É complicado esse tipo de situação em que você tem roteiro e direção de arte tão discrepantes em qualidade. O roteiro aqui não é de todo mal, mas só mediano. Fica a questão: o que faz um filme? Eu tô na mesma situação que estive diante de Star Wars ou de Kubo; adianta a produção excepcional se o roteiro é fraco? O cinema é sobre qualidade visual? Talvez seja para a indústria cultural, mas enquanto arte, acho que deva ir além... Tive a oportunidade de ver esse filme no cinema, e a telona grande não compensou o lugar-comum da narrativa. É isso.
os closes, que conferem certa gravidade aos diálogos (principalmente) e às impressões das personagens; o enquadramento (como no momento em que Jodie primeiro vê Hanny, e ele parece estar atrás de um batente, como que a convidando para entrar); a visão na perspectiva das personagens, muito útil para o clima de suspense na cena de "perseguição" na casa do assassino, e por aí vai. Creio que a atuação é tão exaltada por ter sido captada da melhor forma possível, totalmente dentro da proposta do filme.
Ó, eu fiquei com vontade de expor o que achei que aconteceu no final, então é só pra quem tiver visto o filme (inclusive, pra quem não viu, vai lá, o filme é do caralho).
O que eu acho é que a mulher que é morta pela Em também não é daquela realidade originalmente, já que a moça original liga para o marido no dia seguinte. Penso que a Em que fez a ligação não chegou a ir para a festa, até porque o telefone dela não quebrou (já que ligou para o marido do próprio número). Acho que uma Em de uma realidade mais adiantada (do que a Em que acompanhamos) foi checar as casas e escolheu aquela porque não tinha a "outra" ela, e ficou lá de boa até a Em que acompanhamos aparecer e matá-la.
Aí fica a pergunta: por que então a Em morta desapareceu daquela realidade e a Em que acompanhamos não? Acho que a Em morta desaparece para que não haja o paradoxo de duas versões da mesma pessoa nessa realidade e que a Em assassina não desaparece porque o meteoro só atingiu dessa forma uma pequena região (os exemplos que eles deram de outros meteoros também foram com poucas pessoas, numa área específica). Como a Em que liga para o marido estava longe daquela parte, o meteoro não a considerou, por assim dizer; porque naquela realidade e -naquela região- não haviam duas Em's, permitindo que a Em assassina permanecesse.
Abril Despedaçado
4.2 673É difícil passar por ele, justamente porque cumpre com a proposta. Bom de verdade.
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraÉ complicado esse tipo de situação em que você tem roteiro e direção de arte tão discrepantes em qualidade. O roteiro aqui não é de todo mal, mas só mediano.
Fica a questão: o que faz um filme? Eu tô na mesma situação que estive diante de Star Wars ou de Kubo; adianta a produção excepcional se o roteiro é fraco? O cinema é sobre qualidade visual? Talvez seja para a indústria cultural, mas enquanto arte, acho que deva ir além... Tive a oportunidade de ver esse filme no cinema, e a telona grande não compensou o lugar-comum da narrativa. É isso.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraAcho que além da atuação impecável do Hopkins, a direção é excelente no que diz respeito à câmera:
os closes, que conferem certa gravidade aos diálogos (principalmente) e às impressões das personagens; o enquadramento (como no momento em que Jodie primeiro vê Hanny, e ele parece estar atrás de um batente, como que a convidando para entrar); a visão na perspectiva das personagens, muito útil para o clima de suspense na cena de "perseguição" na casa do assassino, e por aí vai.
Creio que a atuação é tão exaltada por ter sido captada da melhor forma possível, totalmente dentro da proposta do filme.
Coerência
4.1 1,3K Assista AgoraÓ, eu fiquei com vontade de expor o que achei que aconteceu no final, então é só pra quem tiver visto o filme (inclusive, pra quem não viu, vai lá, o filme é do caralho).
O que eu acho é que a mulher que é morta pela Em também não é daquela realidade originalmente, já que a moça original liga para o marido no dia seguinte. Penso que a Em que fez a ligação não chegou a ir para a festa, até porque o telefone dela não quebrou (já que ligou para o marido do próprio número). Acho que uma Em de uma realidade mais adiantada (do que a Em que acompanhamos) foi checar as casas e escolheu aquela porque não tinha a "outra" ela, e ficou lá de boa até a Em que acompanhamos aparecer e matá-la.
Aí fica a pergunta: por que então a Em morta desapareceu daquela realidade e a Em que acompanhamos não? Acho que a Em morta desaparece para que não haja o paradoxo de duas versões da mesma pessoa nessa realidade e que a Em assassina não desaparece porque o meteoro só atingiu dessa forma uma pequena região (os exemplos que eles deram de outros meteoros também foram com poucas pessoas, numa área específica). Como a Em que liga para o marido estava longe daquela parte, o meteoro não a considerou, por assim dizer; porque naquela realidade e -naquela região- não haviam duas Em's, permitindo que a Em assassina permanecesse.
É isso.