Poderia ter sido bem melhor. Gostei muito da proposta de colocar um casal de refugiados tomando o protagonismo para contar uma história acessível pela Netflix, porém...
[/spoiler] ... a partir do momento que fica claro que o Feiticeiro é uma metáfora pra dificuldade do casal se perdoar pelos próprios atos e pela morte de Nyagak, fica tudo muito superficial e previsível. Faltou explorar melhor o terror psicológico e as alegorias, e deixar tudo menos evidente. A cena da morte do feiticeiro é simplesmente broxante, sequer fez sentido. [spoiler]
Além disso, o casal é muito passivo pra uma dupla de refugiados que passaram a vida toda enfrentando a violência e as dificuldades da vida no Sudão. Aceitam tudo de cabeça baixa. O filme poderia ter explorado melhor o terror de se adaptar a uma vida urbana cheia de diferenças e preconceitos, o que ficou de pano de fundo.
fica aquela expectativa de uma mudança na vida da Joan, principalmente porque ela termina observando um papel em branco. Uma expectativa de uma nova vida, um novo livro talvez, será se ela não permite que o biógrafo exponha sua história de vida pois ela mesma a contará? Gostaria que sim. O término pode parecer brochante, mas entregar uma conclusão com uma "vingança" não teria sido talvez a coisa mais fiel à realidade. Um ótimo filme pra um dia sem ter o que fazer rs.
Eu ia deixar esse filme passar batido mas preciso saber: alguém mais se incomodou com os ajudantes da Elise dando em cima das sobrinhas dela?
Eu me senti bastante incomodado em ver o filme retratando os assédios e piadinhas deles como uma coisa cômica. Beijo forçado como coisa engraçada. Sem contar que apesar de serem maiores as duas tem cara de criança, me deixou ainda mais constrangido ver esses marmanjos dando em cima delas sem elas darem a menor brecha pra isso.
Enfim, to doida na problematização ou alguém mais sentiu esse incômodo?
O Lanthimos tem uma fórmula de desumanizar os personagens que, nesse filme, tá bem posicionada. Faz sentido (nesse filme), tem a ver com o isolamento social e a doutrinação dos pais, a falta de contato com o real.
Pena que o filme é maçante e para por aí mesmo. Não assista esperando nada surpreendente. É só o abuso dessa fórmula de criar personagens robóticos e excêntricos em papéis bem desempenhados, mas sem nenhuma proposta de desenvolver um roteiro interessante. Eu deveria ter parado de assistir os filmes desse cara logo no Lagosta.
é como li em uma crítica: deixar as luzes acesas era a única coisa que podia salvar erik dessa relação.
aliás ele mesmo já n "deixava as luzes acesas" e não contava seus segredos pra ninguém desde os 13. se envolvia em sexo casual marcado às escuras, obscureceu seu passado e seu antigo relacionamento, nunca mais quis falar sobre isso.
ele achava que a luz da vida dele era o paul. mas não queria buscar a ajuda dos amigos, não quis contar pra ninguém dos vícios de paul, não queria enxergar a luz que mostraria que já tava na hora de pular fora. quis enfrentar tudo sozinho como a pessoa sozinha que ele achava que era - enfrentar tudo longe da luz do dia, no interior dos quartos dele, do hotel de erik, dos lugares por onde se hospedou fugindo de tudo isso e voltando pro sexo por telefone.
A primeira vez que ouvi falar de O Passado eu tinha acabado de ver A Separação. Achei que seria mais do mesmo, então demorei pra assistir, mesmo tendo gostado muito do Farhadi. Agora me arrependo. Pra mim foi nesse filme que ele demonstrou todo o seu potencial de explorador dos dramas e inseguranças humanos. Acho incrível como ele consegue escrever roteiros que a princípio parecem arrastados e monótonos, mas que aos poucos vão te surpreendendo e te deixando extremamente ansioso. Agora tenho que ver o ganhador do Oscar, O Apartamento :3
Farofa das boas! As pessoas reclamam da pretensão e dos exageros do roteiro sobre uma história real, mas esquece que é dessas coisas que o grande público gosta e é por meio delas que eles chegam a conhecer histórias tão incríveis como as de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson: três mulheres negras poderosíssimas, viu viado!
Tá pra nascer um diretor mais capaz de transmitir a realidade dos dramas humanos que o Farhadi. Duas coisas me chamaram muita atenção nesse filme: a falta de empatia dos homens com as mulheres - Sepideh foi culpada desde o início pelo seu marido Amir, sendo que em diversos momentos de tomada de decisões são os homens quem tomam as rédeas, ignorando a vontade das mulheres -, e a conexão entre o elenco, que foi fenomenal. Não assisti O Apartamento ainda mas desejo boa sorte no Oscar.
