É engraçado quando você assiste um filme quando pirralho e adora por causa das tetas e depois de velho assiste e gosta ainda mais por causa de política + tetas.
Dá um pouco de saudade da época desse Woody Harrelson fazia filmes poderosos como esse.
O filme tem uma ideia realmente legal, roteiro e produção muito boa, mas a atuação péssima de atores tão carismáticos quanto semáforos e a fotografia - um filme preto e branco sem contraste ajustado? Sério, Nolan?! TUDO É CINZA! - péssima arrastam esse filme pra baixo. Por mais que seja bem acabado, o que é uma marca do diretor, o visual do filme faz ele ser arrastado e desinteressante. O final até te pega de surpresa, mas como passei o filme inteiro incomodado com o visual e com os atores péssimos, a sensação que tive ao terminar de ver foi um enorme "yeah, whatever".
Do caralho. Muito divertido. Mas peca por tratar tantos assuntos interessantes de forma superficial. Tava esperando ver um filme mais crítico e profundo. Não foi o que eu assisti, por mais que desse pra ver que naturalmente o filme criticasse algumas coisas. Mas não exploraram, como na série original. Já em relação a direção, achei espetacular como eram claras a identidade do José Padilha. Muito engraçado assistir Robocop e volta e meia ver uma semelhança técnica com Tropa de Elite. O Padilha é um diretor muito bom, puta que pariu.
E se você é fã da série original, esqueça. Esse filme não tem a crítica nem a brutalidade da série original e não chega nem perto disso. O original é pra 18 anos, esse, 14. Só assista se você não for tão fã do original, eu mesmo se fosse me irritaria com um filme tão softcore.
Definitivamente na minha lista de filmes de 2013, Her surpreende com um roteiro simples mas extremamente interessante, que flui naturalmente ao longo de seus 126 minutos. A fotografia e a trilha do Arcade Fire combinam perfeitamente com o universo criado pelo Spike nesse futuro não tão distante que não destona severamente da realidade. Eu gostei bastante do trabalho de arte do filme, tudo no filme é clean e bem acabado desde os figurinos até a edição.
Phoenix, novamente me surpreende com o trabalho de sua atuação e o trabalho vocal da Scarlett foi simplesmente fenomenal. Além da própria concepção do filme que pra mim não passa de uma ficção científica. Mas ao contrário de tudo o que eu vi de scifi, nesse o foco não é o espaço nem a ultra tecnologia, mas a sociabilização do ser humano. O impacto das tecnologias num dos instintos mais primitivos do ser humano que é o de sociabilizar. Outro scifi que foge muito dos clichês é Moon, de 2009, mas que tem uma proposta completamente diferente por tratar do psicológico humano. Her é completamente social e por isso tem um impacto tão grande. Conceitos completos são desconstruidos com a proposta do filme e quando você nota "é, isso poderia até acontecer" você é carregado pelo filme e fica instigadíssimo pra saber onde vai dar. E pra mim foi aí o único problema no filme.
Pra mim só houve um ponto negativo que, sinceramente, quase o invalidou por completo. Digo, com spoilers:
O final, na minha opinião, foi completamente broxante. Me irritei bastante em como do começo até a metade o filme consegue ser tão complexo, levantando tantas questões interessantes e ao mesmo tempo encerra todo esse fluxo do universo criado pelo Jonze da forma mais simples e sem impacto. Pra mim foi a pior forma possível. E sinceramente foi ate patético ver a humanidade choramingando "mimimimi, perdi meu Sistema Operacional que me apaixonei mimimim #chorandochoros". Um filme começar de uma forma tão inteligente e terminar desse jeito foi profundamente broxante pra mim. Não deixou nem uma mensagem, nem um questionamento. Simplesmente acabou. Esse final é basicamente o que eu chamo de punheta de pau mole
Ainda assim, Her se mantém por causa de seu estilo. É tecnicamente muito fino e sutil e esse tipo de coisa faz muito bem para os olhos, quando utilizadas da forma correta. E o Spike o fez.
O filme foi claramente feito às pressas pra aproveitar o buzz da morte do Steve Jobs, ainda assim, justamente por causa das circunstâncias, fiquei embasbacado com a atuação do Kutcher que de vez em quando faz algo realmente bom. Parece que ele fez um curso intensivo de como ser o Jobs.
