Deliciosamente bizarro. Tudo se encaixa direitinho, mesmo sendo bizarro, maluco, exagerado. É o tipo de filme que, quando termina, você acaba sujo de sangue. Tomara que não tenha continuação, porque ele merece ser lembrado desse jeitinho.
Nossa, pra ser ruim, ele tem que melhorar demais. Acabaram com tudo - a mitologia e bizarrices do Além, a união familiar estabelecida no segundo filme, a relação do Dalton com o pai, as tensões, o terror... Tudo o que tinha tornado o charme da franquia.
Fora que 1h20 é focada em puro dramalhão e uma história "de origem" desnecessária, sendo que narrativamente não é interessante
fazer o pai e o filho optarem pela hipnose para esquecer de tudo e irem atrás dessa memória perdida, sendo que, para o espectador, ele já sabe e lembra de tudo. Ficou chato essa busca por respostas, afinal, nós já sabíamos quais respostas eram.
2) final anticlimático que serve apenas para ser uma continuação pro filme seguinte.
Não estou dizendo que o filme é ruim... Eu só não o considero essa obra-prima que todo mundo está incensando.
De pontos positivos, ele É REALMENTE um épico e trabalhou bem a promessa do Aranhaverso, todos os Aranhas são excelentes, tem construções próprias de personagem e cada um tem um peso equivalente no cenário geral da trama.
Os recursos visuais são excelentes fazendo uma mescla de ritmo (principalmente, quando cada Aranha é introduzido na história.
Excelente. Eu cresci vendo os filmes noventistas da Sessão da Tarde e os desenhos da TV Globinho e, sim, foi feito sob medida para esta época!
A história é simples, divertida, a resolução é inteligente e chega a ser emocionante. A composição dos personagens é excelente (e conseguiram até tornar o Raph menos chato!).
E, com certeza, o maior destaque: a animação em si. Ficou lindo de ver aquela mescla de desenho, rabisco, CGI e o diabo, mas não me passa a sensação de bagunça. A estética ficou linda, as cores também, não sei explicar o estilo utilizado, mas que OBRA DE ARTE que ficou.
Amei também a forma como colocaram as Tartarugas falando ao mesmo tempo, rapidamente, cortando uns aos outros e misturando assuntos. E aqui a dublagem brasileira também reinou MUITO!
Muito legal! Me diverti bastante, ele não tem a obrigatoriedade de ser um épico megalomaníaco só por ser uma obra de fantasia. Ele se delicia com o worldbuilding de D&D e tem o ritmo de uma aventura clássica, deixando a batalha épica mesmo para o final.
Os personagens tem muita sintonia e o elenco parece mesmo se divertir com tudo aquilo, principalmente com a interação deles na última luta e a forma como
o retorno do Batman do Michael Keaton (e todo o background envolvendo o seu passado), como o Dark Flash surgiu depois de tanto se machucar literal e metaforicamente nas viagens no tempo, os efeitos visuais da viagem no tempo e o fan-service das aparições do Super-Reeves, do Super-Cage e do George Clooney como o novo-velho Batman.
Mas o filme DESPERDIÇA outras excelentes ideias em péssimos desenvolvimentos, e aqui que o filme se torna "qualquer coisa".
Basicamente, o filme não sabe se o foco está no Flash voltando no tempo e encarando as consequências disso ou na invasão kryptoniana, e quando ambas as tramas se cruzam, todas perdem a força.
O melhor do filme é, sem sombra de dúvidas, o Bat-Keaton. Meu coração chegou a apertar
nas cenas de lutas, com ele usando a roupa clássica (sem mover o pescoço!). Que delícia ver a movimentação, os bat-apetrechos, a Bat-Wing cruzando o céu, foi uma deliciosa passagem de bastão dos filmes de 89 e 92. Keaton estava curtindo demais aquela atuação.
A Supergirl da Sasha é excelente, a atriz é ótima e é notável o quanto a Kara é sofrida e marcada pela guerra, mas
o encerramento do arco dela é PÉSSIMO. Aliás, toda a trama da invasão kryptoniana e o arco da Kara só foram estepe para o arco do Flash e a mudança da linha do tempo. Poderiam ter dado ao menos um final digno para a Supergirl e o Bat-Keaton, depois da morte do Flash 2/Dark Flash, mostrando os eventos daquela realidade se desprendendo como uma Terra paralela. É horrível criar todo um worldbuilding daquela Terra e ao menos não amarrar a trama dos personagens de lá. Péssimo, péssimo.
Dark Flash, achei muito bom o Barry 2 ter se corrompido após tantas viagens no tempo e ele próprio ter se sacrificado pelo Barry 1. Só concordo que ele deveria ter sido o foco como antagonista o tempo todo, e não o general Zod e sua invasão de vinte minutos...
o culpado pela morte de Nora Allen. O Barry 1 passou a vida inteira acreditando na inocência do pai, mas nunca encontrou e nem sequer procurou um culpado. A investigação dele sempre andava em círculos e só anos depois foi encontrada uma prova material. Mas o Barry nunca se questionou quem causou a morte da mãe. Será que só eu acho isso muito estranho? Ele estava mais focado em inocentar o pai do que encontrar uma informação lógica sobre quem a matou.
E aí vem a continuação desse problema: considerando que o responsável por isso em "Flashpoint" é o Flash Reverso (Eobard Thawne), eu não lembro do Dark Flash (Barry 2) ter NOMINALMENTE ter assumido essa morte - pode ser SUGERIDO, mas MENCIONADO, nunca! O próprio diretor Andy Muschietti assumiu em entrevistas que o Flash Reverso foi o culpado pela morte da mãe do Barry 1, porém... isso sequer é mencionado no filme. E esse é o maior problema: o Barry 1 nunca soube quem matou a mãe dele. E, aparentemente, nunca se importou com isso. O The Collider tem uma excelente matéria falando sobre esse problema, podem ir conferir lá depois.
Eu não reclamo no comportamento do Flash, desde o primeiro filme da LJA eu defendo a construção do Ezra. Acho até que ali ele ficou menos pentelho.
De mais, é um filme que desperdiça boas ideias e na busca por tentar ser diferente de Flashpoint, acaba se tornando uma paródia de si mesmo.
