Estou assistindo The Boys e posso dizer que a série é inferior em qualidade à HQ, o que é absolutamente normal e já era esperado. Seria leviano comparar o grau de liberdade narrativa disponível na produção de um gibi obscuro de quinze anos atrás a uma série atual veiculada ao grande público. É óbvio que as possibilidades discursivas são mais abertas nos quadrinhos, inclusive para a violência e conteúdo impróprio, no que reside, aliàs, o caráter contracultural e subversivo dos comics. De qualquer modo, achei a série divertida e interessante, especialmente porque soube explorar a questão do domínio do marketing na cultura das celebridades e o esvaziamento da personalidade que decorre desse processo. Os publicitários são apresentados como idiotas pragmáticos, o que realmente são, e o público geral é apresentado como uma multidão de tolos que acreditam em todas as mentiras fabricadas e nutridas pela máquina cultural corporativa; o que é bem acurado. A série não é tão pesada e doentia quanto o roteiro de Garth Ennis na HQ, mas, ainda assim, talvez pelo conteúdo sadomasô, deverá impressionar alguns. Não é uma grande série, mas certamente é melhor que a maioria das séries de super-heróis disponíveis.
The Boys (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraEstou assistindo The Boys e posso dizer que a série é inferior em qualidade à HQ, o que é absolutamente normal e já era esperado.
Seria leviano comparar o grau de liberdade narrativa disponível na produção de um gibi obscuro de quinze anos atrás a uma série atual veiculada ao grande público. É óbvio que as possibilidades discursivas são mais abertas nos quadrinhos, inclusive para a violência e conteúdo impróprio, no que reside, aliàs, o caráter contracultural e subversivo dos comics.
De qualquer modo, achei a série divertida e interessante, especialmente porque soube explorar a questão do domínio do marketing na cultura das celebridades e o esvaziamento da personalidade que decorre desse processo.
Os publicitários são apresentados como idiotas pragmáticos, o que realmente são, e o público geral é apresentado como uma multidão de tolos que acreditam em todas as mentiras fabricadas e nutridas pela máquina cultural corporativa; o que é bem acurado.
A série não é tão pesada e doentia quanto o roteiro de Garth Ennis na HQ, mas, ainda assim, talvez pelo conteúdo sadomasô, deverá impressionar alguns.
Não é uma grande série, mas certamente é melhor que a maioria das séries de super-heróis disponíveis.