Antes de assistir tive uma recusa muito grande pensando "será que eles vão fazer um filme em homenagem e fingir que o Jobs não era um mal caráter do caralho?" e fiquei profundamente feliz em notar que não, não esconderam que o Jobs não era nada mais do que um babaca completo. Ainda assim, tecnicamente falando, o filme não tem sensibilidade nenhuma, existem pulos cronológicos gigantes que tiram o chão do espectador e o roteiro é completamente superficial. Fora a edição que é cansativa, a trilha sonora que não tem atrativo algum e a fotografia que não é nada além de normal. Fora coisas completamente desconexas, quando ele falava qualquer coisa em público e todo mundo ficava extasiado aplaudindo-o. Quem sabe como um simpósio ou feira de tecnologia são, sabem que as coisas não funcionam assim.
E o que mais me incomodou: como que resumem toda a convivência do Jobs e do Bill Gates a uma ligação do Jobs xingando o Gates? Como eles conseguiram simplesmente ignorar décadas de concorrência e uma guerra aberta dos dois, se foi exatamente isso que revolucionou a indústria? Isso foi simplesmente lamentável. Steve Jobs não seria o mesmo sem Bill Gates e vice versa. Suprimir essas informações foi chamar os espectadores que entendem o mínimo de computadores de burros.
Assistam como um filme que ilustra, bem de longe, mas MUITO, MUITO DE LOOOONGE quem o Steve Jobs era. E o que mais dá raiva: não mostram como o Jobs era depois de velho e quando a Apple explodiu mesmo com o iPod e todas as outras iBugigangas. O filme acaba como se fosse na metade. Completamente nonsense.
E se vocês querem uma visão bem mais clara desse convívio de Jobs x Gates / Apple x Microsoft, assistam Piratas do Vale do Silício, de 1999. O foco do filme é justamente nessa guerra dos dois e é extremamente espetacular, pode não ser muito exato sobre os acontecimentos, mas tecnicamente é um filme muito superior e interessante. E é um pouco mais realista também, tanto que pra ele ser distribuido causou vários processos da parte do Jobs que não queria que as coisas que são faladas no filme viessem a tona. É extremamente interessante, vale muito a pena ver.
Não me recordo de ter visto diálogos tão sensacionais como os da segunda parte desse filme. São tão fluidos e naturais que eu começava a gargalhar não acreditando no que eu tava vendo. Elas pareciam conversar independente de estarem rodando um filme em volta delas. Atuações espetaculares.
Se consideram esse o pior filme do Tarantino realmente eu não faço a mínima ideia do que é bom ou ruim então. Death Proof é extremamente divertido e engraçado, levando bem a pegada de banalização da violência que o Tarantino adora, utilizando de várias pitadas de humor em seu estilo de montagem e edição.
Absolutamente obrigatório para qualquer pessoa que queira ter uma opinião sobre o assunto. Um documentário conciso, objetivo e acima de tudo honesto, dando todo o panorama do assunto com foco nas questões que mais pesam sobre a falha política como a sociedade, a religião e a política.
Ele só poderia ser um pouco mais longo para abranger o contexto de outras drogas também. Por mais que seja compreensível o destaque da maconha, acho que a história e o lado do LSD e da cocaína poderiam ser mais bem explorados também.
Ontem finalmente assisti Gravidade, dirigido por Alfonso Cuarón (que definitivamente virou meu diretor preferido) com Sandra Bullock e George Clooney. Deixo minhas impressões do filme neste post. Sem spoilers.
Desde 2011, quando soube que o Alfonso pretendia fazer um filme sobre "astronautas que ficariam soltos no espaço" eu pirei. Sou doido pelo Alfonso desde Children of Men e acompanho seu trabalho de perto desde então. E mais por se tratar de astronomia e espaço, enlouqueci mais ainda (quem me conhece, sabe que eu sou doente pelo assunto, por ficção científica e por futurismo). Desde a concepção da ideia até a conturbada seleção do elenco (entraram e sairam do casting: Robert Downey Jr, Blake Lively, Natalie Portman, Scarlett Johansson e até Angelina Jolie') deixar somente a Sandra e o George. Ótima escolha, na minha humilde opinião.
A primeira coisa que eu posso falar do filme é: aflição.
Aflição, é o que você sente ao assistir.