Que filme repleto de camadas, só depois do fim que a gente vai notar as referências pra contar uma história de autoaceitação, tolerância e empatia. Impossível não se emocionar
quando você analisa a diáspora da família Luz até a "Terra das Oportunidades", todo o preconceito que eles passaram, o ódio/medo natural ao povo da água (que também tanto odiou/teve medo do povo do fogo), o subúrbio ao qual foram relegados à vida toda, o respeito à ancestralidade, o fato do povo da água ser economicamente mais estável e ter mais oportunidades, a raiva natural do povo do fogo e justamente ter de domar esse comportamento para não ser marginalizado, a mudança de costumes e até de nomes para se adaptar à "cultura" da sociedade dominante
.
A Pixar trabalhou com TUDO isso para contar uma história de amor delicada, sensível, explorando o quanto o preconceito poderia ter afastado duas "pessoas" que iriam se amar e respeitar a individualidade de cada um.
Outro detalhe importante: assim como "Frozen 2", aqui não há um "vilão", uma figura antagônica que vai impedir os protagonistas em seu objetivo. O antagonismo é a própria vida, o preconceito, a intolerância, além dos problemas sociais que vão afetar o núcleo social em que vive o povo do fogo. Essa abordagem é muito boa, porque foge da fórmula tradicional da história de fantasia.
Lindo e carismático, um Quixote brasileiro que retrata bem demais os descasos e dramas que o povo passa. Diogo Vilela é um ator de primeira grandeza, só ele para executar esse personagem no tom certo de dramédia sem cair no absurdo.
Eu queria DEMAIS saber até que ponto um filme classificado como "Sessão da Tarde" é automaticamente considerado ruim. Ele tem ideias muito boas, um timing de piadas que não quebra o ritmo, um final que surpreende e uma solução bem coesa dentro da proposta do (falecido) universo compartilhado. Pra mim, foi uma boa surpresa, muito superior a 80% do que a Marvel fez nos últimos dois anos...
Um thriller incrível. O quanto a obsessão de um psicopata pode destruir a vida de uma pessoa de várias formas, desde ter a sua vida pessoal arrasada até chegar à morte. O plot twist é bem trabalhado e flui naturalmente para tornar o final ainda mais interessante. E a cena final é bem, bem angustiante!
Gostei: > Como os filmes do UCM sempre procuram emular um estilo, esse tem pinceladas vigorosas do George Lucas clássico. O filme é praticamente um space opera no Reino Quântico, e ficou lindo a construção de mundo, suas criaturas e funcionamento de como tudo funciona. > O início é rápido e sem rodeios, deu tempo de explorar MUITO o Reino Quântico (coisa que ficou devendo no Dr. Estranho "2") > Gostei de como construíram o Scott no início dessa jornada, como um herói por acaso, que se acomodou após nenhuma aventura e passou a monetizar em cima disso, o contraponto da Cassie, que cresceu como uma heroína de espírito revolucionário. > Kang. Sim, ele é o melhor personagem "novo" do filme, tendo em vista que vimos uma contraparte sua na série do Loki. Aqui ele impõe medo. É cruel, perigoso, possui um vasto poder de fogo e tem muita fúria. Palmas pra interpretação incrível do Jonathan Majors.
> Toda a sequência da Tempestade de Probabilidades com os Scotts se multiplicando foi perfeita! Não importa qual Variante, todos eles se sacrificariam pela Cassie. Lindo.
> A troco de quê o Kang não liberou a Cassie como combinado? Ou até mesmo a executou, sendo ele um ditador tão perigoso? Pra que aprisioná-la, dando margem pra ela incitar a revolução que o destruiu?
> Que fim levou o núcleo dos amigos do Scott? O LUIZ, GENTE! Parece que o filme anterior não existiu (de tão ruim, talvez seja bom mesmo...)
Não rolou: > A quantidade de personagens sem aprofundamento ou genéricos ou mesmo desnecessários e até mesmo cópias de outros personagens (segue abaixo).
> Aquele núcleo de revolucionários foi só pra preencher o tempo de tela. O telepata e aquela gosma viciada em buracos, apesar de engraçada, eram inúteis. Lembrei muito dos gladiadores de "Thor: Ragnarok", que ali eram interessantes.
> M.O.D.O.K. Meu Deus, que CGI medonho. Tentaram emular o rosto largo das HQs, mas ficou aquela mistura do rosto do Corey Stoll com um bonecão de CGI. Medonho demais, talvez tenha sido feito de propósito para não passar credibilidade por ele ser um "otário", mas não ornou. Só a revelação de que ele era o que restou do Darren Cross que pareceu interessante.
> Lorde Krylar... Que desperdício entregar esse papel pro Bill Murray. Sério. Novamente, uma mistura: Colecionador com Grão Mestre, sem profundidade alguma. Só serviu pra dizer que a Janet "tinha necessidades" com outras pessoas no confinamento.
> A quantidade de situações que se resolviam "milagrosamente" me incomodou dessa vez. Muitas coisas pareciam se resolver num timing perfeito.
> O que inclui o principal ponto negativo desse filme. Essa variante do Kang foi nerfada demais, OU o poder do roteiro impediu que os protagonistas fossem obliterados no primeiro encontro. KANG DERROTADO POR FORMIGAS foi demais pra mim. Eu tentei relevar isso ao máximo, mas não deu.
CONCLUSÃO: Não seja influenciado pelo hate gratuito e pelas críticas "cinzas". Vá, assista (se você gosta de sci-fi e filmes do UCM em geral) e tire suas conclusões. Achei um bom entretenimento com uma exploração científica bem imersiva e cheia de possibilidades. O que fica devendo são algumas soluções encontradas pelo roteiro.
Um suspense... morno (?). Ele tem uma excelente premissa que renderia um explosivo plot twist, mas o resultado foi... morno. Nem frio, nem quente. Morno.
"Morgan" era o pai de Claire por ter estuprado a Srª. Monroe há 30 anos e, além disso, foi testemunha de um acidente que incriminaria o Sr. Monroe. Para se vingar, ele trancafiou o homem em um bunker e o manteve preso para torturá-lo.
Se a ideia era manter aquele homem sádico longe de sua família e da sociedade, porque diabos o Sr. Monroe deu a chave do bunker para sua filha com senso de Justiça? Sendo esta a filha biológica do estuprador da mãe! Seria uma expiação de culpa? Porque não deixou a chave com a esposa, que sabia do segredo, e também temia que aquele homem visse a luz do sol novamente? Pra um patriarca capaz de roubar, aprisionar e mentir pra Deus e o mundo, matar aquele homem não pareceria uma solução mais "viável"? Pra piorar, ainda o tornou seu confessor, se tornando uma caixa preta de segredos explosivos depois de sua morte.
