Temos aí a prova de que se tinha pouco o que se falar no início da década de 1990, diante do estouro que foi esse filme. Robert Redford por muito menos se faria o dobro e Demi Moore belíssima.
Assisti este filme há um ano mais ou menos. À época evitei me envolver no maniqueísmos, entre devoções e ódios. Busquei entender as alegorias. Antes, havia percebido grosseiramente as duas metáforas principais: o cristianismo e a obsessão por Polanski (sendo que no dia que vi pensei que chegava a ser de mau gosto em alguns pontos). Mas hoje, reassistindo O Bebê de Rosemary, que havia visto muuuito jovenzinha, eu pensei que mother! é só pretensioso mesmo. E que Aronofsky acertou muito na obsessão por Polanski em Cisne Negro - filme irretocável e nitidamente um intertexto com Repulsa ao Sexo - mas mother! é só uma tentativa, com ótimo elenco, boas atuações, mas no conjunto é algo pessimamente realizado. Supervalorizado, depois de muito pensar. 09/09/2018
Assistir O bebê de Rosemary quase aos trinta me fez reconhecer o clássico por causa de seus súditos. É clássico porque fundou uma estética própria. Algumas coisas que já vi parecem que era só uma tentativa de dialogar com esse filme. Fiquei chocada. E termino sempre achando que o Polanski, fodido da cabeça, é um grande ensaísta de sociologia de gênero. Mia Farrow está soberba. John Cassavetes está perturbadoramente lindo. O figurino é um espetáculo à parte. O filme encanta e perturba ao mesmo tempo. 09/09/18
É um filme que trata de questões bastante sérias como autoria, relacionamentos abusivos e o lugar da mulher da arte de um modo quase pop, o formato dos capítulos funciona bem e os diálogos são sofisticados. As vezes, por não se conseguir encaixar determinado filme em uma caixinha ele recebe críticas; alguns vão reclamar que se exagerou no romance, que se forçou na comédia. Para mim, acho que faltam filmes como estes, e os franceses quando se propoem a faze-los, fazem bem. É um filme que de modo leve e contemporâneo, entretém, ao mesmo tempo que aborda assuntos delicados. Então pra mim foi uma ótima experiência. A atuação do casal principal foi muito boa, percebi bastante química. Alguns plots foram mal desenvolvidos, mas eu gostei bastante, inovou e soube brincar com os estereótipos.
Ao assistir Apocalypse Now, estou chocada com a quantidade de referencias que Concerning Violence faz ao filme de Coppola. Chega a ser um intertexto. Mesmo tendo lido críticas de africanas e africanos ao filme de Olson, ainda percebo a genialidade cinematográfica. É um exercício de cinema admirável. Sugiro que quem for assistir Concerning Violence, assista antes Apocalypse Now para ver um nítido exemplo de referências de um filme em outro filme.
Sendo o filme favorito de uma das minhas melhores amigas, tinha que assisti-lo. Não tenho lá essas predileções por filmes de guerra onde os EUA são protagonistas. Mas me chocou muito o quanto todos os filmes de guerra ou não somente de guerra posteriores reverenciam este filme. Consigo lembrar de Incendios, Paralelo 10, O Abraço da Serpente. Estou saindo de uma relação muito intensa com um filme em particular, Concerning Violence sobre os processos de descolonização da África e a obra do anti-colonialista Frantz Fanon. Escrevi um texto sobre este filme e soube que era bastante inspirado em Apocalypse Now, assistindo, percebo que na verdade, talvez Concerning Violence seja um intertexto. Penso também na auto-crítica que este filme pode ter representado na sociedade estadunidense. Mas continuo sempre implicada com esses filmes protagonizados por soldados estadunidenses. Nota: 9,8/10
Quando assisti Malick pela primeira vez em Amor Pleno, senti ódio porque estava em busca de uma história, que mesmo dramática fosse linear. Fui assistir Cavaleiro de Copas pelo elenco e então saquei que as histórias estavam ali para serem contadas sensorialmente, num fluxo de consciência que chega a dar um nó na cabeça. Fui ver song to song pq as imagens que vi me atraíram, além do elenco. Então, acho que depois dessas experiencias anteriores com o Malick e de talvez um amadurecimento enquanto expectadora, eu posso dizer que gostei muito do filme. Talvez diretores como o Malick, possam tirar o vício de modos repetitivos e lineares de contarem as mais diferentes histórias. A trilha sonora é muito linda, então não sei se concordo que a música é algo tão em segundo plano no filme assim. A fotografia é algo de enlouquecer de tão bonita, o figurino também. Gostei muito da atuação dos três protagonistas. E acho que o que me prende no cinema do Malick é a solidão devastadora dos seus personagens. Tudo isso sem ser apresentado de modo clichê. A interpretação dos protagonistas estava com uma corporalidade tão intensa que fiquei imaginando como deve ser a preparação dos atores e atrizes para fazer um filme como este. Rooney Mara ótima, Gosling também. E o foda mesmo é o Fassbender né gente, ele tem uma presença, ele chega e preenche a tela. A corporalidade dele tava demais, ele parecia uma réptil, rastejando, dando botes, com muitas articulações, um olhar expressivo quase doentio. Enfim, foi um filme que me pegou pela devastação das personagens e é para ser visto num dia em que se permita a si mesma viajar. Contemplar white people problems e aprender muito pouco com isto.