Cuarón, já famoso por seus planos sequência quilométricos (pra ter uma ideia, assistam esse take de QUATRO minutos, todo DENTRO DE UM CARRO, sem nenhum corte aparente; uma das pérolas do Cuarón: https://www.youtube.com/watch?v=QfBSncUspBk ), consegue dar todo um novo sentido à técnica utilizando de P.Ss tão magistralmente coreografados que, aparentemente, o filme inteiro parece ser filmado com enormes planos sequências, dando uma impressão que o filme é todo em tempo real. Teve um take que de tão complicado e lindo eu achei bizarro: a câmera girava em torno deles duas vezes, depois filmava a terra, depois se aproximava bem do rosto da Sandra num close bem hollywoodiano, mas com coisas acontecendo também no fundo do enquadramento, depois a câmera ENTRAVA NO CAPACETE DELA E MOSTRAVA O QUE ELA VIA numa sequência espetacular em primeira pessoa e depois saia e continuava a caminhar e a filmar todos os acontecimentos de Gravidade.
Sem.
NENHUM.
Corte.
Nesse take inteiro.
Bizarríssimo. Lindo de morrer. O mais espetacular é que em nenhum momento esses planos sequência ficam monótonos. O filme é um primor técnico e é gritante o quanto o Cuarón estudou de todas as formas, qual seria a melhor para filmá-lo. E acertou. Acertou em cheio. Sem sonoridade de explosões e destruição no espaço (um abraço aí, Star Wars), o que encorpa as cenas é uma trilha desesperadora, de contrair os músculos do maxilar, que nem parece música de tão sutil. Nas cenas de colossais destruições silenciosas e desespero, tudo o que toca é essa espetacular trilha assinada pelo Steven Price: http://www.youtube.com/watch?v=xP782CJx54Q (prestem atenção na perfeição dessa trilha, como ela é gradual, como as batidas simulam um coração descompassado, como ela É DESESPERADORA E COMO NÃO TEM COMO VOCÊ CHEGAR AO FINAL DELA COMPLETAMENTE AAAAAAHHHHHH MEU DEUUUUSSSS EU VOU MORREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERRRRRRRR SOCOOOORROOO)
Pra quem entende de cinema, Gravidade é uma overdose de boas técnicas cinematográficas sendo postas em prática da melhor forma possível. Pra quem não entende de cinema, Gravidade é um filme espetacular da mesma forma, diferente de tudo o que é visto atualmente no repetitivo cenário hollywoodiano. Mais um polegarzão levantado pro Cuarón.
Mas a genialidade de Cuarón não seria nada se o casting não sustentasse bem o roteiro e não tivesse o carisma necessário para amarrar tudo. George Clooney, cada vez mais charmoso, tem o papel muito importante de "leve alívio cômico", interpretando um veterano astronauta que aparentemente tem nervos de aço, capaz de acalmar a Ryan Stone em momentos tão críticos. Sandra, que eu realmente não esperava fazer um trabalho tão bom, veste a personagem principal do filme, a americana Ryan (sim, eu também acho esse nome muito estranho pra uma mulher) a especialista da missão. O preparador de elenco do filme fez um ótimo trabalho com ambos pois a química entre os dois está muito fluida. Entre pequenos diálogos tranquilos que tem como função a conexão emocional do espectador com as personagens e gritos de desespero enquanto uma nuvem monstruosa de destroços metralha a Estação Espacial Internacional, nota-se várias nuances das personalidades de ambos. E isso dá gosto de ver. E em 3D então, que foi como eu vi... O filme se torna um espetáculo visual incrível.
Bom, finalizando esse review, o que eu tenho pra dizer é que Gravidade é, de longe, o melhor filme do ano. Bem produzido, bem interpretado, bem roteirizado, bem sonorizado com isso tudo lindamente orquestrado pelo Alfonso Cuarón. Desde que eu comecei a assistir ao filme eu só me lembrei de voltar a respirar nos créditos finais, quando minha musculatura descontraiu e meu maxilar voltou a relaxar.
Filme 12/10
(Eu não perderia meu tempo escrevendo um texto desse tamanho para gente que não vai ler nem a metade se eu realmente não tivesse gostado desse filme e me sentisse na obrigação de, além de pagar quase R$30 para assisti-lo, elogiá-lo em demasia, com toda contextualização, obviamente)
Endereço do review: http://laureanojunior.blogspot.com.br/2013/10/cinefilia-gravidade.html
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraEstranhei pra caralho o filme ser dos Cohen até notar que ele foi feito pra TV. Nesse caso curti pacas, haha.
O Povo Contra Larry Flynt
3.9 251 Assista AgoraÉ engraçado quando você assiste um filme quando pirralho e adora por causa das tetas e depois de velho assiste e gosta ainda mais por causa de política + tetas.
