do mundo. Por essas e outras. essa poesia sem fim se transforma na expressão maior da arte cinematográfica e no que talvez seja o maior filme já realizado.
Um melodrama excepcional e interessantíssimo sobre uma jovem burguesa e sua busca continua pela felicidade. O desenvolvimento cíclico da trama é de uma enorme melancolia e desesperança. Destaque também para o personagem Gerardo. Uma incrível obra-prima!
Bom filme, mas só isso. Na verdade é um filme que flerta com o mediano, mas o final realmente é filmado de uma forma impactante (disparado a melhor parte do filme). O resto do filme possui uma investigação até que interessante, mas extremamente problemática por causa da indiferença do diretor e do roteirista em desenvolver o drama humano de seus personagens (como a relação desinteressante de Freeman e Pitt, que deveria ser o ponto alto do filme, e o drama da mulher do personagem de Pitt) e e de umas discussões óbvias sobre como o mundo e as pessoas são cruéis e malvadas que chega a beirar o ridículo.
Encantado com essa comédia musical que está entre as coisas mais geniais que eu já vi no cinema. Uma obra-prima absoluta que está entre as melhores coisas que o cinema já nos deu!
A revisão do filme me mostrou um filme perfeito e mágico. Essa é a palavra que melhor descreve o filme: mágico! A direção precisa de Clint e sua sensibilidade para saber a hora certa de alongar o plano, cortar e reenquadrar é sublime, puro cinema. Além disso, talvez seja o filme em que o diretor melhor captou olhares desde "As Pontes de Madison", no mínimo, já que os olhares e gestos aqui são de uma ternura inacreditáveis, captados de uma maneira quase que acidental. Mágica! Esse encontro improvável de vidas distantes rendeu o que talvez seja o filme mais emocionante da década de 2010. Lágrimas a rodo!
Alvo Duplo 3
3.4 15Vietnam como território e a guerra como deturpação desse espaço. Nesse mundo nada importa: os sentimentos são vãos, a vingança é amarga e o heroísmo é brutal.
O Signo do Caos
3.8 34Um anti-filme! Quando uma nação renega sua própria imagem, quando a única ideia de cinema válida é a da imagem deturpada, a única coisa que que ela merece é o caos!
Ser ou Não Ser
4.4 68Lubitsch trabalha aqui com os limites da ficção e da representação. As situações aqui são levadas pelos personagens (e por Lubitsch) menos como uma trama de espionagem do que uma oportunidade dos atores representarem e se superarem em sua arte. Uma verdadeira ode à arte da atuação e o que ela pode alcançar, sendo, ao mesmo tempo, uma das melhores comédias debochadas sobre o nazismo. Obra-prima!
A Casa Assassinada
3.4 17Obra-prima absoluta de Saraceni que expõe a ferida e toda a hipocrisia da sociedade brasileira. Todo o jogo de poderes e amores é filmado de forma divina, com uma atmosfera que consegue ser sagrada e profana, visceral e poética. Confronto de personagens em lugares mutáveis e fantásticos (seria a chácara dos Menezes o próprio inferno?) não poderia ser executado de forma mais perfeita. Filme para se venerar!
A Boneca do Amor
4.0 13Lubitsch faz nessa comédia hilária uma reflexão sobre a ficção cinematográfica. Para ele, criar uma história fictícia no cinema é como se fosse brincar de bonecas, como ele mostra na cena inicial do filme em que um homem (o criador da história) monta todo um mundo a partir de peças que remetem às brincadeiras infantis (inclusive os personagens, que são bonecos) e, a partir daí, nós acompanharemos a narrativa dessa brincadeira/ficção de bonecas (com cavalos que falam e personagens que se desmontam, como quando cai o coração de pano do protagonista).
Ao mesmo tempo que Lubitsch consegue pensar o próprio fazer cinematográfico nesse filme, ele aponta sua câmera sempre ácida e hilária para as instituições que dominam essa realidade (como a aristocracia e a religião) e faz uma genial crítica aos seus costumes, que por vezes são hipócritas e desumanos.