Bom filme, nada de denso demais, porém também não escorrega e se transforma em dramalhão. Engrosso o coro a respeito da fotografia, do figurino e das boas atuações. Notei uma excelente química entre Fassbender e Vikander. E por fim, Fassy mais uma vez mostrando que é um dos melhores intérpretes da atualidade. Ninguém faz um homem atormentado tão bem quanto Fassbender, vide o Jung de Um Método Perigoso, seu Brandon de Shame, e sua atuação quiçá dolorosa em Macbeth.
A fotografia é muito boa, me pareceu mais uma vez que a cidade de Buenos Aires era uma personagem. O azul do céu e o sonhado azul do mar de Cuba. Os takes da paisagem urbana muito legais. A fotografia era mesmo uma brincadeira à parte. Os diálogos bastante inteligentes, e percebo que o cinema argentino (e não sei se posso projetar isto para o cinema latino-americano) mesmo quando faz um cinema que se pretende despretensioso - ou comercial, acusação da qual sofreu o brilhante Relatos Selvagens também - não consegue deixar de refletir a realidade dependente da nossa região. Será que sempre fazemos a crítica? Gostei muito do fato do filme se ambientar nos anos 90. As atrizes estavam fantásticas, as cores. E sim há muito do Almódovar. 16/12/16
Gostei muito da trilha, muito incômoda com muita marcação, muito tambor, muito jazz. Lembrei até da trilha de Whiplash sei lá por quê. Sendo repetitiva: Catherine Deneuve estava fantástica, a fotografia era uma personagem à parte. O filme é arrastado pq é muito angustiante, nada confortável de ver. Concordo com um dos comentários abaixo que disse que se trata de um filme sobre estupro além é claro do desequilibrio emocional. Inclusive o modo que ele filmou as cenas de estupro foi muito diferente, sempre centrado nela. 15/12/16
Perturbador o retrato do alcoolismo. Sobre isto, algo em especial me chamou atençao, a pele da Emily e as transparencias, dos olhos, das lágrimas e da vodka. A câmera sempre em close no rosto da Emily, que nitidamente vivia nas sombras (presentes até mesmo nas olheiras dela) e à espreita. A Emily Blunt estava muito bem, acredito que deva concorrer ao Oscar. Bem interessante não somente o final, mas a reviravolta que amplia a percepção para um contexto maior, concreto e entrelaçado de violência contra as mulheres. Elas nem precisavam partilhar do mesmo homem, mas partilhavam da imposição do ser mulher: ter que ter filhos, ter que estar disponível permanentemente aos desejo (sexual, mas não somente) masculino etc. Fiquei bastante impactada. Mas acho que em questão de técnica e roteiro não acertaram em tudo não, os plots ficaram meio minisséries recentes da globo. Um elenco secundário muito legal com a Lisa Kudrow, Laura Prepon as mais conhecidas, e os menos conhecidos também. Eu pessoalmente não conhecia o ator que fez o Scott, que achei muito bem no papel, transbordando virilidade. O filme é fragmentado como as lembranças da protagonista, ambos despedaçados. Espero ter tempo de rever. 01/11/16
Gostei muito do filme, várias tiradas a respeito da megalomania estadunidense, e sobre uma polarização destrutiva sem fundamentos reais. O filme foi lançado no ano do Golpe Civil-Militar no Brasil e parece antecipar muitas das pretensões "imperialistas" e da luta por hegemonia cultural e ideológica que marcaria as duas décadas seguintes. A ausência de mulheres no desenrolar da trama é bastante expressiva, para além das razões óbvias (as mulheres não estavam ocupavam à época cúpulas como esta etc.), me fez pensar que a histeria da guerra é mesmo masculina. Peter Sellers estava tão bom que não percebi que eram três personagens diferentes, em algum momento a semelhança me tocou mas tava muito ocupada prestando atenção nos diálogos. Outra coisa, o filme exige bastante concentração, como vi muito cansada, me peguei tendo que voltar algumas vezes. Entendo porque é um clássico, pq além de tudo isso que senti e das milhares de coisas que dizem sobre o filme, sinto que precisarei vê-lo de novo, e quero ler sobre ele. Ah, e o título original por si só merecia um prêmio à parte. Incrível!!! A nota que eu daria seria 9,5 msm. 29/10/2016