Dá um pouco de saudade da época desse Woody Harrelson fazia filmes poderosos como esse.
Courtney Love surpreende.
Following
4.0 302 Assista AgoraO filme tem uma ideia realmente legal, roteiro e produção muito boa, mas a atuação péssima de atores tão carismáticos quanto semáforos e a fotografia - um filme preto e branco sem contraste ajustado? Sério, Nolan?! TUDO É CINZA! - péssima arrastam esse filme pra baixo. Por mais que seja bem acabado, o que é uma marca do diretor, o visual do filme faz ele ser arrastado e desinteressante. O final até te pega de surpresa, mas como passei o filme inteiro incomodado com o visual e com os atores péssimos, a sensação que tive ao terminar de ver foi um enorme "yeah, whatever".
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraDo caralho. Muito divertido. Mas peca por tratar tantos assuntos interessantes de forma superficial. Tava esperando ver um filme mais crítico e profundo. Não foi o que eu assisti, por mais que desse pra ver que naturalmente o filme criticasse algumas coisas. Mas não exploraram, como na série original. Já em relação a direção, achei espetacular como eram claras a identidade do José Padilha. Muito engraçado assistir Robocop e volta e meia ver uma semelhança técnica com Tropa de Elite. O Padilha é um diretor muito bom, puta que pariu.
E se você é fã da série original, esqueça. Esse filme não tem a crítica nem a brutalidade da série original e não chega nem perto disso. O original é pra 18 anos, esse, 14. Só assista se você não for tão fã do original, eu mesmo se fosse me irritaria com um filme tão softcore.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraDefinitivamente na minha lista de filmes de 2013, Her surpreende com um roteiro simples mas extremamente interessante, que flui naturalmente ao longo de seus 126 minutos. A fotografia e a trilha do Arcade Fire combinam perfeitamente com o universo criado pelo Spike nesse futuro não tão distante que não destona severamente da realidade. Eu gostei bastante do trabalho de arte do filme, tudo no filme é clean e bem acabado desde os figurinos até a edição.
Phoenix, novamente me surpreende com o trabalho de sua atuação e o trabalho vocal da Scarlett foi simplesmente fenomenal. Além da própria concepção do filme que pra mim não passa de uma ficção científica. Mas ao contrário de tudo o que eu vi de scifi, nesse o foco não é o espaço nem a ultra tecnologia, mas a sociabilização do ser humano. O impacto das tecnologias num dos instintos mais primitivos do ser humano que é o de sociabilizar. Outro scifi que foge muito dos clichês é Moon, de 2009, mas que tem uma proposta completamente diferente por tratar do psicológico humano. Her é completamente social e por isso tem um impacto tão grande. Conceitos completos são desconstruidos com a proposta do filme e quando você nota "é, isso poderia até acontecer" você é carregado pelo filme e fica instigadíssimo pra saber onde vai dar. E pra mim foi aí o único problema no filme.
Pra mim só houve um ponto negativo que, sinceramente, quase o invalidou por completo. Digo, com spoilers:
O final, na minha opinião, foi completamente broxante. Me irritei bastante em como do começo até a metade o filme consegue ser tão complexo, levantando tantas questões interessantes e ao mesmo tempo encerra todo esse fluxo do universo criado pelo Jonze da forma mais simples e sem impacto. Pra mim foi a pior forma possível. E sinceramente foi ate patético ver a humanidade choramingando "mimimimi, perdi meu Sistema Operacional que me apaixonei mimimim #chorandochoros". Um filme começar de uma forma tão inteligente e terminar desse jeito foi profundamente broxante pra mim. Não deixou nem uma mensagem, nem um questionamento. Simplesmente acabou. Esse final é basicamente o que eu chamo de punheta de pau mole
Ainda assim, Her se mantém por causa de seu estilo. É tecnicamente muito fino e sutil e esse tipo de coisa faz muito bem para os olhos, quando utilizadas da forma correta. E o Spike o fez.
Só não leva cinco estrelas por causa do final.
Jobs
3.1 750 Assista AgoraO filme foi claramente feito às pressas pra aproveitar o buzz da morte do Steve Jobs, ainda assim, justamente por causa das circunstâncias, fiquei embasbacado com a atuação do Kutcher que de vez em quando faz algo realmente bom. Parece que ele fez um curso intensivo de como ser o Jobs.
