Saber quem dirige esse filme é provavelmente a maior virtude e o principal defeito que eu pude encontrar assistindo a esse filme. Desleal, definiria bem, o que seria uma comparação deste filme com os demais produzidos por Kubrick. Afinal todo o plot do filme, se mostra frágil, porém a obra já da mostras do total domino e paixão do diretor pela imagem, fácil de ser visto na cena da luta de boxe, que deixa o espectador tão zonzo quanto o próprio nocauteado no ringue, e o interessantíssimo trabalho de luzes e sombras, demonstrado em todo decorrer do filme. Longe de ser genial, de todo modo, o filme foi um importante degrau na carreira de Kubrick.
Não acho que é um filme sobre bullying, também não crio que seja uma história sobre machismo. A história toda é baseada no luto, em como cada pessoa lida com o mesmo e com o sentimento de culpa, o filme acaba usando o bullying como autoflagelo associado ao luto. Todo realismo que o diretor passa, toda angustia sutil dos sons inplícitos, que beiram a cacofonia, destoam do quase sadismo explicito que o filme alcança, a partir de determinado ponto. Se você procura o realismo, luto associado com bullying e autopenitência,com pobres soluções propostas ao problema em questão, este é seu filme.
Admito que não estava preparado para toda a tensão e sentimentos angustiantes que o filme desperta, precisei parar no meio e recapitular tudo em uma outra oportunidade. Não é a primeira vez que o diretor aborda o tema, Festa em Família, que deve ser um dos melhores exemplos de filmes que seguem o 'Dogma 95', já dava mostras de como um assunto tão delicado, pode ser tratado de modo original, sem perder o seu peso e gravidade. Diferente do filme da década de 90, esse tem um esmero visual e técnico típicos de Vintemberg, apresenta uma edição que beira a perfeição e atuações tão precisas e carregadas de emoção, que acabam por fazer desse, na minha opinião o ponto mais alto de uma carreira de poucos, mas interessante filmes do dinamarquês, que como sempre consegue nos enojar com um retrato assustadoramente fiel do ser humano,
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A Morte Passou por Perto
3.3 142Saber quem dirige esse filme é provavelmente a maior virtude e o principal defeito que eu pude encontrar assistindo a esse filme.
Desleal, definiria bem, o que seria uma comparação deste filme com os demais produzidos por Kubrick. Afinal todo o plot do filme, se mostra frágil, porém a obra já da mostras do total domino e paixão do diretor pela imagem, fácil de ser visto na cena da luta de boxe, que deixa o espectador tão zonzo quanto o próprio nocauteado no ringue, e o interessantíssimo trabalho de luzes e sombras, demonstrado em todo decorrer do filme.
Longe de ser genial, de todo modo, o filme foi um importante degrau na carreira de Kubrick.
Depois de Lúcia
3.8 1,1KNão acho que é um filme sobre bullying, também não crio que seja uma história sobre machismo.
A história toda é baseada no luto, em como cada pessoa lida com o mesmo e com o sentimento de culpa, o filme acaba usando o bullying como autoflagelo associado ao luto.
Todo realismo que o diretor passa, toda angustia sutil dos sons inplícitos, que beiram a cacofonia, destoam do quase sadismo explicito que o filme alcança, a partir de determinado ponto.
Se você procura o realismo, luto associado com bullying e autopenitência,com pobres soluções propostas ao problema em questão, este é seu filme.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraAdmito que não estava preparado para toda a tensão e sentimentos angustiantes que o filme desperta, precisei parar no meio e recapitular tudo em uma outra oportunidade.
Não é a primeira vez que o diretor aborda o tema, Festa em Família, que deve ser um dos melhores exemplos de filmes que seguem o 'Dogma 95', já dava mostras de como um assunto tão delicado, pode ser tratado de modo original, sem perder o seu peso e gravidade.
Diferente do filme da década de 90, esse tem um esmero visual e técnico típicos de Vintemberg, apresenta uma edição que beira a perfeição e atuações tão precisas e carregadas de emoção, que acabam por fazer desse, na minha opinião o ponto mais alto de uma carreira de poucos, mas interessante filmes do dinamarquês, que como sempre consegue nos enojar com um retrato assustadoramente fiel do ser humano,