O lance da amante e do filho bastardo não levou do nada à porra nenhuma. Um amontoado de segredos explosivos que ficou só jogando na nossa cara que o Sr. Monroe não valia nada e que o "Morgan" era inocente.
Por mais uma experiência ruim, recomendo que a Lily Collins passe longe de filmes de suspense...
Sim, esse filme continua sendo incrível e uma ótima alternativa às animações "caretas" da Disney hahaha! Praticamente um sucessor espiritual da algazarra que começou lá atrás com Shrek Eu tenho muito carinho por esse filme, sempre é gostoso de ver a forma como o roteiro foi feito com as histórias entrelaçadas e idas e vindas na narrativa, além do rompimento dos tropos de personagens clássicos. A história é bem simples - como deveria ser -, mas não tem como não rir das tiradas e do comportamento de alguns, como o Ligeirinho chapado de café ou o Bode (meu Deus, eu fiquei meia-hora rindo daquela cantoria infernal).
"Glass onion" é uma excelente passagem de bastão do "Knives Out", que entretém e constrói complexas camadas de construção de personagem na medida certa.
Dá pra perceber que o Rian Johson tem apreço por protagonistas femininas, tendo em vista a Marta do primeiro filme e agora a Cassandra.
Sobre a trama, ela é verdadeiramente uma "cebola de vidro", com várias camadas e desdobramentos, mas prestes a se quebrar. Eu gosto da ideia de que
Miles é um ser intocável, que foi destruído no final do filme apenas pela explosão literal do seu patrimônio. Não foi feita apenas a justiça pelas mortes na sua conta, mas houve uma força de justiça pelas mãos de uma pessoa que merecia isto.
Novamente, um elenco estrelar e com grandes atuações. Destaco Daniel Craig (extremamente confortável como o detetive francês) e
aproveitar o plot das irmãs gêmeas para mostrar que a investigação JÁ ESTAVA ACONTECENDO, ao contrário dos filmes de mistério em que a investigação ocorre cronologicamente "no meio" do filme. Esse gap temporal é muito bom!
já deu pra perceber que o Rian Johnson também gosta de trabalhar com assassinos óbvios, acredito que é para tornar a sua motivação e todos os pontos mais bem amarrados. Não me decepcionou que o assassino seja o Miles, pois suas motivações e o final épico sejam todos voltados para ele.
Como é bom assistir uma continuação tão à altura do primeiro filme!
Jordan Peele, né. MUITAS referências incapazes de serem captadas em apenas uma única exibição. Aqui, fica evidente uma complexidade de temas, que vão desde o capitalismo na produção audiovisual e a exploração de animais (sejam eles bichos ou humanos...), o legado e o espetáculo.
Muitos plots passando pelo subtexto, algo que já era trabalhado de maneira bem pontual nas obras anteriores dele.
a sequência da chacina do macaco Gordy e a tensão do Jupe assistindo tudo, abandonado no set, é uma das coisas mais angustiantes que já vi nos últimos tempos; a casa ensanguentada; o alien engolindo toda a plateia do rancho; a evolução do alien; por fim, o Otis ressurgindo como um digno cavaleiro na última cena.
O cinema de Dario Argento exerceu em mim um enorme fascínio desde que o conheci pela Trilogia dos Animais, pelos gialli avulsos (como Profondo Rosso, Opera, Phenomena e Tenebrae) e a sua obra-prima, Suspiria (até a controversa continuação, Inferno).
Mas desde os anos 90, ele pena para imprimir novamente a sua marca... Filmes horríveis, sem pé nem cabeça, poderiam ser facilmente confundidos com um thriller qualquer do Cine Band.
Occhiali Neri reúne todos os vícios ruins dos últimos 30 anos: uma trama rasa, com cenas vazias, construção preguiçosa do assassino. Até mesmo as cenas estilísticas de assassinato se perderam aqui.
Não houve investigação, não houve participação da polícia, não houve mistério, nem o clássico drama psicoerótico na motivação do criminoso, ou mesmo sequer um confronto final digno com o assassino. Até a trilha sonora, bicho... Fora de timing e de qualquer concepção.
Incrivelmente, o único ponto positivo dessa história é o menino Chin, que consegue brilhar no meio disso tudo.
Excelente representante dos thrillers aqui no Brasil. Intenso, verborrágico, forte contexto político e social. Trama bem viajada, mas com elementos do cotidiano que nos aproximam dessa história.
Chay segue sendo um dos melhores atores da sua geração, na minha opinião. E o Nero consegue elevar o arquétipo perfeito do canalha, aqui reunindo todas as características do "cidadão de bem". O monólogo do Djalma analisando a vida dos moradores do bairro é sensacional.
Acredito que o "jogo de gato e rato" da proposta inicial poderia ter durado bem mais, com outras formas de tortura física e psicológica. E, no final,
o "doutor Henrique" iria explodir o carro com o sujeito dentro? Ele pretendia se matar com ele? Ele iria deixá-lo morrer de inanição ou queria apenas dar uma lição? Essa era a primeira vez que o "doutor" punia um criminoso? O que aconteceria mesmo se a polícia não tivesse chegado? Faltou amarrar melhor o plano e conectá-lo com o final "explosivo" (literalmente).
Mirou em tanta coisa e acertou no ar... Tenta se levar a sério demais, passa uma aura de complexidade, mas cai em um amontoado de clichês feitos de forma ridícula (até o
Enredo e personagens humanos bem sóbrios, o que deu margem para explorarem bastante a mitologia e as várias formas de tortura dos icônicos Cenobitas. Bem interessante a nova visão, com o apoio da protagonista "não-confiável" pelo abuso de álcool e no pequeno plot twist no terceiro Ato. Ansioso pela forma como irão explorar
Filme excelente. Simples e direto. A construção perfeita da Jornada do Herói, com ótima construção da protagonista e boas cenas de ação. Calou a boca de muito "crítico precoce", provando que o embate com o Predador pode ser feito com muita astúcia e inteligência. Seria massa ver novos embates em outros cenários com contexto histórico e outros protagonistas.
Vi tudo atentamente e, quando terminou, a minha única expressão foi de "que p*rra foi essa?"
Estragaram TUDO o que a primeira parte e a segunda construíram. Tudo. Tem ritmo de primeiro filme, de "filme de origem", toda a energia do segundo filme se transformou em um marasmo sem fim até a premissa verdadeira engrenar. A ideia de um
A primeira morte acontece lá pelos 40 minutos. A batalha final entre Laurie e Michael foi só nos minutos finais. A neta desde o primeiro filme vem fazer MERDA, e agora por causa de macho. A única coisa boa foi o cortejo no final com os cidadãos triturando o assassino.
