Que filme! Eu amei cada segundo, da abertura ate o ultimo frame. A diretora/roteirista fez um excelente trabalho em contar essa história que toca em um assunto tão polemico e delicado, sem usar clichês. Seria muito fácil cair em armadilhas e dramatizar demais a situação (cof cof Unpregnant). Também gostei que o ponto de vista fica bem claro, mas sem muita pregação. O filme me tocou muito, pela simplicidade do roteiro - sem muito diálogo - e o realismo das situações e procedimentos. As atrizes também arrasaram, atuações orgânicas e condizentes com a idade das personagens, as atrizes passaram uma amplitude extraordinária de emoções com pouquíssimo dialogo, perfeitas! As cenas na clínica - todas elas - são tão naturais que pareciam saídas de um documentário. A amizade entre as primas também me emocionou muito, apesar do pouco dialogo deu pra ver que elas tem uma relação muito próxima e especial. A lealdade da Skyler, que ficou e enfrentou cada obstáculos com a Autumn sem nunca exigir nada em troca ou jogar na cara. Ela foi muito compreensiva, com tudo que a prima estava lidando, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Sem a Autumn pedir, ela ajudou a conseguir dinheiro, fazer as malas, arranjar uma desculpa para as famílias e ainda a acompanhou durante todo o procedimento.
Quando a Autumn manda a Skyler fuck-off e ela some por alguns minutos e depois elas se encontram no banheiro e ta tudo bem entre elas… Ai, que cena linda, um retrato verdadeiro da amizade feminina. Depois quando a Skyler desaparece com o rapaz do ônibus deixando a Autumn sozinha com a mala, eu fiquei apavorada de acontecer o pior! Ainda bem que a roteirista não optou pela tragédia - a jornada já estava sendo difícil por sí só. Quero comentar também sobre o papel dos homens na história, a presença masculina no filme me impactou muito pois, como mulher, a atmosfera de hostilidade presente no filme é extremamente familiar. Todas as figuras masculinas foram retratadas de forma realista, desde os meninos da escola, ao supervisor do trabalho e o pai (toda mulher conhece pelo menos um homem que se comporta como os do filme). Apesar disso não existe um vilão na história, um antagonista tentando sabotar a jornada das meninas por um abordo seguro. Mas a partir do momento que elas chegam a NY tudo é muito tenso, mesmo sem conflitos e agressões diretas. O menino do ônibus me preocupou muito, é um exemplo clássico de como os homens não tem noção nenhuma do quão assustadores eles podem parecer, mesmo quando a intenção pode ser boa. A gente nunca tem certeza, é sempre um risco dar abertura. Me quebrou o coração que elas precisaram recorrer a ele para conseguir dinheiro para ir embora. Torci para que elas ligassem pra casa ou para a assistente social, mas enfim... A cena que elas seguram as mãos no pilar da rodoviária me emocionou muito, fora o alívio de ver que a Skyler não tinha sido morta e estuprada.
Tudo que a diretora/roteirista optou por não expandir é o que justamente trás a sensação de que o filme poderia ser um documentário… A cena final delas voltando pra casa, sugere que a vida continua e que essas pessoas realmente existem em algum lugar.
Fiquei muito desconfortável, mas também ri e chorei. Concordo que pode ser perturbador visualmente em algumas cenas, mas pra mim, é mais perturbador saber que retrata a realidade. Eu não vi maldade no filme e sai dele satisfeita com a conclusão que ele chegou.
Existe uma exploração dos corpos femininos, e ainda na infância nós meninas percebemos que existe uma atenção desproporcional sobre nosso corpo, mas pela pouca idade, informação e comunicação, temos dificuldade de entender os limites que precisam existir para preservarmos nossa segurança e autonomia sobre ele. Essa ingenuidade, coloca meninas em algumas situações complicadas e muitas vezes perigosas. O filme não toma o rumo mais perigoso e trágico que poderia, no lugar ele decide refletir como tudo isso pode influenciar na vida de uma garota.
No caso da Amy, que vêm de uma cultura afro-muçulmana - onde a mulher deve total obediência e servitude ao marido, mas esta crescendo e florescendo na França do século 21 - com a crescente onda feminista e emancipação sexual feminina. O corpo dela esta sendo co-optado por essas duas narrativas opostas, mas igualmente opressoras.
A familia e a religião dizem que ela só existe para servir ao homem. E ela tem um exemplo claro dessa realidade na mãe, e em tudo que ela esta tendo que engolir para se enquadrar nesse ideal feminino de servitude. Por isso é compreensível que a narrativa oposta, da liberdade através da música e da dança e a atenção que essas coisas trasem, seja desesperadamente atrativa pra ela nesse momento. E eu acho que muitas das meninas que decidem por si mesmas a se exporem dessa forma, partem de lugares comuns como esse - fugindo de uma opressão caem em outra igualmente perigosa para autonomia de seus corpos.
Mas no final, pra mim, ficou claro que a obsessão com as colegas e a competição era mais uma válvula de escape, a experiência que ela precisava vivenciar pra compreender que não existem apenas duas possibilidades de existir. Ela percebeu ali no meio do palco que nada daquilo, que ela passou o filme todo correndo atrás, era o que preencheria o vazio q ela estava sentindo pela situação em casa. E a cena final, da mãe defendendo-a da tia, acordou a Amy desse transe desesperado em que ela estava, e mostrou que ela não precisa decidir nada agora, que a mãe dela esta do lado dela, e que no fim vai ficar tudo bem!
Confusão é a melhor palavra pra descrever como me senti assistindo esse filme. Com certeza ele referencia coisas que vão além do meu repertório e por tanto talvez eu jamais o entenda completamente. Alguns dos temas que eu identifiquei no filme foram: arrependimento - tudo aquilo que podia ter sido e não foi; o tempo, o envelhecimento e a inevitabilidade da morte. Mas o tema que me pegou de surpresa e me tirou o fôlego por cair muito proximo de algo que ja me passou pela cabeça: Nós absorvemos tudo que consumimos, e essas coisas se tornam parte de quem somos, a ponto de influenciar nossa percepção da realidade. Uma fala do filme que sumariza bem: 'A maioria das pessoas são outras pessoas. Seus pensamentos são as opiniões de outra pessoa. Suas vidas são um mimetismo. Suas paixões são uma citação.' Como a gente sabe quem a gente realmente é, quando a gente vive no limiar entre a realidade e a fantasia?
Quando a Lucy entra no quarto de infância do Jake, com montanhas de livros e filmes que fazem referencia a varias conversas que rolaram ao longo do filme, pra mim ficou a impressão de que o Jake é a personificação de tudo isso. Ele viveu uma vida inteira nesse limiar, projetando uma vida fantasiosa em vez de experienciar a realidade e tomar atitudes para concretizar seus sonhos e vontades. Ele chegou na velhice deslocado, inseguro e insuficiente, e provavelmente morreu naquele carro, arrependido de não ter aproveitado melhor a vida.
Enfim, esses foram os primeiros pensamentos que tive durante e após assistir ao filme uma única vez. Sobre o Kaufman, eu não tenho muito a dizer, dos filmes dele como diretor esse é o primeiro que eu assisto, como roteirista esse é o terceiro (Adaptação + Brilho Eterno). Acho que ele tem muitos méritos, justamente por ter uma linguagem e visão completamente única e reconhecidamente pessoal. Não acho justo alguém dizer que o trabalho dele é ruim, porque claramente esta longe de ser mal pensando ou executado. Apenas acho que seja para poucos, para aqueles que não tem preguiça de ficar horas pensando no que assistiu ou pesquisar e consumir material adicional para entender as nuances das narrativas que ele constrói. Como pinturas do movimento surrealista, os filmes do Kaufman tem a mesma qualidade, são estranhos para quem vê de fora, mas lotados de simbolismos e significados, mas também podem ser espelhos que refletem o que o espectador quiser projetar.