Quem não gostou por que viu "problemas no roteiro" provavelmente tava esperando um velho oeste né, só que é um filme muito mais reflexivo do que isso, a história da água e do povo indígena que vivia em Rocha é muito mais interessante do que qualquer trama de vingança, que pra mim ficou como pano de fundo.
A atuação do Guilherme Weber é tão ruim que ele se encaixa muito bem nessa característica "sem sal" de quem vem da cidade e caí no meio do sertão. Fiquei apaixonado pela Suyane Moreira, queria muito ver outros filmes com ela, que mulher <3
Acho que se Bertolucci não tivesse dado tanta ênfase nas referências cinematográficas, deixando elas explícitas com uma alteração entre cenas dos filmes referenciados e dos Sonhadores, eu teria gostado mais. Não é um filme ruim, como um comentário disse aqui os jovens irmãos são muito hipócritas e Matthew é o real revolucionário da "relação", mas pra mim a crítica que o filme traz ainda idealiza demais esse padrão de vida surreal e sem significado dos irmãos, parece que eles são descolados por serem jovens de classe média alta que tem um alto padrão cultural privilegiado e pouca força de vontade pra realizar mudanças concretas em seus estilos de vida. Esperava mais, eu acho.
Achei super diferente das temáticas do Villeneuve (pelo menos pelo que eu já vi de Incêndios, o Homem Duplicado e Suspeitos, porque Sicario ainda não vi). Isso não é exatamente ruim, acho que a histeria coletiva causada pela chegada dos heptapods é muito mais o estilo dele do que qualquer outra coisa tratada no filme, como a história pessoal da doutora Louise ou toda a trama científica linguística, que também é muito foda. Vontade de ver de novo pra poder compreender melhor alguns pontos, é um filme muito cheio de informações interessantes e plot twists pra querer ver disperso.
Como, como um filme desses consegue uma avaliação tão boa? Não consigo entender. Otávio e Gil tem uma relação que brota do nada, sem contexto, rasa. Palavras bonitas não deixam os personagens mais profundos, só mais e mais forçados, nas primeiras frases de efeito você até acha reflexões interessantes mas depois da quinta ou sexta você já quer que eles simplesmente calem a boca.
E sinceramente, alguns cortes de câmera ficaram realmente mal feitos, não dá pra dizer que é só falta de recursos, é um amadorismo que não liga pra técnica e aposta tudo num roteiro prepotente. Nem a porcaria de uma cena de sexo pra provar esse amor todo que os personagens dizem sentir foi possível, os atores não devem nem ser homossexuais pela frieza das atuações, mas nem isso seria desculpa.
O final? Realmente, impressionante, não achei previsível, mas não salva o filme.
O fato é que a paternalidade de Gil é simplesmente deixada de lado o tempo todo, o que faz parecer que o final é realmente surpreendente, mas isso é só um dos outros defeitos do filme, trazer os efeitos dessa ausência de figura paternal pra aprofundar o personagem seria muito mais interessante.
Trilha sonora mal colocada. Cenário ignorado, parece que não há interesse algum em diversos momentos de compor a cena, só de por os personagens na frente da câmera fazendo suas falas.
Tem lá seus pontos fortes. A câmera que alterna entre o passado de Otávio com Lélia e a atualidade com Gil por exemplo, é bem original. Se querem um filme amador que apresente bem a transição hétero-homossexual assistam 'Plano B', de Marco Berger.
Assisti porque essa avaliação foi uma grande propaganda enganosa.
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraPoderia ter sido bem melhor. Gostei muito da proposta de colocar um casal de refugiados tomando o protagonismo para contar uma história acessível pela Netflix, porém...
[/spoiler]
... a partir do momento que fica claro que o Feiticeiro é uma metáfora pra dificuldade do casal se perdoar pelos próprios atos e pela morte de Nyagak, fica tudo muito superficial e previsível. Faltou explorar melhor o terror psicológico e as alegorias, e deixar tudo menos evidente. A cena da morte do feiticeiro é simplesmente broxante, sequer fez sentido.