O texto afiado combina com a ação anabolizada. Acho interessante a hipocrisia de certos “críticos” que acharam o filme violento demais, sendo que possui a mesma violência estilizada bastante elogiada de filmes +16 ou +18 de super-heróis, como Deadpool e Logan; ou do timing de piadas, sendo que ele foi muito mais feliz e articulado do que o horrível Thor: Love & Thunder.
Como esperado, o argumento pesa bastante contra. A SJA é inserida de maneira bem rasa, apoiada apenas pelo carisma dos atores e da bonita relação entre os personagens. Pareciam mais uma versão clean do Esquadrão Suicida do que um grupo de heróis independentes. Pierce Brosnan está simplesmente perfeito como o Sr. Destino, não apenas na caracterização, mas o CGI está perfeito.
Quintessa Swindell é deslumbrante e muito carismática, além do CGI elevar a beleza da personagem. Eu não reclamo tanto do que o Noah Centineo fez (a caracterização do Flash no filme da LJA me incomodou muito mais do que o do Esmaga-Átomo). Dwayne está... Dwayne. Mesmas caras de paisagem, closes estratégicos (inclusive, essa é a escola de atuação da Gal Gadot). Bodhi Sabongui não me incomodou em nada. Ele e a personagem da Sarah Shahi são a âncora do Teth-Adam com a humanidade, bem previsível. Pessoal tem bronca com adolescentes em filme.
grande vilão Ishmael (depois transformado em Sabbac) só foi ser uma ameaça real no terceiro ato, e que isso tirou o peso do Adão Negro como um vilão, o que não me incomodou tanto. Mas a inserção do Sabbac como uma legião de demônios aos 45 do segundo tempo tirou realmente o peso de uma ameaça real. Aquela legião de zumbis não durou nem 10 minutos de tela. Foi tudo inserido bem depressa, forçado, apenas para tornar o Adão um herói.
Tem momentos que eu realmente ou não entendi ou realmente não fizeram sentido.
O pau comendo entre o Adão e a SJA na cidade, e a Intergangue ficou parada, esperando eles invadirem a montanha? Ninguém se questionou porque o Ishmael desativou o escudo de Eternium antes de tentar matar o Amon, sendo que o escudo era a única coisa que impediria o Adão de matá-lo?
sobre o Teth-Adam ser o pai, não a criancinha do começo do filme. Mas, novamente, faltou sutileza na hora da revelação e nas inserções da esposa dele sendo assassinada. Ainda foi melhor do que “save Martha”!
O excesso de slow motion me incomodou bastante, porém... acredito que isso pode ser revertido de forma inteligente como a marca registada do DCU, herança do Zack Snyder. Funcionou bem nas cenas dele usando os poderes elétricos e a supervelocidade, mas tinha hora que enchia o saco!
Enfim, essa injeção de adrenalina que o DCU estava precisando. Principalmente, depois da cena pós-créditos...
Brutal. Não tem outra palavra pra descrever. É o filme mais linear do Robert Eggers, porém recheado de simbologias embalado por uma jornada de vingança viking, mitologia nórdica, misticismo, costumes, mitos, espetáculos visuais e sangue, muito sangue. Diálogos poderosos e muita entrega nas atuações centrais.
Destaques: Anya Taylor-Joy por si só já é um espetáculo, os ritos nórdicos, o plot twist daquela rainha nojenta que planejou a morte do marido e chegou ao ponto de tentar seduzir o próprio filho, a aparição da Valquíria de aparelho (anacronismo?!) e as participações luxuosas do Willem Dafoe e da Björk.
E eis a sacada genial de colocar a Mia Goth interpretando ao mesmo tempo a jovem Maxine e a idosa Pearl, um elo simbológico conectando uma psicopata na flor da juventude ansiando tudo o que a vida pode oferecer (Maxine) e uma psicopata idosa cheia de vontades e arrependimentos (Pearl).
Que venha a sua continuação e nos brinde com mais um banho de sangue!
Maligno
3.3 1,2KDeliciosamente bizarro. Tudo se encaixa direitinho, mesmo sendo bizarro, maluco, exagerado. É o tipo de filme que, quando termina, você acaba sujo de sangue. Tomara que não tenha continuação, porque ele merece ser lembrado desse jeitinho.
Sobrenatural: A Porta Vermelha
2.6 313 Assista AgoraNossa, pra ser ruim, ele tem que melhorar demais. Acabaram com tudo - a mitologia e bizarrices do Além, a união familiar estabelecida no segundo filme, a relação do Dalton com o pai, as tensões, o terror... Tudo o que tinha tornado o charme da franquia.
Fora que 1h20 é focada em puro dramalhão e uma história "de origem" desnecessária, sendo que narrativamente não é interessante
fazer o pai e o filho optarem pela hipnose para esquecer de tudo e irem atrás dessa memória perdida, sendo que, para o espectador, ele já sabe e lembra de tudo. Ficou chato essa busca por respostas, afinal, nós já sabíamos quais respostas eram.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
4.3 524 Assista AgoraBom... A história em si teve dois defeitos "imperdoáveis" para mim: 1) longos diálogos que quebram o ritmo;
2) final anticlimático que serve apenas para ser uma continuação pro filme seguinte.
Não estou dizendo que o filme é ruim... Eu só não o considero essa obra-prima que todo mundo está incensando.
De pontos positivos, ele É REALMENTE um épico e trabalhou bem a promessa do Aranhaverso, todos os Aranhas são excelentes, tem construções próprias de personagem e cada um tem um peso equivalente no cenário geral da trama.
Os recursos visuais são excelentes fazendo uma mescla de ritmo (principalmente, quando cada Aranha é introduzido na história.
Quando o Miguel foi apresentado, eu surtei vendo as caixas de texto estilizadas, comuns aos anos 90!
Enfim, acho que talvez fosse um pouco melhor se tivesse 20 minutos a menos que o exibido
(e não tivesse aberto TANTO o final).
As Tartarugas Ninja: Caos Mutante
3.7 133 Assista AgoraExcelente. Eu cresci vendo os filmes noventistas da Sessão da Tarde e os desenhos da TV Globinho e, sim, foi feito sob medida para esta época!
A história é simples, divertida, a resolução é inteligente e chega a ser emocionante. A composição dos personagens é excelente (e conseguiram até tornar o Raph menos chato!).