Eu adorei, achei a história linda e singela, e a fotografia impecável.
Sou neta de imigrantes japoneses então a história bateu forte, chorei bastante no decorrer do filme. É de partir o coração ver como a constante abnegação das próprias vontades tornou um homem sonhador e cheio de vida em uma pessoa taciturna e apática. Dá para analisar o filme sob diversos aspectos: a masculinidade tóxica que lhe foi ensinada na infância com a avó que o desestimulou a expressar sentimentos; O forte senso de responsabilidade, como filho único e homem, de gerar renda para cuidar da mãe viúva e sobrecarregada; A expectativa surreal que ele impôs a filha, que acabou criando um abismo no relacionamento deles e influenciou como ela conduz a propria vida, trabalhando demais e não conseguindo cuidar das relações interpessoais.
Ta certo que nenhuma dessas coisas foram impostas a ele - foram escolhas que ele fez por que quis (a mãe dele mesma diz isso pra ele no telefone). Mas crescer pobre num pais subdesenvolvido, sem nenhuma perspectiva de ascensão social, sacrificar um amor verdadeiro por um arranjo para migrar de país e tomar tanto na cabeça, até perceber que a resposta também não estava ali, é de quebrar o coração de qualquer um.
A única critica negativa que eu tenho a fazer é apenas que o filme podia ter sido mais longo, pra explorar melhor os relacionamentos e circunstâncias que foram moldando os personagens até eles se tornarem pessoas completamente diferentes das que eles um dia foram.
Não sou mãe, mas quando a Dorothea fala: "You get to see him out in the world as a person. I never will" eu senti a dor dela. A gente raramente pensa nos nossos pais como pessoas completas, que existem, sentem, pensam para além de nós. É dificil, porque do momento que nascemos até a vida adulta quando saímos de casa, eles vivem em nossa função, atendendo as nossas necessidades. Mas nessa frase, fica claro como ser pai e mãe as vezes pode ser profundamente solitário, tu ta criando um ser humano para viver para além de vc, e ser tornar uma pessoa que talvez vc nunca vá conhecer totalmente. O mesmo vale pra nós, quanto esforço fazemos para conhecer nossos pais, e o quanto de esforço eles fazem para serem nossos heróis, que acabam nos distanciado da sua humanidade? Enfim, o filme me despertou vários pensamentos interessantes, e com certeza entrou para os meus favoritos. Uma pena a mãe do Mike Mills não ter vivido para ver essa homenagem, foi lindo e me emocionou do inicio ao fim. Trilha sonora perfeita e elenco querido demais!
Eu li o livro antes de ver o filme porque tava ansiosa demais pra esperar e queria saber mais da historia. O filme não me decepcionou, achei uma adaptação excelente, gostei de como ele acabou antes do desfecho que teve no livro, mas tbm tenho bastante interesse numa possível sequencia. O filme me trouxe o mesmo sentimento que tive ao assistir Antes do Amanhecer, do Linklater. Os dois filmes tem em comum um casal que vive numa bolha romântica por um período de tempo, se conhecendo e se apaixonando. E eu acho que revisitar Oliver e Elio depois de X anos seria bem legal também.
Achei que o romance se desenrolou com extrema pureza e sensibilidade, e que tanto o Elio quanto o Oliver agiram de forma coerente com sua experiencia e idade. Claro que eu queria um final puramente feliz, mas nesse caso o final fez total sentido e foi satisfatório apesar de devastador. Pelo ano em que se passa o filme, foi compreensível o Oliver não ter tido coragem de viver a verdade dele, ele teria que abrir mão de muita coisa para ser quem ele realmente é, e ele não tava pronto pra isso. O Elio, como o próprio Oliver diz, é sortudo por ter nascido numa familia que o apoia e aceita. A posição dos pais do Elio com o romance deles foi a parte mais tocante pra mim, tendo em vista muitas das representações LGBTQ+ que já tivemos no cinema são permeadas por dramas familiares, violência, preconceito, doença e ódio - são poucas que mostram positividade e esperança.
É um romance como os romances heteros que eu assistia quando adolescente e me enchiam o coração e a imaginação. Nada mais justo que os adolescentes gays possam ter esse tipo representatividade dentro do gênero romance.
Estou ciente das critica que rolaram sobre a diferença de idade entre os personagens, mas na minha opinião, essa critica não se aplica a essa historia, pelo menos não tão preto no branco. De forma alguma eu concordo ou acho saudável o relacionamento entre um adolescente e um homem adulto. Mas além da diferença de idade, não existia nenhum outro tipo de disparidade que fizesse o relacionamento ser tóxico ou desproporcional. O Oliver era um estudante, assim como o Elio, eles tinham os mesmo interesses e afinidades, a diferença de idade (se não me engano) era de apenas 5-6 anos, o que faz eles ainda pertencerem a mesma geração. Não era como se o Oliver tivesse idade para ser pai do Elio, ou tivesse uma posição de poder sobre ele, que são duas condições muito mais graves ao meu ver.
Que filme mais querido! Eu amei tudo do inicio ao fim, os personagens, a edição, o roteiro, a trilha sonora, tudo perfeito. Algumas pessoas me falaram do trabalho do Waititi comparando-o ao Wes Anderson, mas pra mim ele tem mais a vibe do Jean Pierre-Jeunet.
Fiquei tão triste quando a aunt Paula morreu, definitivamente não tava esperando esse twist, mas amei o rumo que a historia tomou.
Eu assistiria mais 3h desse filme de tão gostosa que foi a experiencia! Com certeza irei acompanhar o trabalho do diretor, principalmente nos trabalhos onde ele é roteirista & diretor. Espero que ele nao se venda completamente a Hollywood agora que esta dirigindo filmes da Marvel e continue produzindo filmes autorais.
A Greta Gerwig é um das minhas pessoas favoritas do mundo. Tento assistir tudo que tem o nome dela envolvido, e obviamente não perderia por nada sua estreia como diretora. E que filme lindo! Foi fácil me identificar com a protagonista, crescer não é fácil e conciliar sua expectativa com o mundo, a expectativa que sua familia tem por vc, e a realidade que te cerca é uma das tarefas mais duras de ser adulto, e é uma luta constante e um dilema que eu certamente ainda enfrento. O filme é uma delicia e entrou pros meus favoritos da vida!
Amei, achei sensível e realista e gostaria que todos assistissem e discutissem, achei um filme relevante para entender a geração de adultos que está por vir. Me identifiquei demais com a protagonista, ela me lembrou muito a experiencia que eu tive com a mesma idade. Gostei do modo como o filme abordou esse momento na vida da Kayla - sem julgamento, sem lição de moral, apenas apresentando realisticamente como é ser uma adolescente hoje e como a internet trouxe mais uma camada de complexidade na construção de quem somos com a introdução das redes sociais. Eu achei o filme um estudo interessante sobre como essa nova realidade tem afetado as relações humanas. Apesar do recorte da protagonista ser uma adolescente, o sentimento geral do filme é absolutamente universal. Porque mesmo hoje, beirando os 30, ainda me pego com as mesmas inseguranças, frustrações e desejo de pertencimento, crise de identidade, que eu tinha com idade dela. Gostei tbm que o filme não caiu em nenhuma armadilha do genero adolescente.