Classe Operária
3.7 9Jerzy conseguiu atingir com plenitude algo que é extremamente difícil de atingir no cinema: uma análise abrangente do funcionamento do nosso sistema mundial por meios físicos extremamente intimistas. O diretor possui uma visão muito ampla e internacionalista sobre as relações patrão-empregado do sistema capitalista e, a medida que o arco interno do protagonista vai se desenvolvendo, consegue realizar uma análise quase mundial de como funciona esse sistema e como ele é utilizado para moldar o comportamento da sociedade e, acima de tudo, explorar a classe proletária.
Enigma do Poder
3.5 40A busca frustrada por alguma resposta através das imagens da memória. O diretor busca as respostas de seus personagens a cada imagem que nos é apresentada. Obra-prima!
Peregrinação
4.0 9É, de certa forma, o "Sunrise" do Ford. Aqui temos, assim como na obra-prima de Murnau, uma relação em crise e um personagem camponês que parte em uma jornada na cidade e, a partir desse choque cultural entre o campo e a cidade (com cenas cômicas extremamente geniais), acaba se reconciliando com ele mesmo.
É claro que, apesar das semelhanças/homenagens à estrutura do filme de Murnau, há suas diferenças que fazem com que tudo mude no filme de Ford. Talvez a maior dessas mudanças seja a morte do filho, que faz com que a tentativa de arrependimento da mãe seja praticamente impossível (e faz com que o filme de Ford se distancie do de Murnau e mude completamente o sentido da jornada).
Fato é que essa bela homenagem de Ford está no mesmo nível do clássico de Murnau, tão bom quanto, tão arrebatador quanto. Uma bela dupla de filmes que proporcionam ao espectador o melhor que o cinema já ofereceu.
Cerimônia Solene
4.2 2Uma obra-prima incrível de Oshima estruturada em flashbacks que revelam toda a podridão de uma família influente do Japão pós-guerra. Filme de beleza rara que culmina em uma última sequência extremamente acachapante e cruel. Belíssimo!
Fedora
3.9 32É um filme que é, acima de tudo, sobre a arte cinematográfica e que consegue fazer duras críticas à indústria das estrelas. Porém, acima de qualquer crítica que o filme realize, ele é, sobretudo, um pensamento e uma desconstrução sobre a ficção cinematográfica (no melhor sentido "a vida imita a arte").
Afinal, o que é "Fedora" senão um filme dentro do filme? O que são esses personagens senão atores que representam personagens? O que é essa trama senão uma ficção rocambolesca cinematográfica? O que é a personagem Fedora senão uma persona que se tornou mitológica como Anna Karenina e que está sendo representada por atrizes? É tudo ficção nesse filme. Ficção que vai se tornando mais absurda quando a realidade vai sendo exposta. Ficção no melhor estilo do Lang de "Os Mil Olhos de Dr. Mabuse".
O Pecado Mora ao Lado
3.7 421 Assista AgoraA crueldade do cinema de Wilder disfarçada de uma comédia romântica aparentemente leve, mas que revela toda a paranoia, hipocrisia e até uma certa esquizofrenia inerente ao marido de meia idade comum. Filme extremamente engraçado que aproveita para falar do próprio cinema enquanto trata de relacionamentos amorosos.
Amantes Constantes
3.6 135 Assista AgoraFilme deslumbrante! Garrel apontando sua câmera para a juventude francesa revolucionária pós-Maio de 68 de uma forma tão terna e interessada que transforma os momentos mais banais do cotidiano deles em uma verdadeira poesia cinematográfica. É como se o diretor revivesse todos os sonhos, angústias, amores e esperanças de uma geração. Colossal!
Paixão dos Fortes
4.0 57 Assista AgoraMais um filme perfeito de Ford!
Faroeste sobre o mito do nascimento de uma nação civilizada que possui personagens extremamente ambíguos e uma delicadeza e poesia na filmagem das relações interpessoais que é raro de se ver no cinema. Destaque maior para os personagens Doc e Chihuahua que vão se mostrando extremamente complexos no decorrer do filme.