Impossível não se emocionar com Chico Buarque cantando Fado Tropical e ao fundo da canção a Revolução dos Cravos. Filme lindo de olhar. Uma experiência estética incrível. 28/10/16
Caracteriza muito bem a forma como eram tratados as pessoas com sofrimento pisíquico. Poderia ter sido representada por uma atriz nordestina ao menos, uma vez que Nise era alagoana. Muito válido por apresentar a trajetória de uma grande profissional da saúde mental, uma mulher, que para muitos seguiria desconhecida. Eu mesma pratico mandaloterapia e não sabia que foi ela que experimentou esta técnica no Brasil. 23/10/2016
Proposta Indecente
3.3 421 Assista AgoraTemos aí a prova de que se tinha pouco o que se falar no início da década de 1990, diante do estouro que foi esse filme. Robert Redford por muito menos se faria o dobro e Demi Moore belíssima.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraAssisti este filme há um ano mais ou menos. À época evitei me envolver no maniqueísmos, entre devoções e ódios. Busquei entender as alegorias. Antes, havia percebido grosseiramente as duas metáforas principais: o cristianismo e a obsessão por Polanski (sendo que no dia que vi pensei que chegava a ser de mau gosto em alguns pontos). Mas hoje, reassistindo O Bebê de Rosemary, que havia visto muuuito jovenzinha, eu pensei que mother! é só pretensioso mesmo. E que Aronofsky acertou muito na obsessão por Polanski em Cisne Negro - filme irretocável e nitidamente um intertexto com Repulsa ao Sexo - mas mother! é só uma tentativa, com ótimo elenco, boas atuações, mas no conjunto é algo pessimamente realizado. Supervalorizado, depois de muito pensar. 09/09/2018
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraAssistir O bebê de Rosemary quase aos trinta me fez reconhecer o clássico por causa de seus súditos. É clássico porque fundou uma estética própria. Algumas coisas que já vi parecem que era só uma tentativa de dialogar com esse filme. Fiquei chocada. E termino sempre achando que o Polanski, fodido da cabeça, é um grande ensaísta de sociologia de gênero. Mia Farrow está soberba. John Cassavetes está perturbadoramente lindo. O figurino é um espetáculo à parte. O filme encanta e perturba ao mesmo tempo. 09/09/18
Mary Shelley
3.7 224Percy Shelley, definições atualizadas de embuste
Zama
3.4 51Como assistir plmdds?? Help. É pra minha tese.
Monsieur e Madame Adelman
4.1 134 Assista AgoraÉ um filme que trata de questões bastante sérias como autoria, relacionamentos abusivos e o lugar da mulher da arte de um modo quase pop, o formato dos capítulos funciona bem e os diálogos são sofisticados. As vezes, por não se conseguir encaixar determinado filme em uma caixinha ele recebe críticas; alguns vão reclamar que se exagerou no romance, que se forçou na comédia. Para mim, acho que faltam filmes como estes, e os franceses quando se propoem a faze-los, fazem bem. É um filme que de modo leve e contemporâneo, entretém, ao mesmo tempo que aborda assuntos delicados. Então pra mim foi uma ótima experiência. A atuação do casal principal foi muito boa, percebi bastante química. Alguns plots foram mal desenvolvidos, mas eu gostei bastante, inovou e soube brincar com os estereótipos.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraSó eu achei que foi tanta referencia ao Polanski, inclusive ao assassinato da Sharon Tate.
O filme não é ruim, mas não me pegou...