Por exemplo: o grupo de meninas mais velhas que acolhem a Keyla, fiquei aliviada que o filme não trouxe mais uma versão do arquetipo "mean girls" e que todas foram muito acolhedoras! Outra cena marcante foi a da Kayla com o boy no carro. Essa cena passou perfeitamente o sentimento de estar na situação. O desconforto, a vergonha e o medo que te trava e deixa sem reação. Gostei como se desenrolou, não foi o worst case scenario, mas o sentimento de violação fica marcado.
Não sabia quem era o Bo Burnham até ver o filme e pretendo acompanhar a carreira dele a partir de agora - ele mostrou visão e sensibilidade em buscar entender vivências que vão além da dele e mostrar que como humanos somos mais semelhantes do que diferentes.
Que filme mais lindo! Eu raramente assisto o mesmo filme duas vezes num curto espaço de tempo, mas este eu vi 2 vezes na mesma semana pois achei a história uma delícia de acompanhar, atuações realistas e bem singelas, adorei que não fizeram um dramalhão, e funciona como um romance que pode agradar qualquer público! Marquei como favorito e pretendo assistir mais vezes com certeza.
Caramba! Me surpreendi positivamente com esse filme. É uma mistura de comédia com drama muito bem feita. O mood muda bruscamente de uma cena para outra. As cenas com dupla principal (Melanie e Elijah) são bonitas e engraçadas e tem uma certa leveza, mas quando o núcleo muda para os criminosos o clima fica tão tenso! Achei diferente e surpreendente um filme conter dois gêneros tão diferentes misturados de forma tão fluído, estilo dark comedy, que me lembrou levemente de Fargo.
A sequencia final na floresta me deixou muito aflita, e eu tava tipo NÃOOOOO O TONY NÃOOOO. Tava putassa com a Beth, culpando ela por tudo, mas ainda bem que o Tony sobreviveu <3
Acho que seria mais sensato dizer que esse filme é INSPIRADO no livro, do que dizer que é uma adaptação, apenas 1/3 do filme foi adaptado do livro, basicamente até o momento que o Jacob é apresentando a Miss Peregrine, daí em diante não tem nada haver. Fiquei bastante desapontada pois gostaria de ter visto os eventos do livro ganharem vida na telona. Fora isso, achei as atuações bastante rasas e um roteiro bem fraco. Esperava bem mais mesmo sabendo que mudanças aconteceriam. O livro não é tão longo assim, seria possível adapta-lo mais fielmente. Da forma que foi feito não deixa margem para adaptação dos livros seguintes, pelo menos não com a mesma história.
Achei um filme difícil de assistir. As longas cenas de silencio contribuiu para fazer minha mente divagar pra longe do filme. Achei o roteiro fraquíssimo, faltou ação, diálogo, conflito... É tudo muito calmo, até quando não deveria ser. Um ótimo elenco mal explorado.
Pra mim a única coisa boa do filme foi a atuação do Steve Carrell, completamente diferente de tudo que ela já fez, e que apesar do roteiro fraco deu conta de entregar uma ótima atuação. Me arrepio só de imaginar o que ele seria capaz se o roteiro fosse melhor. Mas gostei de ver ele se aventurar num papel tão diferente e espero que seja só o começo!
Achei um bom filme. Benedict excelente no papel, apesar da constante sensação de dejavu. Não sou familiarizada com a historia da vida pessoal do Turing ou sua personalidade, mas o gênio difícil me lembrou um certo detetive... rs
Pensar que algo tão pequeno quanto a sexualidade de alguém até pouco tempo podia ser considerada crime e tratada como doença, levando uma pessoa a tirar a própria vida é cruel (a homossexualidade deixou de ser crime só no final dos anos 60).
A morte do Turing ainda tão jovem é uma grande pena. Após assistir ao filme fiquei emocionada imaginando onde estaríamos hoje se ele tivesse vivido mais, trabalhado mais. Talvez a computação tivesse evoluído ainda mais rápido com a ajuda dele. Ele merecia uma vida melhor, mais longa, com mais respeito e compreensão.
Eu fiquei bem dividida nesse. O comentário vai ser longo, rs. Eu gostei do filme pela realidade, personagens reais, atuações reais, histórias reais. Se o filme anterior do Reitman (Labor Day) fugiu completamente do estilo dele (mas ainda sim muito bom) esse então é ainda mais divergente.
Eu acho que a verdade por trás de eu não gostar do filme em algumas partes, está na frustração que eu senti pelos personagens. Cada narrativa era carregada de algo que eu não entendia (e portanto jamais agiria da mesma forma). Por exemplo, na narrativa da Jennifer Garner como a mãe obsedada por supervisionar a filha online. Ao passo que eu entendia o medo dela (uma medo bastante real hoje em dia) eu achava excessivo e frustrante o comportamento dela, dificultando a criação de empatia com a personagem. O mesmo com a mãe fotografa, ao mesmo tempo que eu entendia ela querer apoiar o sonho da filha em ser famosa, o fato dela levar ao extremo explorando a imagem da menina para atingir esses objetivos (mesmo que a menina não se importasse com isso) me causou repulsa. E por fim o casal da Rosemarie e do Adam Sandler, eu entendia a frustração do casamento desgastado, é muito comum e vemos isso todos os dias, mas recorrer a traição e a mentira em vez de tentar comunicação e no fim, quando ele descobre e NADA muda, preferindo não confrontar o problema e seguir com o relacionamento sem amor e sem respeito... Foi difícil pra mim sentir algo por eles além de pena e de novo: frustração.
Eu entendo que tudo, tuuudo foi intencional, que cada historia foi contada pra causar desconforto e frustração mesmo. Mas é difícil eu falar GOSTEI pra um filme carregado de maus sentimentos, rs. Então digo isso: É um bom filme, um filme válido e importante pela discussão que ele trás e deveria ser assistido por todo mundo.
Acho que quem assistiu e se interessa pelo assunto vai gostar de DON JON e HER. Segue o mesmo tema e são muito bons também.
Adorei! Existem poucos filmes que retratam relacionamentos maduros. Todos os anos somos bombardeados por centenas de romances entre casais adolescentes e adultos em seus 30 e 40 anos. Mas quase nunca vemos o amor retratado no ponto de vista de um casal após os 60. Quem dirá um casal homossexual. Como se essas histórias não fossem bonitas e relevantes em seu fim, quanto em seu início. Talvez isso seja reflexo da sociedade em que vivemos, onde poucos relacionamentos duram tanto tempo e o descaso que os jovens tem com os mais velhos, não sei. Enfim... O filme é simplesmente lindo, me emocionei do inicio ao fim com o afeto trocado entre os dois, o companheirismo, a paciência, a cumplicidade e o amor de tantos anos. Eu acreditei e me apeguei aos personagens instantaneamente, o que comprova a perfeita atuação do Alfred Molina e do John Lithgow.
Foi doloroso vê-los obrigados a viver separados após toda a luta que eles pudesse casar oficialmente. Tive um nó na garganta na cena em que o George, sai do apartamento dos amigos e vai ver o Ben e chora assim que ele abre a porta, eles domingo juntos, apertadinhos no beliche, trocando beijos e carinhos... E no fim, quando o Ben falece, que dor! Tentei pensar que eles tiverem muitos anos juntos, anos felizes, mas mesmo assim doeu.
Enfim, o filme é de uma delicadeza linda, um retrato do amor maduro que pouco se vê, e um filme importante para a comunidade LGBT+, que apesar do crescente destaque no cinema, ainda é raramente explorada na terceira idade.
Eu gostei bastante do filme, fiquei presa do inicio ao fim. Amo a Eva Green, e como sempre a atuação dela como esposa infeliz é cheia de expressão, cada olhar é carregado de ressentimento. Sempre que falo dela, eu elogio a atuação não verbal que acontece no rosto dela, no olhar, ela é maravilhosa! O Chris Meloni está fantástico, num papel inocente e meio cômico, de marido apaixonado e frustrado.