Antes de assistir tive uma recusa muito grande pensando "será que eles vão fazer um filme em homenagem e fingir que o Jobs não era um mal caráter do caralho?" e fiquei profundamente feliz em notar que não, não esconderam que o Jobs não era nada mais do que um babaca completo. Ainda assim, tecnicamente falando, o filme não tem sensibilidade nenhuma, existem pulos cronológicos gigantes que tiram o chão do espectador e o roteiro é completamente superficial. Fora a edição que é cansativa, a trilha sonora que não tem atrativo algum e a fotografia que não é nada além de normal. Fora coisas completamente desconexas, quando ele falava qualquer coisa em público e todo mundo ficava extasiado aplaudindo-o. Quem sabe como um simpósio ou feira de tecnologia são, sabem que as coisas não funcionam assim.
E o que mais me incomodou: como que resumem toda a convivência do Jobs e do Bill Gates a uma ligação do Jobs xingando o Gates? Como eles conseguiram simplesmente ignorar décadas de concorrência e uma guerra aberta dos dois, se foi exatamente isso que revolucionou a indústria? Isso foi simplesmente lamentável. Steve Jobs não seria o mesmo sem Bill Gates e vice versa. Suprimir essas informações foi chamar os espectadores que entendem o mínimo de computadores de burros.
Assistam como um filme que ilustra, bem de longe, mas MUITO, MUITO DE LOOOONGE quem o Steve Jobs era. E o que mais dá raiva: não mostram como o Jobs era depois de velho e quando a Apple explodiu mesmo com o iPod e todas as outras iBugigangas. O filme acaba como se fosse na metade. Completamente nonsense.
E se vocês querem uma visão bem mais clara desse convívio de Jobs x Gates / Apple x Microsoft, assistam Piratas do Vale do Silício, de 1999. O foco do filme é justamente nessa guerra dos dois e é extremamente espetacular, pode não ser muito exato sobre os acontecimentos, mas tecnicamente é um filme muito superior e interessante. E é um pouco mais realista também, tanto que pra ele ser distribuido causou vários processos da parte do Jobs que não queria que as coisas que são faladas no filme viessem a tona. É extremamente interessante, vale muito a pena ver.
À Prova de Morte
3.9 2,0K Assista AgoraNão me recordo de ter visto diálogos tão sensacionais como os da segunda parte desse filme. São tão fluidos e naturais que eu começava a gargalhar não acreditando no que eu tava vendo. Elas pareciam conversar independente de estarem rodando um filme em volta delas. Atuações espetaculares.
Se consideram esse o pior filme do Tarantino realmente eu não faço a mínima ideia do que é bom ou ruim então. Death Proof é extremamente divertido e engraçado, levando bem a pegada de banalização da violência que o Tarantino adora, utilizando de várias pitadas de humor em seu estilo de montagem e edição.
O filme é simplesmente hilário.
Cortina de Fumaça
4.4 124Absolutamente obrigatório para qualquer pessoa que queira ter uma opinião sobre o assunto. Um documentário conciso, objetivo e acima de tudo honesto, dando todo o panorama do assunto com foco nas questões que mais pesam sobre a falha política como a sociedade, a religião e a política.
Só não dei seis estrelas por não haver como.
Ele só poderia ser um pouco mais longo para abranger o contexto de outras drogas também. Por mais que seja compreensível o destaque da maconha, acho que a história e o lado do LSD e da cocaína poderiam ser mais bem explorados também.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraOntem finalmente assisti Gravidade, dirigido por Alfonso Cuarón (que definitivamente virou meu diretor preferido) com Sandra Bullock e George Clooney. Deixo minhas impressões do filme neste post. Sem spoilers.
Desde 2011, quando soube que o Alfonso pretendia fazer um filme sobre "astronautas que ficariam soltos no espaço" eu pirei. Sou doido pelo Alfonso desde Children of Men e acompanho seu trabalho de perto desde então. E mais por se tratar de astronomia e espaço, enlouqueci mais ainda (quem me conhece, sabe que eu sou doente pelo assunto, por ficção científica e por futurismo). Desde a concepção da ideia até a conturbada seleção do elenco (entraram e sairam do casting: Robert Downey Jr, Blake Lively, Natalie Portman, Scarlett Johansson e até Angelina Jolie') deixar somente a Sandra e o George. Ótima escolha, na minha humilde opinião.
A primeira coisa que eu posso falar do filme é: aflição.
Aflição, é o que você sente ao assistir.