E, com certeza, o maior destaque: a animação em si. Ficou lindo de ver aquela mescla de desenho, rabisco, CGI e o diabo, mas não me passa a sensação de bagunça. A estética ficou linda, as cores também, não sei explicar o estilo utilizado, mas que OBRA DE ARTE que ficou.
Amei também a forma como colocaram as Tartarugas falando ao mesmo tempo, rapidamente, cortando uns aos outros e misturando assuntos. E aqui a dublagem brasileira também reinou MUITO!
E que venha o Destruidor!
Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
3.6 510 Assista AgoraMuito legal! Me diverti bastante, ele não tem a obrigatoriedade de ser um épico megalomaníaco só por ser uma obra de fantasia. Ele se delicia com o worldbuilding de D&D e tem o ritmo de uma aventura clássica, deixando a batalha épica mesmo para o final.
Os personagens tem muita sintonia e o elenco parece mesmo se divertir com tudo aquilo, principalmente com a interação deles na última luta e a forma como
salvaram a cidade e derrotada a Sofina
Eu quero demais que tenha uma continuação. Foi como jogar RPG de novo hahaha
The Flash
3.1 749 Assista AgoraBicho, eu realmente não sei o que pensar sobre esse filme. Tudo o que o pessoal criticou, eu gostei. Tudo o que elogiaram, eu achei uma b*.
Vou me ater, principalmente, ao que eu presto mais atenção: enredo. O filme tem boas ideias retiradas da saga "Flashpoint"
, como o resgate do suposto Superman, que aqui é a Kara; ou o Flash perdendo os poderes e buscando uma forma de sofrer o acidente de novo.
Das novas ideias, eu curti
o retorno do Batman do Michael Keaton (e todo o background envolvendo o seu passado), como o Dark Flash surgiu depois de tanto se machucar literal e metaforicamente nas viagens no tempo, os efeitos visuais da viagem no tempo e o fan-service das aparições do Super-Reeves, do Super-Cage e do George Clooney como o novo-velho Batman.
Mas o filme DESPERDIÇA outras excelentes ideias em péssimos desenvolvimentos, e aqui que o filme se torna "qualquer coisa".
Basicamente, o filme não sabe se o foco está no Flash voltando no tempo e encarando as consequências disso ou na invasão kryptoniana, e quando ambas as tramas se cruzam, todas perdem a força.
O melhor do filme é, sem sombra de dúvidas, o Bat-Keaton. Meu coração chegou a apertar
nas cenas de lutas, com ele usando a roupa clássica (sem mover o pescoço!). Que delícia ver a movimentação, os bat-apetrechos, a Bat-Wing cruzando o céu, foi uma deliciosa passagem de bastão dos filmes de 89 e 92. Keaton estava curtindo demais aquela atuação.
A Supergirl da Sasha é excelente, a atriz é ótima e é notável o quanto a Kara é sofrida e marcada pela guerra, mas
o encerramento do arco dela é PÉSSIMO. Aliás, toda a trama da invasão kryptoniana e o arco da Kara só foram estepe para o arco do Flash e a mudança da linha do tempo. Poderiam ter dado ao menos um final digno para a Supergirl e o Bat-Keaton, depois da morte do Flash 2/Dark Flash, mostrando os eventos daquela realidade se desprendendo como uma Terra paralela. É horrível criar todo um worldbuilding daquela Terra e ao menos não amarrar a trama dos personagens de lá. Péssimo, péssimo.
Não tive problemas com o arco do
Dark Flash, achei muito bom o Barry 2 ter se corrompido após tantas viagens no tempo e ele próprio ter se sacrificado pelo Barry 1. Só concordo que ele deveria ter sido o foco como antagonista o tempo todo, e não o general Zod e sua invasão de vinte minutos...
E outro detalhe preocupante:
o culpado pela morte de Nora Allen. O Barry 1 passou a vida inteira acreditando na inocência do pai, mas nunca encontrou e nem sequer procurou um culpado. A investigação dele sempre andava em círculos e só anos depois foi encontrada uma prova material. Mas o Barry nunca se questionou quem causou a morte da mãe. Será que só eu acho isso muito estranho? Ele estava mais focado em inocentar o pai do que encontrar uma informação lógica sobre quem a matou.
E aí vem a continuação desse problema: considerando que o responsável por isso em "Flashpoint" é o Flash Reverso (Eobard Thawne), eu não lembro do Dark Flash (Barry 2) ter NOMINALMENTE ter assumido essa morte - pode ser SUGERIDO, mas MENCIONADO, nunca! O próprio diretor Andy Muschietti assumiu em entrevistas que o Flash Reverso foi o culpado pela morte da mãe do Barry 1, porém... isso sequer é mencionado no filme. E esse é o maior problema: o Barry 1 nunca soube quem matou a mãe dele. E, aparentemente, nunca se importou com isso. O The Collider tem uma excelente matéria falando sobre esse problema, podem ir conferir lá depois.
Eu não reclamo no comportamento do Flash, desde o primeiro filme da LJA eu defendo a construção do Ezra. Acho até que ali ele ficou menos pentelho.
De mais, é um filme que desperdiça boas ideias e na busca por tentar ser diferente de Flashpoint, acaba se tornando uma paródia de si mesmo.
Elementos
3.7 470Que filme repleto de camadas, só depois do fim que a gente vai notar as referências pra contar uma história de autoaceitação, tolerância e empatia. Impossível não se emocionar
quando você analisa a diáspora da família Luz até a "Terra das Oportunidades", todo o preconceito que eles passaram, o ódio/medo natural ao povo da água (que também tanto odiou/teve medo do povo do fogo), o subúrbio ao qual foram relegados à vida toda, o respeito à ancestralidade, o fato do povo da água ser economicamente mais estável e ter mais oportunidades, a raiva natural do povo do fogo e justamente ter de domar esse comportamento para não ser marginalizado, a mudança de costumes e até de nomes para se adaptar à "cultura" da sociedade dominante
A Pixar trabalhou com TUDO isso para contar uma história de amor delicada, sensível, explorando o quanto o preconceito poderia ter afastado duas "pessoas" que iriam se amar e respeitar a individualidade de cada um.
Outro detalhe importante: assim como "Frozen 2", aqui não há um "vilão", uma figura antagônica que vai impedir os protagonistas em seu objetivo. O antagonismo é a própria vida, o preconceito, a intolerância, além dos problemas sociais que vão afetar o núcleo social em que vive o povo do fogo. Essa abordagem é muito boa, porque foge da fórmula tradicional da história de fantasia.