Eu gostei do final, mas eu também tava curtindo não saber o que aconteceu com a mãe, acho que o filme teria mais impacto se o mistério ficasse em aberto, que os sonhos nunca parassem (e que cenas bonitas!), que a vida da Kat ficasse pra sempre incompleta, acho que seria mais poético rsrs. Por um bom tempo antes do filme acabar eu pensei que ele terminaria assim, sem que o desaparecimento fosse resolvido. Fora que eu simpatizava tanto com o pai, ele ser o assassino me deixou bem triste. A cena em que a Eve pega o marido com o Phil na cama é muito boa, a reação dela, meio maluca, muito bom, eu dei risada!
Gostei muito da trilha sonora e do figurino, especialmente da Eva Green, que ta linda... ou melhor... que É linda!
O que dizer? Eu já tinha ouvido falar do livro, mas eu só o li ano passado, quando soube que o David Fincher iria dirigi-lo. Se existe alguém nesse mundo capaz de transformar um bom livro, num excelente filme é ele. Desde o inicio, antes de qualquer foto ser divulgada, qualquer trailer, qualquer coisa, eu já tinha certeza e confiança que ele faria um trabalho incrível, porque ele é um diretor incrível e ele nunca me decepciona. Eu penso que diretores de cinema são como maestros, e o Fincher é um dos melhores. Ele conduz e extrai o melhor de todos os envolvidos. Eu fiquei na pontinha da cadeira, mesmo tendo já sabendo de toda a história. Todas as questões levantadas no livro foram amplificadas, como a exploração feroz da mídia sobre o caso, como hoje em dia tudo na verdade é um jogo de carisma e o inevitável desastre de se começar um relacionamento fingindo ser outra pessoa, etc... Algumas pessoas com que conversei falaram que acharam o final decepcionante, mas eu não sei se decepcionante é a palavra certa. Eu certamente nao fiquei feliz com o final, mas não porque achei ruim, mas porque achei frustrante.
Eu esperei até a ultima página que o Nick fosse conseguir desmascarar a Amy, ou que ele fosse abandona-la (mesmo ela estando gravida). Meu senso de justiça ficou inconformado que ele iria passar o resto da vida ao lado daquela louca, sabendo de tudo que ela foi e ainda é capaz de fazer para conseguir o que quer. Mas com certeza o fato dele ser cúmplice e ficar com ela apesar de tudo mostra que ambos são mentalmente doentes e de fato se merecem.
Gostei de ver, mas não é um filme pra qualquer um, principalmente pra quem curte um final feliz e reconfortante... Eu particularmente achei refrescante ver algo diferente, um final alternativo, diferente dos felizes para sempre que estamos acostumados. É uma versão realista da comédia romantica. Na vida real, nem sempre a pessoa com quem vc tem maior quimica é o melhor pessoa pra ficar. Existem muitos motivos pra cair de cabeça num relacionamento onde existe atração fisica e afinidade, mas se formos analizar, a melhor escolha é quem te faz bem, quem te faz uma pessoa melhor e quem te ama no fim do dia, apesar de suas falhas... Trilha sonora excelente! Eu gosto do Joe Swanberg, ainda não vi tudo que ele já fez, mas gostei do que já pude assistir. Acho ele um ótimo roteirista. Ele tem uma visão bem honesta e eu gosto que os filmes que ele faz são sobre assuntos simples, com personagens realistas e acessíveis, fáceis de se relacionar e criar empatia. Esse é o filme mais comercial que ele já fez, com elenco estrelar e orçamento maior... Mas overall ainda tem aquela vibe indie.
Gostei bastante. A fotografia é sensacional, um noir com azul e amarelo bem acentuados. Achei bem clara a influencia do Terry Gillian no look do filme. Os movimentos de câmera muito bem pensados em favor da narrativa, pirei demais! Quando li a sinopse pensei que a trama seria mais complexa, mas foi tranquilo de acompanhar. Houveram coisas que ficam sem explicação mesmo, mas não achei que fizeram falta. As atuações são muito boas, deu uma dó do Simon, logo no começo quando ele fala "It's terrible to be alone too much" ou algo parecido, essa fala me doeu o coração. E eu senti frustração junto com ele por todas as injustiças que ele sofre por causa do James.
Sobre o final, só eu lembrei de Clube da Luta? Acho que o princípio é o mesmo, para acabar com o James, o Simon teve que se matar, mas não quer dizer que ele tenha realmente morrido.
E o que dizer sobre essa trilha sonora em japonês? Diferente, no mínimo hahaha.
Foi frustrante assistir uma mulher madura perder a cabeça desse jeito, ainda mais por um adolescente. A personagem me irritou profundamente do inicio ao fim com tamanha imaturidade. Desde a primeira cena em que o rapaz aparece fica claro para o espectador que ele esta apenas curtindo pegar a professorinha, em momento algum percebi se ele sentia algo por ela; o que tornou ainda mais degradante vê-la se deteriorando por causa dele. Como mulher, achei todas as atitudes dela humilhantes. Enfim, opinião pessoal mesmo, fora meu problema com a personagem, a trilha sonora do filme é muito boa, a fotografia é interessante e boas atuações.
O Brasil precisa de mais filmes como este. Chega de comédias baratas que subestimam a inteligência das pessoas, ou filmes que vão do nada a lugar nenhum. Estou cansada de ver meu dinheiro, dinheiro dos impostos que eu pago, financiando filmes de bosta que eu muito provavelmente nunca vou assistir. Obras primas como esse filme são necessárias e bem vindas. Eu amei o curta quando vi 3 anos atrás e amei ainda mais o longa. É lindo, honesto e simples. Aborda os temas considerados tabus de forma normal, sem julgamentos, sem alarde, sem lição de moral e ainda sim mostra o amor na forma mais doce.
Amei amei amei!
Ah, sem falar em Belle & Sebastian na trilha, quase morri. Querido demais.
Eu já sabia que ia gostar, até agora nenhum filme do Reitman me decepcionou. Mas esse definitivamente me surpreendeu por se diferenciar tanto dos filmes anteriores. Ele definitivamente mostrou que é capaz de navegar por diferentes histórias e personagens. O enredo deste é bem denso e teve momentos que eu fiquei realmente aflita pelos personagens.
Tive a oportunidade de assistir o filme no Festival Varilux em São Paulo. Apesar da péssima projeção apresentada na Livraria Cultura, nos primeiros minutos do filme todo o desconforto foi substituído por puro prazer. Este filme é do tipo que te prende imediatamente. A fotografia e a edição trabalharam lindamente para a construção da narrativa. Mas o melhor mesmo são os personagens, super queridos e cativantes. Adorei cada segundo, e não queria que acabasse. Em vários momentos eu ri tanto que mal conseguia manter os olhos abertos para a próxima cena, até lágrimas surgiram!
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre
4.0 215 Assista AgoraQue filme! Eu amei cada segundo, da abertura ate o ultimo frame. A diretora/roteirista fez um excelente trabalho em contar essa história que toca em um assunto tão polemico e delicado, sem usar clichês. Seria muito fácil cair em armadilhas e dramatizar demais a situação (cof cof Unpregnant). Também gostei que o ponto de vista fica bem claro, mas sem muita pregação. O filme me tocou muito, pela simplicidade do roteiro - sem muito diálogo - e o realismo das situações e procedimentos. As atrizes também arrasaram, atuações orgânicas e condizentes com a idade das personagens, as atrizes passaram uma amplitude extraordinária de emoções com pouquíssimo dialogo, perfeitas!
