Bom filme. Assisti pelo histórico de ótimos filmes da A24 recentemente, principalmente em 2019 (Midsommar e Uncut Gems são dois dos melhores 5 filmes do ano para mim), mas fiquei um pouco decepcionado. O ritmo é um pouco lento para o meu gosto e as interações não são muito intensas, então não existe um "gancho" muito fácil para a audiência se prender. A ideia é tentar imergir e pagar pra ver até o fim.
O aspecto visual é bom, boa fotografia, bom design de produção.
Não sou fã de comentários sociais explícitos e unidimensionais, que queiram "lacrar", então esse filme me chamou atenção pelas críticas mais sutis que teceu. Principalmente uma cena, em específico, a observação do Jimmie em relação à morte de Kofi: "I know it sounds weird, but I kinda feel like could've been me, if not for the house".
Foi uma grande história de destruição de um sonho e de trauma de vida, inegável, mas a narrativa é muito "autoimportante", meio desconexa, com algumas frases fazendo muito mais efeito na mente da cineasta do que na do público.
Por mais que esse documentário tenha sido feito justamente para resgatar essa memória nas pessoas que trabalharam no projeto da época, fiquei com a impressão que há uma barreira para a empatia do espectador. Lógico que só quem trabalhou na produção de "Shirkers" vai ter uma experiência aprofundada, mas a diretora não teve sucesso em estender uma ponte do público à história como ela parece achar que teve.
Em um primeiro momento, gostei muito do primeiro e segundo atos, bem dinâmicos para um filme de 3h30. Quando terminei o filme, achei que a perda de ritmo do último ato tinha sido uma falha, mas depois percebi o propósito no filme.
É como disse o Tiago Belotti dos Meus Dois Centavos, é um filme de máfia sem o "glamour" de Goodfellas, que mostra o envelhecimento, a perda de prestígio e o "depois" da vida mafiosa, quando não há mais ninguém vivo daquele mundo que conferia importância e sentido ao personagem do De Niro. Importante mostrar o preço que se paga pelo tipo de decisão definitiva que é executar alguém, mesmo que não seja pago no sistema legal, e sim no ambiente familiar. Muito maduro.
Poderia ter desenvolvido um pouco mais as relações familiares, porém ótimo filme.
É difícil encontrar alguém que consiga falar ao mesmo tempo de maneira tão aberta, tão explicativa e tão direta como Chomsky consegue. É uma síntese explicativa dos mecanismos de dominação social praticados pelos "mestres da humanidade" feita sem base partidária alguma. Triste e desesperançoso assistir a isso e se tornar consciente da própria impotência.
Queria que mais pessoas se empenhassem no estudo tanto quanto ele para chegar aos 86 anos (87 agora) espantando a senilidade e mantendo a lucidez como poucas pessoas na história. Viva, Chomsky, e que venham mais 86!
Um filme muito bem dosado pela parte do diretor e dos dois atores principais, que como anteriormente, sumiram dentro dos personagens com uma naturalidade difícil de encontrar. Adorei o jeito como a trilogia terminou. Jesse e Celine sáo mais maduros, mais "martelados" pela vida e (o que decepcionou muitos que assistiram) são menos idealistas que eram nos filmes anteriores. Isso dá a impressão de que os diálogos perderam a qualidade, mas na realidade, eles só se adequaram pra uma fase completamente diferente em que os dois vivem, menos sonhadora, mais sóbria. Encerrou a saga com uma bela chave de ouro.
Mesmo assim, não faltam os momentos de conexão do casal (durante a caminhada pela cidade), o que relembra as outras fases que eles viveram nos demais filmes. Foi muito gratificante ter essa cena pra sentir a nostalgia dos "tempos de ouro" do casal.
Tom McCarthy fez o que Fincher não fez em Zodiac, deixou dinâmica e envolvente uma investigação que se passa a maior parte do tempo num ambiente jornalístico com direção e roteiro impecáveis (e soube a hora de acabar o filme!). Além disso, que elenco. Mark Ruffalo merecia muito mais o Oscar que Rylance
O Último Homem Negro em San Francisco
3.8 51Bom filme. Assisti pelo histórico de ótimos filmes da A24 recentemente, principalmente em 2019 (Midsommar e Uncut Gems são dois dos melhores 5 filmes do ano para mim), mas fiquei um pouco decepcionado.