Sobre a Violência
4.6 11Ao assistir Apocalypse Now, estou chocada com a quantidade de referencias que Concerning Violence faz ao filme de Coppola. Chega a ser um intertexto. Mesmo tendo lido críticas de africanas e africanos ao filme de Olson, ainda percebo a genialidade cinematográfica. É um exercício de cinema admirável. Sugiro que quem for assistir Concerning Violence, assista antes Apocalypse Now para ver um nítido exemplo de referências de um filme em outro filme.
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraSendo o filme favorito de uma das minhas melhores amigas, tinha que assisti-lo. Não tenho lá essas predileções por filmes de guerra onde os EUA são protagonistas. Mas me chocou muito o quanto todos os filmes de guerra ou não somente de guerra posteriores reverenciam este filme. Consigo lembrar de Incendios, Paralelo 10, O Abraço da Serpente. Estou saindo de uma relação muito intensa com um filme em particular, Concerning Violence sobre os processos de descolonização da África e a obra do anti-colonialista Frantz Fanon. Escrevi um texto sobre este filme e soube que era bastante inspirado em Apocalypse Now, assistindo, percebo que na verdade, talvez Concerning Violence seja um intertexto. Penso também na auto-crítica que este filme pode ter representado na sociedade estadunidense. Mas continuo sempre implicada com esses filmes protagonizados por soldados estadunidenses. Nota: 9,8/10
De Canção Em Canção
2.9 373 Assista AgoraQuando assisti Malick pela primeira vez em Amor Pleno, senti ódio porque estava em busca de uma história, que mesmo dramática fosse linear. Fui assistir Cavaleiro de Copas pelo elenco e então saquei que as histórias estavam ali para serem contadas sensorialmente, num fluxo de consciência que chega a dar um nó na cabeça. Fui ver song to song pq as imagens que vi me atraíram, além do elenco. Então, acho que depois dessas experiencias anteriores com o Malick e de talvez um amadurecimento enquanto expectadora, eu posso dizer que gostei muito do filme. Talvez diretores como o Malick, possam tirar o vício de modos repetitivos e lineares de contarem as mais diferentes histórias. A trilha sonora é muito linda, então não sei se concordo que a música é algo tão em segundo plano no filme assim. A fotografia é algo de enlouquecer de tão bonita, o figurino também. Gostei muito da atuação dos três protagonistas. E acho que o que me prende no cinema do Malick é a solidão devastadora dos seus personagens. Tudo isso sem ser apresentado de modo clichê. A interpretação dos protagonistas estava com uma corporalidade tão intensa que fiquei imaginando como deve ser a preparação dos atores e atrizes para fazer um filme como este. Rooney Mara ótima, Gosling também. E o foda mesmo é o Fassbender né gente, ele tem uma presença, ele chega e preenche a tela. A corporalidade dele tava demais, ele parecia uma réptil, rastejando, dando botes, com muitas articulações, um olhar expressivo quase doentio. Enfim, foi um filme que me pegou pela devastação das personagens e é para ser visto num dia em que se permita a si mesma viajar. Contemplar white people problems e aprender muito pouco com isto.
Paterson
3.9 353 Assista AgoraLink do torrent plz? Estou muito ansiosa pra ver este filme.
A Luz Entre Oceanos
3.8 357 Assista AgoraBom filme, nada de denso demais, porém também não escorrega e se transforma em dramalhão. Engrosso o coro a respeito da fotografia, do figurino e das boas atuações. Notei uma excelente química entre Fassbender e Vikander. E por fim, Fassy mais uma vez mostrando que é um dos melhores intérpretes da atualidade. Ninguém faz um homem atormentado tão bem quanto Fassbender, vide o Jung de Um Método Perigoso, seu Brandon de Shame, e sua atuação quiçá dolorosa em Macbeth.