As cenas na clínica - todas elas - são tão naturais que pareciam saídas de um documentário. A amizade entre as primas também me emocionou muito, apesar do pouco dialogo deu pra ver que elas tem uma relação muito próxima e especial. A lealdade da Skyler, que ficou e enfrentou cada obstáculos com a Autumn sem nunca exigir nada em troca ou jogar na cara. Ela foi muito compreensiva, com tudo que a prima estava lidando, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Sem a Autumn pedir, ela ajudou a conseguir dinheiro, fazer as malas, arranjar uma desculpa para as famílias e ainda a acompanhou durante todo o procedimento.
Quando a Autumn manda a Skyler fuck-off e ela some por alguns minutos e depois elas se encontram no banheiro e ta tudo bem entre elas… Ai, que cena linda, um retrato verdadeiro da amizade feminina. Depois quando a Skyler desaparece com o rapaz do ônibus deixando a Autumn sozinha com a mala, eu fiquei apavorada de acontecer o pior! Ainda bem que a roteirista não optou pela tragédia - a jornada já estava sendo difícil por sí só.
Quero comentar também sobre o papel dos homens na história, a presença masculina no filme me impactou muito pois, como mulher, a atmosfera de hostilidade presente no filme é extremamente familiar. Todas as figuras masculinas foram retratadas de forma realista, desde os meninos da escola, ao supervisor do trabalho e o pai (toda mulher conhece pelo menos um homem que se comporta como os do filme). Apesar disso não existe um vilão na história, um antagonista tentando sabotar a jornada das meninas por um abordo seguro. Mas a partir do momento que elas chegam a NY tudo é muito tenso, mesmo sem conflitos e agressões diretas. O menino do ônibus me preocupou muito, é um exemplo clássico de como os homens não tem noção nenhuma do quão assustadores eles podem parecer, mesmo quando a intenção pode ser boa. A gente nunca tem certeza, é sempre um risco dar abertura.
Me quebrou o coração que elas precisaram recorrer a ele para conseguir dinheiro para ir embora. Torci para que elas ligassem pra casa ou para a assistente social, mas enfim... A cena que elas seguram as mãos no pilar da rodoviária me emocionou muito, fora o alívio de ver que a Skyler não tinha sido morta e estuprada.
Tudo que a diretora/roteirista optou por não expandir é o que justamente trás a sensação de que o filme poderia ser um documentário… A cena final delas voltando pra casa, sugere que a vida continua e que essas pessoas realmente existem em algum lugar.
Lindinhas
3.0 195 Assista AgoraFiquei muito desconfortável, mas também ri e chorei. Concordo que pode ser perturbador visualmente em algumas cenas, mas pra mim, é mais perturbador saber que retrata a realidade. Eu não vi maldade no filme e sai dele satisfeita com a conclusão que ele chegou.
Existe uma exploração dos corpos femininos, e ainda na infância nós meninas percebemos que existe uma atenção desproporcional sobre nosso corpo, mas pela pouca idade, informação e comunicação, temos dificuldade de entender os limites que precisam existir para preservarmos nossa segurança e autonomia sobre ele. Essa ingenuidade, coloca meninas em algumas situações complicadas e muitas vezes perigosas. O filme não toma o rumo mais perigoso e trágico que poderia, no lugar ele decide refletir como tudo isso pode influenciar na vida de uma garota.
No caso da Amy, que vêm de uma cultura afro-muçulmana - onde a mulher deve total obediência e servitude ao marido, mas esta crescendo e florescendo na França do século 21 - com a crescente onda feminista e emancipação sexual feminina. O corpo dela esta sendo co-optado por essas duas narrativas opostas, mas igualmente opressoras.
A familia e a religião dizem que ela só existe para servir ao homem. E ela tem um exemplo claro dessa realidade na mãe, e em tudo que ela esta tendo que engolir para se enquadrar nesse ideal feminino de servitude. Por isso é compreensível que a narrativa oposta, da liberdade através da música e da dança e a atenção que essas coisas trasem, seja desesperadamente atrativa pra ela nesse momento. E eu acho que muitas das meninas que decidem por si mesmas a se exporem dessa forma, partem de lugares comuns como esse - fugindo de uma opressão caem em outra igualmente perigosa para autonomia de seus corpos.
Mas no final, pra mim, ficou claro que a obsessão com as colegas e a competição era mais uma válvula de escape, a experiência que ela precisava vivenciar pra compreender que não existem apenas duas possibilidades de existir. Ela percebeu ali no meio do palco que nada daquilo, que ela passou o filme todo correndo atrás, era o que preencheria o vazio q ela estava sentindo pela situação em casa. E a cena final, da mãe defendendo-a da tia, acordou a Amy desse transe desesperado em que ela estava, e mostrou que ela não precisa decidir nada agora, que a mãe dela esta do lado dela, e que no fim vai ficar tudo bem!
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraConfusão é a melhor palavra pra descrever como me senti assistindo esse filme.
Com certeza ele referencia coisas que vão além do meu repertório e por tanto talvez eu jamais o entenda completamente.
Alguns dos temas que eu identifiquei no filme foram: arrependimento - tudo aquilo que podia ter sido e não foi; o tempo, o envelhecimento e a inevitabilidade da morte. Mas o tema que me pegou de surpresa e me tirou o fôlego por cair muito proximo de algo que ja me passou pela cabeça: Nós absorvemos tudo que consumimos, e essas coisas se tornam parte de quem somos, a ponto de influenciar nossa percepção da realidade. Uma fala do filme que sumariza bem: 'A maioria das pessoas são outras pessoas. Seus pensamentos são as opiniões de outra pessoa. Suas vidas são um mimetismo. Suas paixões são uma citação.'
Como a gente sabe quem a gente realmente é, quando a gente vive no limiar entre a realidade e a fantasia?
Quando a Lucy entra no quarto de infância do Jake, com montanhas de livros e filmes que fazem referencia a varias conversas que rolaram ao longo do filme, pra mim ficou a impressão de que o Jake é a personificação de tudo isso. Ele viveu uma vida inteira nesse limiar, projetando uma vida fantasiosa em vez de experienciar a realidade e tomar atitudes para concretizar seus sonhos e vontades. Ele chegou na velhice deslocado, inseguro e insuficiente, e provavelmente morreu naquele carro, arrependido de não ter aproveitado melhor a vida.
Enfim, esses foram os primeiros pensamentos que tive durante e após assistir ao filme uma única vez.
Sobre o Kaufman, eu não tenho muito a dizer, dos filmes dele como diretor esse é o primeiro que eu assisto, como roteirista esse é o terceiro (Adaptação + Brilho Eterno). Acho que ele tem muitos méritos, justamente por ter uma linguagem e visão completamente única e reconhecidamente pessoal. Não acho justo alguém dizer que o trabalho dele é ruim, porque claramente esta longe de ser mal pensando ou executado. Apenas acho que seja para poucos, para aqueles que não tem preguiça de ficar horas pensando no que assistiu ou pesquisar e consumir material adicional para entender as nuances das narrativas que ele constrói. Como pinturas do movimento surrealista, os filmes do Kaufman tem a mesma qualidade, são estranhos para quem vê de fora, mas lotados de simbolismos e significados, mas também podem ser espelhos que refletem o que o espectador quiser projetar.
Tigertail
3.6 47 Assista AgoraEu adorei, achei a história linda e singela, e a fotografia impecável.