O Grande Mentecapto
3.3 19Lindo e carismático, um Quixote brasileiro que retrata bem demais os descasos e dramas que o povo passa. Diogo Vilela é um ator de primeira grandeza, só ele para executar esse personagem no tom certo de dramédia sem cair no absurdo.
A cena da
chuva de m*rda é sensacional
E a cena
final do Viramundo se "recusando" a morrer é muito emocionante.
Shazam! Fúria dos Deuses
2.8 354 Assista AgoraEu queria DEMAIS saber até que ponto um filme classificado como "Sessão da Tarde" é automaticamente considerado ruim. Ele tem ideias muito boas, um timing de piadas que não quebra o ritmo, um final que surpreende e uma solução bem coesa dentro da proposta do (falecido) universo compartilhado. Pra mim, foi uma boa surpresa, muito superior a 80% do que a Marvel fez nos últimos dois anos...
Na Palma da Mão
3.3 127 Assista AgoraUm thriller incrível. O quanto a obsessão de um psicopata pode destruir a vida de uma pessoa de várias formas, desde ter a sua vida pessoal arrasada até chegar à morte.
O plot twist é bem trabalhado e flui naturalmente para tornar o final ainda mais interessante.
E a cena final é bem, bem angustiante!
Como o falso Joon‑yeong sobreviveu à surra e aos tiros, ele pode voltar em uma continuação... Quem sabe!
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
2.8 517 Assista AgoraGostei:
> Como os filmes do UCM sempre procuram emular um estilo, esse tem pinceladas vigorosas do George Lucas clássico. O filme é praticamente um space opera no Reino Quântico, e ficou lindo a construção de mundo, suas criaturas e funcionamento de como tudo funciona.
> O início é rápido e sem rodeios, deu tempo de explorar MUITO o Reino Quântico (coisa que ficou devendo no Dr. Estranho "2")
> Gostei de como construíram o Scott no início dessa jornada, como um herói por acaso, que se acomodou após nenhuma aventura e passou a monetizar em cima disso, o contraponto da Cassie, que cresceu como uma heroína de espírito revolucionário.
> Kang. Sim, ele é o melhor personagem "novo" do filme, tendo em vista que vimos uma contraparte sua na série do Loki. Aqui ele impõe medo. É cruel, perigoso, possui um vasto poder de fogo e tem muita fúria. Palmas pra interpretação incrível do Jonathan Majors.
> O plot twist da civilização de formigas é PURO SUCO de Marvel nas HQs! Era esse tipo de ousadia, de "viagem" que ficou devendo na fase 4.
> Se o Reino Quântico e as Partículas Pym salvaram o universo do Thanos, poderia esse conjunto salvar o multiverso do Kang?
> As cena pós-créditos do Conselho dos Kangs é, de longe, a melhor e mais instigante do UCM até hoje.
> Toda a sequência da Tempestade de Probabilidades com os Scotts se multiplicando foi perfeita! Não importa qual Variante, todos eles se sacrificariam pela Cassie. Lindo.
Ficou devendo (ou eu não entendi):
> O trailer deu um foco enorme no Kang, sendo que ele aparece só na metade do filme
> A troco de quê o Kang não liberou a Cassie como combinado? Ou até mesmo a executou, sendo ele um ditador tão perigoso? Pra que aprisioná-la, dando margem pra ela incitar a revolução que o destruiu?
> Que fim levou o núcleo dos amigos do Scott? O LUIZ, GENTE! Parece que o filme anterior não existiu (de tão ruim, talvez seja bom mesmo...)
Não rolou:
> A quantidade de personagens sem aprofundamento ou genéricos ou mesmo desnecessários e até mesmo cópias de outros personagens (segue abaixo).
> A Jentorra é uma Valquíria sem carisma ou personalidade. Ela é o arquétipo da líder revolucionária de cara marrenta. Pronto.
> Aquele núcleo de revolucionários foi só pra preencher o tempo de tela. O telepata e aquela gosma viciada em buracos, apesar de engraçada, eram inúteis. Lembrei muito dos gladiadores de "Thor: Ragnarok", que ali eram interessantes.
> M.O.D.O.K. Meu Deus, que CGI medonho. Tentaram emular o rosto largo das HQs, mas ficou aquela mistura do rosto do Corey Stoll com um bonecão de CGI. Medonho demais, talvez tenha sido feito de propósito para não passar credibilidade por ele ser um "otário", mas não ornou. Só a revelação de que ele era o que restou do Darren Cross que pareceu interessante.
> Lorde Krylar... Que desperdício entregar esse papel pro Bill Murray. Sério. Novamente, uma mistura: Colecionador com Grão Mestre, sem profundidade alguma. Só serviu pra dizer que a Janet "tinha necessidades" com outras pessoas no confinamento.
> A quantidade de situações que se resolviam "milagrosamente" me incomodou dessa vez. Muitas coisas pareciam se resolver num timing perfeito.
> O que inclui o principal ponto negativo desse filme. Essa variante do Kang foi nerfada demais, OU o poder do roteiro impediu que os protagonistas fossem obliterados no primeiro encontro. KANG DERROTADO POR FORMIGAS foi demais pra mim. Eu tentei relevar isso ao máximo, mas não deu.
CONCLUSÃO: Não seja influenciado pelo hate gratuito e pelas críticas "cinzas". Vá, assista (se você gosta de sci-fi e filmes do UCM em geral) e tire suas conclusões. Achei um bom entretenimento com uma exploração científica bem imersiva e cheia de possibilidades. O que fica devendo são algumas soluções encontradas pelo roteiro.
Herança
2.6 132 Assista AgoraUm suspense... morno (?). Ele tem uma excelente premissa que renderia um explosivo plot twist, mas o resultado foi... morno. Nem frio, nem quente. Morno.
"Morgan" era o pai de Claire por ter estuprado a Srª. Monroe há 30 anos e, além disso, foi testemunha de um acidente que incriminaria o Sr. Monroe. Para se vingar, ele trancafiou o homem em um bunker e o manteve preso para torturá-lo.
Se a ideia era manter aquele homem sádico longe de sua família e da sociedade, porque diabos o Sr. Monroe deu a chave do bunker para sua filha com senso de Justiça? Sendo esta a filha biológica do estuprador da mãe! Seria uma expiação de culpa? Porque não deixou a chave com a esposa, que sabia do segredo, e também temia que aquele homem visse a luz do sol novamente? Pra um patriarca capaz de roubar, aprisionar e mentir pra Deus e o mundo, matar aquele homem não pareceria uma solução mais "viável"? Pra piorar, ainda o tornou seu confessor, se tornando uma caixa preta de segredos explosivos depois de sua morte.