O ritmo é um pouco lento para o meu gosto e as interações não são muito intensas, então não existe um "gancho" muito fácil para a audiência se prender.
A ideia é tentar imergir e pagar pra ver até o fim.
O aspecto visual é bom, boa fotografia, bom design de produção.
Não sou fã de comentários sociais explícitos e unidimensionais, que queiram "lacrar", então esse filme me chamou atenção pelas críticas mais sutis que teceu. Principalmente uma cena, em específico, a observação do Jimmie em relação à morte de Kofi: "I know it sounds weird, but I kinda feel like could've been me, if not for the house".
Shirkers - O Filme Roubado
4.1 45 Assista AgoraÉ ok.
Foi uma grande história de destruição de um sonho e de trauma de vida, inegável, mas a narrativa é muito "autoimportante", meio desconexa, com algumas frases fazendo muito mais efeito na mente da cineasta do que na do público.
Por mais que esse documentário tenha sido feito justamente para resgatar essa memória nas pessoas que trabalharam no projeto da época, fiquei com a impressão que há uma barreira para a empatia do espectador. Lógico que só quem trabalhou na produção de "Shirkers" vai ter uma experiência aprofundada, mas a diretora não teve sucesso em estender uma ponte do público à história como ela parece achar que teve.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraEm um primeiro momento, gostei muito do primeiro e segundo atos, bem dinâmicos para um filme de 3h30. Quando terminei o filme, achei que a perda de ritmo do último ato tinha sido uma falha, mas depois percebi o propósito no filme.
É como disse o Tiago Belotti dos Meus Dois Centavos, é um filme de máfia sem o "glamour" de Goodfellas, que mostra o envelhecimento, a perda de prestígio e o "depois" da vida mafiosa, quando não há mais ninguém vivo daquele mundo que conferia importância e sentido ao personagem do De Niro. Importante mostrar o preço que se paga pelo tipo de decisão definitiva que é executar alguém, mesmo que não seja pago no sistema legal, e sim no ambiente familiar. Muito maduro.
Poderia ter desenvolvido um pouco mais as relações familiares, porém ótimo filme.
Dia da Vitória
2.3 2Valeu por descobrir a existência da data e das festividades.
Alabama Monroe
4.3 1,4KSentimento reais e sentimentos romantizados. Devastador.
Sem Limites
3.8 1,9K Assista AgoraO filme terminou querendo deixar pontas abertas para interpretação, mas o fez de uma maneira muito pobre e ordinária
Slacker
3.6 89Linklater experimentando o que viria a ser a semente de Waking Life
Requiem for the American Dream
4.4 64É difícil encontrar alguém que consiga falar ao mesmo tempo de maneira tão aberta, tão explicativa e tão direta como Chomsky consegue. É uma síntese explicativa dos mecanismos de dominação social praticados pelos "mestres da humanidade" feita sem base partidária alguma. Triste e desesperançoso assistir a isso e se tornar consciente da própria impotência.
Queria que mais pessoas se empenhassem no estudo tanto quanto ele para chegar aos 86 anos (87 agora) espantando a senilidade e mantendo a lucidez como poucas pessoas na história. Viva, Chomsky, e que venham mais 86!
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraUm filme muito bem dosado pela parte do diretor e dos dois atores principais, que como anteriormente, sumiram dentro dos personagens com uma naturalidade difícil de encontrar. Adorei o jeito como a trilogia terminou. Jesse e Celine sáo mais maduros, mais "martelados" pela vida e (o que decepcionou muitos que assistiram) são menos idealistas que eram nos filmes anteriores. Isso dá a impressão de que os diálogos perderam a qualidade, mas na realidade, eles só se adequaram pra uma fase completamente diferente em que os dois vivem, menos sonhadora, mais sóbria. Encerrou a saga com uma bela chave de ouro.
Mesmo assim, não faltam os momentos de conexão do casal (durante a caminhada pela cidade), o que relembra as outras fases que eles viveram nos demais filmes. Foi muito gratificante ter essa cena pra sentir a nostalgia dos "tempos de ouro" do casal.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraTom McCarthy fez o que Fincher não fez em Zodiac, deixou dinâmica e envolvente uma investigação que se passa a maior parte do tempo num ambiente jornalístico com direção e roteiro impecáveis (e soube a hora de acabar o filme!). Além disso, que elenco. Mark Ruffalo merecia muito mais o Oscar que Rylance