Sou neta de imigrantes japoneses então a história bateu forte, chorei bastante no decorrer do filme. É de partir o coração ver como a constante abnegação das próprias vontades tornou um homem sonhador e cheio de vida em uma pessoa taciturna e apática. Dá para analisar o filme sob diversos aspectos: a masculinidade tóxica que lhe foi ensinada na infância com a avó que o desestimulou a expressar sentimentos; O forte senso de responsabilidade, como filho único e homem, de gerar renda para cuidar da mãe viúva e sobrecarregada; A expectativa surreal que ele impôs a filha, que acabou criando um abismo no relacionamento deles e influenciou como ela conduz a propria vida, trabalhando demais e não conseguindo cuidar das relações interpessoais.
Ta certo que nenhuma dessas coisas foram impostas a ele - foram escolhas que ele fez por que quis (a mãe dele mesma diz isso pra ele no telefone). Mas crescer pobre num pais subdesenvolvido, sem nenhuma perspectiva de ascensão social, sacrificar um amor verdadeiro por um arranjo para migrar de país e tomar tanto na cabeça, até perceber que a resposta também não estava ali, é de quebrar o coração de qualquer um.
A única critica negativa que eu tenho a fazer é apenas que o filme podia ter sido mais longo, pra explorar melhor os relacionamentos e circunstâncias que foram moldando os personagens até eles se tornarem pessoas completamente diferentes das que eles um dia foram.
Mulheres do Século XX
4.0 415 Assista AgoraNão sou mãe, mas quando a Dorothea fala: "You get to see him out in the world as a person. I never will" eu senti a dor dela. A gente raramente pensa nos nossos pais como pessoas completas, que existem, sentem, pensam para além de nós. É dificil, porque do momento que nascemos até a vida adulta quando saímos de casa, eles vivem em nossa função, atendendo as nossas necessidades. Mas nessa frase, fica claro como ser pai e mãe as vezes pode ser profundamente solitário, tu ta criando um ser humano para viver para além de vc, e ser tornar uma pessoa que talvez vc nunca vá conhecer totalmente. O mesmo vale pra nós, quanto esforço fazemos para conhecer nossos pais, e o quanto de esforço eles fazem para serem nossos heróis, que acabam nos distanciado da sua humanidade?
Enfim, o filme me despertou vários pensamentos interessantes, e com certeza entrou para os meus favoritos.
Uma pena a mãe do Mike Mills não ter vivido para ver essa homenagem, foi lindo e me emocionou do inicio ao fim. Trilha sonora perfeita e elenco querido demais!
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraEu li o livro antes de ver o filme porque tava ansiosa demais pra esperar e queria saber mais da historia.
O filme não me decepcionou, achei uma adaptação excelente, gostei de como ele acabou antes do desfecho que teve no livro, mas tbm tenho bastante interesse numa possível sequencia. O filme me trouxe o mesmo sentimento que tive ao assistir Antes do Amanhecer, do Linklater. Os dois filmes tem em comum um casal que vive numa bolha romântica por um período de tempo, se conhecendo e se apaixonando. E eu acho que revisitar Oliver e Elio depois de X anos seria bem legal também.
Achei que o romance se desenrolou com extrema pureza e sensibilidade, e que tanto o Elio quanto o Oliver agiram de forma coerente com sua experiencia e idade. Claro que eu queria um final puramente feliz, mas nesse caso o final fez total sentido e foi satisfatório apesar de devastador. Pelo ano em que se passa o filme, foi compreensível o Oliver não ter tido coragem de viver a verdade dele, ele teria que abrir mão de muita coisa para ser quem ele realmente é, e ele não tava pronto pra isso. O Elio, como o próprio Oliver diz, é sortudo por ter nascido numa familia que o apoia e aceita. A posição dos pais do Elio com o romance deles foi a parte mais tocante pra mim, tendo em vista muitas das representações LGBTQ+ que já tivemos no cinema são permeadas por dramas familiares, violência, preconceito, doença e ódio - são poucas que mostram positividade e esperança.
É um romance como os romances heteros que eu assistia quando adolescente e me enchiam o coração e a imaginação. Nada mais justo que os adolescentes gays possam ter esse tipo representatividade dentro do gênero romance.
Estou ciente das critica que rolaram sobre a diferença de idade entre os personagens, mas na minha opinião, essa critica não se aplica a essa historia, pelo menos não tão preto no branco. De forma alguma eu concordo ou acho saudável o relacionamento entre um adolescente e um homem adulto. Mas além da diferença de idade, não existia nenhum outro tipo de disparidade que fizesse o relacionamento ser tóxico ou desproporcional. O Oliver era um estudante, assim como o Elio, eles tinham os mesmo interesses e afinidades, a diferença de idade (se não me engano) era de apenas 5-6 anos, o que faz eles ainda pertencerem a mesma geração. Não era como se o Oliver tivesse idade para ser pai do Elio, ou tivesse uma posição de poder sobre ele, que são duas condições muito mais graves ao meu ver.
Fuga Para a Liberdade
4.0 232Que filme mais querido!
Eu amei tudo do inicio ao fim, os personagens, a edição, o roteiro, a trilha sonora, tudo perfeito. Algumas pessoas me falaram do trabalho do Waititi comparando-o ao Wes Anderson, mas pra mim ele tem mais a vibe do Jean Pierre-Jeunet.
Fiquei tão triste quando a aunt Paula morreu, definitivamente não tava esperando esse twist, mas amei o rumo que a historia tomou.
Eu assistiria mais 3h desse filme de tão gostosa que foi a experiencia!
Com certeza irei acompanhar o trabalho do diretor, principalmente nos trabalhos onde ele é roteirista & diretor. Espero que ele nao se venda completamente a Hollywood agora que esta dirigindo filmes da Marvel e continue produzindo filmes autorais.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraA Greta Gerwig é um das minhas pessoas favoritas do mundo. Tento assistir tudo que tem o nome dela envolvido, e obviamente não perderia por nada sua estreia como diretora. E que filme lindo!
Foi fácil me identificar com a protagonista, crescer não é fácil e conciliar sua expectativa com o mundo, a expectativa que sua familia tem por vc, e a realidade que te cerca é uma das tarefas mais duras de ser adulto, e é uma luta constante e um dilema que eu certamente ainda enfrento.
O filme é uma delicia e entrou pros meus favoritos da vida!
Oitava Série
3.8 336 Assista AgoraAmei, achei sensível e realista e gostaria que todos assistissem e discutissem, achei um filme relevante para entender a geração de adultos que está por vir.
Me identifiquei demais com a protagonista, ela me lembrou muito a experiencia que eu tive com a mesma idade.
Gostei do modo como o filme abordou esse momento na vida da Kayla - sem julgamento, sem lição de moral, apenas apresentando realisticamente como é ser uma adolescente hoje e como a internet trouxe mais uma camada de complexidade na construção de quem somos com a introdução das redes sociais. Eu achei o filme um estudo interessante sobre como essa nova realidade tem afetado as relações humanas. Apesar do recorte da protagonista ser uma adolescente, o sentimento geral do filme é absolutamente universal. Porque mesmo hoje, beirando os 30, ainda me pego com as mesmas inseguranças, frustrações e desejo de pertencimento, crise de identidade, que eu tinha com idade dela. Gostei tbm que o filme não caiu em nenhuma armadilha do genero adolescente.
Por exemplo: o grupo de meninas mais velhas que acolhem a Keyla, fiquei aliviada que o filme não trouxe mais uma versão do arquetipo "mean girls" e que todas foram muito acolhedoras!
Outra cena marcante foi a da Kayla com o boy no carro. Essa cena passou perfeitamente o sentimento de estar na situação. O desconforto, a vergonha e o medo que te trava e deixa sem reação. Gostei como se desenrolou, não foi o worst case scenario, mas o sentimento de violação fica marcado.