No Meio do Nada
3.6 1420/12/16
Monika e o Desejo
4.0 120 Assista Agora17/12/16
Las Insoladas
3.3 27A fotografia é muito boa, me pareceu mais uma vez que a cidade de Buenos Aires era uma personagem. O azul do céu e o sonhado azul do mar de Cuba. Os takes da paisagem urbana muito legais. A fotografia era mesmo uma brincadeira à parte. Os diálogos bastante inteligentes, e percebo que o cinema argentino (e não sei se posso projetar isto para o cinema latino-americano) mesmo quando faz um cinema que se pretende despretensioso - ou comercial, acusação da qual sofreu o brilhante Relatos Selvagens também - não consegue deixar de refletir a realidade dependente da nossa região. Será que sempre fazemos a crítica? Gostei muito do fato do filme se ambientar nos anos 90. As atrizes estavam fantásticas, as cores. E sim há muito do Almódovar. 16/12/16
Repulsa ao Sexo
4.0 461 Assista AgoraGostei muito da trilha, muito incômoda com muita marcação, muito tambor, muito jazz. Lembrei até da trilha de Whiplash sei lá por quê. Sendo repetitiva: Catherine Deneuve estava fantástica, a fotografia era uma personagem à parte. O filme é arrastado pq é muito angustiante, nada confortável de ver. Concordo com um dos comentários abaixo que disse que se trata de um filme sobre estupro além é claro do desequilibrio emocional. Inclusive o modo que ele filmou as cenas de estupro foi muito diferente, sempre centrado nela. 15/12/16
Cinema, Aspirinas e Urubus
3.9 364 Assista Agora15/12/16 Achei bom entretenimento. A atuação do João Miguel e a qualidade do roteiro são admiráveis.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraPerturbador o retrato do alcoolismo. Sobre isto, algo em especial me chamou atençao, a pele da Emily e as transparencias, dos olhos, das lágrimas e da vodka. A câmera sempre em close no rosto da Emily, que nitidamente vivia nas sombras (presentes até mesmo nas olheiras dela) e à espreita. A Emily Blunt estava muito bem, acredito que deva concorrer ao Oscar. Bem interessante não somente o final, mas a reviravolta que amplia a percepção para um contexto maior, concreto e entrelaçado de violência contra as mulheres. Elas nem precisavam partilhar do mesmo homem, mas partilhavam da imposição do ser mulher: ter que ter filhos, ter que estar disponível permanentemente aos desejo (sexual, mas não somente) masculino etc. Fiquei bastante impactada. Mas acho que em questão de técnica e roteiro não acertaram em tudo não, os plots ficaram meio minisséries recentes da globo. Um elenco secundário muito legal com a Lisa Kudrow, Laura Prepon as mais conhecidas, e os menos conhecidos também. Eu pessoalmente não conhecia o ator que fez o Scott, que achei muito bem no papel, transbordando virilidade. O filme é fragmentado como as lembranças da protagonista, ambos despedaçados. Espero ter tempo de rever. 01/11/16
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraGostei muito do filme, várias tiradas a respeito da megalomania estadunidense, e sobre uma polarização destrutiva sem fundamentos reais. O filme foi lançado no ano do Golpe Civil-Militar no Brasil e parece antecipar muitas das pretensões "imperialistas" e da luta por hegemonia cultural e ideológica que marcaria as duas décadas seguintes. A ausência de mulheres no desenrolar da trama é bastante expressiva, para além das razões óbvias (as mulheres não estavam ocupavam à época cúpulas como esta etc.), me fez pensar que a histeria da guerra é mesmo masculina. Peter Sellers estava tão bom que não percebi que eram três personagens diferentes, em algum momento a semelhança me tocou mas tava muito ocupada prestando atenção nos diálogos. Outra coisa, o filme exige bastante concentração, como vi muito cansada, me peguei tendo que voltar algumas vezes. Entendo porque é um clássico, pq além de tudo isso que senti e das milhares de coisas que dizem sobre o filme, sinto que precisarei vê-lo de novo, e quero ler sobre ele. Ah, e o título original por si só merecia um prêmio à parte. Incrível!!!
A nota que eu daria seria 9,5 msm. 29/10/2016
Fados
3.7 14Impossível não se emocionar com Chico Buarque cantando Fado Tropical e ao fundo da canção a Revolução dos Cravos. Filme lindo de olhar. Uma experiência estética incrível. 28/10/16
Madeinusa
3.9 2328/11/16
Paulina
3.6 40 Assista Agora24/10/16
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656 Assista AgoraCaracteriza muito bem a forma como eram tratados as pessoas com sofrimento pisíquico. Poderia ter sido representada por uma atriz nordestina ao menos, uma vez que Nise era alagoana. Muito válido por apresentar a trajetória de uma grande profissional da saúde mental, uma mulher, que para muitos seguiria desconhecida. Eu mesma pratico mandaloterapia e não sabia que foi ela que experimentou esta técnica no Brasil. 23/10/2016
Dois Caras Legais
3.6 637 Assista Agora23/10/16