O lance da amante e do filho bastardo não levou do nada à porra nenhuma. Um amontoado de segredos explosivos que ficou só jogando na nossa cara que o Sr. Monroe não valia nada e que o "Morgan" era inocente.
Por mais uma experiência ruim, recomendo que a Lily Collins passe longe de filmes de suspense...
Deu a Louca na Chapeuzinho
3.0 620Sim, esse filme continua sendo incrível e uma ótima alternativa às animações "caretas" da Disney hahaha! Praticamente um sucessor espiritual da algazarra que começou lá atrás com Shrek
Eu tenho muito carinho por esse filme, sempre é gostoso de ver a forma como o roteiro foi feito com as histórias entrelaçadas e idas e vindas na narrativa, além do rompimento dos tropos de personagens clássicos. A história é bem simples - como deveria ser -, mas não tem como não rir das tiradas e do comportamento de alguns, como o Ligeirinho chapado de café ou o Bode (meu Deus, eu fiquei meia-hora rindo daquela cantoria infernal).
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
3.5 653 Assista Agora"Glass onion" é uma excelente passagem de bastão do "Knives Out", que entretém e constrói complexas camadas de construção de personagem na medida certa.
Dá pra perceber que o Rian Johson tem apreço por protagonistas femininas, tendo em vista a Marta do primeiro filme e agora a Cassandra.
Sobre a trama, ela é verdadeiramente uma "cebola de vidro", com várias camadas e desdobramentos, mas prestes a se quebrar. Eu gosto da ideia de que
Miles é um ser intocável, que foi destruído no final do filme apenas pela explosão literal do seu patrimônio. Não foi feita apenas a justiça pelas mortes na sua conta, mas houve uma força de justiça pelas mãos de uma pessoa que merecia isto.
Novamente, um elenco estrelar e com grandes atuações. Destaco Daniel Craig (extremamente confortável como o detetive francês) e
Janelle Monáe (irrepreensível como Helen, a irmã em busca de justiça; e como "Helen imitando Cassandra".)
Inclusive, entrando na onda das escolhas de estrutura narrativa do primeiro filme, a sacada genial desta sequência foi
aproveitar o plot das irmãs gêmeas para mostrar que a investigação JÁ ESTAVA ACONTECENDO, ao contrário dos filmes de mistério em que a investigação ocorre cronologicamente "no meio" do filme. Esse gap temporal é muito bom!
Sobre o final:
já deu pra perceber que o Rian Johnson também gosta de trabalhar com assassinos óbvios, acredito que é para tornar a sua motivação e todos os pontos mais bem amarrados. Não me decepcionou que o assassino seja o Miles, pois suas motivações e o final épico sejam todos voltados para ele.
Como é bom assistir uma continuação tão à altura do primeiro filme!
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraJordan Peele, né. MUITAS referências incapazes de serem captadas em apenas uma única exibição. Aqui, fica evidente uma complexidade de temas, que vão desde o capitalismo na produção audiovisual e a exploração de animais (sejam eles bichos ou humanos...), o legado e o espetáculo.
Muitos plots passando pelo subtexto, algo que já era trabalhado de maneira bem pontual nas obras anteriores dele.
A ideia de
registrar a existência do alien, em vez de tradicionalmente enfrentá-lo e derrotá-lo
Cenas emocionantes:
a sequência da chacina do macaco Gordy e a tensão do Jupe assistindo tudo, abandonado no set, é uma das coisas mais angustiantes que já vi nos últimos tempos; a casa ensanguentada; o alien engolindo toda a plateia do rancho; a evolução do alien; por fim, o Otis ressurgindo como um digno cavaleiro na última cena.
Óculos Escuros
2.7 27Decepcionante.
O cinema de Dario Argento exerceu em mim um enorme fascínio desde que o conheci pela Trilogia dos Animais, pelos gialli avulsos (como Profondo Rosso, Opera, Phenomena e Tenebrae) e a sua obra-prima, Suspiria (até a controversa continuação, Inferno).
Mas desde os anos 90, ele pena para imprimir novamente a sua marca... Filmes horríveis, sem pé nem cabeça, poderiam ser facilmente confundidos com um thriller qualquer do Cine Band.
Occhiali Neri reúne todos os vícios ruins dos últimos 30 anos: uma trama rasa, com cenas vazias, construção preguiçosa do assassino. Até mesmo as cenas estilísticas de assassinato se perderam aqui.
Não houve investigação, não houve participação da polícia, não houve mistério, nem o clássico drama psicoerótico na motivação do criminoso, ou mesmo sequer um confronto final digno com o assassino. Até a trilha sonora, bicho... Fora de timing e de qualquer concepção.
Incrivelmente, o único ponto positivo dessa história é o menino Chin, que consegue brilhar no meio disso tudo.
A Jaula
2.9 126Excelente representante dos thrillers aqui no Brasil. Intenso, verborrágico, forte contexto político e social. Trama bem viajada, mas com elementos do cotidiano que nos aproximam dessa história.
Chay segue sendo um dos melhores atores da sua geração, na minha opinião. E o Nero consegue elevar o arquétipo perfeito do canalha, aqui reunindo todas as características do "cidadão de bem". O monólogo do Djalma analisando a vida dos moradores do bairro é sensacional.
Acredito que o "jogo de gato e rato" da proposta inicial poderia ter durado bem mais, com outras formas de tortura física e psicológica. E, no final,
o "doutor Henrique" iria explodir o carro com o sujeito dentro? Ele pretendia se matar com ele? Ele iria deixá-lo morrer de inanição ou queria apenas dar uma lição? Essa era a primeira vez que o "doutor" punia um criminoso? O que aconteceria mesmo se a polícia não tivesse chegado? Faltou amarrar melhor o plano e conectá-lo com o final "explosivo" (literalmente).
Sorria
3.1 849 Assista AgoraMirou em tanta coisa e acertou no ar... Tenta se levar a sério demais, passa uma aura de complexidade, mas cai em um amontoado de clichês feitos de forma ridícula (até o
louco pintor que representa o mal em desenhos" está presente
Você já sabe o que vai acontecer na maioria das cenas, como quando
ela vai pedir ajuda do noivo, da irmã e até da terapeuta.
Cenas de susto horríveis e de péssimo gosto, como
a cena do delírio com a irmã dela com aquele pescoço horroroso de CGI, me deu vontade de desistir ali.