A cena do tiroteio em O.K. Corral é uma das cenas mais impressionantes de tiroteio, com uma manipulação do tempo dos planos e da posição dos atores no espaço que só mostram o motivo de John Ford ser considerado um dos maiores em sua arte (senão o melhor).
Mais algumas cenas do filme que só mestres conseguem dirigir: o monólogo de Shakespeare assistidos por Doc e Earp, a cena do baile com o flerte crescente entre Wyatt e Clementine, a confissão de Chihuahua sobre o pingente que foi entregue a ela, entre muitos outros...
Catene
4.4 3Melodrama familiar no melhor sentido possível! Essa obra-prima de Matarazzo é um dos filmes mais tristes que já vi. A decadência de uma família causada por fantasmas do passado...
Os Amantes Crucificados
4.4 14A jornada dos amantes nesse filme é uma das coisas mais poéticas, tristes e revoltantes da história do cinema. Um filme que te pega desprevenido e e corroí sua alma até você não aguentar mais.
Além da sublime história principal, há também um interessantíssimo retrato sobre o poder na realidade onde o capitalismo impera e mostra como pessoas que possuem um imenso poder podem acabar se tornando vítimas nessa sociedade de aparências.
O inevitável, porém acachapante, final reforça que a única saída é realmente uma revolução radical da sociedade atual. Essa é a grande mensagem que o filme passa através de seu pessimismo que acaba se transformando em inspiração para que continuemos sempre com a constante mudança do mundo.
Por essas e outras. essa poesia sem fim se transforma na expressão maior da arte cinematográfica e no que talvez seja o maior filme já realizado.
Una donna libera
4.5 1Um melodrama excepcional e interessantíssimo sobre uma jovem burguesa e sua busca continua pela felicidade. O desenvolvimento cíclico da trama é de uma enorme melancolia e desesperança. Destaque também para o personagem Gerardo. Uma incrível obra-prima!
Cupido Não Tem Bandeira
4.0 56Mais uma obra-prima genial de Billy Wilder que mostra o quão ácido ele era em suas comédias.
Crepúsculo de uma Raça
3.7 24 Assista AgoraUma das obra-primas mais geniais e subestimadas do mestre.
Vidas em Jogo
3.8 727 Assista AgoraTalvez o melhor de Fincher
A Perdição de Osen
4.2 3Para relembrar o quanto Mizoguchi é belo (e extremamente triste). Melodrama excepcional realizado pelo mestre dos melodramas.
O Fantasma da Liberdade
4.2 105Um dos maiores exemplos que liberdade cinematográfica pode nos proporcionar. Incrivelmente genial, como a maior parte dos filmes de Buñuel.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraBom filme, mas só isso. Na verdade é um filme que flerta com o mediano, mas o final realmente é filmado de uma forma impactante (disparado a melhor parte do filme). O resto do filme possui uma investigação até que interessante, mas extremamente problemática por causa da indiferença do diretor e do roteirista em desenvolver o drama humano de seus personagens (como a relação desinteressante de Freeman e Pitt, que deveria ser o ponto alto do filme, e o drama da mulher do personagem de Pitt) e e de umas discussões óbvias sobre como o mundo e as pessoas são cruéis e malvadas que chega a beirar o ridículo.
Ama-me Esta Noite
3.8 26 Assista AgoraEncantado com essa comédia musical que está entre as coisas mais geniais que eu já vi no cinema.
Uma obra-prima absoluta que está entre as melhores coisas que o cinema já nos deu!
Além da Vida
3.2 1,0K Assista AgoraA revisão do filme me mostrou um filme perfeito e mágico. Essa é a palavra que melhor descreve o filme: mágico! A direção precisa de Clint e sua sensibilidade para saber a hora certa de alongar o plano, cortar e reenquadrar é sublime, puro cinema.
Além disso, talvez seja o filme em que o diretor melhor captou olhares desde "As Pontes de Madison", no mínimo, já que os olhares e gestos aqui são de uma ternura inacreditáveis, captados de uma maneira quase que acidental. Mágica!
Esse encontro improvável de vidas distantes rendeu o que talvez seja o filme mais emocionante da década de 2010. Lágrimas a rodo!