Cuarón, já famoso por seus planos sequência quilométricos (pra ter uma ideia, assistam esse take de QUATRO minutos, todo DENTRO DE UM CARRO, sem nenhum corte aparente; uma das pérolas do Cuarón: https://www.youtube.com/watch?v=QfBSncUspBk ), consegue dar todo um novo sentido à técnica utilizando de P.Ss tão magistralmente coreografados que, aparentemente, o filme inteiro parece ser filmado com enormes planos sequências, dando uma impressão que o filme é todo em tempo real. Teve um take que de tão complicado e lindo eu achei bizarro: a câmera girava em torno deles duas vezes, depois filmava a terra, depois se aproximava bem do rosto da Sandra num close bem hollywoodiano, mas com coisas acontecendo também no fundo do enquadramento, depois a câmera ENTRAVA NO CAPACETE DELA E MOSTRAVA O QUE ELA VIA numa sequência espetacular em primeira pessoa e depois saia e continuava a caminhar e a filmar todos os acontecimentos de Gravidade.
Sem.
NENHUM.
Corte.
Nesse take inteiro.
Bizarríssimo. Lindo de morrer. O mais espetacular é que em nenhum momento esses planos sequência ficam monótonos. O filme é um primor técnico e é gritante o quanto o Cuarón estudou de todas as formas, qual seria a melhor para filmá-lo. E acertou. Acertou em cheio. Sem sonoridade de explosões e destruição no espaço (um abraço aí, Star Wars), o que encorpa as cenas é uma trilha desesperadora, de contrair os músculos do maxilar, que nem parece música de tão sutil. Nas cenas de colossais destruições silenciosas e desespero, tudo o que toca é essa espetacular trilha assinada pelo Steven Price: http://www.youtube.com/watch?v=xP782CJx54Q (prestem atenção na perfeição dessa trilha, como ela é gradual, como as batidas simulam um coração descompassado, como ela É DESESPERADORA E COMO NÃO TEM COMO VOCÊ CHEGAR AO FINAL DELA COMPLETAMENTE AAAAAAHHHHHH MEU DEUUUUSSSS EU VOU MORREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERRRRRRRR SOCOOOORROOO)
Pra quem entende de cinema, Gravidade é uma overdose de boas técnicas cinematográficas sendo postas em prática da melhor forma possível. Pra quem não entende de cinema, Gravidade é um filme espetacular da mesma forma, diferente de tudo o que é visto atualmente no repetitivo cenário hollywoodiano. Mais um polegarzão levantado pro Cuarón.
Mas a genialidade de Cuarón não seria nada se o casting não sustentasse bem o roteiro e não tivesse o carisma necessário para amarrar tudo. George Clooney, cada vez mais charmoso, tem o papel muito importante de "leve alívio cômico", interpretando um veterano astronauta que aparentemente tem nervos de aço, capaz de acalmar a Ryan Stone em momentos tão críticos. Sandra, que eu realmente não esperava fazer um trabalho tão bom, veste a personagem principal do filme, a americana Ryan (sim, eu também acho esse nome muito estranho pra uma mulher) a especialista da missão. O preparador de elenco do filme fez um ótimo trabalho com ambos pois a química entre os dois está muito fluida. Entre pequenos diálogos tranquilos que tem como função a conexão emocional do espectador com as personagens e gritos de desespero enquanto uma nuvem monstruosa de destroços metralha a Estação Espacial Internacional, nota-se várias nuances das personalidades de ambos. E isso dá gosto de ver. E em 3D então, que foi como eu vi... O filme se torna um espetáculo visual incrível.
Bom, finalizando esse review, o que eu tenho pra dizer é que Gravidade é, de longe, o melhor filme do ano. Bem produzido, bem interpretado, bem roteirizado, bem sonorizado com isso tudo lindamente orquestrado pelo Alfonso Cuarón. Desde que eu comecei a assistir ao filme eu só me lembrei de voltar a respirar nos créditos finais, quando minha musculatura descontraiu e meu maxilar voltou a relaxar.
Filme 12/10
(Eu não perderia meu tempo escrevendo um texto desse tamanho para gente que não vai ler nem a metade se eu realmente não tivesse gostado desse filme e me sentisse na obrigação de, além de pagar quase R$30 para assisti-lo, elogiá-lo em demasia, com toda contextualização, obviamente)
Endereço do review: http://laureanojunior.blogspot.com.br/2013/10/cinefilia-gravidade.html