A obra mostra uma cidade que perde sua identidade. O frio pode ser entendido como uma metáfora para uma Recife descaracterizada, onde grandes prédios e shoppings substituem o que um dia foi a essência do lugar. No final do curta, com a ciranda e a música na praia, elementos típicos da identidade tradicional nordestino, vemos que é possível superar o cinza e o frio que se alastra na cidade — finalmente, uma feixe de sol ressurge em Recife.
“2081” é um curta-metragem de ficção-científica contundente e incisivo, que apresenta um futuro distópico no ano que dá nome ao filme.
Nesse contexto, há uma sociedade na qual toda a população é forçada a pensar e a agir da mesma forma pelo governo. Existe uma expressão que se aplica muito bem a esse cenário — “Toda unanimidade é burra”. Nada mais interessante, portanto, para a manutenção do poder, do que uma sociedade alienada, em que não há divergências de pensamentos.
Eis que surge no filme a figura de Harrison Bergeron, um rebelde que luta contra o sistema alienante e ditatorial em vigor. Esse é o personagem que representa o perigo, pois levanta-se da mediocridade, do mediano, sugere e ameaça com o novo. Ele representa a faísca do que um dia pode se tornar um (necessário) incêndio.
“O Balão Vermelho” é uma obra que combina um enredo infantil com um conteúdo profundo e sensível, criando uma atmosfera mágica muito tocante.
Em meio a uma Paris suja e abandonada, cuja cor acinzentada domina não somente os prédios e ruas, mas também as próprias pessoas e vestimentas, eis que surge ali um grande balão vermelho, destoando de tudo e todos.
O balão mágico acompanha os passos de um jovem menino, que aparenta ter uma relação de cuidado e carinho com o objeto. “Mágico” porque o balão parece ter vida própria; é certamente especial, tal como a criança que o guia. E com um entorno tão sombrio e sem vida, acreditem — é ótimo ser especial, possuir algo que nos eleve dessa superfície; mesmo que, por vezes, isso seja invejável e perigoso.
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O Pátio
3.1 30As vozes distorcidas e o piso de azulejos me lembram muito a série Twin Peaks, de David Lynch, que viria alguns anos depois.
Recife Frio
4.3 314A obra mostra uma cidade que perde sua identidade. O frio pode ser entendido como uma metáfora para uma Recife descaracterizada, onde grandes prédios e shoppings substituem o que um dia foi a essência do lugar. No final do curta, com a ciranda e a música na praia, elementos típicos da identidade tradicional nordestino, vemos que é possível superar o cinza e o frio que se alastra na cidade — finalmente, uma feixe de sol ressurge em Recife.
2081
3.7 36“2081” é um curta-metragem de ficção-científica contundente e incisivo, que apresenta um futuro distópico no ano que dá nome ao filme.
Nesse contexto, há uma sociedade na qual toda a população é forçada a pensar e a agir da mesma forma pelo governo. Existe uma expressão que se aplica muito bem a esse cenário — “Toda unanimidade é burra”. Nada mais interessante, portanto, para a manutenção do poder, do que uma sociedade alienada, em que não há divergências de pensamentos.
Eis que surge no filme a figura de Harrison Bergeron, um rebelde que luta contra o sistema alienante e ditatorial em vigor. Esse é o personagem que representa o perigo, pois levanta-se da mediocridade, do mediano, sugere e ameaça com o novo. Ele representa a faísca do que um dia pode se tornar um (necessário) incêndio.
O Balão Vermelho
4.4 237 Assista Agora“O Balão Vermelho” é uma obra que combina um enredo infantil com um conteúdo profundo e sensível, criando uma atmosfera mágica muito tocante.
Em meio a uma Paris suja e abandonada, cuja cor acinzentada domina não somente os prédios e ruas, mas também as próprias pessoas e vestimentas, eis que surge ali um grande balão vermelho, destoando de tudo e todos.
O balão mágico acompanha os passos de um jovem menino, que aparenta ter uma relação de cuidado e carinho com o objeto. “Mágico” porque o balão parece ter vida própria; é certamente especial, tal como a criança que o guia. E com um entorno tão sombrio e sem vida, acreditem — é ótimo ser especial, possuir algo que nos eleve dessa superfície; mesmo que, por vezes, isso seja invejável e perigoso.