[spoiler]
Além disso, o casal é muito passivo pra uma dupla de refugiados que passaram a vida toda enfrentando a violência e as dificuldades da vida no Sudão. Aceitam tudo de cabeça baixa. O filme poderia ter explorado melhor o terror de se adaptar a uma vida urbana cheia de diferenças e preconceitos, o que ficou de pano de fundo.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraSinceramente? Não acho que tinha só LSD nessa sangria não hahaha
A Esposa
3.8 557 Assista AgoraO filme vale muito a pena pela atuação da Glenn, principalmente, apesar de Jonathan também entregar um papel muito bem desempenhado. No final,
fica aquela expectativa de uma mudança na vida da Joan, principalmente porque ela termina observando um papel em branco. Uma expectativa de uma nova vida, um novo livro talvez, será se ela não permite que o biógrafo exponha sua história de vida pois ela mesma a contará? Gostaria que sim. O término pode parecer brochante, mas entregar uma conclusão com uma "vingança" não teria sido talvez a coisa mais fiel à realidade. Um ótimo filme pra um dia sem ter o que fazer rs.
Arábia
4.2 167 Assista Agora"tudo que temos são nossos braços fortes e a vontade de acordar cedo"
Domando o Destino
3.8 78 Assista Agora"O problema é que garotos não sabem ter o orgulho ferido"
O Reino de Deus
4.1 335O que um sentimento novo não faz com um ser humaninho né?
Sobrenatural: A Última Chave
2.9 475 Assista AgoraEu ia deixar esse filme passar batido mas preciso saber: alguém mais se incomodou com os ajudantes da Elise dando em cima das sobrinhas dela?
Eu me senti bastante incomodado em ver o filme retratando os assédios e piadinhas deles como uma coisa cômica. Beijo forçado como coisa engraçada. Sem contar que apesar de serem maiores as duas tem cara de criança, me deixou ainda mais constrangido ver esses marmanjos dando em cima delas sem elas darem a menor brecha pra isso.
Enfim, to doida na problematização ou alguém mais sentiu esse incômodo?
Dente Canino
3.8 1,2KO Lanthimos tem uma fórmula de desumanizar os personagens que, nesse filme, tá bem posicionada. Faz sentido (nesse filme), tem a ver com o isolamento social e a doutrinação dos pais, a falta de contato com o real.
Pena que o filme é maçante e para por aí mesmo. Não assista esperando nada surpreendente. É só o abuso dessa fórmula de criar personagens robóticos e excêntricos em papéis bem desempenhados, mas sem nenhuma proposta de desenvolver um roteiro interessante. Eu deveria ter parado de assistir os filmes desse cara logo no Lagosta.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraGente que tradução do título horrível deixassem meu bebê motorista em paz
Deixe a Luz Acesa
3.2 275é como li em uma crítica: deixar as luzes acesas era a única coisa que podia salvar erik dessa relação.
aliás ele mesmo já n "deixava as luzes acesas" e não contava seus segredos pra ninguém desde os 13. se envolvia em sexo casual marcado às escuras, obscureceu seu passado e seu antigo relacionamento, nunca mais quis falar sobre isso.
ele achava que a luz da vida dele era o paul. mas não queria buscar a ajuda dos amigos, não quis contar pra ninguém dos vícios de paul, não queria enxergar a luz que mostraria que já tava na hora de pular fora. quis enfrentar tudo sozinho como a pessoa sozinha que ele achava que era - enfrentar tudo longe da luz do dia, no interior dos quartos dele, do hotel de erik, dos lugares por onde se hospedou fugindo de tudo isso e voltando pro sexo por telefone.
se você é um erik, acenda a luz.
Ao Cair da Noite
3.1 976 Assista Agoraícone incompreendido
O Passado
4.0 292 Assista AgoraA primeira vez que ouvi falar de O Passado eu tinha acabado de ver A Separação. Achei que seria mais do mesmo, então demorei pra assistir, mesmo tendo gostado muito do Farhadi. Agora me arrependo. Pra mim foi nesse filme que ele demonstrou todo o seu potencial de explorador dos dramas e inseguranças humanos. Acho incrível como ele consegue escrever roteiros que a princípio parecem arrastados e monótonos, mas que aos poucos vão te surpreendendo e te deixando extremamente ansioso. Agora tenho que ver o ganhador do Oscar, O Apartamento :3
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraFarofa das boas! As pessoas reclamam da pretensão e dos exageros do roteiro sobre uma história real, mas esquece que é dessas coisas que o grande público gosta e é por meio delas que eles chegam a conhecer histórias tão incríveis como as de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson: três mulheres negras poderosíssimas, viu viado!
O Pagador de Promessas
4.3 363 Assista AgoraQue metáfora meu irmão, que metáfora! Iansã é Santa Bárbara, Santa Bárbara é Iansã. Quem não vê isso não liga pra fé - só pra religião.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista Agora"Você já sentiu que sua vida se transformou em algo que você nunca quis?"