Só se salva o final, com
a falsa redenção e cura da Rose.
Hellraiser
3.2 406 Assista AgoraEnredo e personagens humanos bem sóbrios, o que deu margem para explorarem bastante a mitologia e as várias formas de tortura dos icônicos Cenobitas. Bem interessante a nova visão, com o apoio da protagonista "não-confiável" pelo abuso de álcool e no pequeno plot twist no terceiro Ato. Ansioso pela forma como irão explorar
o novo Cenobita, se houver uma continuação.
O Predador: A Caçada
3.6 665Filme excelente. Simples e direto. A construção perfeita da Jornada do Herói, com ótima construção da protagonista e boas cenas de ação. Calou a boca de muito "crítico precoce", provando que o embate com o Predador pode ser feito com muita astúcia e inteligência. Seria massa ver novos embates em outros cenários com contexto histórico e outros protagonistas.
Halloween Ends
2.3 537 Assista AgoraVi tudo atentamente e, quando terminou, a minha única expressão foi de "que p*rra foi essa?"
Estragaram TUDO o que a primeira parte e a segunda construíram. Tudo. Tem ritmo de primeiro filme, de "filme de origem", toda a energia do segundo filme se transformou em um marasmo sem fim até a premissa verdadeira engrenar. A ideia de um
aprendiz de Michael Myers
A primeira morte acontece lá pelos 40 minutos. A batalha final entre Laurie e Michael foi só nos minutos finais. A neta desde o primeiro filme vem fazer MERDA, e agora por causa de macho. A única coisa boa foi o cortejo no final com os cidadãos triturando o assassino.
Adão Negro
3.1 687 Assista AgoraO texto afiado combina com a ação anabolizada. Acho interessante a hipocrisia de certos “críticos” que acharam o filme violento demais, sendo que possui a mesma violência estilizada bastante elogiada de filmes +16 ou +18 de super-heróis, como Deadpool e Logan; ou do timing de piadas, sendo que ele foi muito mais feliz e articulado do que o horrível Thor: Love & Thunder.
Como esperado, o argumento pesa bastante contra. A SJA é inserida de maneira bem rasa, apoiada apenas pelo carisma dos atores e da bonita relação entre os personagens. Pareciam mais uma versão clean do Esquadrão Suicida do que um grupo de heróis independentes.
Pierce Brosnan está simplesmente perfeito como o Sr. Destino, não apenas na caracterização, mas o CGI está perfeito.
O sacrifício dele foi emocionante.
Quintessa Swindell é deslumbrante e muito carismática, além do CGI elevar a beleza da personagem. Eu não reclamo tanto do que o Noah Centineo fez (a caracterização do Flash no filme da LJA me incomodou muito mais do que o do Esmaga-Átomo).
Dwayne está... Dwayne. Mesmas caras de paisagem, closes estratégicos (inclusive, essa é a escola de atuação da Gal Gadot).
Bodhi Sabongui não me incomodou em nada. Ele e a personagem da Sarah Shahi são a âncora do Teth-Adam com a humanidade, bem previsível. Pessoal tem bronca com adolescentes em filme.
Eu compreendo que o
grande vilão Ishmael (depois transformado em Sabbac) só foi ser uma ameaça real no terceiro ato, e que isso tirou o peso do Adão Negro como um vilão, o que não me incomodou tanto. Mas a inserção do Sabbac como uma legião de demônios aos 45 do segundo tempo tirou realmente o peso de uma ameaça real. Aquela legião de zumbis não durou nem 10 minutos de tela. Foi tudo inserido bem depressa, forçado, apenas para tornar o Adão um herói.
Tem momentos que eu realmente ou não entendi ou realmente não fizeram sentido.
O pau comendo entre o Adão e a SJA na cidade, e a Intergangue ficou parada, esperando eles invadirem a montanha? Ninguém se questionou porque o Ishmael desativou o escudo de Eternium antes de tentar matar o Amon, sendo que o escudo era a única coisa que impediria o Adão de matá-lo?
Eu gostei do plot twist
sobre o Teth-Adam ser o pai, não a criancinha do começo do filme. Mas, novamente, faltou sutileza na hora da revelação e nas inserções da esposa dele sendo assassinada. Ainda foi melhor do que “save Martha”!
O excesso de slow motion me incomodou bastante, porém... acredito que isso pode ser revertido de forma inteligente como a marca registada do DCU, herança do Zack Snyder. Funcionou bem nas cenas dele usando os poderes elétricos e a supervelocidade, mas tinha hora que enchia o saco!
Enfim, essa injeção de adrenalina que o DCU estava precisando. Principalmente, depois da cena pós-créditos...
O HOMEM TÁ DE VOLTA!
O Homem do Norte
3.7 950 Assista AgoraBrutal. Não tem outra palavra pra descrever. É o filme mais linear do Robert Eggers, porém recheado de simbologias embalado por uma jornada de vingança viking, mitologia nórdica, misticismo, costumes, mitos, espetáculos visuais e sangue, muito sangue. Diálogos poderosos e muita entrega nas atuações centrais.
Destaques: Anya Taylor-Joy por si só já é um espetáculo, os ritos nórdicos, o plot twist daquela rainha nojenta que planejou a morte do marido e chegou ao ponto de tentar seduzir o próprio filho, a aparição da Valquíria de aparelho (anacronismo?!) e as participações luxuosas do Willem Dafoe e da Björk.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraO terror estava precisando de uma incursão assim. Que filme poderoso!
Aspectos técnicos impecáveis, que vão desde à fotografia nos momentos-chave até a escolha da trilha sonora.
A trama é bem enxuta e direta, porém feita com pontos-chave tão poderosos que você se deixa levar pela história.
O elenco afiadíssimo, com destaque óbvio para a irretocável Mia Goth e Jenna Ortega. A trajetória da Maxine é muito boa, principalmente quando
chegamos ao final e descobrimos o seu passado e sua ligação com àquelas inserções do programa religioso.
Os diálogos são bem espertos e evidenciam muito bem a temática do filme, sobre o pacote de perdas psicológicas e emocionais que envolvem a velhice.
E eis a sacada genial de colocar a Mia Goth interpretando ao mesmo tempo a jovem Maxine e a idosa Pearl, um elo simbológico conectando uma psicopata na flor da juventude ansiando tudo o que a vida pode oferecer (Maxine) e uma psicopata idosa cheia de vontades e arrependimentos (Pearl).
Que venha a sua continuação e nos brinde com mais um banho de sangue!