Não sabia quem era o Bo Burnham até ver o filme e pretendo acompanhar a carreira dele a partir de agora - ele mostrou visão e sensibilidade em buscar entender vivências que vão além da dele e mostrar que como humanos somos mais semelhantes do que diferentes.
Garotos
3.8 604 Assista AgoraQue filme mais lindo!
Eu raramente assisto o mesmo filme duas vezes num curto espaço de tempo, mas este eu vi 2 vezes na mesma semana pois achei a história uma delícia de acompanhar, atuações realistas e bem singelas, adorei que não fizeram um dramalhão, e funciona como um romance que pode agradar qualquer público! Marquei como favorito e pretendo assistir mais vezes com certeza.
Já Não Me Sinto em Casa Nesse Mundo
3.3 382 Assista AgoraCaramba!
Me surpreendi positivamente com esse filme. É uma mistura de comédia com drama muito bem feita. O mood muda bruscamente de uma cena para outra. As cenas com dupla principal (Melanie e Elijah) são bonitas e engraçadas e tem uma certa leveza, mas quando o núcleo muda para os criminosos o clima fica tão tenso! Achei diferente e surpreendente um filme conter dois gêneros tão diferentes misturados de forma tão fluído, estilo dark comedy, que me lembrou levemente de Fargo.
A sequencia final na floresta me deixou muito aflita, e eu tava tipo NÃOOOOO O TONY NÃOOOO. Tava putassa com a Beth, culpando ela por tudo, mas ainda bem que o Tony sobreviveu <3
O Lar das Crianças Peculiares
3.3 1,5K Assista AgoraAcho que seria mais sensato dizer que esse filme é INSPIRADO no livro, do que dizer que é uma adaptação, apenas 1/3 do filme foi adaptado do livro, basicamente até o momento que o Jacob é apresentando a Miss Peregrine, daí em diante não tem nada haver. Fiquei bastante desapontada pois gostaria de ter visto os eventos do livro ganharem vida na telona. Fora isso, achei as atuações bastante rasas e um roteiro bem fraco. Esperava bem mais mesmo sabendo que mudanças aconteceriam. O livro não é tão longo assim, seria possível adapta-lo mais fielmente. Da forma que foi feito não deixa margem para adaptação dos livros seguintes, pelo menos não com a mesma história.
Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 809 Assista AgoraAchei um filme difícil de assistir. As longas cenas de silencio contribuiu para fazer minha mente divagar pra longe do filme. Achei o roteiro fraquíssimo, faltou ação, diálogo, conflito... É tudo muito calmo, até quando não deveria ser. Um ótimo elenco mal explorado.
Pra mim a única coisa boa do filme foi a atuação do Steve Carrell, completamente diferente de tudo que ela já fez, e que apesar do roteiro fraco deu conta de entregar uma ótima atuação. Me arrepio só de imaginar o que ele seria capaz se o roteiro fosse melhor. Mas gostei de ver ele se aventurar num papel tão diferente e espero que seja só o começo!
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraAchei um bom filme. Benedict excelente no papel, apesar da constante sensação de dejavu. Não sou familiarizada com a historia da vida pessoal do Turing ou sua personalidade, mas o gênio difícil me lembrou um certo detetive... rs
Pensar que algo tão pequeno quanto a sexualidade de alguém até pouco tempo podia ser considerada crime e tratada como doença, levando uma pessoa a tirar a própria vida é cruel (a homossexualidade deixou de ser crime só no final dos anos 60).
A morte do Turing ainda tão jovem é uma grande pena. Após assistir ao filme fiquei emocionada imaginando onde estaríamos hoje se ele tivesse vivido mais, trabalhado mais. Talvez a computação tivesse evoluído ainda mais rápido com a ajuda dele.
Ele merecia uma vida melhor, mais longa, com mais respeito e compreensão.
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraEu fiquei bem dividida nesse. O comentário vai ser longo, rs.
Eu gostei do filme pela realidade, personagens reais, atuações reais, histórias reais.
Se o filme anterior do Reitman (Labor Day) fugiu completamente do estilo dele (mas ainda sim muito bom) esse então é ainda mais divergente.
Eu acho que a verdade por trás de eu não gostar do filme em algumas partes, está na frustração que eu senti pelos personagens. Cada narrativa era carregada de algo que eu não entendia (e portanto jamais agiria da mesma forma). Por exemplo, na narrativa da Jennifer Garner como a mãe obsedada por supervisionar a filha online. Ao passo que eu entendia o medo dela (uma medo bastante real hoje em dia) eu achava excessivo e frustrante o comportamento dela, dificultando a criação de empatia com a personagem.
O mesmo com a mãe fotografa, ao mesmo tempo que eu entendia ela querer apoiar o sonho da filha em ser famosa, o fato dela levar ao extremo explorando a imagem da menina para atingir esses objetivos (mesmo que a menina não se importasse com isso) me causou repulsa.
E por fim o casal da Rosemarie e do Adam Sandler, eu entendia a frustração do casamento desgastado, é muito comum e vemos isso todos os dias, mas recorrer a traição e a mentira em vez de tentar comunicação e no fim, quando ele descobre e NADA muda, preferindo não confrontar o problema e seguir com o relacionamento sem amor e sem respeito... Foi difícil pra mim sentir algo por eles além de pena e de novo: frustração.
Eu entendo que tudo, tuuudo foi intencional, que cada historia foi contada pra causar desconforto e frustração mesmo. Mas é difícil eu falar GOSTEI pra um filme carregado de maus sentimentos, rs. Então digo isso: É um bom filme, um filme válido e importante pela discussão que ele trás e deveria ser assistido por todo mundo.
Acho que quem assistiu e se interessa pelo assunto vai gostar de DON JON e HER. Segue o mesmo tema e são muito bons também.
O Amor é Estranho
3.7 108 Assista AgoraAdorei!
Existem poucos filmes que retratam relacionamentos maduros. Todos os anos somos bombardeados por centenas de romances entre casais adolescentes e adultos em seus 30 e 40 anos. Mas quase nunca vemos o amor retratado no ponto de vista de um casal após os 60. Quem dirá um casal homossexual. Como se essas histórias não fossem bonitas e relevantes em seu fim, quanto em seu início. Talvez isso seja reflexo da sociedade em que vivemos, onde poucos relacionamentos duram tanto tempo e o descaso que os jovens tem com os mais velhos, não sei. Enfim... O filme é simplesmente lindo, me emocionei do inicio ao fim com o afeto trocado entre os dois, o companheirismo, a paciência, a cumplicidade e o amor de tantos anos. Eu acreditei e me apeguei aos personagens instantaneamente, o que comprova a perfeita atuação do Alfred Molina e do John Lithgow.
Foi doloroso vê-los obrigados a viver separados após toda a luta que eles pudesse casar oficialmente. Tive um nó na garganta na cena em que o George, sai do apartamento dos amigos e vai ver o Ben e chora assim que ele abre a porta, eles domingo juntos, apertadinhos no beliche, trocando beijos e carinhos...
E no fim, quando o Ben falece, que dor! Tentei pensar que eles tiverem muitos anos juntos, anos felizes, mas mesmo assim doeu.
Enfim, o filme é de uma delicadeza linda, um retrato do amor maduro que pouco se vê, e um filme importante para a comunidade LGBT+, que apesar do crescente destaque no cinema, ainda é raramente explorada na terceira idade.
Pássaro Branco na Nevasca
3.6 442Eu gostei bastante do filme, fiquei presa do inicio ao fim.