À Procura de Elly
4.0 147Tá pra nascer um diretor mais capaz de transmitir a realidade dos dramas humanos que o Farhadi. Duas coisas me chamaram muita atenção nesse filme: a falta de empatia dos homens com as mulheres - Sepideh foi culpada desde o início pelo seu marido Amir, sendo que em diversos momentos de tomada de decisões são os homens quem tomam as rédeas, ignorando a vontade das mulheres -, e a conexão entre o elenco, que foi fenomenal. Não assisti O Apartamento ainda mas desejo boa sorte no Oscar.
Meu Nome é Ray
3.3 269 Assista AgoraSusan Sarandon porque você se submeteu a isso meu amor?
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraSe o Chiron criasse um canal no Youtube explicando como fez pra crescer desse jeito do ato II pro III nem ia precisar entrar pra vida do crime
O Universo No Olhar
4.2 1,3KChega logo futuro
Árido Movie
3.6 205Quem não gostou por que viu "problemas no roteiro" provavelmente tava esperando um velho oeste né, só que é um filme muito mais reflexivo do que isso, a história da água e do povo indígena que vivia em Rocha é muito mais interessante do que qualquer trama de vingança, que pra mim ficou como pano de fundo.
A atuação do Guilherme Weber é tão ruim que ele se encaixa muito bem nessa característica "sem sal" de quem vem da cidade e caí no meio do sertão. Fiquei apaixonado pela Suyane Moreira, queria muito ver outros filmes com ela, que mulher <3
Os Sonhadores
4.1 1,9K Assista AgoraAcho que se Bertolucci não tivesse dado tanta ênfase nas referências cinematográficas, deixando elas explícitas com uma alteração entre cenas dos filmes referenciados e dos Sonhadores, eu teria gostado mais. Não é um filme ruim, como um comentário disse aqui os jovens irmãos são muito hipócritas e Matthew é o real revolucionário da "relação", mas pra mim a crítica que o filme traz ainda idealiza demais esse padrão de vida surreal e sem significado dos irmãos, parece que eles são descolados por serem jovens de classe média alta que tem um alto padrão cultural privilegiado e pouca força de vontade pra realizar mudanças concretas em seus estilos de vida. Esperava mais, eu acho.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraPreciso de alguém pra fumar um cigarro e debater sobre a perversidade desse filme
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraAchei super diferente das temáticas do Villeneuve (pelo menos pelo que eu já vi de Incêndios, o Homem Duplicado e Suspeitos, porque Sicario ainda não vi). Isso não é exatamente ruim, acho que a histeria coletiva causada pela chegada dos heptapods é muito mais o estilo dele do que qualquer outra coisa tratada no filme, como a história pessoal da doutora Louise ou toda a trama científica linguística, que também é muito foda. Vontade de ver de novo pra poder compreender melhor alguns pontos, é um filme muito cheio de informações interessantes e plot twists pra querer ver disperso.
Teus Olhos Meus
4.0 577Como, como um filme desses consegue uma avaliação tão boa? Não consigo entender. Otávio e Gil tem uma relação que brota do nada, sem contexto, rasa. Palavras bonitas não deixam os personagens mais profundos, só mais e mais forçados, nas primeiras frases de efeito você até acha reflexões interessantes mas depois da quinta ou sexta você já quer que eles simplesmente calem a boca.
E sinceramente, alguns cortes de câmera ficaram realmente mal feitos, não dá pra dizer que é só falta de recursos, é um amadorismo que não liga pra técnica e aposta tudo num roteiro prepotente. Nem a porcaria de uma cena de sexo pra provar esse amor todo que os personagens dizem sentir foi possível, os atores não devem nem ser homossexuais pela frieza das atuações, mas nem isso seria desculpa.
O final? Realmente, impressionante, não achei previsível, mas não salva o filme.
O fato é que a paternalidade de Gil é simplesmente deixada de lado o tempo todo, o que faz parecer que o final é realmente surpreendente, mas isso é só um dos outros defeitos do filme, trazer os efeitos dessa ausência de figura paternal pra aprofundar o personagem seria muito mais interessante.
Trilha sonora mal colocada. Cenário ignorado, parece que não há interesse algum em diversos momentos de compor a cena, só de por os personagens na frente da câmera fazendo suas falas.
Tem lá seus pontos fortes. A câmera que alterna entre o passado de Otávio com Lélia e a atualidade com Gil por exemplo, é bem original. Se querem um filme amador que apresente bem a transição hétero-homossexual assistam 'Plano B', de Marco Berger.
Assisti porque essa avaliação foi uma grande propaganda enganosa.