Amo a Eva Green, e como sempre a atuação dela como esposa infeliz é cheia de expressão, cada olhar é carregado de ressentimento. Sempre que falo dela, eu elogio a atuação não verbal que acontece no rosto dela, no olhar, ela é maravilhosa!
O Chris Meloni está fantástico, num papel inocente e meio cômico, de marido apaixonado e frustrado.
Eu gostei do final, mas eu também tava curtindo não saber o que aconteceu com a mãe, acho que o filme teria mais impacto se o mistério ficasse em aberto, que os sonhos nunca parassem (e que cenas bonitas!), que a vida da Kat ficasse pra sempre incompleta, acho que seria mais poético rsrs. Por um bom tempo antes do filme acabar eu pensei que ele terminaria assim, sem que o desaparecimento fosse resolvido. Fora que eu simpatizava tanto com o pai, ele ser o assassino me deixou bem triste. A cena em que a Eve pega o marido com o Phil na cama é muito boa, a reação dela, meio maluca, muito bom, eu dei risada!
Gostei muito da trilha sonora e do figurino, especialmente da Eva Green, que ta linda... ou melhor... que É linda!
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraO que dizer?
Eu já tinha ouvido falar do livro, mas eu só o li ano passado, quando soube que o David Fincher iria dirigi-lo.
Se existe alguém nesse mundo capaz de transformar um bom livro, num excelente filme é ele. Desde o inicio, antes de qualquer foto ser divulgada, qualquer trailer, qualquer coisa, eu já tinha certeza e confiança que ele faria um trabalho incrível, porque ele é um diretor incrível e ele nunca me decepciona.
Eu penso que diretores de cinema são como maestros, e o Fincher é um dos melhores. Ele conduz e extrai o melhor de todos os envolvidos.
Eu fiquei na pontinha da cadeira, mesmo tendo já sabendo de toda a história.
Todas as questões levantadas no livro foram amplificadas, como a exploração feroz da mídia sobre o caso, como hoje em dia tudo na verdade é um jogo de carisma e o inevitável desastre de se começar um relacionamento fingindo ser outra pessoa, etc...
Algumas pessoas com que conversei falaram que acharam o final decepcionante, mas eu não sei se decepcionante é a palavra certa. Eu certamente nao fiquei feliz com o final, mas não porque achei ruim, mas porque achei frustrante.
Eu esperei até a ultima página que o Nick fosse conseguir desmascarar a Amy, ou que ele fosse abandona-la (mesmo ela estando gravida). Meu senso de justiça ficou inconformado que ele iria passar o resto da vida ao lado daquela louca, sabendo de tudo que ela foi e ainda é capaz de fazer para conseguir o que quer. Mas com certeza o fato dele ser cúmplice e ficar com ela apesar de tudo mostra que ambos são mentalmente doentes e de fato se merecem.
Um Brinde à Amizade
2.9 413 Assista AgoraGostei de ver, mas não é um filme pra qualquer um, principalmente pra quem curte um final feliz e reconfortante... Eu particularmente achei refrescante ver algo diferente, um final alternativo, diferente dos felizes para sempre que estamos acostumados.
É uma versão realista da comédia romantica. Na vida real, nem sempre a pessoa com quem vc tem maior quimica é o melhor pessoa pra ficar. Existem muitos motivos pra cair de cabeça num relacionamento onde existe atração fisica e afinidade, mas se formos analizar, a melhor escolha é quem te faz bem, quem te faz uma pessoa melhor e quem te ama no fim do dia, apesar de suas falhas...
Trilha sonora excelente! Eu gosto do Joe Swanberg, ainda não vi tudo que ele já fez, mas gostei do que já pude assistir. Acho ele um ótimo roteirista. Ele tem uma visão bem honesta e eu gosto que os filmes que ele faz são sobre assuntos simples, com personagens realistas e acessíveis, fáceis de se relacionar e criar empatia. Esse é o filme mais comercial que ele já fez, com elenco estrelar e orçamento maior... Mas overall ainda tem aquela vibe indie.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraGostei bastante. A fotografia é sensacional, um noir com azul e amarelo bem acentuados. Achei bem clara a influencia do Terry Gillian no look do filme. Os movimentos de câmera muito bem pensados em favor da narrativa, pirei demais!
Quando li a sinopse pensei que a trama seria mais complexa, mas foi tranquilo de acompanhar. Houveram coisas que ficam sem explicação mesmo, mas não achei que fizeram falta.
As atuações são muito boas, deu uma dó do Simon, logo no começo quando ele fala "It's terrible to be alone too much" ou algo parecido, essa fala me doeu o coração. E eu senti frustração junto com ele por todas as injustiças que ele sofre por causa do James.
Sobre o final, só eu lembrei de Clube da Luta? Acho que o princípio é o mesmo, para acabar com o James, o Simon teve que se matar, mas não quer dizer que ele tenha realmente morrido.
E o que dizer sobre essa trilha sonora em japonês? Diferente, no mínimo hahaha.
A Teacher
2.1 104 Assista AgoraFoi frustrante assistir uma mulher madura perder a cabeça desse jeito, ainda mais por um adolescente. A personagem me irritou profundamente do inicio ao fim com tamanha imaturidade. Desde a primeira cena em que o rapaz aparece fica claro para o espectador que ele esta apenas curtindo pegar a professorinha, em momento algum percebi se ele sentia algo por ela; o que tornou ainda mais degradante vê-la se deteriorando por causa dele. Como mulher, achei todas as atitudes dela humilhantes. Enfim, opinião pessoal mesmo, fora meu problema com a personagem, a trilha sonora do filme é muito boa, a fotografia é interessante e boas atuações.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraO Brasil precisa de mais filmes como este. Chega de comédias baratas que subestimam a inteligência das pessoas, ou filmes que vão do nada a lugar nenhum. Estou cansada de ver meu dinheiro, dinheiro dos impostos que eu pago, financiando filmes de bosta que eu muito provavelmente nunca vou assistir. Obras primas como esse filme são necessárias e bem vindas. Eu amei o curta quando vi 3 anos atrás e amei ainda mais o longa. É lindo, honesto e simples. Aborda os temas considerados tabus de forma normal, sem julgamentos, sem alarde, sem lição de moral e ainda sim mostra o amor na forma mais doce.
Amei amei amei!
Ah, sem falar em Belle & Sebastian na trilha, quase morri. Querido demais.
Refém da Paixão
3.7 504Eu já sabia que ia gostar, até agora nenhum filme do Reitman me decepcionou. Mas esse definitivamente me surpreendeu por se diferenciar tanto dos filmes anteriores. Ele definitivamente mostrou que é capaz de navegar por diferentes histórias e personagens.
O enredo deste é bem denso e teve momentos que eu fiquei realmente aflita pelos personagens.
Nos minutos finais, quando ele sai da prisão, eu morri de medo (e de tanto chorar) da Adele ter falecido antes deles poderem ficar juntos novamente.
Adorei tudo, do início ao fim fiquei presa a tela pelas atuações, a fotografias e o roteiro.
Grandes Garotos
3.5 19 Assista AgoraTive a oportunidade de assistir o filme no Festival Varilux em São Paulo. Apesar da péssima projeção apresentada na Livraria Cultura, nos primeiros minutos do filme todo o desconforto foi substituído por puro prazer.
Este filme é do tipo que te prende imediatamente. A fotografia e a edição trabalharam lindamente para a construção da narrativa.
Mas o melhor mesmo são os personagens, super queridos e cativantes. Adorei cada segundo, e não queria que acabasse.
Em vários momentos eu ri tanto que mal conseguia manter os olhos abertos para a próxima cena, até lágrimas surgiram!
Enfim, adorei!